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Aulas 31 e 32 - Geografia Política - 2012-02

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MARINHA DO BRASIL
Escola de Guerra Naval
Área III – Política e Estratégia
I-3
LEITURAS
COMPLEMENTARES
DE ESTRATÉGIA
(Publicação Didática)
 ESCOLA DE GUERRA NAVAL
 Rio de Janeiro
 1998
V-1
91.1.1.1.1.1.1.1 escola de guerra naval
AE-III POLÍTICA E ESTRATÉGIA
SETOR DE ESTRATÉGIA
ORIENTAÇÃO DE LEITURA
DOUHET, MITCHELL, SEVERSKY:
TEORÍAS DE LA GUERRA AÉREA
I - FONTE BIBLIOGRÁFICA
Este texto foi transcrito de: EARLE, Edward Mead, CRAIG, Gordon A. y GILBERT, Felix.
Creadores de la Estrategia Moderna: el pensamiento militar desde Maquiavelo a Hitler.
Buenos Aires, Escuela de Guerra Naval, 1948. Tomo II, Seccíon IV y V. pp. 327-356
II - PERTINÊNCIA DO TEXTO PARA OS CURSOS DA EGN
O texto visa a introduzir o leitor ao pensamento dos fundadores das teorias do uso militar do
ar.
O século XX viu a introdução de um elemento inteiramente novo na guerra: o avião. Esse
novo instrumento reconfigurou inteiramente a condução da guerra, embora, até o final da I
Guerra Mundial, o seu emprego concreto foi bastante intuitivo, carecendo de uma reflexão
sistemática; apenas um ou outro autor escrevera alguma coisa, e mesmo estes foram pouco
ouvidos nos círculos decisórios. Até então, a reflexão mais incisiva era feita por autores de
ficção científica, entre eles o famoso H. G. Wells.
Na década de 20, entretanto, irrompe com vigor um conjunto de estudos sobre o emprego
militar da aviação, ou poder aéreo, como preferiam os próprios autores, numa clara analogia
com o poder marítimo de Mahan. Esses autores deram os passos fundamentais na reflexão
sistemática sobre um instrumento sem o que a guerra contemporânea simplesmente é
inimaginável. Um conhecimento desse pensamento é indispensável para o estudioso de
estratégia.
III - SUMÁRIO
O texto expõe em linhas gerais e discute o pensamento sobre o poder aéreo de Douhet,
Mitchell e Seversky, que, à época da publicação, eram reconhecidos como os fundadores do
pensamento sobre o que se convencionou chamar de poder aéreo, particularmente da
concepção de bombardeio estratégico. A idéia básica era a seguinte: em função de suas
características, o avião era capaz de atingir diretamente os centros de produção inimigos,
inviabilizando na prática sua capacidade de combater, e evadindo a necessidade das longas
batalhas inconclusivas que caracterizaram a I Guerra Mundial. Como conseqüência, a força
aérea não poderia estar submetida ao controle de marinhas ou exércitos, pois estes tenderiam
a empregar os aviões para seus próprios propósitos táticos, subtraindo-os de sua tarefa
primordial que era atingir diretamente os centros vitais do inimigo.
As principais diferenças eram as seguintes: Douhet considerava que qualquer tentativa de se
defender contra o bombardeiro eram inúteis e um desperdício de recursos que seriam melhor
empregados no incremento do número de bombardeiros; a única maneira de se defender era
obtendo a superioridade aérea, que só seria obtenível através de um bombardeio devastador
sobre a força aérea inimiga enquanto esta ainda estivesse no solo. Douhet descartava inclusive
a aviação de escolta, defendendo um tipo de bombardeiro fortemente armado que pudesse
2
prover a própria defesa — o que, aliás, para Douhet, dificilmente seria necessário, pois seria
impossível à defesa aérea inimiga encontrar os bombardeiros a tempo de oferecer-lhes
qualquer resistência. Douhet pensava ainda que o papel destinado às marinhas e exércitos
tornara-se totalmente secundário, devendo estes reduzirem-se ao mínimo estritamente
necessário.
A posição de Mitchell era menos radical que a de Douhet: embora defendesse abertamente a
constituição de uma força aérea independente e a centralidade do bombardeiro, Mitchell
julgava necessárias a aviação de caça e a de escolta. Embora também admitisse a
preeminência da força aérea, não tinha o mesmo desprezo que Douhet demonstrava pelas
marinhas e pelos exércitos.
Seversky, por sua vez, embora fosse um projetista de escol — desenhou de punho próprio
uma série de instrumentos aeronáuticos —, é menos importante como teórico, pouco
inovando com relação aos outros dois. Entretanto, foi seguramente o mais popular dos
escritores sobre poder aéreo antes e principalmente durante a II Guerra Mundial; os estúdios
Disney chegaram a produzir um desenho animado inspirado em seus escritos. Sua
importância é, nesse sentido, maior como divulgador que como propriamente um teórico.
Uma característica que o destaca dos outros dois, entretanto, é sua resistência aos porta-
aviões.
IV - ASPECTOS RELEVANTES DO TEXTO
O texto permite um primeiro contato com as obras de Douhet, Mitchell e Seversky, que eram,
à época, os principais proponentes da concepção do bombardeio estratégico, ou seja, a idéia
de que forças aéreas independentes dispunham da capacidade de encerrar a guerra
praticamente sozinhas, relegando às demais forças um papel relativamente secundário. Essa
concepção persiste, de maneira mais controversa que antes, até os dias de hoje, embora seja
menos aceita do que então. O segundo aspecto relevante do texto é exatamente a discussão
dessa idéia, bem como a contraposição entre os diversos autores considerados.
V - ENQUADRAMENTO NA LITERATURA DOS ESTUDOS ESTRATÉGICOS
Esse texto faz parte de uma coletânea publicada originalmente, em inglês, em 1942, em plena
II Guerra Mundial. O livro organizado por Mearle é a primeira consolidação de estudos
acadêmicos civis sobre o pensamento estratégico e os diversos autores considerados. É a
segunda grande obra feita no mundo civil sobre assuntos estratégicos, sendo a primeira a de
Sir Julian Corbett. O reconhecimento de que, apesar de seu enorme valor, essa obra havia sido
superada levou a uma nova edição, com vários textos novos substituindo os antigos —
embora alguns destes tenham permanecido —, organizada por Peter Paret e publicada em
1986.
O texto ora apresentado é um tanto antigo. Muito já se escreveu sobre a experiências das
forças aéreas na II Guerra Mundial, muito já se discutiu sobre as principais teorias e
concepções acerca de seu emprego, e muitas teorias novas já foram propostas — por exemplo,
as idéias do Coronel Warden e do Coronel Boyd. Entretanto, não cabe nenhuma dúvida de
que os autores aqui considerados são os fundadores do pensamento sistemático acerca do
emprego militar dos meios aéreos. A exceção não considerada no texto é Trenchard; este,
porém, não é propriamente um teórico, mas um organizador, cujo pensamento de fato
informou toda a concepção e desenvolvimento da Royal Air Force e influenciou mais de uma
geração de oficiais e políticos intimamente ligados ao desenvolvimento da aviação militar.
VI - LEITURAS COMPLEMENTARES
Douhet, Giulio. O domínio do ar. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1988.
V-3
Mitchell, William. Winged defense: the development and possibilities of modern air power —
economic and military. New York/London, G.P. Putnam’s Sons, 1925.
Seversky, A. P. A vitória pela Força Aérea. Belo Horizonte, Editora Itatiaia, 1988.
Warden, John A., III. The Air Campaign: planning for combat. Washington, National Defense
University Press, 1988.
Meilinger, Philip S. (ed.). The paths of Heaven: the evolution of airpower theory. Maxwell
Air Force Base (Alabama), Air University Press, 1997.
4
DOUHET, MITCHELL, SEVERSKY:
TEORÍAS DE LA GUERRA AÉREA
Edward Warner
Es unicamente en un sentido muy limitado que puede hablarse con precisión literal sobre las
teorías del poder aéreo. Es evidente que cualquier cambio de ideas sobre el poder aéreo ha
dado por sentado la factibilidad del vuelo; pero las discusiones que en realidad han tenido
lugar han admitido típicamente no sólo la existencia de aviones, sino también la existencia de
determinadas clases de aviones, poseedores de características extraordinarias. Las
conclusiones finales han dependido de las presunciones aceptadas con respecto a las
características del material. Douhety otros han aportado contribuciones notables en la teoría
del empleo del poder aéreo; pero el gran debate de los últimos veinte anos que ha hecho
familiarmente conocidos los nombres de Douhet y de Mitchell, no ha estado relacionado con
una elección de teorías de ese estilo, sino con la aceptación o el rechazo de una doctrina
fundamental.
La doctrina fundamental es que el aeroplano posee tal omnipresencia y tales ventajas en
velocidad y altura, que dispone del poder para destruir todas las instalaciones e instrumentos
en superficie, así en tierra como a flote en el agua, en tanto que él mismo resulta estar
comparativamente a salvo de cualquier represalia efectiva tomada desde abajo.
De aceptarse exacta esta doctrina, la preponderancia del desempeno de la fuerza aérea en la
institución militar — y la necesidad de planificar toda campana teniendo especial cuidado de
crear las condiciones más ventajosas par las fuerzas aéreas propias, y las más desventajosas
para las del adversario — surge evidente y automáticamente. Las largas controversias sobre la
relación entre las fuerzas aéreas y las armas terrestres en una organización militar, y la
distribución del esfuerzo entre las distintas armas, han sido incidentales en una controversia
sobre la inherente capacidad del avión, sea cual fuere su forma de empleo. La diferencia de
opinión entre los más celosos sostenedores del culto del poder aéreo, y el más empecinado y
extremoso de los escépticos, no ha establecido una diferencia acerca de las teorías del empleo
estratégico o táctico de los elementos disponibles, sino acerca del poder fundamental de un
arma especial.
En sus escritos, los defensores de la doctrina de la supremacía inherente al poder aéreo se han
expresado, por lo general, en forma profética, hasta poco después del final de la guerra de
1914 a 1918. En el mes de julio de 1921, el Cuerpo Aéreo del Ejército de los Estados Unidos
hundió al ex acorazado alemán “Ostfriesland” en unas experiencias realizadas frente a los
Cabos de Virginia (Cabos Charles y Henry), dando la primera demostración práctica de que
las bombas propulsadas por la sola fuerza de la gravedad, eran capaces de enviar un buque
acorazado al fondo del mar. Con posterioridad a eso, el sentido prevaleciente en la
manifestación de pretensiones del poder aéreo hacia la supremacía, cambió pasando del futuro
al presente. Pero las complicaciones que traia aparejadas la supremacía del aeroplano —
después de haber obtenido un mayor grado de adelanto técnico — eran comprendidas
perfectamente antes del experimento con el “Ostfriesland”.
Al referirse al avión, como así también al submarino, los estudiosos responsables del arte
militar, se vieron precedidos por novelistas y por los dramatizadores de la ciencia en la
divulgación popular. Dichos escritores nada de importancia actual tienen para ofrecer a la
ciencia militar; pero se muestran enfáticos en haber previsto, en toda su magnitud, la doctrina
de la supremacía aérea ya citada, como fundamentando las teorías de Douhet y de Mitchell y
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V-5
de sus modernos suceseres, Seversky y Ziff. H. G. Wells en su libro War in the Air (La
Guerra en el Aire) describió una invasión aérea pausada, sistemática y destructiva, en un
grado tal, que hasta excedía las experiencias mundiales de destrucción efectiva realizadas
durante la presente guerra. El Puente de Brooklyn era “destruído y derrumbado” por una sola
aeronave en su primer pasaje sobre el blanco:
“La Municipalidad, el Palacio de Justicia y la Central de Correos (de Nueva York),
quedaron reducidos a un montón de ennegrecidas ruinas después del primer día de la
visita aérea del enemigo”.
“Así imaginó también Bert Smallways el primer combate de la aeronave y el combate
final de... los buques de combate acorazados... Debían obtenerse fondos para ellos a
cualquier costo — así lo exigía el derecho de existencia de una nación durante esa
época extrana en que artefactos de tipo canasta y de gas de poco costo, arrasaban con
todo cayendo desde el cielo!” 3
Los primeros escritores de temas específicos sobre aeronáutica militar, que escribieron en la
época comprendida entre cuando los Ejércitos de las grandes potencias comenzaron a adquirir
sus primeros aeroplanos (1909) y estalló la Primera Guerra Mundial, fueron tan apocalípticos
en sus visiones del futuro, como lo era el novelista. Para citar algunos ejemplos:
“Aeronaves. Qué horrible significado llegaría a tener esta palabra para la multitud
repentinamente anonadada en medio de su marcial regocijo! Quién puede describir el
horror que haría presa de sus corazones, cuando miraran desesperadamente a los
extranos a recobrar el habla, las aeronaves, con bien dirigente llegara a recobrar el
habla, las aeronaves, con bien dirigidas bombas explosivas, habrían destruido el
Parlamento...”4
“En un cierto momento crítico y antes de que la guerra fuera declarada, una flota aérea
podría ser concentrada a unas 40 ó 50 millas de nuestra costa (la britânica) y una vez
recibido un mensaje radiotelegráfico, asestar sus golpes dentro de las dos horas de
estallada la guerra ! . . . Sheerness, Portsmouth y Rosyth quedarían todas expuestas al
ataque por tierra o por mar (después de hechas las incursiones aéreas), mientras otra
parte de la flota aérea podía efectuar incursiones destructivas sobre Londres, los
Midlands... y otros grandes puertos comerciales... Al dejar fuera de servicio a nuestras
fuerzas navales en dos puntostales como Sheernes y Portsmouth, la flota aérea
alemana habría abierto el camino para una incursión naval alemana que sirviera de
protección a una fuerza expedicionaria... y este sería el último capítulo de la guerra”5.
Esto fué escrito cinco anos antes de que comenzara la Primera Guerra Mundial y no muchos
años después del primer vuelo de los hermanos Wright. Considerado frente a las
imperfecciones e inseguridades de los aviones de la época, era una profecía audaz. Podía
encontrárselo exagerado, únicamente señalando a su autor como demasiado avanzado con
respecto a su tiempo; pero eso ha sido la especie de profecía que ha colocado en serios apuros
a escritores más recientes dedicados al mismo tema.
Un ejemplo descripto en forma menos pintoresca pero más específico y apenas menos
alarmante, es el siguiente relato de fecha ligeramente posterior:
“Un experto militar de gran reputación, hablando de los estragos que una flota aérea
enemiga podría causar, mediante un ataque sobre el Valle del Támesis entre
Hammersmitch y Gravesend, observó: Todas estas 50 millas de concentrada esencia
del Imperio, están a la merced absoluta de una máquina aérea, que podría arrojar una
docena de proyectiles incendiarios en ciertos puntos elegidos de antemano! Hace muy
pocos días que un famoso constructor me mostró como. . . sería posible, para un
enemigo, dejar caer sobre Londres un par de cientos de toneladas de explosivos... Lo
que significaría un ataque aéreo como ese, ha sido descripto por Lord Montagu de
Beaulieu. Supongamos, dijo, que Londres fuera atacada así desde el aire al iniciarse la
 
3 H. G. Wells: The War in the Air (Londres, George Bell and Sons; Nueva York The Macmillan Co., 1908), págs. 167-208.
4 R. P. Hearne: Aerial Warfare (Londres: John Lane; The Bodley Head: Nueva York; John L. Lane Company, 1909), págs.
136-137.
5 Idem., pág. 169.
6
guerra. Cuáles serían los resultados? Imagínense destruídos al edificio de la Bolsa de
Comercio, a los principales bancos, las grandes estaciones ferroviarias, y nuestros
medios de comunicación. Semejante golpe en el verdadero corazón del Imperio,
declaró Lord Montagu: ‘sería como paralizar los nervios de un hombre vigoroso con
un soporífero, antes de que tuviera que pelear por su existencia: la fuerza muscular
existiría, pero el cerebro estaría incapacitado para dirigirla’”6.
— I —
La defensa del poder aéreo como instrumento de guerra predominanteadquirió fuerza cuando
provino de hombres que habían sido sometidos a las pruebas de la actual guerra. La guerra de
1914 a 1918 destacó a los dos hombres que, durante una docena de anos después de ella,
fueron los propagandistas máximos de la doctrina de la supremacía del avión, y sus escritos
desempenaron un papel importante en la evolución de una simple fe en esa doctrina, en su uso
como base para las teorías del empleo táctico de fuerzas y en la selección de objetivos.
Existieron notables paralelos entre las vidas de Giulio Douhet y William Mitchell. Los dos
ingresaron en el Ejército en su juventud, mucho antes que los hermanos Wright hubieran
realizado su primer vuelo. Los dos tuvieron una imaginación que les hacía buscar el empleo
relacionado con los adelantos de otras novedades mecánicas en la institución militar, antes de
sentirse atraídos por la aviación. Los dos se transformaron en severos críticos de la dirección
militar de su tiempo, y sufrieron castigos impuestos por tribunales militares, dada la clase de
sus críticas y la forma de expresarlas. Los dos fueron escritores de fluidez comprensible y
atrayentes: Mitchell dedicó sus publicaciones principalmente a influir en el público; Douhet,
en cambio, escribió más específicamente para un auditorio profesional militar.
Giulio Douhet nació en el ano 1869 y murió en 1930. Ingresó en el Ejército como oficial de
artillería; resultado de la carrera natural italiana para oficiales. Se transformó en uno de los
primeros propulsores del desarrollo del transporte motorizado para servicio de los Ejércitos;
más tarde manifestó su inclinación por las ciencias haciendo investigaciones sobre gases a
bajas temperaturas; y en 1909, hizo su primer escrito sobre la importancia del poder aéreo. En
1915 ya había concebido la imagen de la guerra total, y de ese quebrantamiento de la moral
civil mediante el ataque aéreo que tanta influencia tuvo en el desarrollo posterior de sus ideas.
Fué también partidario de la “destrucción de las naciones” desde el aire, como una medida
militar. Hacia fines de 1916, después de haber enviado a un miembro del gabinete italiano
ciertos memorandums en los que criticaba acerbamente la política del Estado Mayor italiano,
fué juzgado por una corte marcial y condenado a un ano de prisión. La sentencia del tribunal
fué normalmente repudiada, y dejada sin efecto en 1920. En el interín, fué llamado de nuevo
al servicio en febrero de 1918, y colocado al frente de la División Central de Aeronáutica.
Obtuvo el grado de general en 1921, ano a partir del cual datan sus primeros escritos serios
sobre el poder aéreo. Fué nombrado comisario de la aviación inmediatamente después de la
marcha fascista sobre Roma, pero se retiró del gobierno para dedicarse a la defensa literaria
de sus puntos de vista relativos a política.
William Mitchell nació diez anos más tarde que Douhet, y vivió seis anos más que su colega
italiano. Se enroló en la infantería en 1898 y muy poco tiempo después fué destinado al
Cuerpo de Senales. Sirvió en Alaska siendo un oficial joven, construyó allí una importante
parte de la línea telegráfica de Alaska, y su convencimiento de la inmensa importancia
estratégica de ese territorio y de la región sub-ártica en general, tuvo mucha influencia en el
desarrollo de sus ideas sobre ciencia militar. Se mostró activo en la primera aplicación de la
radio y del transporte motorizado en el Ejército, y en 1917, al entrar los Estados Unidos en la
Primera Guerra Mundial, dirigió sus miras hacia una aplicación más reciente de la ciencia, y
 
6 Claude Grahan-White y Harry Harper. The Aeroplane in War. (Londres, T. Werner Laurie, 1912). págs. 208-209.
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fué pasado al servicio aéreo. Aprendió a volar en 1916, fué enviado a Europa como
observador justamente antes de que los Estados Unidos entraran en la guerra, y progresó
firmemente hasta llegar al comando más alto en las operaciones del servicio aéreo
norteamericano, que dirigió durante las semanas últimas de la guerra. Después de una gira de
post-guerra a los principales Estados europeos con el objeto de estudiar el status de la
aviación en los países aliados y enemigos, fué nombrado segundo jefe del servicio aéreo,
teniendo el grado de brigadier general, puesto éste que ocupó desde 1921 hasta 1925. Su celo
en favor de una fuerza aérea unificada, separada del Ejército y de la marina de guerra, y sus
vehementes críticas a la política entonces seguida por los ministerios de guerra y de marina,
culminaron finalmente en una declaración que acusaba a los ministerio de guerra y de marina
de “incompetencia, de negligencia criminal, de una administración casi traidora de la defensa
nacional” y afirmaba que los oficiales “y agentes enviados por los Ministerio de Guerra y de
Marina al Congreso, habían suministrado casi siempre una información incompleta, enganosa
y falsa sobre la aeronáutica”. Juzgado por una corte marcial en el otono de 1925, fué
declarado culpable y sentenciado a la suspensión de empleo por cinco anos. Pidió su baja del
ejército el 10 de febrero de 1926. De ahí en adelante, dedicó mucho de su tiempo durante los
restantes diez anos de su vida, a pronunciar conferencias, escribir y comparecer ante
comisiones abogando por la causa de una fuerza aérea unificada, y denunciando a la dirección
de aeronáutica tanto militar como civil de los Estados Unidos, como así también a la
investigación aeronáutica norteamericana e industria de aviación norteamericana, a todas las
que hizo responsables de retardos en el desarrollo técnico.
Durante los seis anos que precedieron a su pedido de baja del Ejército, el General Mitchell
había sido el líder de la campana por un mejor reconocimiento del valor del poder aéreo en la
organización militar norteamerieana. Su nombre continuó siendo y lo es todavía, el símbolo
de esa campana.
— II —
El poder aéreo había llamado la atención de Douhet ya en el ano 1909. Hasta en esa época
lejana había previsto él su significado revolucionario en la estrategia militar; pero sus ideas
fueron desarrolladas, por primera vez, con cierto detalle (aun cuando en una forma muy
elemental y limitada) en su primer libro escrito en 19217. En una edición revisada de la misma
obra aparecida seis anos más tarde, estas ideas recibieron una expresión más comprensiva y
una expresión definitiva en lo que respecta a conclusiones generales8. Douhet fué también el
autor de una larga serie de artículos publicados en varios periódicos militares y aeronáuticos;
de esos artículos, el más conocido, y que más veces lla sido reimpreso, es una descripción
novelera de una guerra futura imaginaria entre Alemania y Francia9.
Aunque la “teotría Douhet” pronto se convirtió en un tema de referencia frecuente y voluble,
fué solamente después de la muerte de su autor que su traducción la puso directamente al
alcance de mucho público fuera de Italia. Una parte importante de su libro fué publicada en
francés en 1~10; y a su vez traducida al inglés y presentada en forma mimeográfica a los
oficiales del Cuerpo de Aviación de los Estados Unidos en el ano 1933. También fué
publicada en forma abstracta en un periódico militar britânico11. Una traducción alemana
apareció en 1935, y al finalizar el ano 1942, una traducción completa de los principales
 
7 Giulio Douhet. Il Dominio Dell’Aria: saggio sul’arte della guerra aerea. Roma, Stab. Poligr., per l’Amministrazione della
guerra, 1921.
8 Douhet, Il Dominio Dell’Aria (2. ed.). Roma, Instituto Nazionale e Fascista di Cultura, 1927.
9 Douhet, “La Guerra del’19...” Rivista Aeronautica (marzo, 1930), págs. 409-502.
10 Douhet, “La Guerre de L’Air”. Les Ailes (París, 1932).
11 Royal Air Force Quarterly (abril, 1936), pág. 152.
8
escritos militares de Douhet fué, por primera vez, puesta al alcance del público de habla
inglesa12. Las obras escritas por Douhethan sido provechosamente complementadas mediante
una cantidad de estudios críticos que han pasado revista, no sólo al contenido de sus propios
escritos, sino también al curso seguido en las numeroses polémicas sostenidas con sus
contrarios13.
Las presunciones más importantes que fundamentan la teoría Douhet son que:
1. Los aviones son instrumentos ofensivos de potencialidades incomparables, contra los
cuales no puede preverse defensa efectiva alguna;
2. La moral de la población civil ser quebrantada por el bombardeo de los centros de
población. Sobre esa base dedujo la teoría cuyos elementos fundamentales son:
a) “Para asegurar una defensa nacional adecuada, es necesario y suficiente estar en
condiciones de conquistar el dominio del aire en caso de guerra”14.
b) Los objetivos primordiales del ataque aéreo no debieran ser las instalaciones militares, sino
las industrias y los centros de población alejados de la zona de operaciones de los Ejércitos
terrestres.
c) Una fuerza aérea enemiga, en particular, no debiera ser enfrentada principalmente mediante
combates aéreos. sino mediante la destrucción de sus instalaciones en tie rra y de las fábricas
de donde provienen su aprovisionamiento en materiales.
d) La función de las fuerzas de superficie debiera ser de un carácter defensivo, destinada a
mantener un frente y a impedir el avance del enemigo sobre el terreno, y en particular a evitar
una captura del enemigo, por acción en tierra, de las comunicaciones, industrias e
instalaciones de la fuerza aérea propia, al mismo tiempo que el desarrollo de la ofensiva aérea
propia esté procediendo a mantener a prueba la voluntad de resistir del Ejército enemigo y del
pueblo enemigo, con su paralización de la capacidad enemiga.
e) Con el fin de aplicar el esfuerzo total en la forma más económicamente posible, al empleo
de aviones de caza especialmente disenados para combatir en la defensa contra los
bombarderos enemigos, debiera ser decidido de antemano. El tipo básico de equipo para la
fuerza aérea debiera ser un “avión de combate” que al mismo tiempo que bombardea,
disponga de seguridad propia, o pueda ser empleado alternativamente sólo con fines de
combate.
En cuanto al acierto de la primera de estas conclusiones, no puede haber sino una duda
pequena, si el “dominio del aire” es interpretado en un sentido verdaderamente estricto. Si un
Estado beligerante está en condiciones de atacar a voluntad a su enemigo desde el aire, y si
todas las defensas contra dicho ataque han sido eliminadas, resulta inevitable la victoria del
Estado que posee el libre empleo del poder aéreo sobre el Estado que no posee tal poder y
carece de una defensa estática contra el ataque aéreo. La conclusión es buena; pero la
dificultad consiste en llegar a obtener ese grado del dominio del aire, que es un proceso
mucho m s difícil de lo previsto por Douhet. Las defensas enemigas, tanto aéreas como
antiaéreas, se aferran obstinadamente a su vida y a un grado de efectividad cuando menos
suficiente para poder imponer restricciones a la libertad de acción del poder aéreo atacante.
Fué en su insistencia sobre la segunda de sus conclusiones básicas-la preferencia del objetivo
industrial sobre el militarque Douhet se anticipó más a la futura evolución. La idea no era
 
12 Douhet: The Command of lhe Air, traducido por Dino Ferrari (Nueva York. Coward-McCann Inc., 1942). En todas las
cltas subsiguientes relacionadas con las publicaciones de Douhet, incluidas en “The Command of the Air”, se hace especial
referencia más bien a esta traducción que a los originales italianos, debido a que se presume estar n más al alcance de la
mayoria de los lectores de habla inglesa.
13 Coronel P. Vauthier: La doctrine de Guerre du General Douhet. París, Berger-Levrault, 1935; H. de Watteville. “Armies
of the Air”: The Nineteenth Century and After (0ctubre, 1934), págs. 353-368; N. N. Golovine. “Air Strategy”: Royal Air
Force Quarterly (abril, 1936), pág. 169.
14 The Command of the Air, pág. 28.
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nueva. Ya han sido citados aquí libros que aparecieron aún antes del ano 1914, y predecían el
aniquilamiento desde el aire, de la industria y de los centros de control financiero; pero fué
Douhet el primero que hizo del objetivo industrial en el ataque aéreo, el centro de toda una
doctrina militar, creada y promulgada y fomentada durante un largo espacio de tiempo.
La importancia de los objetivos industriales y de las bases aéreas enemigas como puntos de
ataque, ha ido en aumento con el correr del tiempo; pero toda la teoria de Douhet sobre la
elección de objetivos, basada, como estaba, en su apreciación de la cualidad de relativa
fragilidad de la moral de la población civil, no ha tenido éxito a través de los anos.
De una u otra forma puede llegarse finalmente al límite de la resistencia humana en alguna
parte; pero que dicho límite pueda ser alcanzado con esa facilidad prevista por Douhet, lo
niegan rotundamente los coros de negativas levantados por las expresiones de las personas
sobrevivientes de las poblaciones no conquistadas, partiendo desde Chungking hasta llegar a
Coventry. Debe decirse en favor de Douhet, que estaba considerando las consecuencias de la
tremenda concentración de ataque contra una población virtualmente indefensa, a producirse
después de logrado el “dominio del aire”; pero aun así, aparece evidentemente como habiendo
subestimado la enteresa con que el bombardeo es soportado.
“Sobre este punto quiero llamar la atención respecto de un aspecto del problema, a
saber, que el efecto sobre la moral de tales ofensivas aéreas, puede muy bien afectar
más a la conducción de la guerra, que a sus efectos materiales. Considérese, por
ejemplo, el centro de una gran ciudad, e imagínese lo que sucedería entre la población
civil, durante un solo ataque hecho por una sola unidad de bombardeo. Por mi parte,
no dudo de que su consecuencia sobre la gente sería terrible...
“Lo que le podía suceder a una sola ciudad en un solo día, también podría sucederle a
diez, a veinte o a cincuenta ciudades. Y visto que las noticias se trasmiten rápidamente
aún sin telégrafo, teléfono o radio, lo que yo les pregunto es: Cual sería el efecto sobre
los civiles de otras ciudades todavía no atacadas, pero igualmente propensas a los
ataques de bombardeo aéreo? Qué autoridad civil o militar podría mantener el orden,
el funcionamiento de los servicios públicos, y la continuidad de la producción bajo tal
amenaza? Y aún aceptando que alguna semblanza de orden pudiera mantenerse y
cumplido algún trabajo, no sería el avistamiento de un solo avión suficiente para
contagiar de pánico a la población? En definitiva: la vida normal sería imposible en
medio de esta constante pesadilla de muerte y de destrucción inminente. Y si en el
segundo día otras diez, veinte o cincuenta ciudades fueran bombardeadas, quién
podría evitar que esa gente, presa de pánico, huyera de la ciudad al campo abierto para
escapar de ese terror llegado desde el aire?
“Un derrumbe completo de la estructura social no puede tener lugar en un país
sometido a esta clase de despiadados golpes demoledores provenientes desde el aire.
Pronto llegaría el momento en que para terminar con sus horrores y sufrimientos, el
pueblo mismo, arrastrado por el instinto de su propia conservación, se alzaría pidiendo
poner fin a la guerra; esto antes de que su Ejército y marina de guerra tuvieran
materialmente tiempo para movilizarse!”15.
El concepto de destrucción desde el aire de Douhet, así se tratara de industrias o de ciudades,
fué logrado en base a sutilezas matemáticas. Aceptando tácitamente un patrón de destrucción
por bombardeo perfectamente uniforme, serían suficientes 20 toneladas de bombas “para la
completa destrucción de todo, en un círculo de 500 metros de di metro”. Esto significaría la
obtención de “una destrucción completa”, con un gasto de 20 toneladas de bombas pormilla
cuadrada de territorio devastado. “Qué sucedería en una gran ciudad como Londres”,
pregunta Douhet, “si en la parte central de la ciudad resultaran completamente destruídas una,
dos o cuatro extensiones de 500 metros de diámetro?” Estima que con una flota aérea de 1000
aeroplanos de bombardeo, podrían ser destruídas diariamente 50 de esas extensiones. La
notable discrepancia entre esta predicción y los resultados reales de los anos 1940 a 1941, o
 
15 The Command of the Air, pág.57-58
10
entre las predicciones de Douhet y el peso de las bombas realmente empleadas por la Real
Fuerza Aérea en sus incursiones sobre Alemania para lograr efectos mucho menores que los
estimados por Douhet, es debida principalmente a su subestimación de la cantidad de energía
explosiva de las bombas, que dejadas caer entre estructuras sólidamente construídas, se pierde
en el aire libre, y también a una previsión demasiado optimista acerca de la exactitud con que
las bombas pueden ser arrojadas a fin de evitar cualquier malgaste por efecto de ataques
dobles a zonas ya atacadas. Allí donde existen edificios de construcción liviana, como ocurre
con las pequenas residencias, los cálculos de Douhet de que una bomba de una tonelada
destruiría una superficie de 375 pies de diámetro (o al menos la convertiría en inhabitable
para un futuro inmediato), ha sido más o menos confirmada por la experiencia; pero el radio
de destrucción de las bombas arrojadas en calles de una ciudad que cuentan con edificios de
sólidas estructuras de ladrillos y concreto, y en especial el de las caídas entre los de armazón
met lica, ha resultado ser mucho menor. Aun tratándose de estructuras livianas, la realización
práctica del cálculo de Douhet hubiera requerido que las bombas cayeran uniformemente
espaciadas como formando un tablero de damas.
Douhet estuvo acertado en su apreciación del papel más importante que tendría la bomba
incendiaria; su predicción del empleo efectivo y en gran escala de bombas de gas no ha sido
llevada a la práctica hasta la fecha. A este respecto, debe hacerse notar que Douhet asignó
muy poco valor, a las conversaciones sobre limitación de dichas armas. En palabras que
razonablemente pueden considerarse expresión de las ideas del autor, una de las referencias
del informe novelero de Douhet sobre futuras guerras, dice: “Frente al instintivo interés
propio, y a la supervivencia de la nación, toda convención pierde su valor, y todo sentimiento
humanitario pierde su importancia. El único principio a ser tenido en cuenta es la necesidad
de matar para evitar ser muerto”16.
A pesar de que los escritos de Douhet asignan a las fuerzas de superficie una función explícita
en mantener defensivamente una línea terrestre, ya sea detrás de fortificaciones permanentes o
establecida en trincheras, y a pesar de que para las fuerzas navales se considerara un papel
defensivo an logo, es hábil la presunción de que con un acertado aumento en el empleo del
poder aéreo, el desarrollo de los acontecimientos sería tan rápido, que se necesitaría muy poca
resistencia para retardar a una fuerza enemiga terrestre, durante el tiempo suficiente para
evitar que hiciera ella algún dano antes que el éxito fuera ya decidido por otros medios. En su
visión de una guerra futura17, Douhet describe a Francia, con cuatro de sus ciudades
“transformadas en masas llameantes” luego de una hora de bombardeo, y clamando por la paz
después de 36 horas del primer acto de beligerancia. Douhet, más que cualquier otro escritor,
fué el precursor del concepto de la victoria mediante un rápido aplastamiento del adversario;
concepto este que más tarde llegó a una expresión de climax apocalíptico en las visiones de
autores profanos18, y finalmente a una predicción, más sobria y razonable, de que la guerra
que comenzó en 1939 llegaría a una decisión terminante pocos días después de haberse
iniciado en forma efectiva las hostilidades19.
Aunque Douhet había sido un técnico y un científico, demostró poseer muy poco
conocimiento de los problemas de la ingeniería aeronáutica. Al igual que muchos otros
escritores que abarcaron ese mismo tema, consideró al aeroplano como un instrumento mucho
más económico y simple de lo que en realidad es, y como mucho más fácil de cambiar de
funciones mediante un simple y rápido cambio de equipo en el terreno, de lo que en realidad
ocurre. Su sustitución del tipo de avión de caza especializado por el “avión de combate”, que
 
16 The Command of the Air, pág. 309.
17 Douhet, “The war of 19...”, tal como aparece en The Command of the Air, pág. 374-389.
18 Ver por ejemplo Stuart Chase. “The Two-Hour War”, Men and Machines (Nueva York, The Macmillan Co, 1929), pág.
307.
19 Ver inter alia: Alfred G. Williams, citado en el Time (octubre 23 de 1939), página 32.
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V-11
ya ha sido mencionado como uno de los caracteres distintivos de su teoría, provenía en parte
de su creencia de que el avión podía ser disenado, en forma tal, que las bombas y el
combustible podían ser fácilmente substituidos por armamento ofensivo o defensivo. Tal
sustitución hecha en una escala verdaderamente grande, habría estado muy lejos de ser
sencilla en la época en que él escribía, y se ha vuelto desde entonces cada vez más difícil; en
realidad impracticable dada la creciente especialización de tipos y los progresos mecánicos
introducidos desde ese entonces. Douhet no desdenó por completo al caza, pero llegó a
concluir que sus características debían ser esencialmente las mismas que las del bombardero,
y que la fuerza aérea hubiera tenido un desarrollo antieconómico en su poder, construyendo
máquinas que no tuvieran otra función que la del combate.
Durante los anos que precedieron a 1939, las ideas de Douhet sobre la perspectiva cada vez
menor de la importancia del avión de caza, fueron compartidas por un cierto número de
oficiales con experiencia práctica en operaciones. Sus razones no eran, sin embargo, las
mismas invocadas por Douhet, y tres anos de experiencia de guerra efectiva, han dejado
todavía al avión de caza monoplaza, evidentemente en un lugar de primera categoría en
cuanto a importancia. El hecho de que en la postrimería de los anos 1942 y 1943, formaciones
de bombarderos norteamericanos fueran capaces de atravesar fuertes concentraciones de cazas
atacantes en la Europa Occidental sin sufrir pérdidas prohibitorias, podría llegar a dar algún
apoyo a las creencias de Douhet; pero la experiencia adquirida hasta el momento de escribir
este capítulo es todavía inconclusa en tal sentido, y en 1943 los más entusiastas defensores del
bombardeo, difícilmente habrían apoyado a Douhet, en proclamar, con carácter general, la
ineficacia del avión de caza.
Pero Duhet fué todavía más lejos en su idea de la universalidad de funciones, concibiendo
empleos entreverados entre los de carácter militar y civil. “De examinar cuidadosamente las
características funcionales de los aviones de combate y bombardeo, como yo he tratado de
definirlas, podemos ver rápidamente, que en general son casi idénticas a las características
funcionales de la aviación civil. Al fin y al cabo, el avión de bombardeo es en esencia un
avión transporte, de velocidad media y suficiente radio de acción, especialmente equipado
para llevar bombas. . . Mediante un entendimiento mutuo entre la aviación militar y civil, los
aviones civiles pueden transformarse en aviones militares, llegado el caso de tener que
recurrir a esa necesidad. Esto a su vez implica que con los adelantos hechos por la aviación
civil, una Fuerza Aérea Independiente puede confiar, para cubrir muchas de sus necesidades y
gran parte de su equipo, en el progreso de la aeronáutica civil, además de la militar”20.
Reconoció que tales máquinas no serían las ideales ya sea para fines militares o civiles, pero
continuó expresando: “Ser siempre necesariollegar a una solución de compromiso entre los
dos extremos. La guerra se hace con masas, y las masas están compuestas por cosas o
personas de término medio. Una fuerza aérea necesita aviones de características término
medio similares a las de la aviación civil”.
Debiera rsecordarse que después del ano 1927 la confianza de Douhet en la utilidad de
combate directo del avión de transporte civil comenzó a declinar, y que en sus eseritos
posteriores dichas máquinas fueron asignadas como reserva para funciones secundarias.
El enunciado de que la guerra es hecha con masas, y la proposición de que el empleo de
aviones civiles convertidos podría ser contemplado en interés de la economía, están más bien
en disidencia con el habitual exceso de optimismo de Douhet, en cuanto a la economía de las
operaciones aéreas. De ese modo expresa:
“Una flota aérea capaz de lanzar cientos y cientos de toneladas de bombas es fácil de
construir.
“Estos proyectiles (las bombas) no requieren ni metales de características especiales,
 
20 The Command of the Air, pág.47-48.
12
ni un travajo muy esmerado en su fabricación.
“Una fuerza aérea adecuada para conquistar la supremacía en el aire, especialmente al
iniciarse el conflicto, sólo requiere armas limitadas, personal limitado, y pocos
recursos financieros. Esta fuerza puede ser organizada sin llamar la atención de los
adversarios probables”.
En el cuadro de Douhet de la guerra del futuro21 los alemanes figuran como poseyendo 1500
bombarderos solamente. De este número, sólo 100 son bombarderos pesados, o sea
bombarderos sustancialmente iguales, en peso y poder, a los bombarderos pesados de 1942;
tales como las Fortalezas Volantes Norteamericanas y los Liberator y los Lancaster britânicos.
En el primer día de la guerra imaginaria, a un tercio del total de esa flota se lo supone perdido,
pero al mismo tiempo los alemanes logran destruir la mayor parte de la fuerza de cazas
francesa enviada en su contra, quedando el curso futuro de los acontecimientos sometido
enteramente a su propio mandamiento.
La pérdida anticipada de un tercio del total de las flotas aéreas victoriosas, en el primer día de
lucha, es una nota característica. Douhet no tenía confianza en las reservas. Todo poder aéreo
debía ser puesto en el platillo de la balanza al iniciarse la guerra. Mantener algo en reserva,
era un síntoma de la política defensiva que tanto detestaba él, por ser tanto más costosa y
menos efectiva, que las audaces e ilimitadas ofensivas destinadas a conseguir la inmediata
destrucción de los recursos y bases del enemigo.
En su énfasis sobre el valor de la ofensiva, dejó de lado medidas defensivas, sin tener en
cuenta las posibilidades de que también ellas podían ser sometidas a mejoramientos técnicos.
En particular, dejó de percibir el extraordinario perfeccionamiento de la radio-localización de
aviones enemigos, y estimó que la intercentación de hombarderos por los cazas. sería en gran
parte un asunto de suerte. Hizo a un lado al fuego antiaéreo con la observación de que: “E1
empleo de la artillería contra aeroplanos pasa a ser un inútil gasto de energía y de recursos”.
No tenía una idea mucho mejor de la defensa aérea, y citó como precedente histórico, el
hecho de que “cada vez que un ataque aéreo era llevado a fondo los anos de 1915 a 1918, ese
ataque cumplía su objetivo”.
La peor de todas las fallas de Douhet relativa al perfeccionamiento técnico, ya sea juzgado
por los “standards” de los técticos especificamente aeronáuticos de su tiempo, o por la
experiencia acumulada en los siguientes quince ainos, fué el hecho de haber restado
importancia a la velocidad en los aviones militares. Tal vez influenciado por la analogía
naval, fijo su atención primordialmente en la fuerza. No descuida por completo a la velocidad;
la menciona con frecuencia como una cualidad deseable; pero llega reiteradamente a la
conclusión de que su importancia es muy pequena, en comparación con otros elementos de
desempeno para los aviones. “Asi se trate de bombarderos o de aviones de combate, no
precisan esos aviones más que una velocidad mediana. No es necesario insistir sobre la
velocidad; es de poca importancia que los adelantos técnicos puedan pronto proveer aviones
de bombardeo o de combate que, conservando otras características básicas inalteradas,
tendrán una velocidad de 10 a 20 millas más por hora” 22. Douhet estuvo acertado al profetizar
la importancia del bombardero pesado; también tuvo razón en anticipar el empleo del blindaje
en los aviones, en una época en que contaba con muy pocos simpatizantes; pero estuvo
completamente equivocado, en todo lo que hasta ahora se ha podido evidenciar en cuanto a su
comparativa indiferencia respecto de la velocidad; factor que en realidad ha resultado ser una
de las características más vitales en todo tipo de avión militar.
En cuestión de velocidades, el error residió en la estimación de magnitudes; pero en otras
cosas, Douhet estuvo equivocado hasta el punto de cometer grandes errores en asuntos
técnicos. Creyó, por ejemplo, que el poder de sustentación mínimo requerido para mantener
 
21 The Command of the Air, pág. 47-48.
22 The Command of the Air, pág. 67.
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V-13
un aeroplano en vuelo, podía disminuir con el aumento en la altura; que la velocidad de un
aeroplano podría duplicarse aumentando convenientemente la altura de vuelo hasta llegar a
una densidad del aire igual a la mitad23; en realidad el aumento de velocidad resultante de un
cambio de altura semejante, no es del 100 por ciento, sino algo inferior a un 25 por ciento; y
que los aviones muy grandes “probablemente no podrían ni aterrizar ni levantar vuelo,
excepto partiendo de superficies líquidas. Tal vez tengamos que construir lagos artificiales
para su aterrizaje”.
Mal informado como estuvo Douhet en algunos de estos asuntos, demostró con todo tener una
gran prudencia en cuanto a profecías técnicas, y esto ha hecho que sus libros se hallen prac-
ticamente libres de exageradas esperanzas sobre las capacidades técnicas de los aviones
existentes o que estaban por crearse que han desfigurado muchas de las polémicas de otros
autores sobre el tema del poder aéreo.
Además de sus conclusiones específicas de cómo una campaña debía ser conducida a fin de
emplear el poder abrumador de una fuerza aérea, Douhet tuvo ideas sobre organización
militar y de una política general. Fué un decidido defensor del unicato en la organización del
Ejército, de la marina y de la aviación. Pocos anos después de 1918 hizo alusión a la “guerra
total”. En 1921 escribió: “Las formas prevalecientes de la organización social han dado a la
guerra un carácter de totalitarismo nacional -vale decir que la población entera y todos los
recursos de una nación están absorbidos en la concepción de la guerra. Y como la sociadad
está ahora evolucionando evidentemente conforme a esta orientación, está dentro del poder de
la previsión humana el apreciar ahora que las guerras futuras ser n totales en su carácter y
alcance”24.
“Existen teorías de la guerra terrestre, de la guerra naval, y de la guerra aérea. Estas teorías
existen, evolucionan y se desenvuelven, pero una teoría de la Guerra es casi desconocida”.
Abogó por la organización de la defensa nacional a través de un ministerio centralizado, y en
1927 tuvo la satisfacción de ver que ese ministerio se creara en Roma.
La influencia de los escritos de Douhet ha tenido gran trascendencia. Mucho de lo que
expresara ha sido confirmado y documentado por la experiencia y por autores posteriores a su
época. Por otra parte, mucho también ha resultado ser demasiado optimista, o específicamente
erróneo. Algunas de sus creencias han demostrado ser erróneas en la presente guerra; pero a
pesar de todo, y a parte de las cuestiones relacionadas con el diseno de aeroplanos, la
tendencia de la evoluciónse ha realizado, en la mayor parte de sus aspectos, dentro del
sentido previsto por Douhet. Erró mucho el camino en sus especificaciones sobre las
características de los aviones que se emplearían en guerras futuras; pero su opinión relativa a
la forma en que debían ser empleados, es casi más válida en 1943, que lo que hubiera sido en
las condiciones de su propia época, y un mejoramiento futuro en la performance de los
aviones es probable que lleve a los organizadores y comandante del esfuerzo militar todavía
más cerca de las prácticas aconsejadas por Douhet. La intensa concentración del bombardeo
sobre una zona pequena, la elección de los objetivos industriales, y la construcción de grandes
bombarderos poderosamente armados para su propia protección (aun cuando no sigan a
Douhet, al extremo de eliminar por completo la protección de cazas)-, todo eso parece ahora
bastante obvio; pero fué Douhet quien dió a esas ideas su más efectivo apoyo durante los anos
experimentales, all por los anos 1920 y 1930. E1 prestigio de los estudios de Douhet entre los
estudiosos militares de nota, hasta entre los de su misma época, está evidenciado por el hecho
de que un oficial tan distinguido como el Coronel P. Vauthier, encontró tiempo para preparar
una crítica completa a su trabajo25, y también por los conceptos vertidos en la introducción de
 
23 The Command of the Air, pág. 337.
24 The Command of the Air, pág. 5-6.
25 La Doctrine de la Guerre du General Douhet. París, 1945.
14
ese volumen (fechado el 7 de junio de 1934): “El estudio de Douhet es una fuente inagotable
en cuanto a reflexiones. La notable doctrina que ha formulado puede tener una influencia
decisiva en los acontecimientos que se avecinan. Convencional en sus apreciaciones iniciales
y en sus métodos. demuestra las conclusiones a que conducen. Procuremos no tratar con
ligereza, como un sonador utópico, a un hombre que tal vez más tarde pueda ser considerado
un profeta”.
Las frases recientemente citadas no provienen de un joven fanático. Lleva la firma del
Mariscal Pétain.
Los avíones de bombardeo no están inmunes de represalias ya sea desde tierra o desde el aire,
pero son relativamente menos vulnerable de lo que eran 20 anos atrás; y la apreciación básica
de la invencibilidad del aeroplano y su inherente superioridad en poder y economía sobre todo
las demás armas, que halló poca justificación en los días de Douhet, se halla hoy día mucho
más cerca de ese supuesto. Con otros 20 anos de desarrollo en ciencia aeronáutica, se estar
mucho más cerca aún de verse justificada. En los días de Douhet, los hombres responsables
de la organización de la seguridad nacional tenian que depender por entonces de las armas
corrientemente existentes. En ese sentido las teorías de Douhet fueron delineadas para el
futuro, siendo muchos menos aplicables a los medios existentes de su propio tiempo, que a los
que después sobrevinieron.
Hasta los estudiosos del poder aéreo en tiempo de Douhet hicieron objeción a las
apreciaciones militares que servian de fundamento a sus conclusiones; y a estas mismas como
constituyendo una guía adecuada para las operaciones aéreas. El General Golovine26, entre
otros, contradijo la sobreestimación de Douhet sobre el efecto destructivo del bombardeo en
la moral del pueblo. En este aspecto, la experiencia adquirida desde 1939 ha apoyado más a
los censores de Dcuhet, que a Douhet mismo. Por lo general, el tiempo actúa en favor de
Douhet; pero sus cálculos sobre el monto del esfuerzo requerido para producir un efecto dado,
fueron característicamente demasiado optimistas, como lo han sido, muy amenudo, los de
otros sostenedores de la supremacía del poder aéreo.
La teoría de Douhet se convirtió en el proclamado imán de la política italiana.En ningún otro
país de Europa fué adoptada por completo. Alemania, cuya fuerza aérea mantuvo aterrorizada
a Europa desde 1938 hasta que la batalla de Gran Bretana confutó la leyenda de su
invencibilidad, siguió Douhet en el principio de la concentración para destruir las fuerzas
aéreas enemigas en tierra y eliminar las bases enemigas; pero más bien se orientó en mantener
una ccnstante colaboración entre las fuerzas aéreas y de superficie, qúe en relegar las fuerzas
de superficie a una línea auxiliar defensiva, y también en emplear bombarderos livianos en
vez de pesados. La Lufwaffe fracasó onde más se acercó a la teoria de Douhet, que fué
actuando sobre Inglaterra en 1940: no obstante ser cierto que el ataque podia haber tenido
éxito, si los alemanes hubieran dispuesto de medios para llevarlos a cabo en una escala mucho
mayor que la empleada, y mantenerlo por un periodo de tiempo más largo.
No está comprendido dentro del objeto de este estudio, discutir el asunto de si la evolución
del aeroplano y su armamento, ya han llegado a la etapa en que las guerras pueden ser
exitosamente conducidas por el método de Douhet. No les hubiera ido mejor a los alemanes,
desde su propio punto de vista, si hubieran contado con una industria aeronáutica y una fuerza
aérea todavia más grande, destinando a los aeroplanos la mayor parte del material potencial
humano, que en realidad fueron destinados a tanques, artilleria, submarinos y buques de
superficie, transfiriendo parte de sus fuerzas terrestres y del personal naval a la Lufwaffe, y
poniendo la mayor parte del resto a trabajar en las fábricas de aviones? Seria para nosotros
una politica sabia seguir hoy dia ese mismo procedimiento? Este punto es discutido
acaloradamente; pero es evidente, cuando menos, que la ocasión para tal concentración única
 
26 N.N. Golovine. “Air Strategy”. Royal Air Force Quarterly (abril 1938), pág. 169.
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del esfuerzo en el poder aéreo puede ser más marcada en 1943 que lo que pudo haber sido
diez o veinte anos atrás, y es del todo probable que el trascurso de otra década la hará todavia
más marcada.
— III —
Las actividades del General Mitchell fueron contemporáneas y de un modo general
coextensivas con las de Douhet. Tenian ellas mucho en común, y la asignación convencional
del nombre de Douhet más bien que el de Mitchell, a muchos de sus postulados comunes, es
debido en parte a la casualidad, en parte a la literatura más sistemática y clara de Douhet
sobre el desarrollo de sus conclusiones, y en parte al interés más vivo en estudios militares
que existia en Europa, comparado con los Estados Unidos.
Entre estos dos hombres existia, sin embargo, una enorme diferencia en materia de
temperamento. La diferencia tiene alguna importancia, pues el carácter con que las
controversias sobre la importancia del poder aéreo han sido llevadas, ha sido el reflejo de las
tácticas de aquellos que más activamente estu vieron comprometidos en ambos bandos de la
argumentación. Mitchell escribió y habló como un apasionado partidario, volvién dose cada
vez más impaciente contra la oposición, y cada vez más dispuesto a denunciarla como
estúpidamente reaccionaria; cegada por el propio interés o de mala fe. Sus adversarios con
testaban del mismo modo, y la controversia se volvía más enco nada. Douhet mantuvo la
actitud de un estudioso y de un des apasionado buscador de la verdad, aún en plenos cambios
por controversias.
“No es función mía, escribió, ni del General Bastico ni de algún otro, asignar el papel
predominante en la guerra a un arma determinada. Si en realidad cualquier arma que
sea, tiene una importancia deslumbradora, no lo es por deseo huma no alguno, sino
porque los hechos comprobables así lo ponen de manifiesto. Si el arma aero-química
es llamada a convertirse en decisiva en la guerra futura, no será por acción mía, y no
mereceré‚ en ello, ni el aplauso ni el reproche”27.
Mitchell, aunque sin confiar por completo en Douhet, com partió en cierto grado la
convicción de la primordial eficacia del ataque a la estructura económica e industrialdel
enemigo. Compartió también la creencia de la comparativamente frágil moral del pueblo civil.
Al igual que Douhet, creía en la posibilidad de paralizar las actividades civiles y militares a
través de un bombardeo de volumen relativamente moderado. Hablando de un posible ataque
sobre las ciudades más importantes de los Estados Unidos, dice: “No es necesario que estas
ciudades sean destruídas en el sentido de que cada casa quede al ras del suelo. Bastar obligar
a la población civil a evacuarlas, para que no puedan continuar con sus habituales
ocupaciones. Unas pocas bombas de gas lograrían eso”28.
Varios miles de bombas cayeron sobre Londres en 1940 y 1941: así todo la vida de la ciudad
continuó durante todo ese tiempo, y únicamente una parte muy pequena de sus edificios
quedaron inutilizados.
 “En el futuro, la sola amenaza del bombardeo de una ciudad por una fuerza aérea
obligar a evacuarla, y todo trabajo en las fábricas tendrá que ser parado. Para obtener
en la guerra una victoria duradera, debe ser destruido el poder de la nación hostil para
hacer la guerra: esto significa las fábricas, los medios de comunicación, los
productores de alimentos, y hasta las granjas, los aprovisionamientos de combustibles
y petróleo, y los lugares donde la gente vive y realiza su trabajo diario. Operando en el
corazón de un país enemigo, la aviación cumplirá este objetivo en un espacio de
tiempo increiblemente corto”29.
 
27 Vauthier, op.cit., citando una carta del General Douhet. Ver también The Command of the Air, págs. 251-262.
28 William Mitchel. Skyways — A Book on Modern Aeronautics (Filadélfia y Londres, J.B.Lippincott Co., 1930. pág 262.
29 Mitchell. Winged Defense. Nueva York y Londres: G. P. Putnam’s Sons, 1925. págs. 126-127.
16
“El advenimiento del poder aéreo, que puede llegar directamente a los centros vitales
y neutralizarlos o destruirlos, ha introducido un carácter completamente nuevo en el
viejo sistema de hacer la guerra. Se acepta hoy, que el Ejército enemigo m s
importante en el campo de batalla, es un objetivo falso, y que los objetivos verdaderos
son los centros vitales... El resultado de la guerra hecha desde el aire, ser producir
decisiones rápidas. El poder aéreo superior originará en el país enemigo, estragos tales
o la amenaza de estragos tales, que hará imposible llevar a cabo una campana
planificada de larga duración”30.
En sus primeros escritos hechos después de 1918, Mitchell prestó mucha atención a la
cooperación de las fuerzas del aire con las de tierra; pero con el correr del tiempo, las fuerzas
de superficie han quedado relegadas en forma eada vez más completa a una posición
secundaria en su concepto, en tanto que su confianza en las posibilidades técnicas del
aeroplano ha ido en aumento. Continuó, sin embargo, asignándole una gran importancia al
empleo del poder aéreo en la destrucción de las fuerzas de superficie enemigas. A este
respecto difería de Douhet, quien virtuaimente era de la idea de no prestar atención a las
fuerzas de superficie, mientras detrás de éstas se estuviera destruyendo a la nación y sus
recursos. La diferencia de opinión era debida en parte a una reflexión acerca de la diferencia
en nacionalidad, y al aspecto geográfico considerado por cada uno de estos dos hombres.
En especial, la facultad del avión para destruir cualquier clase de buque de superficie,
restándole a los buques de superficie toda función militar, se convirtió para Mitchell, en un
verdadero artículo de fe.
“Si este proyectil (una bomba aérea de 2000 libras) hace impacto en las vecindades de
un buque dentro de un par de cientos de pies, el efecto explosivo submarino es tan
grande que arrancará planchas de la obra viva del buque, originando su
hundimiento”31. Muchos buques han sido hundidos mediante ataques aéreos durante la
actual guerra, pero mucho menos facilmente que en la forma descripta.
“Es probable que las guerras futuras sean nuevamente conducidas por una clase
especial, la de la fuerza aérea, como ha ocurrido en los tiempos medievales con los
caballeros armados. Nuevamente, no tendrá que ser movilizada toda la población en el
caso de una emergencia nacional, sino tan solo el número suficiente para tripular los
aviones, que son lo más potente en materia de defensa nacional”32.
Por su condición de piloto militar con experiencia personal en el comando efectivo de fuerzas
aéreas en combate, el General Mitchell tenía un conocimiento mucho más íntimo que Douhet,
en cuanto a los problemas tácticos. Empleó su talento inventivo al máximo en el
mejoramiento de los métodos tácticos existentes. Una de sus más notables y perspicaces
proposiciones, tomó, en 1918, la forma de un plan para emplear tropas paraeaidistas detr s de
las líneas enemigas.
Mitchell no cayó en el error de Douhet de auspiciar un avión para todo propósito. Los aviones
de caza conservaron un papel importante en su plan de guerra, adondequiera que las
circunstancias llevaran a las fuerzas aéreas hostiles de ambos lados a entrar en contacto
directo entre sí.
“Quedó demostrado en la guerra europea”, escribió Mitchell, “que la única defensa efectiva
contra el ataque aéreo es fustigar a las fuerzas aéreas enemigas en batallas aéreas”33.
En todo asunto relacionado ccn las características técnicas del avión y con los detalles de su
empleo, Mitchell era incomparablemente más experto que Douhet. Sin embargo, la intensidad
de su entusiasmo lo condujo, en algunas ocasiones, a sobreestimar grandemente el grado que
alcanzaría el perfeccionamiento técnico en el futuro imnediato, y aún a exagerar las
posibilidades de realización inmediata de la época en que escribió. Manifestó, por ejemplo:
 
30 Skyways. págs. 255-256.
31 idem, pág. 267.
32 Winged Defense, pág. 19.
33 idem, pág. 199.
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V-17
“Puedo decir ahora, definitivamente, que podemos dar la vuelta al mundo en un tiempo muy
corto y con una sola carga de nafta”34. Esta predicción tiene ahora diecisiete anos de
antiguedad pero aún está lejos de ser cumplida.
La más importante de las diferencias entre estos dos hombres como contribuidores a la
formación del pensamiento militar fué, sin embargo, la diferencia en el modo de encarar el
aspecto geográfico.
Douhet escribió como italiano, y probó sus teorías aplicándolas a Italia; una nación que tenía
sus principales enemigos potenciales situados a corta distancia por vía del aire, y con sus
fronteras terrestres defendidas por barreras de montanas contra un ataque rápido realizado en
tierra.
“Mi problema es, naturalmente, nuestra propia situación y la eventualidad de un
posible conflicto entre Italia y alguno de sus posibles enemigos. Admito que las
teorías que expongo tienen eso por antecedente, y que, en consecuencia, no debieran
considerarse aplicables en todos los países. Yo, con toda probabilidad, no llegaría a las
mismas conclusiones, si considerara especialmente un conflicto entre el Japón y los
Estados Unidos. Ofrecer una receta de carácter general para lograr la victoria, que
resultara aplicable a todas las naciones, sería en absoluto presuntuoso de mi parte. Mi
intención es simplemente senalar el camino mejor y más eficiente que debe seguir
nuestro país en prepararse para una prokable guerra futura”35.
Muchos norteamericanos, defensores del poder aéreo como elemento primordial en nuestra
organización militar, han considerado la defensa de los Estados Unidos, en el continente,
como nuestra principal preocupación militar; pero Mitchell nunca aceptó limitaciones de esa
especie, y fué el primero en abogar por la aplicación del poder aéreo, en términos generales,
con un mínimo apoyo por fuerzas de superficie. Fué un defensor incansable de las rutas aéreas
árticas entre los continentes; rutas que recientemente han pasado a ser objeto de tanto interés
popular y han llevado a un desplazamiento tan liberalde las cartas de proyección Mercator
por las de proyección-polar. Bregó sin desmayo por la importancia de una ruta transatlántica,
vía Groenlandia e Islandia y las posibilidades de su empleo militar, y por el correspondiente
valor y posibilidades de movilidad entre los Estados Unidos y Asia por Alaska y Siberia o a
través de las cadenas de las islas Aleutianas y Kuriles. Muy poco tiempo después de iniciarse
en su carrera militar senaló a Alaska como la llave para la supremacía militar en el Pacífico; y
la aparición del aeroplano y su creciente influjo, reforzaron su convicción sobre ese punto.
Fué cuando el General Mitchell era segundo jefe del Cuerpo de Aviación que una escuadrilla
militar de tres aeroplanos efectuó un vuelo alrededor del mundo, cruzando así el Pacífico
como el Atlántico, a través de la ruta de islas que había hecho resaltar, tanto como una
oportunidad para los Estados Unidos, como una amenaza para la seguridad de América. La
ruta vía Groenlandia e Islandia está actualmente establecida y en función. El éxito de los
japoneses en establecerse en las Aleutianas durante el verano de 1942, allí donde no se habían
establecido bases en tiempos de paz es, en cierto sentido, una notable confirmación de las
predicciones del General Mitchell sobre el curso de los acontecimientos que habrían de
sobrevenir, aunque la operación parece haber involucrado un mayor empleo de buques de
guerra, y haber sido menos concentrada sobre objetivos aéreos de lo que él habría esperado.
Muchas de sus predicciones se han convertido en realidades. Otras lo serán en los anos
venideros. Pero muchos de los adelantos técnicos que le parecieron muy lejanos, o estaban
dentro de una inmediata realización en la época en que escribía, están todavía hoy lejos de
una realización práctica, después de transcurridos 20 anos, y no obstante una investigación
contínua e intensa. El General Mitchell tenía mucha imaginación y golpe de vista, tanto para
los problemas tanto tecnicos como para los tácticos. Era un creador, y se impacientaba pcr los
 
34 idem, pág. 139.
35 The Command of the air, págs. 252-253.
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obstáculos que se interponían en el camino de la transformación de los proyectos en
realidades, pese a lo genuino y sólidos que esos obstáculos pudieran ser. Podía decirse de él,
con mayor seguridad que de Douhet, que poseía el don de prever la dirección en que se
produciría el proceso evolutivo, pero a menudo era demasiado optimista en cuanto a su
rapidez. A eso se debió que algunos de sus sostenedores se mostraran indiferentes, y que él
mismo se hiciera vulnerable.
— IV —
Alexander de Seversky, piloto militar ruso durante la Primera Guerra Mundial y luego
inventor, disenador de aeroplanos y exímio piloto de pruebas de sus propias máquinas,
consolidó sus puntos de vista en el poder aéreo, sus potencialidades y los defectos en su actual
empleo, en su libro Victory Through Air Power (La Victoria a través del Poder Aéreo)36. Sus
puntos de vista se ajustaban, en gran parte, a los de Mitchell, cuyo discípulo Seversky declara
ser, en la dedicatoria de su libro. En su obra citada actualiza a Mitchell con nuevos ejemplos,
y en particular, con una explicación de la causa del fracaso de la fuerza aérea alemana en
tener éxito frente a Gran Bretana.
En el planteo del problema relativo al poder aéreo hecho por Seversky, el rasgo sobresaliente
que lo distingue por sobre todos los demás estudiosos de ese asunto, es una insistencia en la
importancia vital del radio de acción grande y en la posibilidad de ampliar esa distancia, en
cifras muy superiores, comparadas con cualesquiera de las conocidas hasta entonces.
Independiza a la fuerza aérea del futuro, de la preocupación por una organización terrestre
grande que era admitida por Douhet, y de la dependencia de los puntos de apoyo insulares en
las rutas del Artico, en el Atlántico, y en el Pacífico, a los cuales Mitchell tanta importancia
asignara.
Pronosticó la pronta realización de un vuelo sin etapas alrededor del mundo, en términos
notablemente similares a los que Mitchell empleara sobre el mismo asunto 17 anos antes:
“Dentro de cinco anos como máximo, la definitiva autonomía de vuelo de 20.000 millas para
dar la vuelta al mundo pasará a ser una realidad”37.
Puede ser que tenga razón, pero para que eso ocurra, los adelantos técnicos en el diseno de los
aeroplanos y en el mejoramiento de economía en su planta propulsora tendrán que ser mucho
más rápido durante los próximos cinco anos de lo que han sido en cualquier tiempo durante
los últimos veinte anos. Para que en la actualidad un avión pueda dar la vuelta al mundo en un
vuelo sin etapas, tendrá que tener substancialmente al iniciar el vuelo más del 75 por ciento de
su peso total en combustible, quedando menos de un 25 por ciento para la estructura, los
motores, la tripulación, el equipo militar, y todas las demás cosas que deban ser conducidas a
su bordo.
Seversky no duda del rápido aumento futuro en la autonomía de vuelo; y está igualmente
convencido del desatino que significa aceptar las consecuencias de limitaciones en la
autonomía del vuelo de los tipos de aviones existentes, y de algunos de los desastres militares
que esperan a quienes han descuidado este factor sumamente importante.
“La deficiencia en la autonomia de vuelo ha sido la maldición para la aviación de Hitler”38.
“Es simplemente un derroche, el hecho de mantener bases avanzadas, en lugar de lanzar todo
el potencial aéreo directamente sobre el adversario. Toda la lógica de la guerra aérea da por
seguro que la guerra en los cielos ser al final conducida desde tierras metropolitanas, con todo
 
36 Alexander P. de Seversky. Victory through Air Power. Nueva York, Simon and Schuster, 1942.
37 Victory through Air Power, pág. 14.
38 Victory through Air Power, pág. 126.
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el espacio comprendido entre éstas y las del adversario, convertido en la tierra de nadie”39.
De aceptarse la capacidad de poder operar a grandes distancias desde bases costeras, el
portaaviones se vuelve innecesario. Seversky lo descarta en forma mucho más concluyente
que cualquiera de sus antecesores.
La idea de operar desde “tierras metropolitanas”, sin el peso del establecimiento y del
mantenimiento de bases avanzadas e intermedias, sería bien recibida por todo oficial de la
fuerza aérea, de ser posible su realización sin tener que pagar un precio prohibitivo. De las
características inherentes al aeroplano, considerado en sus mejoramientos de 109 últimos 40
anos, surge como probable, sin embargo, que el precio a pagar por tal método operativo,
continuar siendo extremadamente alto. Aun en el caso de que los aviones hubieran llegado a
tener la autonomía de vuelo necesaria para efectuar incursiones de bombardeo desde
distancias de 6.000 a 8.000 millas, sería probable que continuara siendo mucho más
económico en material, y por lo tanto más eficiente, el hecho de operar desde bases más
cercanas, cualquiera fuera el lugar en que éstas se establecieran, empleando abastecimiento de
combustible asegurado localmente, o llevado en buque-tanques, a una fracción del costo de lo
que resultaría en potencial humano y en material, su trasporte por aire.
Los defensores del poder aéreo han sido objeto de constantes ataques por parte de los críticos
de ideas conservadoras en su proposición de ganar la guerra con instrumentos imaginarios, a
cuyas conclusiones llegaron mediante la aceptación de posibilidades para el avión mucho
mayores de las que actualmente tiene. E1 cargo hecho contra Douhet sólo contiene una
pertinencia muy relativa; el correspondiente a Mitchell una mayor, y el que comprende a
Seversky una mucha mayor aún. Mucho de lo escrito por Seversky en su libro, es franca
profecía, pero aunque escrive en tiempo de verbo futuro queda expuesto al cargo de ser
considerado indebidamente optimista,en cuanto a la rapidez con que se realizarán sus
visiones de aviones del futuro y sus performances futuras. Cuando describe la guerra del
futuro, cae dentro de un patrón que ha llegado a ser muy conocido por intermedio de muchos
de sus antecesores.
“Desde cualquier punto del horizonte-a través de los dos oceanos y a través de ambos
polos los bombarderos gigantes, cada uno protegido por su escolta de mortíferos
aviones de caza, convergen sobre los Estados Unidos de Norte América. Hay miles de
estos “dreadnoughts” del aire. Cada uno de ellos lleva cuando menos 50 toneladas de
bombas explosivas aerodinámicas, y una granizada de bombas incendiarias livianas...
Con la precisión de un plan perfecto, los gigantes invasores aéreos asestan sus golpes
a los centros nerviosos de una gran nación. Eligen sus objetivos sin incurrir en fallas...
Los estragos que causan no pueden ser descriptos. Nueva York, Detroit, Chicago y
San Francisco, quedan reducidas a montones de escombros en veinticuatro horas.
Washington es borrada del mapa antes de que el gobierno tenga la oportunidad de
poner a buen resguardo sus más preciados archivos”40.
A pesar del carácter recordatorio de la previsión de Seversky, sería insensato confiar en la
frecuencia con que tales profecías han sido hechas en el pasado, y en su fracaso en lograr algo
que se acerque a la realidad completa actual. En el momento de eseribir este capítulo están
ellas más cerca de cumplirse de lo que alguna vez estuvieron; y tarde o temprano, si continúa
el proceso de tratar de arreglar el mundo mediante guerras mundiales, es bien probable que el
adelanto en los implementos de la guerra aérea y en la técnica de su empleo, lleguen todos
juntos a cumplir las profecías. Los militares tienen que continuar permaneciendo en una
constante alerta para entrar a combatir con los instrumentos que puedan ser producidos en
cada tiempo; pero también deben estar preparados para enfrentar los problemas que serán
presentados por los instrumentos con que és posible pueda contarse en el futuro, de un modo
tal que las consecuencias de perfeccionamientos técnicos no los tome de sorpresa. Los
 
39 Victory through Air Power, pág. 139.
40 Victory through Air Power, pág. 7-8.
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primeros defensores del poder aéreo, y en especial Douhet, pueden ser leídos ahora con mayor
provecho que cuando sus libros fuéron recién publicados.