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Execuções no Novo CPC – Parte III Execução Provisória – GEN Jurídico

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QUEM SOMOS AUTORES CONTATO  
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ARTIGOS   PROCESSO CIVIL
Execuções no Novo CPC – Parte III: Execução
Provisória
Com intuito de analisarmos temas pertinentes às diversas formas de
execução forçada, no que toca diretamente aos reflexos das inovações
propostas sobre a jurisprudência atual relacionada, sobretudo, com
problemas societários e empresariais, propomos esta série de artigos.
Nela, cuidaremos das inovações mais relevantes propostas para ambas
as modalidades executivas, títulos judiciais e títulos extrajudiciais.
1 – Introdução
Tramita pelo Congresso Federal o Substitutivo da Câmara dos Deputados
ao Projeto de Lei do Senado 166, de 2010, aprovado sob o número
8.046, de 2010, da Câmara, e que se refere à instituição de um novo
Código de Processo Civil. Em 27.11.2014 foi apresentado pelo Senador
Vital do Rêgo relatório com texto consolidado do projeto para votação
final, é com base neste relatório que faremos os comentários que se
seguem.
2 – Execução provisória de sentença relativa a obrigação de quantia
certa
O Projeto mantém, em linhas gerais, o procedimento atual da execução
provisória, constante do art. 475‐O, segundo o qual essa modalidade
executiva é de iniciativa e responsabilidade do exequente, que corre o
SOBRE O AUTOR
Humberto Theodoro Júnior é
Professor Titular aposentado da
Faculdade de Direito da UFMG.
Desembargador aposentado do
Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais. Advogado.
Parecerista
ÁREAS DE INTERESSE
Administrativo
Ambiental
Civil
Constitucional
Direito do Consumidor
Direito Eleitoral
Direitos Humanos
Econômico
Empresarial
Estatuto da Criança e do Adolescente
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Sancionada lei que garante
estabilidade provisória à gestante
30 3
risco de vê‐la privada de efeito, caso sobrevenha decisão que modifique
ou anule a sentença objeto da execução; caso em que além de serem as
partes restituídas ao estado anterior, responderá o exequente por
perdas e danos liquidáveis nos mesmos autos (Proj. art. 517, I, II, e III).
A inovação relevante, por se indispor com a jurisprudência atual do STJ,
diz respeito à exigibilidade da multa, por descumprimento da obrigação
em quinze dias, após a intimação prevista para pagamento voluntário
(art. 520 do Proj.; art. 475‐J do Código vigente).
A jurisprudência do STJ, assentada pela Corte Especial, está hoje firme no
entendimento de que tal multa “não se aplica à execução provisória”1. A
fundamentação dessa jurisprudência está assim explicitada:
“A execução provisória não tem como escopo primordial o
pagamento da dívida, mas sim de antecipar os atos executivos,
garantindo o resultado útil da execução. Compelir o litigante a
efetuar o pagamento sob pena de multa, ainda pendente de
julgamento o seu recurso, implica em obrigá‐lo a praticar ato
incompatível com o seu direito de recorrer (art. 503, parágrafo
único, do CPC), tornando inadmissível o recurso. Por
incompatibilidade lógica, a multa do art. 475‐J do CPC não se
aplica na execução provisória. Tal entendimento não afronta os
princípios que inspiraram o legislador da reforma”2.
O Projeto, nada obstante, preferiu uma nova orientação, estatuindo que
a multa do art. 517, § 2º (correspondente ao atual art. 475‐J) “é devida
no cumprimento provisório de sentença condenatória ao pagamento de
quantia certa”.
Para impedir que o cumprimento provisório da condenação operasse
como reconhecimento da procedência da sentença, o Projeto dispôs, no
§ 3º do art. 517, que o depósito tempestivo do quantum debeatur,
efetuado para elidir a multa, não será havido “como incompatível com o
recurso por ele interposto”.
Com isso, o recurso teria curso e julgamento normais, e, sendo provido,
obrigaria o exequente a restituir o valor da multa, juntamente com a
reparação de todos os prejuízos que a fracassada execução provisória
houver causado ao executado (Proj. art. 517, II, e § 4º).
Os casos em que a execução provisória exige prestação de caução são
mantidos, tal como hoje dispõe o art. 475‐0, III, do CPC (Projeto, art. 517,
IV). Mas as hipóteses de dispensa são ampliadas, para incluir todas as
sentenças que estejam “em consonância com a súmula da jurisprudência
do STF ou do STJ ou em conformidade com acórdão proferido no
julgamento de casos repetitivos” (Proj. art. 518, IV). A execução
provisória permitirá que o levantamento do dinheiro depositado e os
atos de alienação dominial ou transferência de posse ocorram, sem
depender de caução.
A exigência de caução será mantida quando da dispensa possa
manifestamente resultar risco de grave dano de difícil ou incerta
reparação (art. 518, parágrafo único).
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3 – Conclusão
Conforme demonstrado, o Projeto mantém, em linhas gerais, o
procedimento atual da execução provisória, constante do art. 475‐O.
Mas inova ao prever que a multa de dez por cento por ausência de
pagamento voluntário em 15 dias no caso de condenação é devida no
cumprimento provisório de sentença condenatória, art. 475‐J do atual
Código.
[1] STJ, Corte Especial, REsp 1.059.478/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, ac.
15.12.2010, DJe 11.04.2011; Revista de Processo, 199/420.
[2] STJ, 2ª T., REsp 1.100.658/SP, Rel. Min. Humberto Martins, ac. 07.05.2009, DJe
21.05.2009; STJ, 3ª T., AgRg no AREsp 8.964/MG, Rel. Min. Sidnei Beneti, ac.
23.04.2013 e DJe 08.05.2013; STJ, CE., REsp 1.059.478/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho
Junior,  ac. 15.12.2010, DJe 11.04.2011.
TAGS
2014   ART. 475‐J   ART. 475‐O   CPC   EXECUÇÃO PROVISÓRIA   MULTA   NOVO CPC
OBRIGAÇÃO   PROJETO DE LEI   QUANTIA CERTA  
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