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ILICITUDE E CULPABILIDADE

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http://prazerjuridico.wix.com/prazerjuridico#!ilicitude-e-culpabilidade/unu4r
CULPABILIDADE – TEORIA FINALISTA
Crime é fato típico e antijurídico
A culpabilidade está ligada a pena, quando diz exclui-se a culpabilidade não é que deixa de ser crime, somente deixa de existir a culpa, é um pressuposto para aplicar a pena.
LIMITAÇÕES
Volitiva
Intelectiva
Potencial consciência ilicitude – sabia o que estava fazendo?
Exigibilidade de conduta adversa.
É preciso preencher esses requisitos, merece ou não a pena.
Artigo 28 CP
 Art. 28 - Não excluem a imputabilidade pena.
        I - A emoção ou a paixão.
        Embriaguez
        II - A embriaguez, voluntária ou culposa, pelo álcool ou substância de efeitos análogos.
        § 1º - É isento de pena o agente que, por embriaguez completa, proveniente de caso fortuito ou força maior, era, ao tempo da ação ou da omissão, inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
        § 2º - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, por embriaguez, proveniente de caso fortuito ou força maior, não possuía, ao tempo da ação ou da omissão, a plena capacidade de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
Delito é gênero que se subdivide em crime e contravenção penal.
Para a teoria finalista o crime é considerado simplesmente fato típico e antijurídico, a culpabilidade é considerada como mera apreciação de valor, responsabilidade, censura de crime existente.
Culpabilidade é a possibilidade de considerar alguém culpado pela pratica de uma infração penal, não é elemento do crime, mas reprovação, juízo de valor, censura, e para isto é preciso estar fora crime, por isso que não integra o conceito de crime.
Culpa sentido amplo – é a culpa de modo leigo, significa responsabilidade.
Culpa sentido estrito – é elemento do fato típico e se apresenta nas modalidades de imperícia, negligencia, imprudência, é elemento do crime.
Culpabilidade do autor – não se refere a gravidade do crime, mas como é esse autor, sua vida, personalidade, antecedentes, conduta social e os motivos que levaram ele a cometer a infração.
Culpabilidade do fato – gravidade do seu comportamento, da sua ação, maior ou menor lesividade.
Grau de culpabilidade – quanto maior o grau de censura atribuído ao fato maior será a pena.
ELEMENTOS DA CULPABILIDADE
Capacidade de entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com ele.
Aquele que não entender o caráter ilícito do fato é inimputável, isento de pena.
AS EXCLUDENTES DE IMPUTABILIDADE SÃO:
Doença mental
Desenvolvimento mental incompleto 
Desenvolvimento mental retardado
Embriaguez completa proveniente de caso fortuito ou de força maior
Devem ser constatadas no tempo da infração, caso contrário não existe exclusão de imputabilidade.
DOENÇA MENTAL
Qualquer espécie exclui a imputabilidade, mas deve ser capaz de excluir a capacidade de entendimento do caráter criminoso do fato ou comandar à vontade de acordo com esse entendimento.
O professor Mirabete estabelece uma gradação interessante a respeito da doença mental.
Orgânica – paralisia progressiva, sífilis, tumores cerebrais e arteriosclerose.
Toxicas – psicose alcoólica e funcionais, esquizofrenia, maníaco depressiva.
Para ele as moléstias que não atingem o cérebro, porém se constatadas que em razão dela se tornou incapacitado de compreender o caráter ilícito do fato, há inimputabilidade.
Importante entender que não é só o caráter ilícito, mas também de comandar a sua vontade com esse entendimento.
Exemplo é o necrófilo, ele entende o caráter ilícito do fato, mas sente incontrolável compulsão para satisfação de instintos sexuais e não consegue em razão de anomalia mental, determinar de acordo com a sua vontade, são isentos de pena, mas sujeitos a medida de segurança.
O artigo 19 da lei 6368/76 determina que a dependência patológica de substancia psicotrópica, álcool e drogas e alucinógenos configura como doença mental, sempre que retirar a capacidade de entender e de querer.
Temos também as psicoses funcionais:
Esquizofrenia – sobretudo de forma paranoides em que são comuns os impulsos em que o sujeito agride e mata por ser portador de mentalidade selvagem e primitiva, sujeita a explosões de fúria, mas que não escolhem nenhuma classe de delitos.
Psicose – maníaco depressivo, desorganização da sociabilidade e eventualmente da personalidade provocando isolamento das condutas sociais.
Epilepsia – considerada doença mental de profundas alterações de caráter e da inteligência.
Demência senil – enfraquecimento da memória principalmente quanto a fatos recentes, dificuldade em fazer julgamentos geral das situações, depressões, ansiedades, alterações repentinas no comportamento.
DESENVOLVIMENTO MENTAL INCOMPLETO
É o desenvolvimento mental que ainda não se concluiu, seja em razão da idade, seja em razão da falta de convivência social.
Trata-se de menores de 18 anos, eles praticam ato infracional e consequentemente aplica-se a medida socioeducativa é imputável no dia que completa 18 anos, conforme o artigo 10 CP, pois as contagens do prazo no direito penal desprezam-se as frações do dia.
 Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos pelo calendário comum. 
DESENVOLVIMENTO MENTAL RETARDADO
É aquele incompatível com o estágio de vida que se encontra a pessoa, assim estando abaixo do desenvolvimento mental para a idade cronológica.
Oligofrênico – coeficiente mental reduzido, estão em uma escala decrescente de inteligência, débeis mentais, imbecis, idiotas, não tendo como entender o crime que cometeram.
Mesmo que passageiro não podendo entender o caráter ilícito do fato e de se determinar de acordo com ele.
Observação 1
Não age com necessário discernimento para ter-se como imputável, quem depois de seriamente agredido na cabeça reage e mata irracionalmente outra pessoa ou mesmo o agressor.
Observação 2
Surdos mudos, Capez e Damásio, os classifica como desenvolvimento mental incompleto, de qualquer forma o surdo-mudo só será inimputável na medida que sua deficiência impedir de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar de acordo com sua vontade.
Defeito adquirido no início da vida apresenta uma deficiência intelectual considerável, podendo acarretar a inimputabilidade ou determinar a redução de sua responsabilidade criminal.
CRITÉRIOS PARA AFERIÇÃO
Biológico – interessa saber se o indivíduo é portador de alguma doença mental, se sim é inimputável. O segundo critério biológico é a presunção legal de que a deficiência mental impede de entender o caráter ilícito, sendo irrelevante indagar suas reais e efetivas consequências.
Psicológico – ao contrário do sistema biológico, não se preocupa com a existência de doença mental, mas apenas no momento da ação ou omissão delituosa, ele tinha ou não condições de analisar o caráter ilícito do fato? Se fosse adotado o critério psicológico, o marido que flagrasse sua esposa com outro homem e o matasse, não seria culpado, seria inimputável, mas não é isso que ocorre.
Biopsicológico – combina os dois, e seria inimputável aquele que em razão de causa prevista em lei (doença mental), incompleto e retardado atue no momento do ato sem entender do caráter ilícito.
CONCLUSÃO
O nosso sistema adota o critério biológico aos que apresentem desenvolvimento mental incompleto, porém adota o critério Biopsicológico nos demais casos, diante disso conclui-se que a imputabilidade possui três importantes requisitos.
Requisito causal – existência da doença mental ou desenvolvimento mental incompleto ou retardado.
Requisito cronológico – deve atuar no tempo da ação ou omissão delituosa.
Consequências – perda total da capacidade de entender ou de querer.
SEMI-IMPUTABILIDADE 
Definida pelo próprio parágrafo único do artigo 26 CP.
 Redução de pena
        Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtudede perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
É a perda da capacidade de entendimento e autodeterminação em razão de doença mental ou desenvolvimento incompleto e retardado.
Alcança os indivíduos em que as perturbações psíquicas tornam menor o poder de autodeterminação e mais fraca a resistência ao crime.
Posição majoritária que os cleptomaníacos e os psicopatas são semi imputaveis e não inimputáveis, pois exames atestam que a doença não tira o discernimento do caráter ilícito, mas somente diminuem a resistência a pratica do crime.
São requisitos de semi imputabilidade:
Causal – provocada por doença mental, retardada ou incompleta.
Cronológico – deve estar presente no tempo da ação ou da omissão.
Consequencial – a diferença da inimputabilidade da semi imputabilidade é que na primeira tem perda total do entendimento, já na segunda é somente parte do entendimento.
Como consequência o juiz aplicará a pena considerando a causa de diminuição prevista no parágrafo único do artigo 26, ou o juiz aplicará a medida de segurança.
 
Redução de pena
        Parágrafo único - A pena pode ser reduzida de um a dois terços, se o agente, em virtude de perturbação de saúde mental ou por desenvolvimento mental incompleto ou retardado não era inteiramente capaz de entender o caráter ilícito do fato ou de determinar-se de acordo com esse entendimento.
A partir de 1984 o legislador determinou que as penas são distintas, vicariante, o juiz está impedido de aplicar a pena conjuntamente como o legislador do CP de 1940, onde se aplicava o duplo binário.
A medida de segurança só será aceita com a comprovação do laudo de insanidade mental, e se for pena, o juiz deve diminui-la 1/3 a 2/3 conforme o grau de perturbação, trata-se de diminuição de pena obrigatória, direito subjetivo do agente e o juiz não pode subtraí-lo.
DEPENDÊNCIA
É tratado como espécie de doença mental e recebe tratamento jurídico diverso de outras perturbações mentais como a psicose e epilepsia.
Se inimputável terá medida de segurança nos termos da lei de drogas, tratamento e internação só quando necessária.
No caso de semi imputabilidade, não será possível ao juiz aplicar medida de segurança e deve diminuir a pena conforme previsão do CP.
EMOÇÃO E PAIXÃO
Namorado extremamente ciumento – (paixão).
Namorado extremamente magoado, nervoso pois acabou de presenciar uma traição da namorada – (emoção).
Colega de trabalho vingativo e invejoso que seria capaz de tudo para retirar uma pessoa do cargo de chefia – (paixão).
O que é emoção juridicamente?
O que é paixão juridicamente?
Emoção é todo sentimento abrupto e repentino, como um vulcão que entra em erupção.
Paixão nem sempre necessita advir de homem e mulher pois é sentimento duradouro e profundo que vai arraigando paulatinamente a alma humana. É a emoção em estado crônico, é a inveja, o despeito, ciúme.
A emoção e a paixão não excluem a imputabilidade, pode ser causa de diminuição de pena.
Homicídio privilegiado, diminui a pena em 1/6 a 1/3 e só será diminuída nas seguintes hipóteses.
For violenta
Domino da emoção e não a influência
Logo em seguida a provocação
Sob mera influência será somente circunstância atenuante, artigo 65 CP. Com efeitos mais acanhados.
Circunstâncias atenuantes
        Art. 65 - São circunstâncias que sempre atenuam a pena.
        I - Ser o agente menor de 21 (vinte e um), na data do fato, ou maior de 70 (setenta) anos, na data da sentença.
        II - O desconhecimento da lei.
        III - Ter o agente.
        a) Cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral;
        b) Procurado, por sua espontânea vontade e com eficiência, logo após o crime, evitar-lhe ou minorar-lhe as consequências, ou ter, antes do julgamento, reparado o dano;
        c) Cometido o crime sob coação a que podia resistir, ou em cumprimento de ordem de autoridade superior, ou sob a influência de violenta emoção, provocada por ato injusto da vítima;
        d) Confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime;
        e) Cometido o crime sob a influência de multidão em tumulto, se não o provocou.
Existe um entendimento minoritário, que sim pode excluir a imputabilidade se provado que interferiu na resistência psíquica do agente.
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