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Princípios Fundamentais da Contabilidade

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Princípios Fundamentais da Contabilidade 
A Contabilidade surgiu das necessidades que as pessoas tinham de controlar aquilo que 
possuíam, gastavam ou deviam. Sempre procurando encontrar uma maneira simples de 
aumentar suas posses. Logo com as primeiras administrações, surge a necessidade de 
controle, que seria totalmente impossível sem a aplicação dos registros. 
O Objetivo da Contabilidade é prestar informações relacionadas ao patrimônio de uma pessoa 
física ou jurídica para tomada de decisões. 
 
No mundo 
A Contabilidade Mundial estabeleceu regras a serem seguidas na prática contábil, as quais são 
denominadas de: Postulados princípios e convenções. 
Postulado é uma proposição ou observação de certa realidade que pode ser considerada não 
sujeita à verificação. Determina o campo onde a contabilidade deve atuar. 
São 02 princípios Postulados Mundiais: Entidade Contábil e Continuidade. 
Princípios e Convenções qualificam e delimitam o campo de aplicação dos princípios em certas 
situações. 
Em casos de duvidas de como proceder em algumas situações, o profissional devera seguir os 
princípios e convenções. 
São princípios mundiais: 
 Da Objetividade; 
 Da Materialidade (ou Relevância); 
 Do Conservadorismo (ou Prudência); 
 Da Consistência ou Uniformidade. 
 
No Brasil 
A Resolução 750 do Conselho Federal de Contabilidade de 29.12.1993, publicada no D.O.U. de 
31.12.1993, estabeleceu a obrigatoriedade no exercício da profissão contábil da observância 
dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Esses PFC’s representam a essência das 
doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento 
predominantemente no universo científico profissional de nosso país. 
Esses Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) procuraram reunir e condensar todos os 
Postulados, Princípios e Convenções já existentes, tentando reunir em 7 todos aqueles que 
existiam e continuam a existir. De fato, num esforço de raciocínio, consegue-se identificar um 
Postulado transformado em Princípio ou uma Convenção considerada como Princípio ou 
incorporada no entendimento de outro. 
Pesquisadores, Doutores e Mestres em Contabilidade costumam tecer muitas críticas a essa 
legislação. Entretanto, está em vigor. 
Assim, de acordo com a Resolução 750 do CFC, os Princípios Fundamentais de Contabilidade 
são os seguintes: 
1. O da Entidade 
2. O da Continuidade 
3. O da Oportunidade 
4. O do Registro pelo Valor Original 
5. O da Atualização Monetária 
6. O da Competência 
7. O da Prudência 
1. Princípio da Entidade: reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a 
autonomia patrimonial, a necessidade de diferenciar um patrimônio particular de uma pessoa 
física, independentemente dos patrimônios das pessoas jurídicas individuais, do conjunto de 
pessoas jurídicas, sem considerar se a finalidade é ou não a obtenção de lucro. O patrimônio 
de uma pessoa física não se confunde, nem se mistura com o patrimônio da pessoa jurídica em 
que fizer parte. Na prática, como exemplo: despesas particulares de pessoas físicas 
(administradores, funcionários e terceiros) não devem ser consideradas como despesas da 
empresa; bens particulares de administradores não devem ser confundidos ou registrados na 
empresa. 
2. Princípio da Continuidade: a continuidade ou não de uma Entidade (empresa), bem como a 
sua vida estabelecida ou provável, devem ser consideradas quando da classificação e avaliação 
das variações patrimoniais. Essa continuidade influencia o valor econômico dos ativos e, em 
muitos casos, o valor e o vencimento dos passivos, especialmente quando a extinção da 
sociedade tem prazo determinado, previsto ou previsível. 
Todas as vezes que forem apresentadas as Demonstrações Contábeis (Balanço Patrimonial, 
DRE, etc.) e, nessa data, ser conhecido um fato relevante que irá influenciar na continuidade 
normal da empresa, esse fato deverá ser divulgado através de Nota Explicativa A aplicação 
desse princípio está intimamente ligada à correta aplicação do Princípio da Competência, pois 
se relaciona diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do 
resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de 
resultado. 
Muito cuidado, porém, deve ser observado pelo profissional na observância desses PFC, uma 
vez que uma informação não fundamentada poderá trazer desastradas consequências para a 
empresa. 
3. Princípio da Oportunidade – refere-se ao momento em que devem ser registradas as 
variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, 
independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e 
monetários. Quando se tratar de um fato futuro, o registro deverá ser feito desde que 
tecnicamente estimável mesmo existindo razoável certeza de sua ocorrência. São os casos de 
Provisões para Férias, para Contingências, etc. 
4. Princípio do Registro pelo Valor Original /(ou Custo Como Base de Valor) – as variações do 
patrimônio devem ser registradas pelos valores originais das transações com o mundo 
exterior, expressos em valor presente e na moeda do país. Esses valores serão mantidos na 
avaliação das variações patrimoniais posteriores, quando configurarem agregações ou 
decomposições no interior da empresa. 
5. Princípio da Atualização Monetária – refere-se à correção monetária proveniente da 
alteração do poder aquisitivo da moeda nacional. Não representava uma nova avaliação e sim 
o ajustamento dos valores originais para a data presente, aplicando os indexadores oficiais. Em 
01.01.1996, com o sucesso do Plano Real que manteve a inflação brasileira a índices razoáveis 
e controláveis, foi extinto o procedimento da Correção Monetária. Os Balanços publicados em 
31.12.96 já não trazem o reflexo da correção monetária e para fins de comparação com os 
Balanços de 31.12.95 que a expressavam, foram divulgadas Notas Explicativas esclarecendo a 
mudança de critério e os efeitos dessa mudança. 
O principio da atualização monetária não impede que a contabilidade levante balanços e 
demonstrações corrigidas pra efeito de análise de resultados reais e para as finalidades fiscais 
(pelas normas legais de correção). 
6. Princípio da Competência – estabelece que as Receitas e as Despesas devam ser incluídas 
na apuração do resultado do período em que foram geradas, sempre simultaneamente 
quando se correlacionarem (Princípio da Confrontação das Despesas com as Receitas), 
independentemente de recebimento ou pagamento. Prevalece sempre o período em que 
ocorreram. 
As Receitas são consideradas realizadas (ocorridas): 
a) nas vendas a terceiros de bens ou serviços, quando estes efetuarem o pagamento ou 
assumirem o compromisso firme de efetivá-lo, quer pela investidura na propriedade do bem 
vendido, quer pela fruição (usufruto) do serviço prestado; 
b) quando do desaparecimento parcial ou total de um passivo, qualquer que seja o motivo; 
c) pela geração natural de novos ativos independentemente da intervenção de terceiros. 
As Despesas são consideradas incorridas: 
a) Quando deixar de existir o correspondente valor ativo, por transferência de sua propriedade 
para terceiro; 
b) pela diminuição ou extinção do valor econômico do ativo; 
c) pelo surgimento de um passivo, sem o correspondente ativo. 
7. Princípio da Prudência – determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo 
e do maior valor para os componentes do Passivo, sempre que se apresentarem alternativas 
igualmente válidas para a quantificação das variações patrimoniais que alterem o PL. Impõe a 
escolha da hipótese de que resulte menor PL, sempre que se apresentarem opções igualmenteaceitáveis diante dos demais PFC’s. Baseia-se na premissa de “nunca antecipar lucros e sempre 
prever possíveis prejuízos”. 
A aplicação desse PFC ganha ênfase quando devem ser feitas estimativas para definir valores 
futuros com razoável grau de incerteza. 
8. Princípio da Realização – Como norma geral, a receita é reconhecida no período contábil 
em que é realizada. A realização usualmente ocorre quando bens ou serviços são fornecidos a 
terceiros em troca de dinheiro ou de outro elemento ativo. 
Este principio tem sido um dos mais visados, principalmente pelos economistas, por julgarem 
que o processo de produção adiciona valor aos fatores que estão sendo manipulados, o passo 
que, contabilmente, se verifica apenas uma “integração de fatores”, e a receita e, 
consequentemente o lucro (ou prejuízo) só ocorrem no ato da venda. O lucro só se realiza no 
ato da venda. 
Convenções 
O que são Convenções? 
Dentro da ampla margem de liberdade que os princípios permitem ao contador, no registro 
das operações, as convenções vêm restringir ou limitar ou mesmo modificar parcialmente os 
conteúdos dos princípios, definidos mais precisamente seu significado. 
Hoje dentro da contabilidade temos: 
1. A Convenção da Consistência; 
2. A Convenção do Conservadorismo; 
3. A Convenção da Materialidade; 
4. A Convenção da Objetividade. 
 
1. A Convenção da Consistência. 
Assim, a Convenção da Consistência nos diz que, uma vez adotado determinado processo, 
dentre os vários possíveis que podem atender a um mesmo principio geral, ele não devera ser 
mudado com demasiada frequência, pois assim estaria sendo prejudicada a comparabilidade 
dos relatórios contábeis. Se, por exemplo, for adotado o método PEPS para avaliação de 
estoques, em lugar do UEPS (ambos atendem ao mesmo princípio geral, isto é, “Custo Como 
Base de Valor”), deverá ser usado sempre o método nos outros períodos. E se houver a 
necessidade inadiável de se adotar outro critério, esta adoção e seus efeitos no resultado 
devem ser declarados como nota de rodapé dos relatórios, de maneira a cientificar o leitor. 
Aceitamos como perfeitamente valida esta convenção, pois sua finalidade é reduzir a área de 
inconsistência entre relatórios de uma mesma empresa, contribuindo, de certa forma, para um 
progresso mais rápido rumo à padronização e unificação contábeis, dentro do mesmo setor de 
atividade. 
 
2. A Convenção do Conservadorismo. 
Esta Convenção consiste em que, por motivos de precaução, sempre que o contador se 
defrontar com alternativas igualmente válidas de atribuir valores diferentes a um elemento do 
ativo (ou do passivo), deverá optar pelo mais baixo para o ativo e pelo mais alto para o 
passivo. Se, por exemplo, o valor de mercado do inventário final de mercadorias for inferior ao 
valor de custo, devera ser escolhido o valor de mercado, por ser o mais baixo. 
Esta é uma convenção que modifica o principio geral do Custo Como Base de Valor.(Adotada 
também pela nossa atual lei das S.A). 
A regra “Custo ou Mercado o Mais Baixo” está intimamente ligada ao conservadorismo. Em 
outras palavras, o custo é à base de valor para a contabilidade, mas, se o valor de mercado for 
inferior ao de custo, adotaremos o valor de mercado. 
Embora certa dose de conservadorismo, no bom sentido do termo, não seja de todo 
desprezível, a adoção irrestrita dessa convenção, em todas as situações, pode torna-se um 
meio seguro de impedir o progresso da teoria contábil, criando problemas para as empresas, 
pois, ao se reverterem as causas que deram origem à aplicação do conservadorismo sem 
abandonar a convenção, perde-se o controle de seus impactos nos resultados. 
3. A Convenção da Materialidade. 
Esta Convenção reza que, a fim de evitar desperdício de tempo e de dinheiro, deve -se 
registrar na Contabilidade apenas os eventos dignos de atenção e na ocasião oportuna. Por 
exemplo, sempre que os empregados do escritório se utilizam papeis e impresso da firma 
registra-se uma diminuição do ativo da empresa, diminuição esta que poderia teoricamente 
ser lançada nos registros contábeis à medida de sua ocorrência. Entretanto, isto não é feito, 
pela irrelevância da operação, e a despesa só é apurada no fim do período por diferença de 
estoques. 
O julgamento quanto à materialidade também se relaciona com qual informação devemos 
evidenciar cuja exclusão dos relatórios publicados poderia levar o leitor a conclusões 
inadequadas sobre resultados e as tendências da empresa. Normalmente, materialidade e 
relevância andam juntas. Entretanto, algo pode ser imaterial de per se, ainda assim, relevante. 
Por exemplo, se todo mês descobrimos uma diferença de cerca de $1 no Balancete de 
Verificação do Razão, o fato em si pode ser imaterial, mas, pela repetição pode ser relevante 
no sentido de apontar eventuais problemas no sistema contábil. O fato de a diferença ter sido 
pequena pode dever-se ao caso. 
4. A Convenção da Objetividade. 
Esta convenção pode ser explicada da melhor forma possível através do exemplo que, a seguir, 
será relatado. Suponha-se que o Contador, para a avaliação de certo bem, dispusesse de duas 
fontes, a saber: A fatura relativa à compra do bem e o laudo do maior especialista mundial em 
avaliação. Deverá escolher, como o valor de registro, o indicado na fatura. Entre um critério 
subjetivo de valor, mesmo ponderável, e outro objetivo, o contador devera optar pela 
hipótese mais objetiva. A finalidade desta convenção é eliminar ou restringir áreas de 
excessivo liberalismo na escolha de critérios, principalmente de valor. Em tese, é uma 
convenção que contém seus méritos. Entretanto, seria necessário definir de forma mais 
precisa o que vem ser objetividade. 
Em suma, nem só o que é material, palpável, tem a qualidade de ser objetivo. Mesmo porque 
objetividade atribuída a tais elementos é uma imagem criada pela nossa mente, que se utiliza, 
assim, do julgamento. Portanto, um julgamento pode ser objetivo também, profissionalmente. 
Conclusão 
Enfim, o que se pode dizer é que a contabilidade é governada por um conjunto de leis de 
formação, as chamadas de Princípios da contabilidade, que servem para deixarmos mais fácil a 
utilização da contabilidade no dia a dia. 
As leis da Contabilidade representam as teorias da ciência da contabilidade facilitando a 
utilização da mesma, no seu objetivo que é estudar os bens e direitos de uma empresa. 
Os 07 princípios fazem com que já de inicio se tenha uma visão bem ampla da contabilidade 
em si: 
 O Principio da Entidade reconhece o patrimônio como o objeto da contabilidade; 
 O Principio da Continuidade são as diferenças, as situações pelas quais passam o 
patrimônio. A continuidade da contabilidade é um aspecto a ser observado 
cuidadosamente para que se tenha um controle da situação. 
 O Principio da Oportunidade esse se refere ao mesmo tempo, a um todo e um e a cada 
fase do patrimônio, determinando o que deve ser feito de imediato independente do 
que possa ocorrer. 
 O Principio do Registro È através dele que registramos as transações do patrimônio, 
para que possa se ter um controle desde o inicio do patrimônio dos valores originais. 
 O Principio da Atualização Monetária É o compatível com o valor original, sendo que o 
1° apenas utiliza e mantém atualizado o valor de entrada, qualquer alteração que 
entra em ação com O Principio da Atualização Monetária, que ajusta os valores. 
 O Principio da Competência Tem o objetivo de decidir quando as alterações 
patrimoniais vão aumentar ou diminuir o patrimônio liquido. 
 O Principio da Prudência Reforça as necessidades de apresentar informações que 
reflitam o patrimônio liquido, gera precauções por parte do contador, impõe escolha 
dahipótese de que resulte menos PL. 
Bibliografia 
Contabilidade Introdutória 
Equipe de professores da FEA da USP 
Editora Atlas – 9ª edição.

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