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AULA - JURISDIÇÃO-2

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TEORIA GERAL DO PROCESSO
ALEXANDRE PINHEIRO SAMPAIO
Aracaju
2013.2
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
1. Unidade da Jurisdição: 
 
 “A jurisdição, como expressão do poder estatal soberano, a rigor não comporta divisões, pois falar em diversas jurisdições num mesmo Estado significaria afirmar a existência, aí, de uma pluralidade de soberanias, o que não faria sentido; a jurisdição é, em si mesma, tão uma e indivisível quanto o próprio poder soberano”. 
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
2. Espécies de Jurisdição:
Pelo critério do seu objeto: Jurisdição Penal ou Civil;
Pelo critério dos organismos judiciários que a exercem, Especial ou Comum;
Pelo critério da posição hierárquica dos órgãos dotados dela, Superior ou Inferior;
Pelo critério da fonte do direito com base no qual é proferido o julgamento, Jurisdição de Direito ou de Equidade. 
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
2. Espécies de Jurisdição:
Pelo critério do seu objeto: Jurisdição Penal ou Civil: 
-> A Jurisdição penal é exercida pela: Justiça Estadual, Federal, Militar e Eleitoral.
-> A jurisdição civil é exercida pela Justiça Estadual, pela Federal, pela Trabalhista e pela Eleitoral.
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
2. Espécies de Jurisdição:
Pelo critério dos organismos judiciários que a exercem, Especial ou Comum;
-> ESPECIAL: Justiça Militar (CF, arts. 122-124); Eleitoral (CF, arts. 118-121); do Trabalho (CF, arts. 111-116); Militares Estaduais (CF, art. 125, § 3º).
-> COMUM: Justiça Federal (CF, arts. 106-110); Justiças Estaduais Comum Ordinária (CF, arts. 125-126).
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
2. Espécies de Jurisdição:
Pelo critério da posição hierárquica dos órgãos dotados dela, Superior ou Inferior;
-> “É da natureza humana o inconformismo perante decisões defavoráveis”.
 Além de vislumbrar o duplo grau de jurisdição na interpretação sistemática da Constituição (art. 5º, incisos XXXV, LIV e LV), esse direito fundamental material foi incorporado ao ordenamento jurídico brasileiro com a ratificação do Pacto de San José da Costa Rica, que prevê expressamente, no art. 8º, “h”, “o direito de recorrer da sentença para Tribunal Superior”. Defende que, através do art. 5º, §2º, da CF/88 o duplo grau de jurisdição deve ser considerado verdadeiro direito fundamental.
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
2. Espécies de Jurisdição:
Pelo critério da fonte do direito com base no qual é proferido o julgamento, Jurisdição de Direito ou de Equidade. 
CPC, art. 127 – decidir sem as limitações impostas pela precisa regulamentação legal.
CPC, art. 1.109
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
3. Limites da Jurisdição:
3.1 Limites internacionais como exercício de sua soberania, cada Estado (nação) dita sua normas internas. Contudo, a necessidade de coexistência com outros Estados soberanos faz com que o legislador mitigue esse poder soberano, atendendo às seguintes ponderações: 
a) a conveniência (não convém criação de áreas de atritos por questões irrelevantes porque o que interessa, afinal, é a paz social); 
b) a viabilidade (evitam-se os casos em que não será possível a imposição autoritativa do cumprimento da sentença). 
A doutrina elenca três motivos que recomendam a observância dessas regras: a) a soberania de outros Estados; b) o respeito às convenções internacionais; c) razões de interesse do próprio Estado.
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
3. Limites da Jurisdição:
3.2 Limites internos – 
CF, art. 5º- XXXV
CC, art. 189
CC, art. 814
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
4. Jurisdição voluntária (ou graciosa)
Os atos de jurisdição voluntária se classificam em três categorias: a) atos meramente receptícios (função passiva do magistrado, como publicação de testamento CC, art. 1646); b) atos de natureza certificante ("vistos" em balanços, despachos em notificação ou interpelação judiciais, etc.); c) atos que constituem verdadeiros pronunciamentos judiciais (separação judicial amigável, interdição, venda de bens de incapaz, etc.). Apenas estes últimos estão disciplinados no CPC, como procedimentos de jurisdição voluntária.
De tudo o que foi visto conclui-se que, na realidade, os atos da chamada jurisdição voluntária nada têm de jurisdicionais, porque: a) não tem como escopo a atuação do direito, mas a constituição de situações jurídicas novas; b) não tem o caráter substitutivo, pois, antes disso, o que acontece é que o juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico, numa intervenção necessária para a consecução dos objetivos desejados, mas sem exclusão das atividades das partes; c) ademais, o objetivo dessa atividade não é uma lide, mas apenas um negócio entre os interessados com a participação do magistrado.
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
4. Jurisdição contenciosa:
1- A existência da ameaça ou violação de um ato ilícito é pressuposto fundamental de atuação da jurisdição contenciosa.
2- É marcada pela existência de partes em pólos antagônicos: de um lado o autor, pretendendo obter uma resposta judicial ao conflito de interesses; do outro, o réu, a pessoa que a pretensão da tutela jurisdicional é formulada. 
3- Na jurisdição contenciosa, existem partes, processo judicial e sentença traumática, em que favorece a uma das partes, em detrimento da outra, sempre existindo litigiosidade.
4- Ela é substitutiva, no sentido de que substitui a vontade dos litigantes, e a sentença proferida pelo juiz é obrigatória para as partes.
Prof. Alexandre P. Sampaio
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JURISDIÇÃO: Espécies e Limites
 
5. Referência Bibliográfica:
 CINTRA, Antonio Carlos de Araújo, GRINOVER, Ada Pellegrini e DINAMARCO, Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo. 28ª (rev. e atual.) ed. São Paulo: Malheiros Editores, 2012.
Prof. Alexandre P. Sampaio

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