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AULA 04 Gestão da Cadeia de Suprimentos

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Matéria: Gestão da Cadeia de Suprimentos. 
Professor: José Machado Neto. 
Aula: 04 
 
Criação da Cadeia Responsiva de Fornecimento 
 
Definição 
 
Segundo Bowersox e Closs (2007, p. 281), “a capacidade de uma empresa satisfazer as necessidades do cliente de 
modo oportuno é denominada capacidade de resposta”. 
 
Um desafio às organizações 
 
Necessidade de responder a níveis cada vez maiores de volatilidade 
 
 
 
O que fazer diante desse desafio? 
 
Precisa concentrar seus esforços de modo a obter maior agilidade, a fim de responder em intervalos de tempo menores, 
tanto em termos de mudança de volume quanto em termos de mudança de variedade. 
 
 
 
Diante disso surge outras definições 
 
De acordo com Chopra e Meindl (2003), a responsividade da cadeia de suprimentos é a habilidade desta realizar o 
seguinte: 
 
 Responder a amplos escopos de quantidades exigidas; 
 Atender com lead times curtos; 
 Manejar uma grande variedade de produtos; 
 Produzir produtos altamente inovadores; 
 Atender a um nível de serviço muito alto. 
 
Responsividade é a habilidade de reagir com determinação e dentro de uma escala de tempo adequada à demanda 
do cliente ou as mudanças do mercado, para alcançar ou manter vantagem competitiva. 
 
CS responsiva x CS eficiente 
 
 Agilidade, no sentido da capacidade de alinhar oferta e demanda, não é necessariamente sinônimo de 
"enxugamento". 
 
 
 Embora o "enxugamento" possa ser um elemento de "agilidade" em certas circunstâncias, por si só não possibilitará 
à organização atender às necessidades do cliente de forma rápida. 
 Pode ser que em um mesmo negócio seja provável que exista a necessidade: 
 
 
 
 Já que alguns produtos terão demanda previsível, e a outros corresponderá uma demanda bem mais volátil. 
 
 
 
Cadeias de Suprimentos Eficientes Cadeias de Suprimentos Responsivas 
Baixa variedade de produtos Alta variedade de produtos 
Elevado número de fornecedores, com base em melhores 
preços 
Baixo número de fornecedores, com base em 
qualidade e agilidade 
Baixo índice de inovação de produtos Alto índice de inovação de produtos 
Alto nível de utilização de recursos Baixo nível de utilização de recursos 
Grande volume de produção Baixo volume de produção 
Tecnologia de produção estável Tecnologia de produção não tão estável 
Baixo índice de terceirização Alto índice de terceirização 
Altos volumes de estoques de produto acabado Baixo volume de estoques de produto acabado 
Lead time de produção e entrega longo Lead time de produção e entrega curto 
Produto com longo ciclo de vida no mercado Produto com curto ciclo de vida no mercado 
Produto de baixo valor agregado e margem de lucro 
pequena 
Produto com alto valor agregado e margem de lucro 
grande 
Previsões de vendas precisas Previsões de vendas imprecisas 
 
 
 Tipo de Cadeia 
 Responsiva Eficiente 
Objetivo 
Principal 
Alto Nível de Serviço Baixo Custo 
Gestão de 
Transportes 
Modal mais rápido, menor capacidade e em 
maior número. 
Preferência para modais de maior capacidade e 
mais barato possível. 
Gestão de 
Estoques 
Grande variedade e alta disponibilidade 
Minimizar estoques (variedades e baixos níveis) 
para reduzir custos. 
Gestão da 
Localização 
Grande número de armazéns e o mais próximo 
possível dos centros consumidores 
Baixo número (até mesmo nenhum). 
Gestão da 
Produção 
Alta flexibilidade, baixo volume, grande número 
de novos produtos com ciclo de vida pequeno. 
Baixa variedade e alto volume. 
Gestão da 
Informação 
Compartilhamento e disponibilidade imediata de 
informações ao longo da cadeia, de modo a 
identificar mudanças nas exigências e planejar 
reações o mais rápido possível. 
Compartilhamento e disponibilidade imediata de 
informações ao longo da cadeia, de modo a 
planejar a operação ao menor custo possível. 
Fonte: GEORGES, 2009 
 
A ideia básica apresentada por Fischer (1997) 
 
Fischer classificou o produto em duas categorias: 
 
 Funcional (com baixa incerteza implícita de demanda) e 
 Inovadores (com alta incerteza implícita de demanda) 
 
Para produtos funcionais a CS deve se organizar de modo a ser eficiente em custo, e para produtos inovadores a CS 
deve se organizar de modo a responder rapidamente as demandas do consumidor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responder à demanda ou planejar de acordo com as previsões? 
 
As duas formas de agir são igualmente corretas, mas também podem ser redondamente equivocadas. Isso dependerá 
do contexto organizacional e mercadológico. 
 
Antecipar ou postergar o consumo? 
 
 Quando a empresa dispõe de ferramentas e tecnologia eficientes para a previsão de suas vendas, é possível optar 
pela antecipação das compras. 
 Sem a pressão do tempo, a organização entrega ao departamento de compras a prerrogativa de negociar melhores 
preços e condições de pagamento com seus fornecedores. 
 Por outro lado, quando não existem mecanismos confiáveis de previsibilidade de vendas, a antecipação dos 
estoques passa a ser uma atividade arriscada, pois, se por um lado há economia no planejamento das aquisições, 
por outro, qualquer erro nessas previsões pode acarretar no acúmulo excessivo de produto no estoque, o que 
acarreta perdas por depreciação desses produtos e elevado custo de manutenção de estoques. 
 
 
Uma boa estratégia de como agir é ouvir e compreender constantemente o mercado. 
 
 
Combina 
Combina Não Combina 
Não Combina 
Produtos 
Funcionais 
Produtos 
Inovadores 
Combinando Cadeia de 
Suprimentos com Produtos 
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Efeito chicote 
 
 Pode se afirmar que o efeito chicote é resultado da discrepância entre a demanda real e a prevista, unida à intenção 
das empresas alinharem sua oferta a essa demanda, sem deixar de atendê-la. 
 Porém, como essa demanda prevista muitas vezes não se concretiza, as organizações acabam com excesso de 
produtos em estoque, o que as leva, por exemplo, a reduzirem suas compras. 
 Ou, numa situação de falta de estoques, as empresas passariam aumentar seus pedidos, criando aos fornecedores 
uma falsa impressão de alta demanda. 
 SVENSSON (2005) afirma que o efeito chicote indica que a variabilidade no nível de estoques tende a ser maior 
ao se afastar do ponto consumo. 
 Sendo que os fatores que o causam podem ser o compartilhamento de informações deficientes, dados de mercado 
insuficientes, gerando previsões incorretas. 
 
Forças que tornam os estoques necessários 
 
Motivo do estoque Incertezas Tipo de estoque 
Incertezas Estoque de segurança 
Produção/Transporte em lotes Estoque de ciclo 
Tempo de transporte Estoque em trânsito 
Tempo de processamento Estoque em processo 
Sazonalidade Estoques sazonais 
Variação na taxa de atividades Estoques sazonais 
Outros Estoques especulativos 
 
As causas e propostas de solução 
 
 Processamento da previsão de demanda; 
 Jogo da Escassez ou Racionamento; 
 Acúmulo de pedidos; 
 Flutuações de preços; 
 
Processamento da previsão de demanda 
 
A previsão da demanda é um fator fundamental para definição da estratégia de estocagem e de produção, esta mais 
importante para empresas industriais e aquela para empresas de distribuição e comerciais. 
 
O jogo da escassez ou racionamento 
 
Se um varejista considerar a possibilidade de que irá acontecer uma escassez nos produtos de determinada empresa, 
é muito provável que ele irá aumentar o tamanho de seus pedidos, como forma de garantir para si uma boa parcela da 
produção do fabricante. Isso farácom que o fabricante necessite tomar cuidado no momento de fazer a alocação de 
sua produção. 
 
O tamanho do pedido 
 
 O tamanho do pedido é influenciado por dois fatores: o processo de revisão periódica e o custo de processamento 
de um pedido. O processo de revisão periódica pode ser melhorado com o acesso aos dados do ponto de venda. 
 Á o custo de processamento de um pedido influencia os clientes a tentarem reduzir ao máximo o número de 
compras, o que traz bastante variação ao nível de produção. 
 
Flutuações de preços 
 
A política de preços utilizada por uma empresa influencia muito na forma como os clientes se comportam com relação 
aos pedidos. Se, por exemplo, existirem épocas em que ocorrem promoções, é possível que muitos pedidos sejam 
realizados neste período. O que faz com que os estoques esvaziem e a produção fique com uma programação superior 
à sua capacidade, causando maiores custos de produção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Causas Fatores que contribuem Medidas de contenção 
Processamento da 
previsão de demanda 
Falta de visibilidade da demanda final; 
Compartilhar acesso às informações sobre 
demanda; 
Múltiplas previsões; Planejamento único; 
Ciclos de pedidos longos. Redução do tempo de ciclo. 
O jogo da escassez 
Forma de racionamento proporcional; 
Dividir a produção com base no histórico de 
vendas; 
Ignorar as condições de suprimento; 
Compartilhamento de informações sobre 
capacidade e suprimentos; 
Pedidos irrestritos sem restrições de 
devolução. 
Limitar a flexibilidade a partir de um determinado 
prazo, e reservar capacidade. 
O tamanho do pedido 
Alto custo de pedido; Uso adequado de TI; 
Economia de escala (cargas fechadas). 
Negociação de descontos para cargas 
fracionadas. 
Flutuações de preços 
Alta e baixa de preços; Preço baixo todo dia; 
Distribuição e compras não sincronizadas. Contratos de fornecimento. 
 
A solução para o efeito chicote passa pelo compartilhamento de informações e alinhamento de estratégias: 
comunicação padronizada, objetivos comuns e cooperação na cadeia de suprimentos podem trazer resultados 
surpreendentes.

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