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ILICITUDE E CULPABILIDADE EXERCICÍO REGULAR DE DIREITO

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EXERCICÍO REGULAR DE DIREITO
Não há crime quando se está acobertado por exercício regular de direito, qualquer pessoa pode exercitar um direito a uma faculdade imposta pela lei penal ou extrapenal.
A Constituição Federal de 1988 traz no artigo 5º inciso II o princípio da legalidade, exclui-se assim a ilegalidade do fato.
Exemplos clássicos são os recentes artigos 1470 do CC/02 (penhor forçado) e na defesa de esbulho possessório recente (artigo 1210, parágrafo 1º CC/02), entre outros.
Não há que se falar em exercício regular de direito no constrangimento ilegal ou nas lesões corporais provocadas pelo conjugue mediante recusa no cumprimento do débito conjugal.
Quanto aos ofendículos doutrinadores há que acreditam que os mesmos constituem a legitima defesa preordenada.
Os ofendículos são obstáculos utilizados para a proteção, são aparatos visivelmente perceptíveis destinado a proteção da propriedade e qualquer outro bem jurídico.
Quanto a defesa mecânica predisposta, são aparatos ocultos com a mesma finalidade dos ofendículos, por este motivo configura-se quase sempre delitos dolosos ou culposos.
As intervenções médicas e cirúrgicas apontam-se também como exercício regular de direito, por se tratar de atividades organizadas pelo Estado é importante ressaltar que para a configuração da excludente o agente tem que ter conhecimento da situação justificante.
Decorre do princípio constitucional da legalidade, previsto no inciso II artigo 5º, ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer senão em virtude de lei, na totalidade do ordenamento jurídico ele concede brechas, para que se exercitem determinadas condutas.
Há exercício regular de direito na correção dos filhos pelos pais, na prisão em flagrante por particular na defesa de esbulho possessório recente, artigo 1210 CC/02 parágrafo primeiro.
No expulsar de pessoas que permanecem indevidamente em local em que está sendo vedado o acesso.
Na parte especial do CP, há casos específicos de exercício regular de direito, tais como a imunidade judiciaria artigo 142 CP inciso III, a coação para evitar o suicídio ou para a pratica de intervenção cirúrgica artigo 146 parágrafos terceiro CP, o direito de crítica, artigo 142 incisos II CP.
Há entendimentos que consideram a previsão do exercício regular de direito como sendo desnecessária, pois quem normalmente exerce conduta regulamentada pelo direito de acordo com a norma não poderia realmente estar praticando conduta antijurídica.
O exercício regular de direito alcança como vimos todos aqueles que podem exercitar um direito subjetivo ou uma faculdade prevista em lei penal e extrapenal, dessa forma o significado da expressão direito possui sentido amplo abrangendo todas as formas de direito penal e extrapenal.
Para caracterizar a excludente é indispensável que o agente conheça a existência da excludente que no caso é uma autorização penal e extrapenal para a pratica de um determinado direito, caso contrário não tem que se falar na excludente.
INTERVENÇÃO MÉDICA E CIRURGICA
Mas para que exista a discriminante é indispensável o consentimento do paciente ou de seu representante legal, não sendo possível poderá caracterizar estado de necessidade em favor de terceiro, a intervenção médica não exclui o crime quando houve, imperícia, negligencia, imprudência do agente, havendo responsabilidade pelo crime culposo.
O exercício regular de direito pressupõe o exercício habilitado capaz de desempenhar a atividade a que por lei passou a ter direito.
VIOLÊNCIA DESPORTIVA
Cotovelada desferida no rosto, ausência, entretanto de elementos comprovadores da intencionalidade, a expulsão não é motivo para a denúncia, caso contrário todo jogador expulso por jogo violento deve ser processado.
Haverá crime pelo excesso, quando a pessoa desobedecer às regras do esporte causando resultado lesivo, como exemplo temos o boxeador que nocauteia o adversário dentro dos limites esportivos e este vem a falecer, neste caso não existe crime, mas se o boxeador desrespeita as regras do esporte ou mesmo após ter dominado totalmente o adversário que já se encontra ao solo e continua a desferir socos contra o mesmo, é pratica de excesso e no caso não tem que se falar da excludente.

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