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Metodologia Científica para Área da Saúde

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METODOLOGIA CIENTÍFICA PARA A ÁREA DE SAÚDE 
NOÇÕES BÁSICAS
Prof. Wilson Alves de Paiva
FACULDADE UNIAO DE GOYAZES
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Referência bibliográfica
SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do trabalho cientifico. 23a. ed. rev. e atual. Sao Paulo: Cortez, 2007.
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COMO O CONHECIMENTO CIENTÍFICO É PRODUZIDO?
Os conhecimentos científicos são produzidos a partir de PESQUISA.
A pesquisa, por sua vez, tem que ser embasada. Não se pode defender uma tese a partir do “eu acho”.
Existe um rigor na produção desse conhecimento que deve ser baseado em dados e informações, as quais muitas vezes não estão à disposição do público ou que nunca antes foram coletados.
Também tem que ser realizado em diálogo com outros cientistas.
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DIFERENTES CIÊNCIAS
Assim como temos diferentes formas de conhecimento também possuímos diferentes tipos de ciências.
Possuímos as Ciências Humanas, as quais trabalham mais com idéias e questões teóricas. Dispensam o trabalho em laboratório.
As Ciências Sociais Aplicadas, cujo conhecimento muitas vezes se aplica diretamente no mundo empresarial.
Outro ramo é composto pelas Ciências Experimentais, com as quais a área tecnológica dialoga mais.
O que as diferencia, portanto, é o MÉTODO DE PESQUISA que utilizam, ou seja, quais materiais e quais procedimentos utilizam em sua busca por resultados.
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ETAPAS DA PESQUISA CIENTÍFICA
EXPERIMENTAL
A pesquisa científica nas áreas que utilizam o método experimental envolve as seguintes etapas:
Observação
Hipótese
Experiência
Generalização
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OBSERVAÇÃO 	E HIPÓTESE
O cientista observa determinado aspecto da realidade e a partir disso formula uma hipótese.
Correto?
ERRADO
A observação e a formulação de hipóteses ocorrem de maneira unificada e acompanham todo o processo científico.
Entretanto, ninguém faz uma bateria de experimentações em laboratório sem ter um objetivo e sem saber minimamente o que está fazendo.
Por isso no início dos trabalhos de pesquisa você possui apenas a observação e a hipótese.
Não existem explicações precisas sobre como surge a idéia de se pesquisar algo. 
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OBSERVAÇÃO E HIPÓTESE
Geralmente, o cientista inicia uma pesquisa tentando articular o conhecimento teórico que aprendeu em sala de aula ou estudando por conta própria a um problema prático do cotidiano e/ou a objetos que ainda não foram estudados em sua área de conhecimento.
Por exemplo, a Gastronomia é uma ciência recente que surgiu da necessidade de se aplicar conhecimento científico das áreas de ciência de alimentos, nutrição, história e geografia na preparação e apresentação de alimentos.
Por isso, o Gastrônomo não é um mero leitor de receitas, mas uma pessoa que domina todo o processo de cozinha e buffet.
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O EXPERIMENTO
Mas como saber se a hipótese está correta?
Isso é possível por meio da CONFIRMAÇÃO DA HIPÓTESE.
No caso das ciências experimentais é por meio do EXPERIMENTO.
Muitas vezes ele é realizado em laboratório.
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O EXPERIMENTO
A experimentação seria a parte “prática” da pesquisa.
Em laboratório o cientista tenta possuir o controle sobre o objeto investigado.
O experimento permite ao cientista:
 Verificar os fenômenos dentro de situações por ele criadas.
Repetição, ou seja, verificar o mesmo fenômeno várias vezes.
Isolar partes e simplificar fenômenos do objeto observado.
Por isso permite que exista uma investigação mais rigorosa.
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RESULTADOS DO EXPERIMENTO
Se os experimentos não confirmam as hipóteses levantadas é necessário ao cientista abandoná-las ou então formular outras hipóteses passíveis de verificação.
Se os experimentos confirmarem as hipóteses teremos então a GENERALIZAÇÃO dos resultados.
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GENERALIZAÇÃO
A generalização é, portanto, o resultado de uma pesquisa.
Ao final de uma investigação científica, uma vez confirmada uma hipótese, o cientista a transforma em uma nova teoria ou lei.
Por que isso acontece?
Porque o caráter impreciso da hipótese foi superado por meio do experimento.
O experimento, nesse caso, forneceu o embasamento necessário a uma formulação científica.
Superou-se o “eu acho” pelo “isto é ou pode ser assim”.
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GENERALIZAÇÃO
Isto significa que os resultados de uma pesquisa são inquestionáveis?
NÃO.
O conhecimento científico é embasado e rigoroso, porém, não é A VERDADE ABSOLUTA DOS FATOS.
Novas pesquisas podem “jogar por terra” os resultados alcançados. 
Outros métodos de experimentação, aparelhos e novos conhecimentos podem demonstrar limites ou até mesmo “erros” e “falhas” na pesquisa realizada e na teoria dela elaborada.
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AFINAL, PARA QUE SERVEM AS NORMAS?
As normas nos auxiliam a organizar as pesquisa e trabalhos que desenvolvemos.
Também servem para auxiliar a compreensão por outras pessoas daquilo que escrevemos e dos experimentos que realizamos.
Por isso devemos aprender as normas e métodos de pesquisa e utilizá-las sempre que for possível.
Auxiliar o discente nesse processo de aprendizado é o propósito da disciplina de Metodologia Científica.
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Referência bibliográfica
VIEIRA, Sonia & HOSSNE, William Saad. Metodologia cientifica para a area de saude. 9a. reimpr. Rio de Janeiro: Elsevier, 2001.
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TIPOS DE PESQUISA
VARIEDADE DE MÉTODOS: 
Transversal (descritiva)
Horizontal (causa e efeito):
	Caso-controle, coorte (relacao entre variaveis)
	Ensaios clínicos casualizados (com confirmacao experimental)
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Pesquisa Transversal
 Estudo observacional, epidemiológico, no qual fator e efeito são observados num mesmo momento histórico, sem sequencia temporal
Ex.: Estudo do tabagismo e doencas respiratorias.
Definirdois grupos de pessoas: doentes e nao-doentes
Definir os fenomenos a estudar e os métodos de medição das variáveis de interesse
 Comparar os dados
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Pesquisa horizontal
A pesquisa longitudinal ou horizontal se classifica em retrospectiva e prospectiva.
Prospectiva: Sintomas dos fumantes daqui a 30 anos.
Retrospectiva: Casos e controles de fumantes nos ultimos 10 anos.
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Pesquisa horizontal
Caso controle
Dois grupos: um com a caracteristica e outro sem a caracteristica
Ex.: fumo e cancer no pulmao
Analise dos casos/comparar com nao portadores
Caso-Diagnostico-controle
Em um estudo de caso-controle que estuda a associação entre tabagismo e câncer de pulmão os casos são definidos pela presença do câncer e os controles pela sua ausência. Os pesquisadores vão pesquisar no passado de casos e controles a exposição ao tabagismo (retrospectivo). 
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Pesquisa horizontal
Coorte:
Grande numero de individuos.
Periodo longo.
Ex.1: gastroenterites de 2 grupos, como sejam: o grupo exposto (que bebe água de poço) e o grupo não-exposto (que não bebe água de poço), em local definido e durante o tempo x. Objetiva-se, então, determinar a freqüência de indivíduos que beberam água de poço e o índice de infectados.
Ex.2: impacto do tabagismo nos eventos cardiovasculares (infarto agudo do miocárdio; edema agudo de pulmão, arritmia com instabilidade hemodinâmica e morte cardíaca) no perioperatório de operações não cardíacas – 1.072 pacientes do Hospital Geral durante 3 anos.
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Pesquisa horizontal
Ensaio clinico casualizado: Experimental
Objetivo: levantar dados
Ex.: Avaliação do efeito mutagênico do extrato hidroalcoólico bruto, por meio de bioensaios in vivo e prospecção fitoquímica de Cecropia glaziovii Sneth (embaúba), Cecropiaceae.
Coleta do material vegetal
Obtenção do extrato bruto hidroalcóolico
Estabelecimento da Dose Letal Média (em camundongos)
Testes para análise de mutagenicidade
Prospecção fitoquímica
Análise estatística
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TIPOS DE PESQUISA
Dados primários – verificação, questionários
Dados secundários
Revisões bibliográficas
Meta-análises: técnicas estatísticas para a análise de ensaios múltiplos
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COM QUEM SÃO FEITAS AS PESQUISAS CLÍNICAS?
VOLUNTÁRIOS (sadios ou doentes)
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS (crianças e adolescentes, internos em asilos, portadores
de doença mental, presidiários) e indígenas
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ONDE SÃO FEITAS AS PESQUISAS CLÍNICAS E COM QUAIS RECURSOS?
Centros universitários
Hospitais não universitários de bom padrão
Serviços públicos e privados
consultórios
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EXIGÊNCIAS DA CONEP – CNS
Múnus público
Condições adequadas para a realização do projeto
Condições de atendimento para as eventuais intercorrências de efeitos colaterais e adversos
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PESQUISA COM FÁRMACOS E MEDICAMENTOS - RECURSOS
Governo
Organizações não-governamentais
Companhias farmacêuticas
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QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS E OS RISCOS ASSOCIADOS À PESQUISA CLÍNICA?
Acesso a tratamentos novos, ainda não comercializados
Contribuir para o entendimento da doença ou seu tratamento
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QUAIS SÃO OS BENEFÍCIOS E OS RISCOS ASSOCIADOS À PESQUISA CLÍNICA?
Efeitos adversos
Não receber a droga em teste ou vir a receber a placebo
Várias viagens ao local da pesquisa ou permanecer mais tempo que o necessário no hospital
Suspender o tratamento, mesmo sentindo-se bem
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EXISTEM NORMAS LEGAIS PARA A PESQUISA EM SERES HUMANOS?
Resolução 196/96 do CNS (Aprova as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos)
Termo de consentimento anexado ao protocolo de pesquisa
Apreciação de um Comitê de Ética e Pesquisa Científica
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Protocolo de pesquisa
Seqüência lógica de uma pesquisa:
Descrição da pesquisa
Antecedentes científicos
Descrição do projeto:
 material e métodos
 amostra
 resultados esperados
 bibliografia
5. Riscos e benefícios
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Protocolo de pesquisa
Duração da pesquisa
Responsabilidade do pesquisador
Suspensão ou encerramento da pesquisa 
Local da pesquisa
Infra-estrutura
Orçamento
Propriedades das informações (restrição em relação à publicação do resultados)
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Termo de consentimento
Documento legal
Proteger o participante, o pesquisador e a instituição
Consentimento livre e esclarecido 
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Termo de consentimento
Por que a pesquisa está sendo feita?
O que o pesquisador quer conseguir?
O que será feito durante a pesquisa e por quanto tempo?
Como será tratado cada participante de pesquisa, e por quem?
Que riscos estão envolvidos?
Que benefícios podem ser esperados?
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Termo de consentimento
Que outros tratamentos estão disponíveis?
Em que momento o participante de pesquisa pode sair do experimento, se assim o desejar?
O participante de pesquisa poderá continuar recebendo o mesmo trtamento, depois que a pesquisa terminar?
Quem o participante de pesquisa pode procurar, no caso de dúvida?
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Comitê de Ética em Pesquisa
MULTIDISCIPLINAR
SUBORDINADOS AO CONEP – CNS:normativo, consultivo, deliberativo e educativo
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EXISTEM LIMITAÇÕES PARA AS PESQUISAS?
Ética
Cronograma e orçamento
Estatístico 
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Obrigado!
Thank you! 
!Gracias! 
Merci! 
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