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A Evolução do Estado

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Resumo de Ciência Política.
A evolução do Estado, do Absolutista ao Estado Democrático de Direito.
Professora Valéria C. Scudeler.
Acerca da formação do estado, diferentes doutrinas tentam explica-la, as quais são: Doutrina Teológica, do Contrato Social e também a Jusnaturalista.
Para a doutrina Teológica o Estado e o poder advém da criação divina, partida da vontade de Deus, onde esta teoria apoia a ideologia do Estado absolutista, o qual revestia o monarca de poder ilimitado devendo este prestar esclarecimentos sobre seus atos unicamente a Deus.
Era dividida em duas formas de pensar onde a primeira acreditava-se que as pessoas que estavam no poder eram indicadas diretamente por Deus. Na segunda teoria a instituição do Estado era providência divina que se revelavam através dos acontecimentos do cotidiano e da vontade humana. Já para a doutrina jusnaturalista é de maior relevância os direitos naturais a que os positivos, sendo os naturais o direito do homem como criação de Deus, baseados em regras morais que emana da própria alma humana.
A doutrina contratualista, como se observa no nome, parte de um acordo de vontades onde os indivíduos “cedem” seus direitos em prol do coletivo como se abrisse mão de seus direitos para que assim esse direito volte para todos os indivíduos, regrados pelo estado que se encarregaria de zelar pelo direito de cada parte. Esta doutrina possui vários autores aos quais podemos destacar: Thomas Hobbes, que defende que o homem não é um ser social por natureza, e sim que se associa forçadamente em prol de sua própria segurança e logo espera que essa segurança seja provida pelo estado, e neste estado para Thomas o interesse do homem é ganhar a submissão do outro.
Para John Locke todos são iguais, ele critica o absolutismo e defende que os homens vivem em sociedade por seu próprio consentimento e que estão subordinados apenas às regras divinas.
Para Jean Jaques Russeau a vontade geral tem o objetivo comum, assim os homens cedem seus direitos naturais, e abrem mão de seus direitos para que este, também de certo modo retorne para os cidadãos. Após esses episódios começa a formação do estado moderno, pois os poderes na idade média eram todos descentralizados haviam diversos poderes e o domínio único sobre eles vindo da igreja católica até o início do surgimento do estado moderno que logo mais veio a romper essa ligação e assim, surgindo uma estrutura burocrática com leis, sistema tributário e força militar que protegia a soberania, sendo esse estado inicial no modelo de regime absolutista.
Falando um pouco do absolutismo, este era a modalidade de concentração de poder nas mãos de reis, sendo este poder ilimitado e absoluto e conforme defendido por importantes teóricos como Jean Bordin, e Jaques Bossuet, esse poder advinha da vontade de Deus, portanto deveria ter poder supremo sobre seus súditos devendo respeito apenas pelo direito à propriedade destes. Os mais importantes estados absolutistas que pode-se destacar foram Portugal, França, Itália e Inglaterra e teve sua derrubada marcada pela revolução gloriosa de 1688 – 1689 e também com o surgimento do iluminismo juntamente com a revolução francesa de 1789.
Logo após esses acontecimentos ocorre a queda do estado absolutista e inicia-se então o estado liberal que com os ideais da revolução francesa, defendia a liberdade, igualdade e fraternidade onde o homem busca espaço para seu desenvolvimento e assim, a interferência estatal deveria ser mínima, porém, o estado deveria existir para quando necessário, intervir em certos aspectos da vida social. Sendo o importante para esse estado a limitação do poder, por este motivo não devemos considerar o estado liberal como a anarquia, que defende o desaparecimento do estado. No liberalismo, fica a cargo do estado então, cuidar da segurança interna e externa.
Como uma reação das consequências da revolução industrial surge então o estado socialista onde houve drásticas modificações no meio social como o aumento da população, da jornada de trabalho, entre outros. Para este, o mais importante é o coletivo e não o individual, houve também a separação de estado e igreja e em face das péssimas condições de trabalho e popularização das doenças laborais começaram-se as greves e manifestações por parte dos proletários com mortes e torturas por parte dos empregadores. Em 1870 houve o surgimento da Comuna de Paris que estabeleceu a entrega das fábricas abandonadas a cooperativas integradas por seus operários, outro ponto a ser destacado foi a abolição do exército, pelo fato dos civis estarem todos armados. Para Karl Marx a comuna foi o desmantelamento do Estado Burguês.
Logo, chegamos a nossos dias com o Estado democrático de direito que é um dos pilares de nossa constituição, este é constituído pelo conjunto de normas jurídicas democrática e discursivamente que garante a igualdade a todos os direitos da pessoa humana, que possibilita que todos os homens através de sua fala, explorem suas ideias e elejam regras para a sociedade, que são frutos do consenso da vontade humana. Para o Estado democrático de direito, todos são importantes e seu bem maior é o homem e visa para todos, liberdade e igualdade que é garantida pela total observância dos direitos fundamentais do homem. O Estado democrático de direito garante sua solidez pois visa efetivamente uma sociedade melhor, e é assim considerado uma conquista do homem.
Alunos: Danilo Franco Lucio e Ricardo Mendes Pereira Mueller.

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