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A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E OS DIREITOS HUMANOS NO PERÍODO PÓS-GUERRA.

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A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS E OS DIREITOS HUMANOS NO PERÍODO PÓS-GUERRA.
Gabriela da Silva�
Orientador(a)�:
RESUMO: Este trabalho analisar o período pós-Segunda Guerra Mundial, quando do início da Organização das Nações Unidas – ONU, iniciou suas atividades estabelecendo determinados critérios de conduta entre as nações signatárias e, dentre estes, a unanimidade com relação aos direitos da pessoa, surgindo, então, com mais evidência, o conceito de Direitos Humanos. Este fato proporcionou grande contribuição para uma nova fase de transformação na sociedade atual. Nesse estudo, será tratado sobre a história da Carta da ONU de 1948, a qual foi marco na história, por ser reconhecida como um dos maiores impulsos no que tange aos Direitos Humanos, observando-se, então, pontos que ainda não estavam sendo observados com relação ao tema. A carta é reconhecida como um avanço onde as pessoas ganham o “domínio próprio”. Esta carta veio com a Ditadura Militar, depois dos fatos cometidos por Adolf Hitler, durante a II Guerra Mundial, passando esse momento histórico a ser o maior motivo de sua vigência. Naquela época os direitos humanos mais elemntares não eram observados, pois, como “raça ariana”, pressupunham dispor como quizessem das, por eles denominadas, “raças inferiores”. O que pouco se sabe, é que para os soldados esses atos estavam “certos”, pois era a lei naquela época, sendo esse um dos temas do referente trabalho. A ONU depois destes acontecimentos resolveu restabelecer com mais ênfase a Lei dos Direitos Humanos. Esta pesquisa tem como enfoco apresentar um sucinto histórico com relação a estes fatos. O trabalho será orientado pela matéria de Direito Constitucional. 
Palavras chave: ONU, Direitos Humanos, Ditadura, Superioridade, Racismo.
1 INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da humanidade, a lei do mais forte era a prática. Entretanto, com a evolução da humanidade, mesmo em tempos antigos, com a organização em comunidades estabelecidas sob liderança e, após, o surgimento do Estado, surgiu o imperativo de proteção àquele que, de alguma forma fosse ofendido, nascendo, então, os códigos de leis, os quais se sabe, por exemplo, do Código de Hamurábi, na Babilônia, a mais antiga codificação de leis que se tem notícias (KERSTEN, 2007), o qual era fundamentado, especialmente, sobre o reparo do ato cometido pela Lei de Talião, a qual previa que, para um ato de ofensa, outro ato igual sofreria o ofensor ou devia pagar, ao ofendido, quantia determinada; o Código de Manu, na Índia, também de longínquo tempo na história, o qual se fundamentava, principalmente sobre a religiosidade daquele povo e se caracterizava pela separação de classes sociais, proporcionando a uns grande representatividade social e direitos, enquanto não proporcionava os mesmos direitos às classes mais baixas. Após estes códigos, pode-se citar, ainda, o Direito Romano, o Alcorão, o Código de Napoleão e muitos outros, em diversos Estados, que buscaram estabelecer formas justas e garantias, aos cidadãos.(RODRIGUES, 2011)
Entretanto, a sede de ter e poder do homem, nunca pode se solucionada por leis. Esta vontade de dominar sempre esteve latente no homem e daí os períodos negros da história, como as guerras de conquista, na tentativa de dominar povos, expandir reinos e obter vantagens dos povos dominados.
Neste períodos e mesmo em períodos de paz, a tentativa de dominar outros seres humanos, seja pelo simples fato de ter o controle ou por vantagens territoriais e materiais, fez, no decorrer da história com que houvesse grande desigualdade, às vezes entre pessoas do mesmo povo, pela exploração do trabalho, como nos períodos escravagistas, desrespeitando, frontalmente, o que hoje a sociedade mundial denomina de Direitos Humanos.
Já em 1789, com a Revolução Francesa, se fala em Direitos Humanos, de certa forma, pois a Assembléia Nacional, a qual na época promulgava a Carta dos Direitos do Homem, conferindo, ao ser humano, liberdade, igualdade e humanidade, princípios sobre os quais se apoiava a revolução. Esta Carta de Direitos estabelecia, pela primeira vez, a igualdade entre os seres humanos e os direitos que teria toda pessoa natural, como direitos à liberdade, dignidade, proteção da lei, trabalho digno e muitos outros.(CDHUSP, 2014)
Foi objetivo deste estudo analisar o período pós-Segunda Guerra Mundial, quando do início da Organização das Nações Unidas – ONU, iniciou suas atividades estabelecendo determinados critérios de conduta entre as nações signatárias e, dentre estes, a unanimidade com relação aos direitos da pessoa, surgindo, então, com mais evidência, o conceito de Direitos Humanos.
2 A Segunda Guerra Mundial e a ONU
Porém, após a promulgação da Carta de Direitos do Homem, a qual serviu de inspiração para revoluções posteriores e mesmo legislação em outros países, os Direitos humanos continuavam, em muitos lugares do mundo, sendo desrespeitados, nos séculos que se seguiram.
O século XX, em especial, de acordo com Hobsbawn (1999), foi um século paradoxal, no sentido de haver, ao mesmo tempo, tantas guerras, tendo sido um dos séculos mais sanguinolentos da história e, por outro lado, um século onde se viu nascer uma grande preocupação e ações referentes aos Direitos Humanos.
Em 28 de julho de 1914 eclodia a I Guerra Mundial, envolvendo diversos países da Europa e Ásia. Este conflito se estendeu até 1917 e exigia, tanto dos envolvidos, quanto da população civil, condições subumanas de sobrevivência, não havendo respeito à pessoa, o que se mostrava largamente tanto na frente de batalha quanto em outros locais. Entretanto, o fim do conflito, em 2018, deixou sequelas que seriam influências para o próximo conflito mundial que ocorreria em pouco mais de duas décadas depois. (SOHISTÓRIA, 2014)
Dentre outros fatores pregressos, a invasão da Polônia pela Alemanha, em 1° de setembro de 1939, dá origem ao segundo conflito: a Segunda Guerra Mundial, diferenciando-se da primeira, principalmente, pela sua extensão, pois havia atividade belicosa em todos os continentes e pela quantidade de pessoas mortas em razão do conflito, as quais chegaram a milhões. O fim deste conflito se deu com a queda de Berlim e com a rendição do Japão, em 1945, após este ser bombardeado com artefatos nucleares, até então nunca utilizados em uma guerra. Esta ação de utilização de bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima, em 6 de agosto de 1945 e em Nagasaki, em 09 de agosto de 1945, ceifou possivelmente mais de 200 mil vidas.(UFSM, 2013)
Durante estes períodos de beligerância, atrocidades foram cometidas contra pessoas e contra povos inteiros, como é possível observar, por exemplo, nos casos das cidades de Hiroshima e Nagasaki e contra o povo judeu, negros e ciganos.
2.1 A criação da ONU
Finalizada a I Guerra Mundial, foi criada, em abril de 1919, a Liga das Nações, cujo objetivo era promover a paz entre as nações do mundo e intermediar possíveis conflitos entre elas. Entretanto, no período que se sucedeu à sua criação, até a II Guerra Mundial, as atividades da Liga das Nações foi bastante reduzida, pois as razões do conflito ainda eram latentes e permaneciam possibilidades de novo confronto entre alguns países, o que de fato ocorreu na década de 1930, quando Alemanha e Itália demonstravam estas possibilidades que, na mesma década se evidenciou, provocando novo conflito mundial. (CPDOC, 2012)
A Liga possuía uma Secretaria Geral permanente, sediada em Genebra, e era composta de uma Assembléia Geral e um Conselho Executivo. A Assembléia Geral reunia, uma vez por ano, representantes de todos os países membros da organização, cada qual com direito a um voto. Já o Conselho, principal órgão político e decisório, era composto de membros permanentes (Grã-Bretanha, França, Itália, Japão e, posteriormente, Alemanha e União Soviética) e não-permanentes, estes últimos escolhidos pela Assembléia Geral. Não possuindo forças armadas próprias, o poder de coerção da Liga das Nações baseava-se apenas em sanções econômicas e militares.Sua atuação foi bem-sucedida no arbitramento de disputas nos Bálcãs e na América Latina, na assistência econômica e na proteção a refugiados, na supervisão do sistema de mandatos coloniais e na administração de territórios livres como a cidade de Dantzig. Mas ela se revelou impotente para bloquear a invasão japonesa da Manchúria (1931), a agressão italiana à Etiópia (1935) e o ataque russo à Finlândia (1939). Em abril de 1946, o organismo se autodissolveu, transferindo as responsabilidades que ainda mantinha para a recém-criada Organização das Nações Unidas, a ONU.(CPDOC, 2012)
Portanto, o intuito da criação deste órgão internacional, seria solucionar os conflitos entre os países, por meio do arbitramento, sem que estes países chegassem a um conflito armado, o que, pelas condições políticas do mundo, na época, não evitou que eclodisse a II Guerra Mundial.
Após o fim desta Guerra, a qual teve como marco final maio de 1945, com a ocupação de Berlim e com a rendição do Japão, em setembro do mesmo ano, novas possibilidades de conflitos surgiram e, para que fossem solucionados de forma mais eficaz, foi criado, ainda no ano em questão, um órgão que contaria não só com o poder de impor sanções, mas contaria com tropas militares que seriam compostas pelos países membros, para garantir a paz em regiões de conflitos. Assim, em São Francisco, na Califórnia, EUA, 51 delegados representantes de nações aliadas, assinavam a Carta das Nações Unidas, criando-se a ONU, em 24 de outubro de 1945.(UNRIC, 2014)
O objectivo da ONU é unir todas as nações do mundo em prol da paz e do desenvolvimento, com base nos princípios de justiça, dignidade humana e bem-estar de todos. Dá aos países a oportunidade de tomar em consideração a interdependência mundial e os interesses nacionais na busca de soluções para os problemas internacionais.(UNRIC, 2014)
Portanto, após tantos conflitos e busca de domínio de alguns povos sobre outros, estabeleceu-se um órgão mundial orientado para a intermediação do direito entre os países.
Porém, antes de 1945, em 1° de janeiro de 1942, os chamados países fundadores das Nações Unidas, promulgavam a chamada Declaração das Nações Unidas, dando o início ao projeto que viria a se estender pela maior parte das nações do mundo. (ONUBR, 2014)
Todos os países do mundo podem fazer parte das Nações Unidas, desde que se disponham à manutenção da paz e aceitem o que é definido pela Carta, sendo aptos e dispostos a cumprirem o que a mesma Carta estabelece. Atualmente, 193 países do mundo fazem parte da Organização das Nações Unidas. (ONUBR, 2014a)
No Preâmbulo da Carta, pode-se ler:
NÓS, OS POVOS DAS
NAÇÕES UNIDAS, RESOLVIDOS
a preservar as gerações vindouras do flagelo da guerra, que por duas vezes, no espaço da nossa vida, trouxe sofrimentos indizíveis à humanidade, e a reafirmar a fé nos direitos fundamentais do homem, na dignidade e no valor do ser humano, na igualdade de direito dos homens e das mulheres, assim como das nações grandes e pequenas, e a estabelecer condições sob as quais a justiça e o respeito às obrigações decorrentes de tratados e de outras fontes do direito internacional possam ser mantidos, e a promover o progresso social e melhores condições de vida dentro de uma liberdade ampla.(ONU, 2014)
Pode-se perceber que o objetivo inicial é o de promover e manter a paz entre as nações, pois trata especificamente dos dois eventos que se tornaram holocaustos histórico que abarcaram o mundo inteiro, ceifando milhões de vidas; em direção a este objetivo, a carta segue reafirmando a fé nos direitos do homem fundamentados na dignidade de grandes e pequenos, homens e mulheres, assim como entre todos os povos com respeito mútuo, estabelecendo que esta congregação mundial de países em torno dos mesmos princípios, teria força de corte de justiça, para mediar e dirimir conflitos entre os povos das diversas nações congregadas.
A seguir, a Carta estabelece que, a força armada criada pela ONU não será usada para outro intento que não seja manter a paz em regiões de conflito, no interesse comum internacional. Foi o caso, por exemplo, da participação do Exército Brasileiro no Haiti, como força de paz, o qual comandava as ações das forças de paz, que era formada por grupos das forças armadas de 19 países. (BACHEGA, 2014)
Porém, a ONU se preocupa com o bem estar das nações também nos âmbitos cultural, econômico, social e humanitário, como se pode ver no Capítulo I, o qual trata dos propósitos e princípios:
Conseguir uma cooperação internacional para resolver os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário, e para promover e estimular o respeito aos direitos humanos e às liberdades fundamentais para todos, sem distinção de raça, sexo, língua ou religião; (ONU, 2014)
Pode-se, então, perceber que os principais objetivos são voltados ao bem estar da humanidade e seu desenvolvimento como um todo, assim como para cada povo, respeitando sua cultura própria, e para o indivíduo e sua dignidade humana.
3 OS DIREITOS DO HOMEM NO BRASIL
O termo homem, aplicado de forma ampla, como o faz a Declaração dos Direitos do Homem, faz entender a espécie humana, em todos os seus gêneros. e os direitos a que se refere a carta e todas as legislações dos países, não separam sexo, credo religioso, etnia, idioma, idade ou qualquer outra condição natural e inerente à pessoa, e tratam, com relação ao ser humano, de seu direito à vida, à liberdade, incluindo-se nesta liberdade a de pensar, ter opinião e expressá-la, o direito a ter boas condições de educação, de ter um bom e digno trabalho e pertencer e participar do grupo social em cujo meio vive, desde a família, a mais elementar célula social, até a comunidade global, como ser humano que é, passando por todos os outros meios sociais no qual se insere. (ONUBR, 2014b)
Carta Internacional dos Direitos do Homem é formada por tres partes distintas, que incluem o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e seu Protocolo Facultativo; o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos Sociais e Culturais; e a Declaração Universal dos Direitos do Homem.(DHNET, 2014)
Os direitos humanos são comumente compreendidos como aqueles direitos inerentes ao ser humano. O conceito de Direitos Humanos reconhece que cada ser humano pode desfrutar de seus direitos humanos sem distinção de raça, cor, sexo, língua, religião, opinião política ou de outro tipo, origem social ou nacional ou condição de nascimento ou riqueza.
Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei de direitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. (DUDH, 2014)
No Brasil, desde o tempo colonial, os Dreitos Humanos tem sido desrespeitados, não se enquadrando, portanto, no que declara a Declaração Universal dos Direitos do Homem, pois pode-se observar o regime escravagista que vigorou no país desde a chegada dos escravos trazidos da África como força de trabalho, os quais eram comercializados como mera mercadoria.
O tráfico era quase sempre organizado através de “contratos” entre parceiros comerciais europeus e africanos. O recrutamento era confiado a “contratadores”, que adquiriam este direito mediante o pagamento de licenças. Os europeus não se envolviam directamente na caça aos escravos e preferiam comprá-los aos africanos que se encarregavam de os capturar. Os mercadores europeus permaneciam junto à costa onde os seus parceiros comerciais acorriam para entregar de escravos capturados em guerras ou em ataques organizados, em troca dos mais variados objectos, em geral de pouco valor. O grande desenvolvimento do tráfico de escravos negros, na segunda metade do século XVI, foi impelido pela necessidade mão-de-obra para as plantações tropicais americanas principalmente de cana-de-açúcar e de algodão. (GOMES, 2008)
Os escravos, neste período, eram tratados de maneira completamente subumana, possivelmente de forma que nem animais eram assim tratados, poisnão eram vistos como homens, mas apenas como animais para o trabalho.
Com a abolição da escravatura, no Brasil, deixaram de existir os escravos, no entanto, os direitos humanos ainda não eram observados, pois os trabalhadores eram tratados de maneira que ainda refletia o período de escravidão, com salários miseráveis e condições de trabalho exaustivas, pois o interesse se fixava apenas no lucro e o negro foi excluído do mercado de trabalho, havendo mesmo leis que proibiam que os negros exercessem alguma profissão. (DIAS, 2013) 
No período da ditadura militar, a partir de 1964, mesmo o Brasil já sendo signatário da Carta da ONU, houveram desrespeitos aos direitos humanos, pois o regime então imposto “descumpriu a obrigação de adequar seu direito interno à Convenção”, o que rendeu ao Brasil a condenação pela Corte Internacional de Direitos Humanos (SILVA, 2014). 
Porém, a Constituição Federal de 1988 avançou em termos de direitos humanos, iniciando-se na leitura do art. 5°, o qual estabelece que “Todos são iguais perante a lei (...)”(BRASIL, 1988), o que reflete o ideal da Revolução Francesa e a Carta da ONU.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
<p
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;(BRASIL, 1988)
Se percebe no texto legal, a busca pela igualdade de direitos a todos os cidadãos, independente de sexo, cor, religião, ou qualquer outra característica, buscando, assim, estabelecer a paz entre os indivíduos e entre os povos, razão primeira da Organização das Nações Unidas.
4 CONCLUSÃO
Pode-se observar que, após períodos históricos que foram desde a escravidão de homens por outros homens, até as atrocidades cometidas pelas guerras e, mesmo em tempos de paz, atrocidades cometidas por governos totalitários, que desconsideram totalmente o direito de outros seres humanos, alguns países resolveram buscar soluções para os grande conflitos assim como os conflitos entre pessoas, estabelecendo normas de convivência social que permitissem que as pessoas e grupos sociais tivessem garantidos os seus direitos.
Dessa busca pela equidade e pela paz, surgiu a Organização das Nações Unidas, ONU, onde os países buscam uma forma de convivência pacífica e produtiva, considerando toda a sociedade mundial, respeitando suas diferenças culturais e proporcionando aos grupos sociais o seu pleno desenvolvimento, assim como o desenvolvimento do cidadão, seja ele de qualquer país, de qualquer raça, cor, credo ou condição social.
Esta busca do ser humano pela igualdade entre os povos e as pessoas, no que diz respeito aos direitos de cada um, tem evidenciado grandes progressos em direção à paz, tendo-se evitado, através da ONU, que outras guerras de grande proporção, como o forma a I Guerra Mundial e II Guerra Mundial, tenha ocorrido e, em muitas regiões de conflito, tais conflitos tenham sido solucionados, em parte ou no total, pela atuação desse órgão que representa a maior parcela das nações do mundo.
Possivelmente ainda falte muito para que a humanidade atinja sua plenitude, porém, as condições elementares para que chegue a isso já foram desencadeadas por grande parte dos povos da terra, incluindo em suas leis os princípios fundamentais estabelecidos pela ONU, na busca da convivência fraterna entre povos e cidadãos.
Assim, julga-se atingido o objetivo deste breve estudo, concluindo que a Organização das Nações Unidas foi, na história da humanidade, senão o maior, um dos grandes passo desta humanidade em direção à paz mundial e a fraternidade entre os povos e entre os cidadãos de todos os povos.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BACHEGA, Hugo. Dez anos no Haiti: a missão militar ajudou a projetar o Brasil no mundo? 
CDUSP – Comissão de Direitos Humanos da USP. Declaração dos direitos do homem e do cidadão – 1789. Universidade de São Paulo. Disponível em <http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Documentos-anteriores-%C3%A0-cria%C3%A7%C3%A3o-da-Sociedade-das-Na%C3%A7%C3%B5es-at%C3%A9-1919/declaracao-de-direitos-do-homem-e-do-cidadao-1789.html> Acesso em 26 out 2014.
CPDOC – Centro de Pesquisas e História Contemporânea do Brasil. Liga das Nações. FGV. 2012. Disponível em <http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos20/CentenarioIndependencia/LigaDasNacoes> Acesso em 30 out 2014.
DHNET. Carta Internacional dos Direitos do Homem. 15 jul 2014. Disponível em <http://www.dhnet.org.br/direitos/deconu/textos/onu1.htm> Acesso em 31 out 2014.
DIAS, Valéria. Após abolição, negro foi excluído do mercado de trabalho. Agência USP de Notícias. 11 mar 2013. Disponível em <http://www.usp.br/agen/?p=130331> Acesso em 02 nov 2014.
DUDH. Declaração Universal dos Direitos Humanos
GOMES, Carlos. Antecedentes do capitalismo. Universidad Técnica de Lisboa. Disponível em <http://www.eumed.net/libros-gratis/2008a/372/TRAFICO%20DE%20ESCRAVOS.htm> Acesso em 02 nov 2014.
HOBSBAWN, Eric. Era dos extremos: o breve século XX (1914-1991), 2 ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.
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RODRIGUES, Sabrina. Introdução ao estudo do direito. Curso. JurisWay. 06 dez 2011. Disponível em <http://www.jurisway.org.br/v2/cursoonline.asp?id_curso=197&pagina=13&id_titulo=2120> Acesso em 29 out 2014.
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UFSM. Hiroshima e Nagasaki, GEF-UFSM. Física Nuclear. 2013. Disponível em <http://coral.ufsm.br/gef/Nuclear/nuclear13.pdf> Acesso em 22 out 2014.
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SILVA, Lucas Goulart da. As consequências das violações aos direitos fundamentais durante a ditadura militar. Revista Direitos Humanos e Democracia. Editora Unijuí, ano 2, n. 3, jan./jun. 2014. Disponível em <https://www.google.com.br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=4&cad=rja&uact=8&ved=0CC4QFjAD&url=https%3A%2F%2Fwww.revistas.unijui.edu.br%2Findex.php%2Fdireitoshumanosedemocracia%2Farticle%2Fdownload%2F579%2F2619&ei=iv1YVMzQLIWbNuiZgfAP&usg=AFQjCNGpl6Kg-yLDtm0MzriKLW9mU5AFQQ&bvm=bv.78677474,d.eXY>Acesso em 02 nov 2014
� Discente do 2º período do curso de Direito da Faculdade de Pinhais. Bolsista do Programa de Iniciação Científica........ ou estagiário de direito...... ou outra atividade que tenha e queira fazer constar do mini-currículo. e-mail@.......
� Docente do curso de ....... da Faculdade de Pinhais. Mestre em ..... pelas Faculdades......... e-mail@....... Orientador do trabalho.

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