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Aulas 37 e 38 - Geografia Política - 2012-02

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1 
 
GEOGRAFIA POLÍTICA E GEOPOLÍTICA: DETERMINISMO E POSSIBILISMO?* 
José William Vesentini 
 
"A política de um Estado está na sua geografia", afirmou Napoleão Bonaparte com base na sua 
leitura de Montesquieu e na experiência como militar. Esta sucinta e polêmica frase de uma certa 
maneira sintetiza a questão sugerida no tema desta prova, que à primeira vista é simples, mas 
que, na realidade, embaralha ou emaranha duas renitentes problemáticas da história da 
geografia: as (possíveis) diferenças entre geografia política e geopolítica e a (pretensa) oposição 
entre uma abordagem determinista e uma outra possibilista. 
Como desfazer ou esmiuçar esse imbróglio? 
Pensamos ser imprescindível retomar brevemente as origens e a evolução da geografia política e 
da geopolítica, que em vários momentos se imbricaram ou se identificaram, e, em outras ocasiões, 
e apartaram de forma conflituosa. E também recordar o porquê dessa distinção entre 
determinismo e possibilismo, que por sinal foi iniciada a partir de uma determinada leitura – 
francesa – da obra do iniciador ou sistematizador da geografia política moderna, Friedrich Ratzel. 
Em seguida iremos avaliar em que medida essa distinção e esses rótulos ainda são válidos para a 
geopolítica e as suas relações ou identificações com a geografia política. 
Sabemos que o estudo geográfico da política foi redefinido ou reestruturado por Ratzel em 1897. 
Ao escrever e publicar a obra Politische Geographie [Geografia política], Ratzel, que 
evidentemente não foi pioneiro no uso desse rótulo, sistematizou uma leitura espacial da política 
e ao mesmo tempo reformulou a maneira pela qual a ciência geográfica abordava o fenômeno 
político. Foi justamente esse escrito de Ratzel que suscitou uma forte reação francesa, que pouco 
a pouco construiu um inimigo teórico, a "escola geográfica determinista germânica", que teria em 
Ratzel o seu mentor. Tanto o sociólogo Émile Durkheim, in L’Année sociologique de 1898, quanto o 
historiador-geógrafo Paul Vidal de La Blache, in Annales de géographie, número VII, também de 
1898, teceram ácidas críticas às ideias ratzelianas da vinculação necessária entre o “solo” (espaço 
físico, ou melhor, território) e o Estado, em especial a dependência deste em relação àquele e o 
crescimento estatal sendo identificado com a expansão territorial. Eles assinalaram um exagero e 
um dogmatismo nas vinculações lógicas operadas por Ratzel, enxergando nelas um determinismo 
estreito. 
Mas foi o historiador – e amigo de La Blache – Lucien Febvre, na sua monumental obra La Terre et 
l’evolution humaine, editada em 1922, quem criou de forma mais acabada e sistematizada a idéia 
da existência de duas "escolas geográficas" antagônicas, uma "determinista" e simbolizada por 
Ratzel, e a outra "possibilista” e capitaneada por La Blache. 
O contexto histórico da época ajudou muito na expansão e popularização dessa construção 
teórica. Em primeiro lugar, cabe lembrar da secular rivalidade franco-alemã (ou prussiana) no 
crepúsculo do século XIX, com a derrota francesa em 1870-1, fato ainda dolorosamente nítido na 
consciência de La Blache e de Durkheim, que o vivenciaram. Em segundo lugar, a Primeira Guerra 
Mundial, que mais uma vez colocou a França e a Alemanha em lados opostos. E, em seguida, a 
ascensão do nazismo e a criação e notável difusão da "geopolítica alemã" dos anos 1920, 30 e 40, 
em especial ao redor da Zeitschrift für Geopolitik [Revista de Geopolítica], editada pelo general 
Karl Haushofer, que contou com a colaboração de inúmeros geógrafos (embora também 
2 
 
historiadores, cientistas políticos, militares, juristas, etc), os quais por diversas vezes e de 
diferentes maneiras, reproduziram ou se apropriaram de determinadas idéias ratzelianas, 
forneceram mais lenha para a fogueira das críticas à escola determinista germânica e a sua 
pretensa vinculação com a geopolítica. 
O clima de rivalidade, de disputa de poder entre França e Alemanha, além do fato de que os 
colaboradores daquele periódico freqüentemente repercutiam as ideias nazistas de uma "raça 
ariana superior" e do "destino manifesto" da Alemanha em se tornar uma grande potência 
mundial, foram elementos determinantes no desenrolar dessa construção segundo a qual existiria 
uma escola geográfica determinista e que ela teria gerado a geopolítica de Haushofer e seus 
colaboradores. Até mesmo um importante geógrafo alemão da época, Leo Waibel, que fugiu de 
seu país devido ao regime nazista e se exilou nos Estados Unidos (embora tenha vivido alguns anos 
no Brasil), no afã de desancar aquela geopolítica germânica bastante identificada com o 
totalitarismo, acabou meio apressadamente rotulando-a como um "produto da escola geográfica 
determinista" e bastante diferente de uma outra abordagem geográfica –inclusive de geografia 
política – mais aberta e liberal, que a seu ver não seria tanto simbolizada por La Blache e sim pelo 
seu mestre Alfred Hettner. A partir daí, e em especial com o desfecho da Segunda Guerra Mundial, 
essa identificação do determinismo com a geopolítica e desta última com os regimes totalitários 
acabou por predominar durante algumas décadas, sendo repetida, embora com algumas nuanças, 
por importantes geógrafos como Jacques Ancel, Pierre George, Jean Gottman e inúmeros outros 
autores, inclusive não geógrafos (historiadores, cientistas políticos, sociólogos), tanto na França 
como em outros países como o Brasil, os Estados Unidos, a Argentina, etc. 
Sem dúvida que aquela geopolítica alemã dos anos 1920, 30 e 40 foi racista e dogmática, além de 
manifestar uma clara simpatia pelo nazi-facismo. E também é inegável que podemos encontrar 
facilmente nas obras de Ratzel, notadamente naquele mencionado livro seminal, uma série de 
afirmações que exageram a importância do tamanho do território para o poderio de um Estado-
nação, as quais, mesmo tendo um fundo de verdade, inflam demais o peso do espaço físico para o 
advento e o desenvolvimento da civilização e em particular do Estado moderno, visto por Ratzel 
como o coroamento do processo civilizatório. 
Mas será que toda geopolítica pode ser vista dessa mesma forma? Não existiriam outras 
geopolíticas? E o rótulo determinismo seria de fato apropriado para Ratzel e, mais ainda, para 
toda a tradição geográfica alemã do final do século XIX e da primeira metade do século XX? E seria 
possível afirmar que existe uma forte clivagem entre uma geopolítica, que seria determinista, e a 
geografia política, que seria possibilista? 
Acreditamos que as coisas são bem menos claras ou rigidamente definidas, que essas duas leituras 
são estereotipadas e exageram demais tanto na distinção entre geografia política e geopolítica – 
que existe sim, mas de forma problemática e polêmica –, quanto na rígida separação entre uma 
visão determinista e uma outra possibilista. 
Vamos começar por esta última questão, a do determinismo versus o possibilismo. Do ponto de 
vista da epistemologia, o que significa afinal determinismo? 
Claude Raffestin reproduz e concorda com a afirmativa de René Thom, que prefaciou a célebre 
obra de Laplace – "Ensaio filosófico sobre a probabilidade" –, segundo a qual "A ciência [moderna] 
é determinista" na medida em que busca uma ordem, uma regularidade, um encadeamento entre 
3 
 
os fenômenos, uma forma mesmo que complexa de causalidade, sem a qual o conhecimento 
científico não seria possível(1) 
Quando lemos algum físico teórico importante – Einstein, por exemplo, ou Max Plank ou ainda 
Heisemberg – logo constatamos que eles aceitam tranqüilamente o que denominam "princípio do 
determinismo", segundo o qual as coisas e os fenômenos são encadeados ou se influenciam 
mutuamente, que existem causas – mesmo que muitas vezes probabilísticas – e efeitos, razões e 
conseqüências. E até mesmo em Marx podemos encontrar as "determinações" de um 
acontecimento oude um processo, aquele conjunto de fatores que o originaram ou que o 
explicam. A discussão mais pertinente aqui não é sobre o "princípio da determinação" em si, pois 
sem ele a ciência, tal como a conhecemos hoje e desde Galileu Galilei, não seria possível, mas sim 
sobre o caráter ou a substância dessas determinações ou relações causais. Alguns cientistas e 
filósofos – os chamados "realistas" – pensam que elas seriam inerentes ao real, ao mundo, às 
coisas e fenômenos. Outros, os "idealistas", afirmam que no final das contas elas, essas 
determinações, seriam um produto da nossa lógica ou da nossa linguagem, mas que, mesmo 
assim, seriam imprescindíveis para se conhecer e agir no mundo(2) 
O que se criticou muito em Ratzel – e também, ou principalmente, em autores que se 
proclamavam como seus discípulos, como a geógrafa norte-americana Ellen Semple – foi um 
determinismo exagerado e estreito, que não buscava causas complexas e sim uma causa única ou 
unilateral, que via apenas a importância do meio físico para a sociedade e não valorizava a criação 
humana em si, a tecnologia e a (re)produção da natureza. Mas a critica a esse determinismo 
estreito – ou visão unilateral, como preferimos – considerou toda a busca de determinações como 
equivocada, algo absurdo e sem sentido do ponto de vista científico. E a contraposição a isso, o 
chamado possibilismo, pouco acrescentou a uma antiga discussão filosófica e científica sobre a 
originalidade do ser humano, sobre o livre arbítrio e a liberdade de se criar e fazer coisas novas. 
Desde no mínimo Maquiavel, o criador da idéia moderna de política (e da relativa autonomia do 
político em relação ao divino, aos fenômenos físicos etc), por sinal um autor importante para a 
obra de Ratzel, que essa questão relativa ao que o ser humano cria e o que determina a sua ação 
já vinha avançando bastante. “Julgo feliz aquele que sabe combinar as suas ações com o sentido 
[ou "as determinações"] do seu tempo”, afirmou Maquiavel em O Príncipe, acrescentando ainda 
que em parte os acontecimentos (políticos) decorrem de circunstâncias externas e em parte do 
livre arbítrio do(s) sujeito(s) que age(m). Ora, seria justamente esta a questão que permitiria a La 
Blache ou a Lucien Febvre se contraporem ao raciocínio causalístico unilateral que eles julgaram 
haver em Ratzel, complexizando as "causas" ou motivos das ações ou dos processos políticos – tal 
como a "evolução dos Estados", um dos temas prediletos de Ratzel – e incluindo aí o livre arbítrio 
dos seres humanos, a tensão entre a lógica (as determinações) e a política ou o acaso (as 
indeterminações, a produção do novo). 
Tão somente repetir que a natureza oferece "possibilidades", e que o Homem as aproveita desta 
ou daquela maneira, não produz nenhum avanço nessa problemática clássica do maior ou menor 
peso das determinações (que não são apenas naturais, diga-se de passagem) frente à 
indeterminação ou o livre arbítrio do ser humano. Um geógrafo inglês, numa obra recente, chegou 
a afirmar que "A crítica exarcebada ao ‘determinismo geográfico’ obnubilou ou obscureceu a 
análise das influências do ambiente sobre o social"(3). E um professor de história econômica na 
Universidade de Harvard, que nos anos 1990 publicou um importante livro sobre as causas da 
riqueza e da pobreza das nações, comentou que a geografia produziu um escasso material sobre 
as (possíveis) influências da localização, do meio físico, etc, no desenvolvimento de determinados 
4 
 
países (Inglaterra, Estados Unidos, Alemanha...) em contraponto ao pouco desenvolvimento de 
outros (nações africanas, por exemplo), provavelmente devido à forte (auto) repressão que sofreu 
(ou se impôs) a partir dos exageros "deterministas" de autores como Ellen Semple, que por sinal 
também foi professora nessa mesma universidade norte-americana, que depois dela – ou devido a 
ela – fechou o seu curso de geografia(4). 
Enfim, acreditamos que essa diferença ou a oposição entre determinismo e possibilismo não 
procede, não se sustenta, nem na geografia política versus geopolítica e tampouco na ciência 
geográfica em geral, embora possamos encontrar em determinados autores ou obras – mas não 
só da geografia e sim da sociologia (exemplo: Victor Cousin), da filosofia (exemplo: Montesquieu) 
e de outras ciências humanas – algumas afirmações que estabelecem nexos ou relações causais 
simples e estreitas, unilaterais portanto, e conseqüentemente falsas. 
Todavia, permanece a questão da diferença ou da identidade entre geopolítica e geografia 
política. Após uma fase de separação radical no pós-Segunda Guerra Mundial, quando os 
geógrafos e demais cientistas sociais exorcizaram a geopolítica, que ficou durante algum tempo 
restrita aos círculos militares ou de Estados maiores, surgiu novamente uma aproximação no final 
dos anos 1970. Autores como Yves Lacoste e inúmeros outros redescobriram a geopolítica – ou "as 
geopolíticas", como algumas vezes se afirma, com o argumento que seria possível uma 
"geopolítica crítica", uma "geopolítica dos dominados", etc. – e proclamaram que no final das 
contas nunca existiu qualquer diferenciação substancial – no objeto, nos métodos, nas formas de 
abordagem – entre a geografia política e a geopolítica. E a geopolítica, como afirmou Paul Claval, 
tornou-se moda a partir dos anos 1980. Inúmeros centros ou institutos de pesquisas de estratégia 
e de geopolítica foram criados dentro e fora das universidades, tanto na Europa como nos Estados 
Unidos e em vários outros países, inclusive no Brasil. 
Mas o "tornar-se moda" de que fala Claval nada tem de pejorativo, pois como ele próprio 
reconhece, a época atual demanda mais pesquisas e reflexões sobre as relações entre espaço e 
poder, sobre os pontos de tensões na superfície terrestre (ou dentro de algum território nacional), 
sobre as mudanças na ordem mundial com o final da União Soviética e do mundo socialista, com a 
globalização e a formação de "blocos regionais", com a multiplicações das máfias e dos 
terrorismos. 
Deixemos de lado esse viés positivista de imaginar que cada ciência se justifica pelo "seu objeto" – 
como se a realidade fosse um terreno a ser demarcado e registrado em cartório –, e pensemos um 
pouco sobre quem fez e quem faz afinal geopolítica, quem estuda as relações entre espaço (não 
apenas físico-natural, mas principalmente social-produzido) e poder (ou poderes, como diria 
Foucault), com uma ênfase na questão do poderio de cada Estado, da competição econômica, 
político-diplomática e militar pela hegemonia mundial ou regional. Desde a criação da palavra 
geopolítica por Kjeléen no início do século XX – por sinal um não geógrafo que foi inspirado pela 
obra de Ratzel, mas que trazia uma importante bagagem de jurista e historiador – que os nomes 
mais significativos da geopolítica, tanto a nível mundial como aqui no Brasil, onde tivemos uma 
rica tradição nesse setor, sempre foram e continuam sendo oriundos de diversas áreas: dos meios 
militares (Mahan, Haushofer, Mário Travassos, Golbery do Couto e Silva), de juristas (Kjeléen), de 
historiadores (Kissinger, Paul Kennedy), de sociólogos ou cientistas políticos (Fukuyama, Luttuack, 
Huntington, etc.) e logicamente também de geógrafos (Mackinder, Spykman e vários outros). 
A problemática abordada pela geopolítica,, ou rotulada como tal, é rica e complexa, é um 
vastíssimo campo de estudos, e comporta várias leituras (de "direita" ou de "esquerda", com os 
5 
 
inúmeros matizes, enfatizando mais a indeterminação ou o livre arbítrio ou sendo "deterministas" 
naquela sentido estreito, etc.) e abordagens oriundas de diferentes áreas do conhecimento 
cientifico. A nosso ver, a geopolítica hoje, a partir dos anos 1980, configura-se cada vez mais como 
um campo de estudos interdisciplinares, como um conjunto de temas estudados isoladamente ou 
em equipe por geógrafos, cientistas políticos esociólogos, historiadores, juristas, economistas, 
militares e alguns poucos outros. 
A geografia e conseqüentemente a geografia política possui sim uma autonomia, mesmo que 
relativa. Existe portanto uma geografia política independente da geopolítica, e vice-versa, embora 
haja uma relação de imbricação profunda, de superposição parcial entre elas. O geógrafo, em 
especial o especialista em geografia política, tem na geopolítica uma de suas preocupações, uma 
de suas temáticas essenciais. Só que ele tem outras temáticas ou objetos (geografia eleitoral, por 
exemplo, ou mesmo a análise da política do corpo, algo comum nos dias de hoje na geografia 
anglo-saxônica) e ao mesmo tempo outros especialistas também compartilham com ele essa 
preocupação em entender essa rica problemática designada geopolítica. 
 
(São Paulo, 02 de Outubro de 2003). 
 
--------------------------------------------------- 
NOTAS: 
* Prova escrita realizada no dia 02 de outubro de 2003 como parte das avaliações do Concurso 
para Professor Livre-Docente no Departamento de Geografia da FFLCH-USP, Área de Geografia 
Humana, Disciplina Geografia Política. O tema foi sorteado às 8:00h e o autor dispôs de 1 hora 
para consultar livros, anotações, etc., fazendo rascunhos, e mais três horas para redigir a prova. 
1. Cf. RAFFESTIN, C. "Préface". In: BERGEVIN, Jean. Déterminisme et Géographie. Les Presses de 
l'université Lavai, 1992, p.IX. 
 
2. Cf. BERVEGIN, Jean. Op.cit, p.15, que reproduz a esse respeito urna frase de Ludwig 
Wittgenstein: "O mundo é constituído de fatos no espaço lógico". 
3. Cf. ANWIN, Tim. The place of Geography. London, 1997. 
 
4. LANDES, P. Riqueza e pobreza das nações. Rio de janeiro, Editora Carapus, 2001.

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