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CLÍNICA HEMORRAGIAS DIGESTIVAS SCHEILA MARIA QUALQUER SANGRAMENTO QUE OCORRE NO TRATO GASTRO-INTESTINAL. OS TIPOS SÃO: a. Hematêmese = vômitos de sangue vivo ou material com aspecto de borra de café b. Melena = fezes negras com odor fétido c. Hematoquezia = passagem de sangue vermelho-vivo ou marrom pelo reto d. Hemorragia digestiva oculta = existe na ausência de sangramento franco, detectada por um teste de sangue oculto nas fezes ou de ferro. Pcte pode apresentar anemia e não apresentar sinais de descompensação aguda. QUANTO AO LOCAL, PODEM SER AINDA: a. HD alta: quando ocorre proximalmente ao ângulo de Treitz (transição duodeno – jejunal) => suas manifestações mais comuns são a hematêmese e melena. RH aumentados. Sub-dividida em varicosa e não-varicosa. Autolimitada em 80% dos casos. b. HD baixa: quando o local do sangramento é distal ao ângulo de Treitz. Sua manifestação mais comum é a enterorragia. RH normais. Maioria das vezes autolimitada. Abordagem inicial semelhante a HDA. A causa mais comum é diverticulose. HGI alta x HGI baixa: hematêmese indica fonte de sangramento no TGI superior, melena mostra que sangue permaneceu no TGI por no mínimo 14 horas (até 3-5 dias). Quanto mais proximal o local hemorrágico mais provável a ocorrência de melena. Hematoquezia está associada a instabilidade hemodinâmica e Hb. Os casos crônicos normalmente são assintomáticos, porém pode ocorrer quadro relacionado a perda sanguínea crônca = anemia ferropriva. Os pacientes raramente morrem por exsanguinação, e sim por descompensação decorrente de outras doenças subjacentes. Preditivos: idade crescente, co-morbidades e comprometimento hemodinâmico (taquicardia ou hipotensão). # Causas de hemorragias no TG superior (HDA ou HGIA) # a. Úlceras pépticas - pctes com sagramento ativo ou vaso visível sem sangramento = alto risco (geralmente apresentam hemorragia adicional que exige cirurgia de urgência) - IBP diminuiu sangramento adicional e mortalidade em pctes com úlcera de alto risco após endoscopia. - A prevenção do sangramento recorrente focaliza em três principais fatores da patogenia da úlcera: H. pylori, AINEs e ácido. - correspondem a 50% das HDA, mais frequente duodenal. - Terapêutica endoscópica: importância - tamanho, vaso visível, coágulo aderente. - Complicações: perfurações, estenose, malignização, hemorragias. b. Varizes esofágicas - Octeotrida auxilia no controle do sangramento agudo quando em combinação com endoscopia. - Nos doentes cirróticos cerca de metade das HDA são devidas a varizes esofágicas. - fatores: Alcoolismo; infecção por hepatite B ou C; - Antibióticos em cirróticos e beta-bloqueadores são também alternativas. c. Lacerações de Mallory-weiss - vômitos, ânsia de vômitos ou tosse antecedendo a hematêmese principalmente em pcte alcoolista. d. Erosões gastroduodenais - Erosões e hemorragias subepiteliais não provocam hemorragia significativa, pois são lesões da mucosa. - Principais contextos clínicos: uso de AINEs, ingestão de álcool e estresse. - Fatores etiológicos: traumatismo, choque, sepsis, queimaduras, graves, trauma do SNC. - Complicações: hemorragia e perfuração - Associados a AINEs, álcool, corticosteróides e stress e. Esofagite erosiva f. Neoplasia g. Ectasia vascular: principal causa de hemorragia intestinal h. Sem origem identificada # Causas de hemorragias no TG inferior (HDB ou HGIB) # a. As causas mais comuns de sangramento de intestino delgado são: ectasias vasculares, tumores (HGI obscura), uso de AINEs. Divertículo de Meckel é a causa mais comum de hemorragia digestiva baixa significativa em crianças. b. Hemorróidas são causa mais frequente de HGIB. Excetuando os distúrbios anais locais, as causas mais comuns são divertículos, ectasias vasculares, neoplasias e colite. i. Diverticulose: Causa mais comum - 50% início súbito, indolor e maciço sangramento abundante cessa espontaneamente em grande parte dos casos ii. Ectasias vasculares: Grande parte tem sangue oculto, melena ou anemia A determinação da FC e da PA é o melhor meio para avaliar inicialmente um paciente com hemorragia digestiva. Quantidade PA Pulso Perda Inicialmente não há queda da Hb (a perda de sangue é total). Depois, quando o LEC penetra no espaço vascular pra restaurar o volume, a Hb cai (até 72H). HGI crônica e lenta: Hb baixa, porém FC e PA normais anemia por deficiência de ferro volume corpuscular médio cai e anisocitose pode aumentar. CONCLUSÃO: Sangramento significativo alterações na FC e PA taquicardia hipotensão. CRITÉRIOS CLÍNICOS DE ALTO RISCO: Idade acima de 60 anos Doenças graves associadas Hospitalizações frequentes Hematêmese ou enterorragia de vulto Melena persistente Hipotensão ortostática Pressão sistólica <100 mmHg Pulso >100 bpm Ressangramento Transfusões-> 4U nas primeiras 24h e acima de 8 após ressangramento ABORDAGM INICIAL: Acesso venoso Reposição volemica Sonda naso gástrica Dieta Medicamentoso ESTABILIZAÇÃO HEMODINÂMICA 1 - determinação do foco de sangramento 2 - tratamento imediato 3 - outras anormalidades 4 - prevenir recorrência # Hemorragia Digestiva de Origem Indeterminada # • Definição: É toda hemorragia cuja causa não tenha sido detectada mesmo após ser usado os métodos diagnósticos rotineiros. • Razões: Pequena (20% da volemia) Deitado: s/repercussão na PA Deitado: s/ repercussão no pulso. <1000 mL Moderada (20-40% da volemia) 90-100 mmHg 100 bpm 1500 mL Maciça (>40% da volemia) < 90mmHg 120 bpm >2000mL Encaminhamento para diagnóstico Clinico Endoscópico Outros 1. Encontra-se a lesão, mas esta não apresenta sangramento ativo ou sinais de sangramento pregresso. 2. A lesão localiza-se fora do alcance dos métodos diagnósticos tradicionais, como no caso de leões de jejuno e íleo. 3. Lesão muito pequena e que não é identificada durante os procedimentos diagnósticos. => A causa mais comum de HDI são as anomalias vasculares e tumores de intestino delgado.
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