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1 UNIDADE I: Álgebra das Variáveis Lógicas 1.3 1.1 1.2 1.4 Variáveis e Funções Lógicas Portas Lógicas Álgebra de Boole Simplificação de Funções Lógicas. 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 2 1.4.1 – Formas Canônicas das Funções Lógicas 1.4.1.1 – Soma Padrão de Produtos 1.4.1.3 – Mintermos e Maxtermos 1.4.3.1 – Funções Não Expressas por Mintermos 1.4 – Simplificação de Funções Lógicas 1.4.2 – Mapas de Veitch Karnaugh (Mapas K) 1.4.1.2 – Produto Padrão de Somas 1.4.3.2 – Funções Incompletamente Especificadas 1.4.3 – Simplificação de Funções Lógicas com Mapa K 1.4.4 – Método Tabular de Quine-McCluskey 2 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 3 1.4 – Simplificação de Funções Lógicas A equivalência de circuitos combinacionais pode ser estabelecida partindo-se da simplificação da expressão booleana que descreve um circuito original. Neste momento torna-se conveniente o estudo de processos mais gerais e sistemáticos que conduzam a simplificações booleanas eficazes. Até então, o processo de simplificação de expressões booleanas dependia de nossa habilidade em reconhecer quais teoremas podiam ser usados com eficiência. 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 4 1.4.1 – Formas Canônicas das Funções Lógicas Quando é inviável a construção da tabela verdade, o primeiro passo para obter o Mapa de Karnaugh consiste em reescrever a expressão booleana original como uma soma produtos (ou um produto de somas). Um dos processos sistemáticos de simplificação de expressões booleanas mais utilizado é conhecido como Mapa de Karnaugh (ou Mapa K). Uma forma rápida de obter o Mapa K é através da tabela verdade, a qual é construída a partir da expressão booleana original que descreve o circuito. 3 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 5 Ex1.4.1-1.: Dada a função lógica de quatro variáveis expressar a função como uma soma de produtos. f (A, B, C, D) = (A + BC)(B + CD) (1.4-1) Sol.: Usando a lei distributiva [Eq. (1.2-9b)] em 1.4-1, vem: f (A, B, C, D) = AB + ACD + BBC + BCCD (1.4-2) B 0 f (A, B, C, D) = AB + ACD + BC (1.4-3) Ex1.4.1-2.: Dada a função lógica de cinco variáveis expressar a função como uma soma de produtos. f (A, B, C, D, E) = (A + BC)(D + BE) (1.4-4) 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 6 Sol.: Usando o teorema de De Morgan [Eqs. (1.2-12a) e (1.2-12b)] e a lei distributiva, obtemos: f (A, B, C, D, E) = (A + B + C)(BD + DE) (1.4-7) f (A, B, C, D, E) = (A + B + C)[D (B + E)] (1.4-6) f (A, B, C, D, E) = (A + B + C)[D (BE)] (1.4-5) f (A, B, C, D, E) = ABD + ADE + BD + + BDE + BCD + CDE (1.4-8) Na situação em que somente variáveis individuais aparecem complementadas, como no Ex1.4.1-1, é necessário apenas usar a lei distributiva. 4 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 7 Se um sinal de complemento aparecer sobre uma combinação de variáveis, como no Ex1.4.1-2, primeiro usa-se o teorema de De Morgan repetidamente, até que o sinal de complemento apareça apenas sobre variáveis individuais. Feito isso, utiliza-se a lei distributiva. Após obtermos uma expressão booleana na forma de soma de produtos (ou produtos de somas), o passo que segue é a padronização da soma de produtos (ou produto de somas). 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 8 Ex1.4.1.1.: Dada a função lógica de três variáveis: reescrever a função como uma expressão em que todas as variáveis aparecem em cada parcela da soma. f (A, B, C) = A + BC (1.4-9) 1.4.1.1 – Soma Padrão de Produtos São duas as formas padrão nas quais as funções lógicas podem ser expressas: soma padrão de produtos e produto padrão de somas. Sol.: Na primeira parcela de 1.4-9 as variáveis B e C não estão presentes. Para as introduzir, multiplica-se a referida parcela pelo elemento neutro (B + B)(C + C). 5 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 9 De modo análogo, a segunda parcela de 1.4-9 deve ser multiplicada por (A + A). f (A, B, C) = ABC + ABC + ABC + ABC + ABC + ABC (1.4-11) f (A, B, C) = A + BC = A(B + B)(C + C) + (A + A)BC (1.4-10) f (A, B, C) = ABC + ABC + ABC + ABC + ABC (1.4-12) A função f (A, B, C) agora está na forma padrão de soma de produtos. 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 10 Entenda-se por “padrão” o fato de que cada uma das variáveis A, B e C aparece (às vezes complementada, às vezes não) em cada uma das parcelas da soma. Cada uma dessas parcelas é chamado de mintermo. 1.4.1.2 – O Produto Padrão de Somas Uma expressão lógica também pode ser escrita na forma de um produto padrão de somas. Utilizando os mesmos exemplos anteriores, veremos tal afirmação é verdadeira. 6 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 11 Ex1.4.1.2-1.: Dada a função lógica de quatro variáveis expressar a função como uma produto de somas. f (A, B, C, D) = (A + BC)(B + CD) (1.4-13) Sol.: Usando a Eq. (1.2-9a) em (1.4-13), vem: f (A, B, C, D) = (A + B)(A + C)(B + C)(B + D) (1.4-14) Ex1.4.1.2-2.: Dada a função lógica de cinco variáveis expressar a função como um produto de somas. f (A, B, C, D, E) = (A + BC)(D + BE) (1.4-15) Sol.: Aplicando o teorema de De Morgan, obtém-se: f (A, B, C, D, E) = (A + B + C) D (B + E) (1.4-16) 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 12 Ex1.4.1.2-3.: Dada a função lógica de três variáveis: reescrever a função como uma expressão em que todas as variáveis aparecem em cada fator do produto. f (A, B, C) = A(B + C) (1.4-17) Sol.: No primeiro fator de 1.4-17 as variáveis B e C não estão presentes. Para introduzir tais variáveis, o elemento neutro BB + CC é adicionado ao fator. f (A, B, C) = (A + BB + CC)(AA + B + C) (1.4-18) De modo análogo, o elemento neutro AA deve ser adicionado ao segundo fator de 1.4-17. 7 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 13 Aplicando repetitivamente a lei distributiva na forma da Eq. (1.2-9a), obtém-se: f (A, B, C) = (A + B + C)(A + B + C)(A + B + C) (A + B + C)(A + B + C)(A + B + C) (1.4-20) f (A, B, C) = (A + B + C)(A + B + C)(A + B + C) (A + B + C)(A + B + C) (1.4-21) A função f (A, B, C) encontra-se agora sob a forma padrão de produto de somas. f (A, B, C) = (A + BB + C)(A + BB + C) (A + B + C)(A + B + C) (1.4-19) 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 14 Os fatores presentes no produto padrão de somas são denominados maxtermos. Uma função lógica pode ser especificada de maneira muito conveniente usando a convenção adotada para a numeração dos mintermos e maxtermos. 1.4.1.3 – Mintermos e Maxtermos Seja a função presente na Eq. (1.4-12). Colocando os mintermos presentes nessa função em ordem crescente de numeração, obtém-se: 8 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 15 f (A, B, C) = ABC + ABC + ABC + ABC + ABC (1.4-22) Para mintermos, as variáveis não complementadas são representadas por 1 e as variáveis complementadas são representadas por 0 (vide 2ª linha de 1.4-22). 100011 101 110 111 3 4 5 6 7 Na 3ª linha de 1.4-22 os números binários foram substituídos pelos seus equivalentes decimais. f (A, B, C) = m3 + m4 + m5 + m6 + m7 (1.4-23) Pode-se agora reescrever 1.4-22 como segue:21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 16 Uma forma mais compacta para 1.4-23 é: f (A, B, C) = m(3, 4, 5, 6, 7) = (3, 4, 5, 6, 7) (1.4-24) f (A, B, C) = M(0, 1, 2, 3, 6) = (0, 1, 2, 3, 6) (1.4-27) 000 Analisa-se agora a função presente na Eq. (1.4-21): f (A, B, C) = (1.4-25) = (A + B + C)(A + B + C)(A + B + C)(A + B + C)(A + B + C) 001 010 011 110 0 1 2 3 6 f (A, B, C) = M0 . M1 . M2 . M3 . M6 (1.4-26) 9 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 17 Uma função lógica pode ser expressa em uma tabela verdade como um soma de mintermos ou como um produto de maxtermos. f (A, B, C) = (2, 3, 5, 7) 11117 00116 11015 00014 11103 10102 01001 00000 f (A, B, C)CBANº da linha Fig. 1.27 – Tabela verdade de uma função lógica f (A, B, C). A função definida pela tabela pode ser expressa como uma soma de mintermos ou como um produto de maxtermos. f (A, B, C) = (0, 1, 4, 6) ou 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 18 Uma função na forma de soma de mintermos deve incluir precisamente os mintermos cujos números correspondem às linhas na tabela verdade onde f = 1. Quando a função é expressa na forma de produto de maxtermos, os maxtermos que devem ser incluídos correspondem aos números das linhas da tabela verdade onde f = 0. Para obter o complemento de uma função, troca-se cada f = 0 por f = 1 na tabela verdade. Ex1.4.1.2-4.: f (A, B) = (0, 1, 3) f (A, B) = (0, 1, 3) 10 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 19 Um mapa K é uma figura geométrica que contém uma região (quadrículo) para cada linha da tabela verdade. Já ficou observado uma correspondência biunívoca entre as linhas da tabela verdade e os maxtermos e mintermos em potencial. Agora será observado uma correspondência entre os quadrículos do mapa K e os mintermos, bem como os quadrículos e os maxtermos. 1.4.2 – Mapas de Veitch Karnaugh 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 20 Mapa K para uma variável. Fig. 1.28 – Três esquemas alternativos para identificar os quadrículos em um mapa K de uma variável. 0 1 (a) 10 A (b) A (c) O número de quadrículos em um mapa K é igual ao número de linhas da tabela verdade (2n° de variáveis). 10 A 0 1 Fig. 1.29 – A correspondência entre uma tabela verdade de uma variável e um mapa K de uma variável. 11 00 f (A)ALinha nº 11 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 21 Ex1.4.2 .: Utilizando um mapa K de duas variáveis obtenha a função f (A, B) que gera a tabela verdade apresentada na Fig. 1.31a. Mapa K para duas variáveis. Fig. 1.30 – Uma tabela verdade de duas variáveis e seu Mapa K. 01 00 f (A, B)ALinha nº 13 12 1 0 B 1 0 A 10 0 2 1 3 B 0 1 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 22 1 0 1 0 01 00 f (A, B)ALinha nº 13 12 1 0 0 1 1 0 B 1 0 (a) Fig. 1.31 – (a) Uma tabela verdade definindo uma função. (b) A definição da tabela verdade em um mapa K. (c) Um mapa com os 1s registrados. (d) Um mapa com os 0s registrados. A 0 0 10 0 2 1 3 B 0 1 (d)(c) A 1 1 10 0 2 1 3 B 0 1 (b) A 10 0 2 1 3 B 0 1 12 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 23 No mapa Karnaugh é suficiente concentra-se apenas na leitura dos 1s (mintermos) ou apenas na leitura dos 0s (maxtermos). Partindo da leitura dos 1s pode-se verificar que a função definida na tabela verdade da Fig. 1.29 é dada pela soma de mintermos: f (A, B) = m0 + m3 = AB + AB (1.4-28) f (A, B) = M1 . M2 = (A + B)(A + B) (1.4-29) Por outro lado, a leitura dos 0s permite reescrever a mesma função como um produto de maxtermos: 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 24 Uma maneira alternativa de escrever um mapa K para duas variáveis é apresentado na Fig. 1.32. 00 01 11 10 AB 0 1 3 2 A B Fig. 1.32 – Um mapa alternativo para duas variáveis. Mapa K para três variáveis. A 0 1 00 01 11 10 AB C 0 2 6 4 1 3 7 5 B C Fig. 1.33 – O mapa K para três variáveis. 13 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 25 Mapa K para quatro variáveis. A 00 01 00 01 11 10 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C D3 7 15 11 2 6 14 10 11 10 Fig. 1.34 – O mapa K para quatro variáveis. A numeração dos 24 = 16 quadrículos do mapa K de quatro variáveis depende da significância numérica e da associação das variáveis (ABCD, DCBA, CDAB, ...) com as linhas e colunas do mapa (vide Fig. 1.35). 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 26 Fig. 1.35 – Atribuições alternativas de significância numérica e de associação de variáveis com linha e colunas são permitidas. 00 01 00 01 11 10 CD AB 0 1 4 5 15 14 8 9 11 10 11 10 3 2 7 6 12 13 00 01 00 01 11 10 DC BA 0 4 12 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 11 10 1.4.3 – Simplificação de Funções com Mapa K Nos mapas K, quadrículos adjacentes na horizontal e vertical (mas não na diagonal) equivalem a mintermos ou maxtermos que diferem em apenas uma variável. 14 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 27 00 01 00 01 11 10 AB CD 11 10 11 0 4 12 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 Fig. 1.36 – Mintermos em quadrículos adjacentes podem ser combinados. Considerando, por exemplo, os mintermos m8 e m12, horizontalmente adjacentes no mapa K da Fig. 1.34, tem-se: m8(8=1000) = ABCD (1.4-30) m12(12=1100) = ABCD (1.4-31) + m8 + m12 = ACD (1.4-32) 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 28 No mapa K, qualquer par de mintermos adjacentes pode ser combinado em um único termo, que inclui uma variável a menos que os mintermos originais. Outra maneira de obter o mesmo resultado anterior é utilizando abstrações do diagrama de Venn. D A 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 Fig. 1.37 – Um método alternativo de identificação dos quadrículos em um mapa K. ACD Interseção das regiões A, C e D 15 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 29 Mintermos geometricamente adjacentes no mapa K são também logicamente adjacentes. Entretanto, há casos que embora os quadrículos não sejam geometricamente adjacentes os mintermos o são. D AAB CD B C 11 1 1 0 4 12 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 1 Fig. 1.38 – Simbolismos alternativos que indicam quadrículos do mapa que não são geometricamente adjacentes. D AAB CD B C 11 1 1 0 4 12 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 1 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 30 Pode-se visualizar uma adjacência geométrica entre as colunas da esquerda e da direita imaginado o mapa enrolado sobre um cilindro vertical. Analogamente, uma adjacência geométrica entre as linhas superior e inferior pode se visualizada enrolando o mapa sobre um cilindro horizontal. Todas estas adjacências podem ser simultaneamente visualizadas imaginando-se o mapa enrolado sobre um toróide. 16 21/03/2011SistemasDigitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 31 m8 + m12 = ACD (1.4-33) m2 + m3 = ABC (1.4-34) Seja o mapa K preenchido como na Fig. 1.38. 11 1 D A 1 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 m2 + m10 = BCD (1.4-35) A soma dos três pares de mintermos envolvidos pelos “círculos”, produz: f(A, B, C, D) = m(2, 3, 8, 10, 12) = ACD + ABC + BCD (1.4-36) 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 32 m8 + m10 = ABD (1.4-37) f(A, B, C, D) = m(2, 3, 8, 10, 12) = ACD + ABC + ABD (1.4-38) Se assim for desejado, pode-se combinar o mintermo m10 com m8, em vez de m2, obtendo, então: m8 + m12 = ACD m2 + m3 = ABC 11 1 D A 1 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 17 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 33 Pode-se mostrar que as funções descritas em (1.4-36) e (1.4-37) são equivalentes. ACD ABC BCD ACD + ABC + BCD Fig. 1.39 – Implementação da função apresentada na Eq. (1.4-40) B C DA 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 34 Analogamente, se 2n quadrículos são adjacentes, eles podem ser combinados resultando um termo no qual n variáveis são eliminadas. Observou-se que dois quadrículos adjacentes em um mapa K podem ser combinados, resultando um termo no qual uma variável é eliminada. m1 + m5 = ACD (1.4-39) Grupos típicos de quatro quadrículos são mostrados nas Figs. 1.40 e 1.41. Em particular, na Fig. 1.38a as combinações m1 + m5 e m3 + m7 produzem: m3 + m7 = ACD (1.4-40) 18 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 35 Somando (1.4-39) com (1.4-40), obtém-se: (1, 5, 3, 7) = ACD+ ACD = AD(C + C) = AD (1.4-41) A leitura do mapa da Fig. 1.38b conduz a: f(A, B, C, D) = (0, 2, 8, 10) = BD (1.4-42) 11 D A 11 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 (a) Fig. 1.40 – Duas adjacências envolvendo quatro quadrículos. 11 1 D AAB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 (b) BDAD 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 36 D A 1111 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 (a) Fig. 1.41 – Outras duas adjacências com quatro quadrículos. 11 D A 11 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 (b) f(A, B, C, D) = (1, 5, 9, 13) = CD (1.4-43) Lendo o mapa da Fig. 1.41a obtém-se: f(A, B, C, D) = (4, 6, 12, 14) = BD (1.4-44) Finalmente o mapa da Fig. 1.41b permite escrever: CD BD 19 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 37 Grupos típicos de oito quadrículos são mostrados na Fig. 1.40. Na Fig. 1.42a obtém-se f = A, pois oito 1s estão fora do intervalo A e dentro e fora de B, C e D. A Fig. 1.42 – Adjacências representativas de oito quadrículos. 1111 1 D A 11 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 (b) 11 11 1 D A 11 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 (a) D 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 38 Na Fig. 1.42b obtém-se f = D, pois oito 1s estão fora do intervalo D e dentro e fora de A, B e C. Consideremos agora alguns casos em que os valores trabalhados no mapa K são 0s (maxtermos), ao invés de 1s (mintermos). As regras para agrupar zeros e para determinar se uma variável é eliminada ou não, seguem preservadas. Entretanto, ao ler um grupo de zeros o resultado é uma soma e não um produto; adicionalmente, a regra que determina se uma variável aparece complementada ou não, é invertida. 20 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 39 A + C + D (1.4-45) A + C (1.4-46) M11.M15 = M0.M1.M4.M5 = B (1.4-47) Fig. 1.43 – Adjacências representativas usando 0s. M0.M1.M2.M3.M8.M9.M10.M11 = f (A, B, C, D) = (A + C + D) (A + C) B 00 0 D A 00 0 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 0 0 0 0 0 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 40 Mapa K para cinco variáveis. Fig. 1.44 – O mapa K de cinco variáveis mais usado. 00 01 00 01 11 10 BC DE C 11 10 D 17 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 A = 1 BB 00 01 00 01 11 10 BC DE C D 11 10 E 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 A = 0 Todas as adjacências em um mapa K de quatro variáveis são válidas para o mapa de cinco variáveis. 21 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 41 BCDE BCDEABE ABCDBCDE Fig. 1.45 – O mapa K de cinco variáveis mais usado ilustrando algumas situações de adjacência. Notação completa. 00 01 00 01 11 10 BC DE C 11 10 D 1 1 1 1 17 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 A = 1 BB 00 01 00 01 11 10 BC DE C D 11 10 E 111 11 1 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 A = 0 Adicionalmente, cada quadrículo da parte A = 0 é adjacente ao quadrículo correspondente da parte A = 1. K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 42 B C D E 1 111 1 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 D C B A 11 1 1 1 11 17 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 Fig. 1.46 – O mapa K de cinco variáveis mais usado ilustrando outras situações de adjacências. Notação simplificada. BCDE BCDEBCDE ACDE Ex1.4.2.1-1.: Identifique e agrupe todos os mintermos presentes no mapa K de cinco variáveis da Fig. 1.46. ACEABC K Map 22 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 43 Mapa K para seis variáveis. Seguindo-se os mesmos passos para a construção do mapa de cinco variáveis, pode-se obter um mapa K para seis variáveis. Todas as situações de adjacência usuais continuam a existir para cada uma das quatro partes do mapa. A Fig. 1.47 apresenta o mapa K de seis variáveis e algumas situações de adjacência. Em adicional, existem termos adjacentes horizontal e verticalmente entre as quatro partes do mapa. Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva Fi g. 1 .4 5 – O m ap a K d e se is v ar iá ve is . A E F C D B 1 1 49 51 50 48 53 55 54 52 57 59 58 56 61 63 62 60 EF CD CD 1 1 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 EF 00 01 00 01 11 10 11 10 C D 11 33 35 34 32 37 39 38 36 41 43 42 40 45 47 46 44 EF CD 00 01 11 10 E F 00 01 11 10 1 117 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 CD EF 21/03/2011 44 ACDEF BCDEF BCDEF ACDEF K Map 23 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 45 O mérito do mapa de Veitch Karnaugh é permitir a visualização de termos. Quando o número de variáveis cresce (sete ou mais, por exemplo), o mapa K torna-se tão grande, que seu valor no reconhecimento dos termos adjacentes torna-se questionável. Assim, para o caso de muitas variáveis, métodos tabulares (como o de Quine-McCluskey) são preferidos. O mapa de Karnaugh pode ser usado para simplificar a função lógica seguindo os princípios a seguir. 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 46 As combinações devem incluir o maior número possível de quadrículos de modo que todos eles sejam incluídos pelo menor número possível de combinações. A combinação de quadrículos (mintermos) que for selecionada deve incluir todos os quadrículos ao menos uma vez. Como visto antes, um quadrículo qualquer pode aparecer em mais de uma combinação. A preocupação em encontrar combinações em um mapa K que incluam o maior número possível de quadrículos pode causar problemas (vide Fig. 1.48). 24 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 47 (a) 1 111 D A 111 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 (b) 11 11 1 D A 11 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 Fig. 1.48 – Duas ilustrações de problemas associados com formação de combinações no mapa K. O algoritmo que segue, quando aplicado a um mapa K, leva à expressão mínima para a função lógica, evitando, ainda, o problema descrito anteriormente. K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 48 1 – Assinalar e considerar como implicante primo essencial qualquer quadrículo que não possa ser combinado com nenhum outro quadrículo. 2 – Identificar e assinalar quadrículos que podem ser combinados com um único outro quadrículo de uma só maneira. Quadrículos que podem ser combinados em grupos de dois, de mais de uma maneira, são deixados temporariamente de lado. 3 – Marcar quadrículos que podem ser combinados com três outros quadrículos somente de uma maneira. 25 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 49 4 – Repetir o processo para grupos de oito, etc. Novamente um quadrículo que pode ser combinado num grupo de quatro, de maneira não única, deve ser deixado temporariamente de lado. Se os quadrículos de tais combinações ainda não estiverem incluídos em grupos de dois, assinalar a combinação de quatro. 5 – Se ainda restarem quadrículos não incluídos em grupamentos, eles podem ser combinados uns com os outros ou com os quadrículos de outros grupamentos. 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 50 Ex1.4.2.1-2.: Use o mapa de Karnaugh para minimizar a função f (A, B, C, D) = m(0, 2, 3, 4, 5, 7, 8, 9, 13, 15). f (A, B, C, D) = ACD + ABC + ABC + BD BDABC ACD ABC Fig. 1.49 – Mapa K do Exemplo 1.4.2.1-2 1 111 1 D A 111 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 1 Sol.: Identificando os mintermos no mapa, vem: K Map 26 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 51 Ex1.4.2.1-3.: Use um mapa K para minimizar a função lógica f (A, B, C, D) = m(0, 1, 3, 5, 6, 9, 11, 12, 13, 15). ABCD ABC AD BD CD ABC f (A, B, C, D) = ABCD + ABC + ABC + CD + BD + AD 1 111 1 D A 1111 1 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 Fig. 1.50 – Mapa K do Exemplo 1.4.2.1-3 Sol.: Preenchendo os mintermos no mapa, obtém-se: K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 52 f (A, B, C, D) = (A + C + D).(B + D).(C + D).(B + C) A + C + D B + D C + D B + C Ex1.4.2.1-4.: Utilizando um mapa K, minimize a função f (A, B, C, D) = M(0, 3, 4, 5, 6, 7, 11, 13, 14, 15). Fig. 1.51 – Mapa K do Exemplo 1.4.2.1-4 00 0000 0 D A 00 0 AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 Sol.: Identificando os maxtermos no mapa, tem-se: K Map 27 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 53 Ex1.4.2.1-1.: Analisar o mapa de Karnaugh da Fig. 1.52. CE f (A, B, C, D) = ABCDE + ABCD + ABD + BDE + CE ABD ABCDE ABCD BDE Ex1.4.2.1-6.: Interpretar o mapa K da Fig. 1.51. Fig. 1.52 – Mapa K de cinco variáveis (Exemplo 1.4.2.1-5) B C D E 11 1 11 11 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 D C B A 11 11 1 11 17 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 54 Fi g. 1 .5 3 – O m ap a K d e se is v ar iá ve is . A E F C D B 1 1 1 11 11 49 51 50 48 53 55 54 52 57 59 58 56 61 63 62 60 EF CD CD 1 0 4 8 1 5 13 9 3 7 15 11 2 6 14 10 12 EF 00 01 00 01 11 10 11 10 C D 1 1 1 33 35 34 32 37 39 38 36 41 43 42 40 45 47 46 44 EF CD 00 01 11 10 E F 00 01 11 10 1 1 11 11 17 19 18 16 21 23 22 20 25 27 26 24 29 31 30 28 CD EF ACDE BCE CDEF ABCDF K Map 28 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 55 11 AC 1 1 AB BC 1 BC 1 C B 1.4.2.2 – Funções Não Expressas por Mintermos. Ex1.4.2.2.: Utilizando o mapa de Karnaugh simplifique a função f (A, B, C) = AB + AC + BC + BC . Sol.: Representando cada parcela em um mapa de K de três variáveis e em seguida re-agrupando, tem-se: A 0 1 00 01 11 10 AB C 0 2 6 4 1 3 7 5 B C A 1111 110 1 00 01 11 10 AB C 0 2 6 4 1 3 7 5 B C f (A, B, C) = AB + AC + BC + BC = B + C K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 56 1.4.2.3 – Funções Incompletamente Especificadas Às vezes, simplesmente não nos interessa que valor a função assume para certas combinações de variáveis. Em outros casos, sabemos que certas combinações de variáveis nunca ocorrem. Neste caso fingimos não nos interessar, já que o efeito é o mesmo. Ex1.4.2.3.: Utilizando o mapa de Karnaugh simplifique a função incompletamente especificada f (A, B, C, D) = m(1, 2, 5, 6, 9) + d(10, 11, 12, 13, 14, 15). A notação d representa condições não-essenciais (don’t care). 29 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 57 CD CD Sol.: De acordo com a conveniência, ‘x’ pode assumir o valor 0 ou 1. No mapa que segue, os ‘x’ envolvidos por ‘círculos’ valem 1 e os não envolvidos valem 0. XX11 XX D A 1X11 X AB CD 0 4 12 8 1 5 13 9 B C 3 7 15 11 2 6 14 10 f (A, B, C, D) = CD + CD = C D K Map 21/03/2011Sistemas Digitais Prof. MSc. Edson S. C. Silva 58 Referências Bibliográficas [1] Tocci, J. Ronald; Widmer, Neal S.; Sistemas Digitais; Prentice Hall, 2007, 10ª Ed. [2] Idoeta, Ivan V.; Capuano, Francisco G.; Elementos de Eletrônica Digital; Érica, 2002, 34ª Ed.
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