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FEB_Resumo_02

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FORMAÇÃO ECONOMICA do BRASIL
SEGUNDA PARTE
ECONOMIA ESCRAVISTA DE AGRICULTURA TROPICAL
(sec. XVI e XVII)
8. CAPITALIZAÇÃO E NÍVEL DE RENDA NA COLÔNIA AÇUCAREIRA
O esforço do governo português concentrava-se na produção de açúcar, principalmente através de concessões especiais aos seus produtores.
Na fase inicial, as principais dificuldades dessas produções advinham da falta de mão-de-obra. 
A escravidão era condição de existência para o colono europeu. 
As bases da colonização não estavam voltadas para a auto-sustentabilidade. Além de trabalharem para os colonos, esses indígenas eram comercializados para a economia açucareira. 
Aqueles colonos que não conseguiram se dedicar a produção de açúcar, buscaram manter-se através da captura de indígenas que eram usados como escravos, e essa atividade viabilizará a subsistência de núcleo populacionais localizados em partes do país que não produziam açúcar.
A colonização do sec. XVI surge vinculada à atividade açucareira.
A mão-de-obra africana é introduzida em uma “indústria” já existente. Nesse momento o sistema já apresenta uma produção mais eficiente e mais densamente capitalizada.
A renda gerada na colônia estava fortemente concentrada nas mãos dos senhores de engenho. 
Furtado assinalava a importância do destino desse consumo, sendo a maior parte voltada para a compra de bens de luxo importados. 
Nesse momento o agente que mais lucra com essa demanda é a Holanda.
Os colonos que mais gastavam eram os do Brasil Holanda. Os demais viviam de modo isolado, longe dos centros urbanos.
Esse isolamento e essa dificuldade de consumo mostram a margem que existia para a capitalização da economia açucareira. 
Existia uma capacidade de autofinanciamento capaz de duplicar a produção a cada dois anos. 
Quem governava a produção era a demanda. 
A superprodução era controlada, porque quem governava a atividade açucareira era a etapa de comercialização.
Mas, se os recursos não eram utilizados para autofinanciamento, qual era o seu destino?
A explicação mais plausível é que boa parte dos recursos ficava com os comerciantes. Assim, parte da renda que antes era atribuída aos proprietários de engenho, ficava com os comerciantes. Desse modo o autor explica a intima coordenação existente entre as etapas de produção e de comercialização. Coordenação essa que preveniu a tendência natural à superprodução. 
Esses senhores mantinham uma parca mão-de-obra assalariada (homens de vários ofícios e supervisores dos trabalhos dos escravos).
As compras de gado (para tração) e de lenha(para as fornalhas) constituíram o principal vinculo da economia açucareira com os demais núcleos de povoamento do país. 
Furtado chama a etapa da colonização que correspondia à classe dos senhores de engenho e dos proprietários de canaviais como etapa produtiva. 
9. FLUXO DE RENDA E CRESCIMENTO
Etapa inicial da colonização: importava-se equipamentos e mão-de-obra europeia. Os indígenas eram a maior parcela da mão-de-obra. 
A economia escravista é particularizada pela formação do capital. Há necessidade de grandes escalas, desse modo, a operação dos engenhos deveria ser pelo menos superior ao dobro daquilo que era gasto com equipamentos e translado da mão-de-obra especializada.
Para Furtado, a introdução do trabalho africano não constitui modificação estrutural fundamental nesse sistema, só substitui um escravo por outro. 
Custos da produção:
 Uma vez instalada a indústria, seu processo de expansão segui sempre os mesmos gastos: importação de equipamentos, alguns materiais de construção e mão-de-obra escrava. 
A importação de mão-de-obra assalariada especializada já começou a diminuir com o estabelecimento da indústria. 
A importação de mão-de-obra escrava perdura (mortes). 
Essa economia é marcada pelo quase inexistente fluxo de renda.
Diferença do pagamento dos fatores de produção na economia industrial e na economia escravista:
Numa economia industrial, a inversão (construção e instalação) faz crescer diretamente a renda da coletividade na mesma proporção, uma vez que se transformam em remuneração dos fatores de produção. 
Na economia escravista parte da renda vai para a importação de equipamentos e mão-de-obra e parte para o lucro do empresário. 
O incremento de renda na economia escravista não tinha expressão monetária, porque não era objeto de nenhum pagamento. 
Furtado compara as instalações de uma fábrica a incorporação de escravos: estes também sua manutenção contabilizada como custo fixo. 
Quando o escravo não era utilizado diretamente na produção do açúcar, atuava em atividades marginais, como construções, aberturas de estradas,...).
Os gastos de consumo eram divididos em:
*Consumo de bens importados;
* utilização do trabalho escravo para serviços pessoais. Nesse caso o escravo se compara a um bem durável de consumo.
O fluxo de renda se estabelecia entre unidade produtiva, considerada em conjunto, e o exterior.
A diferença entre o dispêndio total monetário e o valor das importações traduziria o movimento das reservas monetárias e a entrada liquida de capitais, além do serviço financeiro daqueles fatores de produção de propriedade de pessoas não-residentes na colônia.
10. Projeção da economia açucareira: a pecuária
A economia açucareira apresentava um elevadíssimo coeficiente de importação.
Mesmo sem um grande fluxo monetário interno, apresentava um grande fluxo comercial. 
A economia açucareira tinha assegurado recurso para manter a defesa da colônia, intensificava a exploração de outras regiões e constituída um importante mercado consumidor que justificava a existência de atividades secundárias. 
A economia açucareira será o centro dinâmico das outras economias estabelecidas em outras regiões do Brasil. 
No entanto, a grande rentabilidade da atividade do açúcar não estimulava o emprego dos fatores de produção, por parte dos empresários, em atividades secundárias. 
Explicação para o impulso dinâmico se voltar para o exterior:
*interesses criados pelos exportadores portugueses e holandeses, que obtinham fretes a um baixo preço e que podiam propiciar os barcos que recolhiam o açúcar. 
*a preocupação política em não permitir que na colônia fosse constituída uma economia capaz de concorrer com a metrópole.
**A isso Furtado atribuiu as diferenças entre São Vicente e as Colônias da Nova Inglaterra. 
**Os colonos do norte chegaram as Antilhas em barcos próprios (exerciam a pesca e estavam voltados para o mar desde o inicio) e se aproveitaram das dificuldades enfrentadas pela Inglaterra para abastecer as Antilhas. 
**Em São Vicente a principal atividade era a captura dos indígenas, para servirem de mão-de-obra local e/ou ser comercializados para a economia açucareira. 
Furtado atribui a abundancia de terras no entorno das atividades do açúcar como o principal fator de explicação para a economia do açúcar não ser o fator dinamizador da economia de São Vicente. 
**Outro ponto que diferenciava aquilo que acontecia nas colônias do norte, aqui boa parte do consumo estava voltado para artigos de luxo, sendo o produto de abastecimento local o gado. 
Foi a separação das duas atividades econômicas (açucareira e criatória) que possibilitou o surgimento de uma economia dependente na própria região nordestina. 
A criação do gado inicia no nordeste, indo, posteriormente, para o sul do país. 
Organização da atividade criatória:
Tem características distintas daquela encontradas na economia açucareira.
Esta era extensiva; manejada através de grandes deslocamentos; apresentava poucas inversões fora da atividade do gado; a expansão da acumulação de capital se dava pela abundância de terras. 
A atividade criatória será o fator fundamental da penetração e ocupação do interior brasileiro. 
Na etapa inicial era induzida pela atividade açucareira e apresenta uma baixa rentabilidade.
A penetração para o interior era condição necessária para expansão da atividade criatória no nordeste. 
Motivos para a contínua expansão da atividadecriatória, mesmo em meio a dificuldades:
*essa atividade se mostrava mais atrativa para o colono descapitalizado, relativamente a economia açucareira;
*o indígena se adaptava às atividades auxiliares da criação;
*a oferta não representava um limitante para essa economia, mas sim a demanda (economia açucareira)
A etapa de rápida expansão da produção de açúcar, teve como contrapartida a grande penetração dos sertões.
Da mesma forma, no sec. XVIII, a expansão da atividade mineira comandara o desenvolvimento da criação no sul. 
Funcionamento e expansão
A expansão da atividade criatória consiste na ampliação dos rebanhos e na pouca incorporação de mão-de-obra. 
A possibilidade de crescimento em produção extensiva não está condicionada à preocupação com o aumento de rentabilidade. 
Como as distancias vão aumentando, a tendência é a redução da produtividade da economia. 
**Excluída a hipótese de melhora nos preços relativos, na medida em que ia crescendo a economia criatória nordestina, a renda media da população nela ocupada ia diminuindo, sendo particularmente desfavorável a situação daqueles criadores que se encontravam a grandes distâncias do litoral. 
Assim, a economia criatória era uma economia de subsistência; a sua produtividade media era muito menor do que a economia principal, o que lhe conferia um menor grau de especialização e comercialização. 
11. FORMAÇÃO DO COMPLEXO ECONOMICO NORDESTINO
As formas que assumem as duas economias nordestinas (açucareira e criatória) no lento processo de decadência que se inicia na segunda metade do sec. VXII constituem elementos fundamentais na formação do que viria a ser a economia brasileira no sec. XX.
Evolução dos sistemas produtivos
Os períodos de expansão e contração não modificaram as estruturas das duas unidades produtivas.
A expansão da produção se dava com a incorporação de mão-de-obra e terras.
As contrações não representavam redução de produção, uma vez que a mão-de-obra não tinha uso alternativo. 
No curto prazo, nos dois sistemas, a oferta era totalmente inelástica.
Diferença de evolução dos dois sistemas no LONGO PRAZO:
Ao contrario do que acontecia na economia açucareira, a economia criatória não dependia de gastos monetários no processo de reposição do capital e de expansão da capacidade produtiva.
Assim, enquanto na região açucareira dependia-se da importação de mão-de-obra e equipamentos simplesmente para manter a capacidade produtiva, na criatória o capital se repunha automaticamente.
As condições de trabalho e alimentação na pecuária eram tais que propiciavam um forte crescimento vegetativo de sua força de trabalho. 
Respostas dos dois produtores de açúcar aos declínios dos preços do produto (Diferenças entre a economia açucareira das Antilhas e da colônia portuguesa):
A colônia portuguesa passa de uma condição de franco crescimento para uma recessão. A situação fez-se ainda mais grave no sec. XVIII, em razão do aumento nos preços dos escravos e da emigração da mão-de-obra especializada, determinados pela expansão da produção de ouro. 
Impacto da quebra do monopólio do açúcar (afrouxamento do efeito dinâmico externo) sobre a atividade criatória:
O crescimento dessa atividade era endógeno, resultante do aumento vegetativo da população animal.
A mão-de-obra era plenamente ocupada.
*Se a procura por gado não estava aumentando num ritmo adequado, o crescimento do sistema pecuário se fazia através do aumento relativo do setor de subsistência.
A redução relativa da renda repercutiu no grau de especialização da economia e no sistema de divisão do trabalho dentro da mesma.
Artigos que antes eram comprados no mercado do litoral (importados) agora precisam ser produzidos internamente. Essa produção, entretanto, se limitava ao âmbito local, constituindo uma forma rudimentar de artesanato.
O couro substitui quase todas as matérias-primas evidenciando a carência produtiva.
Esse atrofiamento da economia monetária se intensifica a medida que as distancias do litoral foram aumentando (custo de transporte).
Os couros passam a ser a fonte de renda monetária desses últimos criadores.
Do ultimo quartel do sec. XVII até o sec. XIX, a economia nordestina foi-se atrofiando. Desse atrofiamento foram constituídas as estruturas do que se conhece pela economia nordestina nos dias atuais.
Quanto menos favoráveis as condições na economia açucareira, mais a mão-de-obra livre se sentia atraída para o interior.
A economia da pecuária absorve essa mão-de-obra, mas como esta é dependente da economia açucareira e como o contingente imigratório tendia a aumentar nas depressões, essa tendia a se tornar cada vez mais voltada a subsistência. 
Furtado afirma que se a economia pecuária ao estivesse atrelada à economia açucareira, o longo período de depressão desta ultima teria provocado ou uma emigração dos fatores, ou a estagnação demográfica. 
*Sendo a oferta de alimentos pouco elástica na região litorânea, o crescimento da população teria sido muito menor, não fora essa articulação com o sistema pecuário.
**A redução da renda real resultante de baixa de preços de exportação, numa economia agrícola onde a terra é escassa, afeta necessariamente a oferta de alimentos, seja porque se desviam terras que antes produziam alimentos para produzir artigos exportáveis (e recuperar o valor das exportações), seja porque a importação de alimentos deverá reduzir-se. 
Já na economia da pecuária, a população se alimenta daquilo que produz, o que garante um crescimento populacional mesmo em meio a decadência.
A expansão da economia nordestina, durante esse longo período, constitui um processo de inovação econômica:
O setor de alta produtividade ia perdendo importância relativa e a produtividade do setor pecuário declinava à medida que este crescia. A expansão refletia apenas o crescimento da economia de subsistência, dentro do qual ia acumulando a fração crescente da população.
Desta forma, de economia de alta produtividade em meados do sec. XVII, o nordeste foi se transformando em economia de subsistência. 
** A dispersão de parte da população, num sistema de pecuária extensiva, provocou uma involução nas formas de divisão do trabalho e na especialização, acarretando um retrocesso nas técnicas artesanais de produção.
A formação da população nordestina e a sua precária economia de subsistência estão ligadas a esse lento processo de decadência da grande empresa açucareira que possivelmente foi o negocio colonial-agrícola mais rentável de todos os tempos. 
12. CONTRAÇÃO ECONOMICA E EXPANSAO TERRITORIAL
O sec. XVII constitui a etapa de maiores dificuldades políticas da colônia. Na primeira metade do século ocorrem as invasões holandesas.
Durante os conflitos, Portugal acaba tendo mais prejuízos do que o Brasil. Portugal tinha prejuízo do ponto de vista comercial e fiscal. Ainda, comprometia recursos com gastos militares. 
Encerrada a etapa de gastos militares, começa a queda no preço do açúcar em função da quebra do monopólio.
A administração holandesa se preocupa em reter na colônia parte das rendas fiscais proporcionadas pelo açúcar, o que ocasionou um maior desenvolvimento urbano. 
Na segunda metade do sec. XVII a rentabilidade da colônia baixou substancialmente, tanto para o comércio, quanto para o erário lusitano, ao mesmo tempo em que cresciam suas próprias dificuldades de administração e defesa.
O norte da colônia:
No final do sec. XVI praticamente todas as terras tropicais pertenciam a Portugal ou a Espanha, unidos nesse período por um mesmo governo.
O ataque de holandeses, franceses e ingleses se fez em toda a linha que desce das Antilhas ao nordeste brasileiro. Aos portugueses coube a defesa da linha ao sul da foz do Amazonas, fato que permitiu o controle da imensa bacia. 
O governo português promoveu a ocupação de toda a área litorânea até a foz do Amazonas. Ao iniciar a etapa de dificuldades, essas colônias do norte foram abandonadas a sua própria sorte.
As terras do norte não se mostraram tão produtivasao açúcar.
Além disso, por terem iniciado a produção mais tardiamente, já no sec. XVII. Com o mercado de produtos tropicais desorganizado, os produtores do norte não conseguiram se capitalizar satisfatoriamente.
Em toda a segunda metade do sec. XVII e a primeira do sec. XVIII os colonos do Maranhão lutaram para sobreviver. A colônia foi criada com objetivos políticos e foi abandonada pelo governo português. Tornou-se uma economia de subsistência. A caça do índio tornou-se condição para a sobrevivência dos colonos. 
Os jesuítas exploraram a mão-de-obra sem o uso de meios coercitivos.
A penetração na bacia do Amazonas está marcada pela caça aos índios e pelo embate com os jesuítas. Esse é considerado o principal fator de expansão territorial do norte do país: a pobreza da colônia do Maranhão que obrigava seus colonos a lutarem pela captura do indígena e a reação dos jesuítas, que passaram de protetores dos índios a exploradores. 
Ao buscar os índios, os colonos foram conhecendo as potencialidades da região amazônica. Na primeira metade do sec. XVIII a região paraense se transforma em um centro exportador de produtos florestais: cacau, baunilha, canela,...
São Vicente
Nesse mesmo momento os colonos de São Vicente encontram dificuldade para sobreviver. O empobrecimento da região açucareira, ao reduzir o mercado de escravos da terra, repercutiu negativamente na região sulina, escassa de toda mercadoria comercial. 
Os couros que há muito exportavam aumentaram sua importância relativa e começaram a preocupar os governantes portugueses. 
A essa época a região do Rio da Prata já se apresentava como grande centro criatório e seus produtos representavam uma ameaça a um dos poucos produtos da colônia portuguesa cujo mercado não havia sido desorganizado pelo desenvolvimento antilhano. 
Crescia, então, a importância relativa dos setores de subsistência no norte, sul e nordeste, reduzindo a participação das exportações no total da colônia, o que comprometia a transferência de impostos para a metrópole.
Desvalorização: trazia alivio para os exportadores da colônia, mas as importações tão necessárias se tornavam muito onerosas. 
Esses fatores contribuíram para a reversão cada vez mais acentuada em economias de subsistência, com atrofiamento da divisão do trabalho, redução da produtividade, fragmentação do sistema em unidades produtivas cada vez menores, extinção das formas sociais mais complexas de convivência social, substituição da lei geral pela norma local, etc.

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