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resumo 1 clínica gastro dor abdominal PDF

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1 
 
CLÍNICA - DOR ABDOMINAL 
SCHEILA MARIA 
 
 
Caracterização da dor: 
  Diferenciação aguda x crônica 
 Aguda = autolimitada (exceto abdome agudo – intervenção cirúrgica) 
 
Dor abdominal é um sintoma muito frequente e pode representar afecção de 
órgão extra-abdominal 
 
 
ESTÍMULOS DA DOR 
- Cortar, rasgar ou apertar não causam dor às vísceras 
- Estímulos da dor: tração do peritôneo, distensão de víscera oca ou intensa 
contração muscular. 
a. Peritôneo parietal e da parede abdominal posterior – tem sensibilidade 
dolorosa 
b. Peritôneo visceral e grande omento – sem sensibilidade dolorosa. 
- Inflamação – dor por estímulo a mediadores inflamatórios (bradicinina, 
prostaglandina) 
- Isquemia – dor por aumento da concentração de metabólitos teciduais junto às 
terminações nervosas. 
- Tração dos vasos sanguíneos – estímulo na inervação da adventícia. 
- Tumor causa dor quando infiltra fibra nervosa ou causa obstrução ulceração ou 
perfuração. 
 
CARACTERIZAÇÃO DA DOR 
1. Duração 
a. Aguda: algumas horas, observação contínua (se > 6, indicação 
cirúrgica – pode ser abdome agudo). 
b. Crônica: dias, meses ou anos. Identificar síndromes que evoluem 
cronicamente com crises de dor aguda 
2. Tipos 
a. Visceral: Estímulo alcança víscera abdominal ou torácica. Difusa, 
imprecisa, sensação de cólica, queimação ou roedura. Pode 
acompanhar: sudorese, agitação, náuseas, vômitos, transpiração e 
palidez. 
b. Parietal: mais intensa e bem delimitada que a visceral. Agravada 
pelo movimento ou tosse. 
c. Referida: Pode ser sentida na pele ou em tecidos mais profundos. 
Normalmente moderada e bem delimitada. Decorrente de estímulo 
doloroso visceral intenso. 
3. Localização 
a. Esôfago: local e apêndice xifoide 
b. Estômago: epigástrio, hipocôndrio direito, costas. Quando sadio é 
insensível à estímulos. Mucosa inflamada = dor visceral sentida no 
epigástrio. 
2 
 
c. Fígado: parênquima indolor. Hepatite, esteatose e hepatomegalia 
congestivas agudas  dor surda e persistente no QSD 
d. Intestino: mesogástrio, lombar 
e. Vesícula: epigástrio e hipocôncrio direito, irradiação para ombro 
direito. 
f. Pâncreas: mesogástrio, flanco esquerdo. Referida na lombar. 
g. Vias biliares 
h. Órgãos pélvicos: hipogástrio. 
4. Caráter -> NÃO TEM GRANDE ESPECIFICIDADE 
a. Úlceras: dor em corrosão, epigástrica, melhora c/ alimentação 
b. Ruptura de aneurisma: dor em rasgar 
c. Refluxo: azia 
d. Abcesso: pulsar 
e. Pancreatite: em aperto 
5. Intensidade 
a. Maior significado de gravidade que de diagnóstico. 
b. Perfuração de víscera, isquemia mesentérica > dispepsia ulcerosa, 
hepatite aguda. 
6. Fatores de melhora/piora 
a. Baixa especificidade 
b. Processos pépticos: piora com uso de irritantes gástricos e melhora 
com alimentos alcalinos ou antiácidos. 
c. Refluxo: tende a piorar no decúbito 
d. Dor pancreática: melhora com a flexão das pernas contra o tronco 
e. Síndrome do cólon irritável: melhora com a evacuação 
f. Úlcera péptica: pode melhorar com o vômito 
g. Cólica nefrética: melhora com o ato de urinar 
h. Peritonite: alívio ao imobilizar a área afetada 
7. Sinais e sintomas associados 
a. Anorexia e emagrecimento: Nos casos agudos sempre ocorre porém é 
difícil de se verificar. Nos quadros crônicos a anorexia + 
emagrecimento sugere doenças neoplásicas, infecciosas ou 
endócrinas. 
Perda de peso na dor abdominal deve lembrar: hipovolemia para dor aguda e 
caquexia para a dor crônica. 
b. Febre: Sempre sugere processo infeccioso. Para dor crônica pode ser 
também neoplasia ou doença inflamatória não infecciosa. Para dor 
aguda: febre alta precedendo a dor - procurar quadro infeccioso 
prévio (pielonefrite, pneumonia). Febre alta sucedendo a dor – 
acompanhada de peritonite (apendicite ou perfuração de víscera). 
c. Taquicardia e hipotensão: Na dor aguda são importantes – 
determinação da gravidade da doença ou complicação (podem ser 
medidas indiretas de hipovolimia – hérnia encarcerada). Se o 
fenômeno de base for um sangramento  indicação cirúrgica de 
emergência. Pode ocorrer sequestro de líquido para o interior da 
víscera provocando até choque (pancreatite aguda). Abdome agudo: 
pode ocorrer com sepse, vasodilatação periférica e choque. 
3 
 
d. Náuseas e vômitos: podem ser inespecíficos ou ligação com sist. 
digestivo. Irritação de nervos peritoneais, obstrução de vísceras 
ocas e distúrbios metabólicos. 
e. Sangramento digestivo: pode levar a anemia grave sem que o pcte 
reconheça. Neoplasias gástricas ou de cólon apresentsm esse 
sangramento. É sempre sinal de gravidade. 
f. Constipação e diarreia: Abdome agudo é normalmente acompanhado de 
parada da eliminação de gases e fezes. Fecaloma e Volvo de sgmóide 
produzem dor aguda e constipação crônica. Em neoplasias colorretais 
a constipação precede a dor. Já a diarreia, na dor abdominal 
crônica associa-se a síndromes de má absorção e doença inflamatória 
intestinal. Ambos podem ocorrer em parasitoses e distúrbios do 
humor. 
g. Sintomas genitourinários: disúria, polaciúria e urgência ocorrem na 
cólica nefrética. Corrimento uretral, disúria e dor em baixo ventre 
apontam para DST. Corrimento vaginal com dor em fossa ilíaca sugere 
anexite. Se houver antecedente de amenorreia, ruptura de gravidez 
ectópica. 
 
ABDOME AGUDO 
Dor abdominal aguda associada a vômito, obstipação e alterações genito-
urinárias que rapidamente pode evoluir para situação grave, exigindo cirurgia 
de emergência.

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