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Técnico em Radiologia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Mamografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Mamografia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
MAMOGRAFIA 
 
ANATOMIA RADIOLÓGICA 
 
CÂNCER DE MAMA 
 
Até recentemente, o câncer de mama era a causa principal de morte por câncer em mulheres. 
Nos dias atuais, o câncer pulmonar passou a ocupar o primeiro lugar, sendo o mais comum entre elas, 
juntamente com o de pele. O câncer de mama representa 32% de todos os novos casos de câncer 
detectados em mulheres e por 1 8% de todos os óbitos decorrentes de câncer. Atualmente, uma em oito 
mulheres norte-americanas desenvolverá câncer de mama em algum momento de sua vida. A melhor 
defesa das mulheres contra a doença é a prevenção através de mamografias periódicas, de modo a tornar 
possível sua detecção precoce. 
Os homens também podem desenvolver câncer de mama, mas suas chances são de cerca de 
1 % apenas em relação às chances das mulheres. Como esse tipo de câncer é mais incomum, as 
manifestações não são identificadas tão precocemente nos homens, e, com freqüência, o câncer de mama 
masculino progride para estágios avançados antes de seu diagnóstico. 
O primeiro passo na prevenção de qualquer doença é adquirir uma compreensão dos seus 
fatores de risco. Com o tempo, identificamos certos fatores de risco para o câncer de MAM, embora a causa 
específica da maioria desses cânceres ainda seja clara. A melhor maneira de se proteger contra esta 
doença é realizar periodicamente a mamografia, para que seja possível a detecção precoce. 
A mamografia periódica pode ser a chave para sobreviver ao câncer de mama, visto que 
muitas lesões mamárias podem ser detectadas antes de se tornarem sintomáticas ou gerarem metástases. 
As mamografias é capaz de detectar uma lesão tão pequena, quanto uma de 2,0 mm; estas lesões podem 
levar de 2 a 4 anos para serem palpável no auto exame de mama ou no exame clínico da mama. Uma vez 
que o tumor mamário tenha atingido 2 cm em tamanho, geralmente já ocorreu metástases ou o mesmo se 
disseminou para outras regiões. Infelizmente, o tempo médio de sobrevivência para uma paciente com 
câncer de mama metastático é de apenas 2 anos. Portanto, é crucial que mulheres e homens em risco se 
submetam a mamografia anuais, para que as lesões mamárias possam se detectadas antes de gerar 
metástases. Quanto mais cedo for a detecção, maiores são as opções de tratamento para o paciente e o 
melhor é o prognóstico. 
A mamografia se tornou um dos exames de raios X mais críticos e necessários a ser realizado. 
Procedimentos mamográficos requerem elevado conhecimento e habilidade por parte do mamografista, 
tecnólogo em radiologia com treinamento adicional em mamografia. O posicionamento acurado e preciso da 
mama durante o exame é imprescindível no diagnóstico do câncer de mama. A quantidade máxima de 
tecido mamário deve ser claramente demonstrada em cada incidência. Imagens mamográficas precisam ser 
caracterizadas por contraste otimizado e alta resolução, não contento artefatos que possam potencialmente 
obscurecer patologias. Os mamografistas qualificam-se por meio de cursos teórico, treinamento profissional 
e experiência prática, sendo aprovados num exame com certificação. É fundamental que o mamografista dê 
continuidade ao seu aprendizado, anos após anos, a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos. 
Ato de Padrões de Qualidade em Mamografia 
Em 1992, o governo federal dos EUA promulgou o Mammography Quality tandards Act 
(MQSA). Esse estatuto aconteceu como resultado não só da campanha pública atrocinada pela American 
Cancer Society, alertando para a necessidade da mamografia de rastreamento para todas as mulheres com 
mais de 40 anos de idade, como também da legislação federal que autorizou o reembolso de despesa pelo 
Medicare pelas mamografias de rastreamento feitas nas mulheres elegíveis. O decreto foi redigido devido 
ao lobby do American College of Radiography (ACR) decorrente da grande preocupação com a má 
qualidade das mamografias que estavam sendo realizadas. Este ato foi promulgado em 1.0 de outubro de 
1994, e exige que todos os locais (com exceção das unidades do Veterans Affairs) que oferecem serviço de 
mamografia se enquadrem nos padrões de qualidade, tornando obrigatório o certificado de funcionamento 
emitido pelo Departamento Health and Human Services (DHHS). A promulgação do MQSA marca a primeira 
vez em que o uso de um equipamento de raios X e um exame específico foi regulado pelo governo federal 
americano. 
As regulamentações finais do decreto passaram a vigorar em 28 de abril de 1999 e são agora 
conhecidas como Public Law 105-248. 
No Canadá, as orientações para as mamografias são traçadas pela Canadian Association of 
Radiologists (CAR). 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
Os aspectos técnicos da mamografia são rigidamente controlados, e esse exame só deve ser 
realizado em uma unidade exclusiva para esse procedimento. Os equipamentos de raios X (mamógrafos), 
processadoras, écrans e chassis devem ser de última geração e monitorizados regularmente, mediante um 
intensivo programa de controle da qualidade. 
Anatomia da Mama 
Na mulher adulta, cada uma das glândulas mamárias ou mamas é urna eminência cônica ou 
hemisférica localizada nas paredes torácicas ântero-Iaterais. O tamanho da mama varia de um indivíduo 
para outro e às vezes até na mesma mulher, dependendo de sua idade e da influência de vários hormônios. 
Porém, a mama em geral se estende da porção anterior da segunda costela (clavícula) para baixo até a 
sexta ou sétima costela (meio do esterno), e da margem lateral do esterno até a axila. Cada mama é 
composta por 15 a 20 lobos, cobertos por tecido adiposo, contribuindo para seu tamanho e forma. 
 
ANATOMIA DA SUPERFÍCIE 
A anatomia da superfície inclui o mamilo, uma 
pequena projeção contendo um conjunto de15 a 20 aberturas 
das glândulas secretórias no interior do tecido mamário. A área 
circular com pigmentação mais escura, que circunda o mamilo, é 
denominada aréola. As glândulas de Mobtgomery são pequenas 
glândulas de gordura cujo objetivo é manter o mamilo lubrificado 
e protegido,especialmente durante a amamentação. A junção da 
porção inferior da mama com a parede torácica anterior é 
chamado de prega inframamária (PIM). A cauda axilar é uma 
faixa de tecido que se envolve lateralmente com o músculo 
peitoral (figura). 
Na maioria das pacientes, a largura da mama, 
chamada de diâmetro médiolateral, é maio que a medida vertical, 
do topo à base. A medida vertical, que pode ser descrita como o 
diâmetro crânio-caudal, varia em média 12 a 15 cm na parede 
torácica. O técnico em radiologia (mamografista), durante o posicionamento, deve levar em conta que existe 
mais tecido mamário do que o tecido evidente, o qual se estende a partir do tórax. O tecido mamáriose 
sobrepõe às cartilagens costais próximo ao esterno, estendendo-se bem para cima em direção à axilar. 
Esse tecido mamário que se prolonga até a axila é chamado de cauda da mama ou prolongamento axilar da 
mama, sendo o local mais comum de ocorrência do câncer de mama. 
 
ANATOMIA SECCIONAL SAGITAL 
Uma secção sagital através de uma mama madura é 
evidenciada na Figura, que mostra a relação da glândula mamária 
com as estruturas subjacentes da parede torácica. Nesse desenho, 
a PIM está no nível da sexta costela, porém essa posição varia 
muito entre indivíduos. 
O músculo grande, conhecido como peitoral maior, é 
visto recobrindo à parte óssea torácica. Uma camada de tecido 
fibroso engloba a mama desde sua localização sob a superfície 
cutânea, encobrindo o músculo peitoral maior. A área onde esse 
tecido se encontra, tanto superficial quanto inferiormente, é 
chamadade espaço retromamário. O espaço retromamário deve 
ser demonstrado em pelo menos uma incidência durante o estudo 
radiográfico da glândula mamária, como uma indicação de que 
todo o tecido mamário está sendo visualizado. É possível realizar 
este procedimento, já que as conexões no interior do espaço 
retromamário são fracas e a área da PIM é a mais móvel dentro da 
mama normal. 
A posição relativa do tecido glandular versus o tecido 
adiposo (gordura) é ilustrada na Figura. A porção central da mama 
é composta basicamente de tecido glandular. Quantidades 
variáveis de tecido adiposo ou gorduroso circundam o tecido 
glandular. A variação de um indivíduo para outro em relação à 
quantidade de tecido glandular versus adiposo é determinada pela 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
genética e pela idade. 
Como a lactação ou secreção de leite são as funções principais da glândula mamária, tanto a 
quantidade de tecido glandular e gorduroso como tamanho da mama feminina não possuem relação com 
capacidade funcional da glândula. 
A pele que cobre a mama apresenta espessura uniforme, exceto na área da aréola e do 
mamilo, onde a pele é um pouco mais espessa. 
 
MÉTODOS DE LOCALIZAÇÃO 
Dois métodos são comumente usados para subdividir a 
mama em áreas menores para fins de a localização: o sistema de 
quadrantes e o sistema de relógio, mostrado na figura ao lado. Dos 
dois, o sistema de quadrantes é mais fácil de ser utilizado para 
localização generalizada da lesão. Quatro quadrantes podem ser 
descritos usando o mamilo como 
centro: o QSE (quadrante superior 
externo), o QSI (quadrante superior 
interno), o QIE (quadrante inferior 
externo) e o QII (quadrante inferior 
interno). 
Um segundo método, 
denominado sistema do relógio, 
compara a superfície da mama com 
a de um relógio. Embora esse método forneça uma descrição mais 
precisa da lesão, o que é determinado às 3 horas na mama direita tem 
de ser denominado às 9 horas na mama esquerda. 
Os referidos métodos de localização de lesão são muito 
semelhantes àqueles empregados para o autoenxame e exame clínico 
da mama pelo método de quadrantes ou relógio circular. Se médico ou o 
paciente sentirem uma massa em uma área suspeita na mama, um desses métodos será útil para descrever 
a are de interesse ao profissional de radiologia. 
 
ANATOMIA - VISÃO FRONTAL 
O tecido glandular da mama é dividido em 15 a 20 lobos 
dispostos similarmente nos raios de uma roda em torno do mamilo. 
Os lobos glandulares, que incluem vários lóbulos individuais, 
não são nitidamente separados, mas agrupados, em um arranjo radial, 
como se observa neste desenho. Distalmente, os menores lóbulos 
consistem em aglomerados de alvéolos arredondados. Sob estimulação 
glandular, as células periféricas dos alvéolos formam glóbulos de óleo em 
seu interior, os quais, quando ejetados na luz dos alvéolos, constituem os 
glóbulos de leite. Os aglomerados de alvéolos que compõem os lóbulos 
são interconectados e drenam através de duetos individuai. Cada ducto se 
alarga em uma pequena ampola, que serve como reservatório de leite, 
pouco antes de terminar numa pequena abertura na superfície do mamilo. 
Várias subdivisões desses ductos e ampolas associadas são 
ativadas durante a gestação a fim de preparar para a lactação e, após o 
nascimento, produzir leite para o recém-nascido. 
Uma camada de tecido adiposo, logo abaixo da pele circunda e recobre o tecido glandular. O 
tecido adiposo mamário lobular – gordura subcutânea – dispersa-se por entre elementos glandulares. O 
tecido conectivo interlobular ou fibroso circunda e dá suporte aos lobos e outras estruturas glandulares. 
Extensões em faixas desse tecido fibroso, conhecidas como ligamentos de Cooper (ou suspensores) da 
mama, fornecem suporte para as glândulas mamárias. 
Cada mama é abundantemente suprida por vasos sangüíneos, nervos e vasos linfáticos. As 
veias da glândula mamária em geral são mais calibrosas que as artérias e localizadas mais perifericamente. 
Algumas dessas veias calibrosas podem ser vistas em uma mamografia. O termo trabéculas é usado para 
descrever as várias estruturas de pequenas vistas na radiografia finalizada, tais como pequenos vasos 
sangüíneos, tecido conectivos fibroso, ductos e outras pequenas estruturas que não pode ser diferenciadas. 
Método de Quadrante 
Sistema de Relógio 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
 
TIPOS DE TECIDOS MAMÁRIOS 
Um dos principais desafios do exame radiográficos da mama é que diversos tecidos 
apresentam baixo contraste próprio ou disfarçam o tecido mamário. O tecido mamário pode ser dividido em 
três tipos principais: (1) glandular (2) fibroso ou conectivo e (3) 
adiposo ver na figura ao lado. Como a mama é uma estrutura de 
tecido mole, não há tecido de alta densidade ou cheio de ar para 
fornecer contraste. Os tecidos fibrosos e glandulares têm densidade 
quase heterogênea; portanto, radiação é absorvida por esses tipos 
de tecido de forma similar. 
O fato de o tecido adiposo ou gorduroso ser menos 
denso que o tecido fibroso ou o glandular representa a principal 
diferença entre os tecidos mamários. Essa diferença de densidade 
entre o tecido gorduroso e os tecidos remanescentes contribui para 
as divergências de contraste que aparecem na imagem final. 
 
SUMÁRIO 
Existem três tipos de tecido mamário: 
 1. Glandular Densidade mais alta semelhante (aparece mais claro ) 
 2. Fibroso ou conjuntivo 
 3. Adiposo Menor densidade (aparece mais escuro ) 
A mamografia convencional (Figura ao lado) mostra 
as diferenças na densidade dos tecidos, as quais fornecem a 
base da imagem radiográfica das mamas. Observe que o tecido 
glandular e fibroso (ou conectivo) mais denso aparecem como 
estruturas ou regiões "claras". O tecido adiposo ou gorduroso, 
menos denso, aparece em tons de cinza-claro a cinza-escuro, 
dependendo da espessura desses tecidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Classificação da Mama 
Fatores técnicos de qualquer parte da anatomia são determinados conforme a espessura da 
parte a ser examinada. Um cotovelo grande, por exemplo, requererá maiores fatores de exposição que um 
cotovelo pequeno. Isso também se aolica à mamografia; porém, o mamografista exerce certo controle 
nessa mediação. Na mamografia, a espessura da mama comprimida e a densidade do tecido definirão os 
fatores de exposição a serem utilizados. O tamanho ou espessura da mama são fáceis de determinar, mas 
a densidade é menos óbvia e requer informação adicional, a menos que estejam disponíveis mamogramas 
anteriores. 
 A densidade da mama é afetada basicamente pelas características mamárias inatas do 
paciente (genética), pelo status hormonal, idade e número de gestações. A glândula mamária sofre 
alterações cíclicas associadas à elevação e queda das secreções hormonais no decurso do ciclo menstrual 
associadas à elevação e queda das secreções hormonais no decurso do ciclo menstrual, alterações 
advindas da gestação e lactação e alterações graduais que ocorrem durante a vida da mulher. 
No entanto, de modo geral, as mamas podem ser classificadas em três categorias gerais, 
dependendo das quantidades relativas de tecido fibroglandular versus tecido gorduroso. As três categorias 
são descritas a seguir. 
 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
1. MAMA FIBROGLANDULAR 
A primeira categoria corresponde à mama 
fibroglandular. A mama mais jovem é bastante densa por 
conter pouco tecido gorduroso. A faixa etária comum para 
a categoria fibroglandular estende-se da pós-puberdade até 
cerca de 30 anos de idade. Porém, mulheres acima dos 30 
anos, que nunca deram a luz a um recém-nascido vivo, 
provavelmente estarão grupo. Incluem-se também 
mulheres grávidas ou lactantes de qualquer idade, já que 
apresentam um tipomuito denso de mama nesse período 
(fig.17.9). Mais uma vez, a genética pode influenciar este 
tipo de tecido. Há possibilidade de um mamografista 
encontrar tecido fibroglandular em uma paciente na pós-
menopalsa, logo a idade não é o único fator 
determinante. Convém aos mamografistas 
saber que esse tipo de tecido mamário, 
devido à sua natureza glandular, pode 
ocasionar uma compressão mamária 
bastante desconfortável para a paciente. 
 
2. MAMA FIBROGORDUROSA 
Uma segunda categoria é a da mama fibrogordurosa. À medida que a mulher envelhece e as 
alterações no tecido mamário continuam a ocorrer, a baixa quantidade de tecido gorduroso dá lugar a uma 
distribuição mais uniforme de gordura e tecido fibroglandular. Por essa razão, a mama não é tão densa no 
grupo de 30 a 50 anos quanto no grupo mais jovem. 
Radiograficamente, essa mama apresenta densidade média e requer menor exposição que o 
tipo de mama fibroglandular. Devido ao equilíbrio na distribuição entre tecido glandular e tecido gorduroso, 
esse tipo de tecido mamário produz melhor contraste radiográfico do que a mama muito glandular ou 
gordurosa. 
Várias gestações no início da vida reprodutiva de uma mulher irão acelerar sua conversão 
mamária em direção a esta categoria fibrogordurosa. 
 
3. MAMA ADIPOSA 
O terceiro e último grupo é a mama adiposa, que ocorre 
após a menopausa, comumente aos 50 anos de idade ou mais. 
Depois que a capacidade de reprodução da mulher o seu fim, a 
maior parte do tecido mamário é convertida em tecido adiposo num 
processo denominado involução. Esse tipo de tecido mamário é 
facilmente comprimido, necessitando, portanto, de menor exposição. 
As mamas das crianças e da maioria dos homens 
contêm principalmente gordura em pequenas proporções e, portanto, 
situa-se também nessa categoria. Embora a maioria das 
mamografias seja realizada em mulheres, é importante reconhecer 
que cerca de 1% a 2% de todos os cânceres de mama são 
encontrados em homens, por isso, realiza-se ocasionalmente mamografias em homens. Há uma diferença 
notável quando a mama masculina é examinada: esta não tem a mesma mobilidade da feminina, e a 
compreensão é tão desconfortável para o 
homem quanto para a mulher. 
RESUMO 
Somada ao tamanho da mama 
ou da espessura sob compressão, a 
densidade do tecido mamário determinará os 
fatores de exposição. A mama mais densa é 
do tipo fibroglandular. A menos densa é do 
tipo gorduroso e a mama com quantidades 
mais ou menos iguais de tecidos gordurosos e 
fibroglandular é chamada de fibrogordurosa. 
 
Alterações mamográficas durante a lactação. (a) 
Mamografia de base obtida antes da gestação mostra 
baixa densidade fibroglandular difusa. (b) Mamografia 
obtida durante lactação mostra aumento difuso na densidade 
glandular. 
RESUMO DAS CLASSIFICAÇÕES DAS MAMAS 
1. Mama Fibroglandular 
Faixa etária comum - 15 a 30 anos (e mulheres sem filhos com mais de 30 anos) 
Gestantes ou lactantes 
Radiograficamente denso 
Muito pouca gordura 
2. Mama Fibrogordurosa 
Faixa etária comum - 30 a 50 anos 
Mulheres jovens com três ou mais gestações. 
Densidade radiograficamente média 
50% gordura e 50% fibroglandular 
3. Mama Gordurosa 
Faixa etária comum - 50 anos ou mais 
Pós-menopausa 
Densidade radiograficamente mínima 
 Mamas de crianças e homens 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
 
POSICIONAMENTO RADIOGRÁFICO 
Considerações e Posicionamento e Técnicas 
PREPARO DA PACIENTE 
Antes do início do exame, o técnico em mamografia pedirá à 
paciente que coloque um avental, de preferência um tipo adequado para 
mamografia, o qual permite expor apenas da mama que está sendo 
examinada. A paciente será instruída a remover jóias, talco ou 
desodorante, que possam originar na imagem radiográfica. Tenha o 
cuidado de observar que certas loções, especialmente aquelas com gliter 
ou brilhos, podem produzir artefatos na imagem. O mamografista explicará 
o procedimento e anotará o histórico relevante da paciente, de acordo 
com o protocolo do serviço. Geralmente, esse histórico inclui o seguinte: 
• Gravidez, número de gestações 
• História familiar de câncer de mama (grau de parentesco) 
• Medicamentos (p. ex., terapia hormonal) usados regularmente 
• Cirurgia prévia de mama 
• Mamografias prévias, quando e onde foram realizadas 
• Descrição do problema, como mamografia de rastreamento, nódulos, dor e secreção papilar 
O técnico também deve anotar a localização de cicatrizes, massas palpáveis, sinais, verrugas, 
tatuagens e assim por diante 
 
POSICIONAMENTO DA MAMA 
Em mamografia, os tipos de tecido anteriormente mencionados, a forma e o contorno da mama 
e a tolerância individual da paciente ao exame podem-se verdadeiramente desafios para o mamografista 
que se empenha na produção de imagens de alta qualidade diagnóstica para interpretação. 
A base da mama é a porção próxima à parede torácica, enquanto que a área próxima ao 
mamilo se denomina ápice. Tanto na incidência crâniocaudal quanto na médiolateral, a base da mama é 
mais espessa e contém tecidos mais densos que os encontrado no ápice. 
Para contornar essa diferença anatômica normal encontrada na mama, utiliza-se um dispositivo 
de compressão em combinação com um tubo especialmente projetado, de forma que o raio central (RC) 
mais intenso do feixe de raios X penetre na base mais espessa da mama. 
TUBO DE RAIOS X 
O aspecto mais distinto do mamógrafo é o desenho único do tubo de raios X, que tem um alvo 
de molibdênio com pontos focais pequenos de 0,3 e 0,1 mm. O rhodium também foi introduzido como um 
material anódico opcional. Os pontos focais precisam apresentar esse tamanho devido à proporção das 
calcificações do câncer, que medem tipicamente menos de 1 mm. 
A configuração do anodo produz um efeito de inclinação proeminente, o qual resulta da DFR 
curta e do uso de ângulo alvo de referência estreito. Como o tubo de raios X é alinhado com o catodo 
situado sobre a base da mama (na parede torácica) e o anodo para fora em direção ao ápice (área do 
mamilo), o efeito de inclinação pode ser usado com o máximo de vantagem (Fig. 18.8). O lado catódico do 
feixe de raios X tem uma intensidade significativamente maior de raios X, quando comparado com o lado 
anódico. Isso leva à criação de uma imagem mamária de densidade uniforme porque os raios X mais 
intensos chegam à base, onde a espessura do tecido é maior. 
A maioria dos mamógrafos usa grades, controle automático de exposição (CEA) e a importante 
célula de compressão da mama. 
Seleção da Câmara CEA. As câmaras de CAE, na maioria dos aparelhos de mamografia, são ajustáveis 
em até 10 posições desde a parede torácica até a região do mamilo. Geralmente, para assegurar uma 
exposição adequada de tecidos mais densos/espessos, deve-se selecionara camada sob a parede torácica 
ou a área de tecido mais denso. Exceções a isto incluem incidências especiais, como ampliação e 
compressão seletiva, ode a camada deve ser colocada diretamente sob a região de interesse (ROI). 
Para a maior parte, a seleção da posição da camada de CAE depende da densidade do tecido 
ou ROI. Por exemplo, o tecido mamário é mais denso em direção ao mamilo e, neste caso, a célula seria 
posicionada posterior ao mamilo e não na parede torácica, para garantir exposição adequada. 
 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
COMPRESSÃO 
Todos os aparelhos de mamografia possuem 
um dispositivo de compressão usado para comprimir a 
mama. Nos últimos anos, o progresso na tecnologia de 
compressão mamária contribuiu bastante para melhoria 
da visibilidade de detalhe em imagens das mamas. A 
celular de compressão é feita de um plástico, o qual 
permite a transmissão de raios X de baixa energia. A 
célula deve ter uma borda reta que possibilite a 
compressão prender os tecidos mamários próximos à 
parede torácica. A compressão é controladapelo técnico 
e aplica-se normalmente 25 a 45 libras de força. A 
aplicação lenta e firme permite que a paciente tenha 
tempo para se ajustar à sensação, possibilitando 
administrar a compressão adequada. É importante manter 
contato visual com sua paciente a aplicação de 
compressão para que você possa avaliar seu nçível de 
desconforto. Na maioria das vezes, o mamografista deve transmitir encorajamento a fim de alcançar os 
resultados desejados. 
Além da célula padrão de compressão, um dispositivo de foco menor de compressão pode ser 
usado para visualizar melhor uma possível lesão ou região de superposição de tecido, que venha a ser uma 
patologia oculta. Todos os dispositivos de compressão devem ser conferidos regularmente para garantir que 
estão funcionando de forma apropriada, com a quantidade correta de pressão. Isso faz parte da 
recomendação do MQSA. 
Compressão aplicada adequadamente é um dos componentes críticos na produção de uma 
mamografia de alta qualidade. Seis razões para o uso da compressão são dispostas a seguir: 
1. Diminuir a espessura da mama e torná-la uniforme. 
2. Trazer as estruturas mamárias o mais próximo possível do chassi (RI) 
3. Diminuir a dose necessária e a qualidade de radiação secundária. 
4. Diminuir movimento e falta de nitidez geométrica. 
5. Aumentar o contraste por permitir uma diminuição dos fatores de exposição. 
6. Separar estruturas mamárias que possam estar superpostas. 
Esses seis fatores identificam como a qualidade de imagem ou resolução é melhorada pela redução da 
dispersão e da ampliação de estruturas mamárias. Isso é ilustrado pela compressão entre os desenhos sem 
compressão e com compressão na figura 18.9. Observe a localização das microcalcificações da lesão 
circundada por tecido mamário denso no desenho na Fig. 18.9, A, e como a compressão às trouxe mais 
próximas do chassi, em B. Por isso, a espessura global da mama também é muita reduzida, o que diminui 
pela metade a dispersão da radiação primária. A nitidez geométrica é preservada porque o RC encontra-se 
então perpendicular às estruturas mamárias. Além disso, se houver estruturas superpostas, a compressão 
iria trazê-las para um alinhamento lado a lado. 
 
AMPLIAÇÃO (Fig. 18.10) 
O método de ampliação é usado para aumentar áreas 
de específicas de interesse tais como pequenas ou 
microcalcificações. Isso requer um tubo de raios X com um ponto 
focal de 0,1 mm para manter a resolução da imagem. A 
amplificaçãonde 1 1/2 a 2 vezes podem ser atingida pela inserção 
de uma plataforma de ampliação especialmente construída entre o 
receptor de imagem e a mama, ampliando com isso à parte, devido 
a uma DOF aumentada. Essa técnica de ampliação pode ser usada 
em todas as incidências mamárias para visualizar melhor ou 
descartar possível patologia mamária. 
 
DOSE DA PACIENTE 
A dose da paciente é significativa na mamografia. Uma 
dose na pele de como pode ser analisado de 800 a 900 mrad e uma 
dose glandular média (DGM) de 130 a 150 mrad, o que é muito 
mais alto do que para a maioria das outras partes do corpo, é 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
comum em uma mamografia de 4 cm espessura. Por exemplo, uma coluna lombar em perfil muito mais 
espessa, com 30 cm, a 90 kVp, 50 mAs, tem posicionamento. Uma dose cutânea de 800 a 900 mrad e uma 
dose tem uma dose para a pele de 1.000 a 1.300 e uma dose na linha média de 130 a 180 mrad. A razão 
para a dose relativamente alta nas mamografias é a kV muito baixa (25 a 28) e o alto mAs (75 a 85) 
requeridos. 
A principal forma de controle da dose para paciente na mamografia corresponde ao 
posicionamento cuidadoso e preciso, o que minimiza a necessidade de repetições. A American College 
Association (ACR) recomenda uma taxa de repetição menor que 5% para a mamografia. A única proteção 
possível é um avental na cintura para proteger a região das gônadas. 
Observação: A dose glandular média é a dose média para tecido mamário, e não uma dose na linha 
média específica, como para a coluna lombar e outras partes do corpo. 
 
MAMOGRAFIA CONVENCIONAL OU MAMOGRAFIA EM FILME-ÉCRAN 
A mamografia convencional é o padrão radiográfico atual para mamas. O maior benefício do 
sistema convencional é uma imagem excelente com a menor dose possível de radiação, permitindo que a 
mulher seja examinada regularmente. A capacidade de visualização de detalhes, nitidez das margens e 
tecidos moles é uma característica da boa qualidade de uma mamografia com filme. Atualmente, a 
mamografia convencional e a ultra-sonografia (US) são as principais modalidades de exames usadas para 
se obter imagens das mamas. Contudo, a mamografia convencional continua sendo a mais importante e a 
mais usada, embora em um moderno serviço de mamografia o exame convencional e a US sejam usados 
em conjunto para diagnosticar patologias da mama. 
 
MAMOGRAFIA DIGITAL 
MAMOGRAFIA POR RADIOGRAFIA COMPUTADORIZADA 
Em mamografia, pode-se fazer uso de RC da mesma forma que em radiologia geral, com sua 
PI e seu processador de imagem. Cassetes de RC contendo placas de imagem podem ser usados em 
aparelhos de mamografia já existentes. As vantagens da mamografia por RC incluem: 
 
Custos Operacionais Placas de imagem de RC 
podem ser expostas muitas vezes de terem que ser 
substituídas. Portanto, dado o custo do filme e das 
despesas associadas ao seu processamento, o uso de 
RC é mais econômico. 
 
Opções de Telerradiografia Com a mamografia por 
RC, as imagens podem se enviadas e/ou transferidas 
para locais remotos objetivando interpretação e 
consulta. Isto é definido como telerradiologia, ou 
telemamografia, termo este utilizado às vezes para 
imagens de mamografia transmitidas eletronicamente. 
 
Opções de Arquivamento e PACS Depois que as 
imagens são interpretadas podem ser armazenadas 
eletronicamente em qualquer local desejado através do PACS. A necessidade de espaço físico para o 
armazenamento de filmes é dispersada quando as imagens mamograficas são incorporadas a um PACS 
existente. Dependendo da extensão do PACS em uso, médicos assistentes de fora podem ter acesso a 
essas imagens nos seus consultórios. Isto é conveniente tanto para o paciente quanto para o médico, pois 
as imagens são prontamente disponível e não requerem duplicação, transporte ou a possibilidade de perda 
ou dano permanente. 
 
Manipulação da Imagem A mamografia por RC, assim como por RD direita, permite a manipulação da 
imagem no pós-processamento. Isto pode reduzir o número de repetições de exames feitos, desde que 
fatores de exposição e técnicas de posicionamento corretos sejam usados. Menos repetições levam as 
doses menores de radiação e menos desconforto par o paciente. 
 
RADIOGRAFIA DIGITAL DIRETA 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
A RD é uma segunda forma de exame 
digital que continua a ser aperfeiçoada e desenvolvida, 
mas ainda não é de uso comum em mamografia. Estes 
aparelhos de mamografia contêm num painel de detector 
plano, montado permanentemente na unidade de raio X. 
Estudos comparativos mostraram que aparelhos de 
mamografia RD mais novos melhoram a resolução de 
contraste enquanto fornecem reduções na dose para o 
paciente em comparação com o exame em filme-écran. 
Não se utiliza placa de imagem com a RD, como é 
necessário com a RD. O painel de detector plano captura 
os raios X remanescentes e produz uma imagem digital. 
A imagem digital. A imagem digital, então, é projetada 
em um monitor na mesa de trabalho do mamografista 
para visualização e pós-processamento, quando 
necessário. 
 
 
 
 
CONCLUSÕES – MAMOGRAFIA DIGITAL VERSUS FILME-ÉCRAN 
Embora a resolução de contraste com um aparelho digital seja primorosa, na resolução 
espacial global da imagem digital ainda pode ser um pouco inferior em relação ao aparelho de filme-écran 
atualmente. Como conseqüência, a capacidade de detectarmicrocalcificações e alterações de tecidos na 
mama tem sido questionada por radiologistas quando se examina uma imagem digital da mama. Contudo, 
melhorias na tecnologia do detector e no desenho de monitor em breve irão alcançar a resolução do filme-
écran. Além disso, características de pós-processamento, como ampliação ( toda ou parte da imagem), 
realce de contraste, imagem reversa (reverso de preto e branco) e ajuste de contraste e brilho da imagem 
podem ser usados para realçar imagens mamográficas específicas e melhorar sua qualidade diagnóstica. 
A mamaografia digital, similar ao exame digital na radiologia geral, muito provavelmente 
substituirá a mamografia em filme-écran. 
 
SISTEMAS DE AUXÍLIO DIAGNÓSTICO ASSISTIDOS POR COMPUTADOR 
Hoje em dia, o computador está sendo usado como 
um dos "segundos leitores" na interpretação mamográfica. O 
sistema de auxílio diagnóstico assistido por computador (CAO) é 
uma tecnologia que causa potencial impacto no diagnóstico do 
câncer de mama. Sistemas CAO usam algoritmos de detecção 
para analisar imagens digitais ou digitalizadas para lesões 
suspeitas, calcificações anormais e distorções do parênquima. 
Certos estudos mostraram que o uso de um segundo leitor para 
interpretar mamografias de rastreamento melhora a taxa de 
detecção de câncer entre 5% e 15%. Entretanto, é importante 
notar que CAO não detecta todos os cânceres, nem deve ser 
usado como avaliador primário de mamografias de rastreamento. 
Dispositivos CAO são vantajosos por não se 
cansarem ou se distraírem, nem demonstrarem variação no 
intraobservador. Grupamentos de microcalcificações são um bom 
exemplo de objetos para visualização apropriada pelo CAO, 
porque diferem das estruturas anatômicas normais em densidade, 
forma e tamanho. A detecção e classificação das microcalcificações e margens das lesões são possíveis 
com CAO. Alguns estudos mostram melhoria na taxa de detecção de microcalcificações. O uso de sistemas 
CAO está aumentando à medida que os planos de saúde começam a cobrir esta despesa extra, mas não se 
espera que eles substituam o radiologista. O relatório do CAO alerta o radiologista para um ROI no qual 
uma lesão suspeita pode estar presente. Porém, cabe ao radiologista decidir se a área é realmente 
preocupante ou requer acompanhamento. 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
 
 
Modalidades e Procedimentos Alternativos 
ULTRASONOGRAFIA (ULTRASSOM) 
A ultrassonografia (US) tem sido usada para 
examinar a mama desde meados dos anos de 1970. Ela fornece 
informações auxiliar valiosa para o radiologista, juntamente com 
a mamografia em filme-écran e o exame físico. Atualmente, a US 
é parte integral de departamento de mamografia e do exame 
mamográfico. Sua principal função é a capacidade de distinguir 
entre um cisto e uma lesão sólida. Também é extensivamente 
usada para relevar líquido, abscesso, hematoma e gel de 
silicone. A ultrasonografia é capaz de encontrar cânceres em 
mulheres com mamas densas, nas quais as lesões podem ficar 
radiograficamente escondidas. Por intermédio da American 
Society of Radiologc Technologists (ASRT) (Sociedade 
Americana de Tecnólogos em Radiologia), o mamografista já 
pode incluir a ultrassonografia mamária em seu campo de 
estudo, uma vez que há orientação apropriada e treinamento 
prático. A qualidade de imagem depende fundamentalmente da 
experiência do ultrassonografista. 
 
Aparelho Convencional e Manual Quando se emprega um aparelho convencional de alta resolução (fig. 
17.12), posiciona-se o paciente deitado ou levemente girado para um lado. O transdutor manual é colocado 
em uma massa palpável ou em uma área observada na mamografia. 
 
MEDICINA NUCLEAR 
A medicina nuclear também desempenha um papel no diagnóstico de doença mamária e pode-
se apresentar como um exame auxiliar à mamografia. Procedimentos de medicina nuclear usados para 
examinar patologias mamárias incluem os seguintes: 
• Mamocintilografia (sestamibi) pode ser útil na confirmação do radionuclídeo, é injetado como um 
traçador no braço oposto à mama afetada. O exame da mama se inicia 10 minutos depois. Este 
procedimento tornou-se de certo modo obsoleto devido ao alto número de resultados falsos-
positivos. 
• Estudos de linfonodos sentinela são úteis para pacientes com melanoma e cada vez mais se 
tornam importantes para a detecção do câncer de mama. Este procedimento envolve a injeção de 
colóide sulfúrico subcutaneamente em torno da lesão. (Pacientes precisam realizar um 
procedimento prévio de localização.). O fluxo segue então através dos vasos linfáticos para localizar 
linfonodo(s) sentinela. Na cirurgia, uma vez identificado, o linfonodo sentinela é enviado para o 
laboratório para avaliar a possibilidade de metástase. Os resultados determinarão o tipo de 
tratamento a ser seguido. 
 
TOMOGRAFIA COM EMISSÃO DE PÓSITRON 
Está sendo usada para detectar sinais precoces de crescimento cancerosos no interior da 
mama. Com o uso do traçador fluorodeoxiglicose (FDG), células cancerosas iniciais podem ser identificadas 
por seu metabolismo aumentado. Esse metabolismo aumentado utiliza açúcar e moléculas do traçador FDG 
em taxas maiores, quando compradas com tecido mamário normal, tornando a localização do câncer visível 
com PET. O PET também é usado após cirurgia ou tratamento do câncer de mama a fim de determinar se 
existe recidiva de doença na mama ou em outras partes do corpo. PET pode quantificar a atividade 
metabólica do local do tumor para ajudar na avaliação da efetividade da terapia durante e depois do 
tratamento, permitindo mudanças rápidas de tratamento, quando necessário. 
As duas desvantagens do uso de PET para exame da mama são custo elevado e exposição. 
Portanto, embora PET tenha certas aplicações valiosas para detecção precoce de doença da mama (e 
estadiamente de doença mamária), o custo do equipamento necessário e o uso de traçadores radioativos 
de maia vida curta tornam o uso de PET impraticável como ferramenta de rastreamento. A radiação pelo 
traçador FDG é aproximadamente seis vezes maior que a do estudo com tecnécio-99m-sentamibi, feito por 
medicina nuclear. 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA 
A RM recebeu aprovação da FDA como uma 
ferramenta auxiliar de rastreamento para exame da mama. 
O número de exame da mama por RM realizados nos 
Estados Unidos vem crescendo anualmente. Embora seu 
custo torne-o proibitivo para o uso clínico geral, a RM foi 
clinicamente aprovada por ser eficaz bem certas 
aplicações especiais, como as seguintes: 
• Massas palpáveis não vistas na mamografia ou na 
ultrassonografia 
• Avaliação de lesões em uma mama extremamente 
densa, glandular 
• Possível rastreamento de uma mulher jovem com 
isso muito alto de câncer de mama, devido à 
história familiar 
• Avaliação de extravasamento de silicone em 
implantes mamários. 
Vantagens da RM 
Uma vantagem da RM é que ela pode mostrar a mama interna ao máximo com maior conforto 
para a paciente. Inclusive, trabalhos recentes com contraste indicam que RM pode evidenciar a 
vascularização das lesões. Além disso, fornece melhor sensibilidade e especificidade do que é fornecido 
pela ultrassonografia e mamografia com raio X. 
Como a RM permite diagnosticador visualizar toda a gama de estruturas do corpo, incluindo 
pares moles, ela pode vir a ser muito valiosa na descoberta precoce de cânceres e estadiamento de doença 
existente, como o câncer de mama. 
 
Implantes Mamários Mais de 250,000 aumento de mamas(implantes cirúrgicos) 
são realizados por ano nos Estados Unidos. Próteses de silicone e salinas são 
radiopacas e, dependendo de sua localização dentro da mama, podem 
obscurecer o tecido mamário e uma doença existente. Este foto requer que 
incidência com deslocamento do implante (DI) (método de Eklund) sejam 
realizadas,somadas às imagens de rotina. A compressão para pacientes com 
implantes exige avaliação e aplicação cuidadosa do mamografista para evitar 
ruptura ou dano ao implante. 
A compressão usada para incidências com o implante no lugar deve 
ser firme o suficiente para controlar o movimento do implante, de forma que a 
integridade deste possa ser adequadamente visualizada. Essas incidências sem 
deslocamentos não são usadas para avaliação de tecido mamário. Não se pode 
empregar CAE em incidências de mamas aumentadas (sem deslocamento). 
Como os implantes vêm em todos os tamanhos, o mamografista precisa 
conhecer as técnicas manuais relacionadas à espessura da mama, para evitar 
repetição de exame. Esses fatores tornam o 
exame do tecido mamário com prótese um 
desafio quando são usadas técnicas de 
rastreamento de mamografia ou 
ultrassonografia. 
A RM foi clinicamente aprovada 
como sendo efetiva em problemas diagnósticos 
relacionados ao exame da prótese mamária. 
Por exemplo, com RM, é possível avaliar 
potencial ruptura intracapsular e extracapsular, 
incluindo a área posterior ao implante, que pode 
ser bastante problemática em estudos de 
mamografia ou ultrassonografia. Os exames de 
RM nas Figuras 18-16 e a aos lados 
demonstram de forma clara uma ruptura 
intracapsular e extracapsular de implantes de 
silicone. 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
Além de diagnosticar ruptura de implante, ela também é importante para demonstrar o tecido 
mamário adjacente e posterior aos implantes, em caso de possível crescimento maligno. O exame físico é 
mais difícil com implantes, por também aumentar o risco de crescimento do câncer sem detecção. A RM, 
diferentemente da mamografia ou ultrassonografia, não é comprometida pela presença de um implante. 
Está sendo desenvolvido um teste clínico com um novo tipo de implante radiolucente que 
permitirá o uso mais efetivo de mamografia em filme-écran, incluindo o uso de controles automáticos de 
exposição. Contudo, mais de dois milhões de mulheres com implantes radiopacos, muitas das quais estão 
próximas do limite de expectativa de duração de seus implantes, necessitarão de avaliação continuada dos 
implantes mamários para pesquisar possíveis rupturas ou outros problemas relacionados. Isto aumenta o 
papel importante da RM no exame do implante mamário. 
Desvantagens da RM 
As duas desvantagens principais da RM são a alta taxa de falso-positivo e o alto custo, os 
quais limitam seu uso como procedimento de rastreamento da mama. Porém, as pesquisas e o uso clínico 
continuam, com a RM começando a desempenhar um papel maior no exercício diagnóstico de lesões 
mamárias. 
 
TOMOSSÍNTESE DIGITAL MAMÁRIA (TDM) 
A TDM representa o casamento entre a mamografia de 
tecnologia tradicional e a digital de alto campo (MOAC). Esta 
tecnologia usa um tubo de raios X mamográfico convencional e 
detectores digitais, mas os detectores de raios X movimentam-se 
formando um arco por sobre a mama, criando uma série de cortes 
de imagem. Tal processo produz uma imagem quase em 3D do 
tecido mamário. A Figura 17-24 demonstra a qualidade da imagem 
produzida com e sem TOM. 
Os tecidos mais densos podem ser vistos em cortes de 
1 mm, visualizados de diversas maneiras. Como em outros tipos de 
tomografia, isto elimina o problema de superposição de tecido e 
fornece uma janela melhor para o diagnóstico. 
Aqueles que desenvolveram esta tecnologia acreditam 
que eventualmente ela pode substituir a mamografia em filme-écran 
e a MDAC. No entanto, TDM e MDAC têm custo proibitivo para fins 
de rastreamento, com valores aproximados de US$400.000 por 
unidade para MDAC e US$700.000 por sistema para TDM. 
 
Indicação Patológicas 
A mamografia por rastreamento é importante para a 
detecção precoce de alterações patológicas na mama. Essas 
alterações podem ser benignas (não cancerosas) ou malignas 
(cancerosas). Tais determinações são baseadas em suas 
características de exame e histologia. Os achados patológicos mais 
comuns na mama incluem os seguintes: 
Carcinoma de mama (câncer): O carcinoma da 
mama é dividido em duas categorias: não invasivos e invasivos. 
O carcinoma não invasivo é uma lesão distinta da mama com o 
potencial para se tornar um câncer invasivo. Essas lesões são 
restritas à luz glandular e não têm acesso ao sistema linfático ou vasos sanguíneos. O câncer não invasivo 
também pode ser chamado in situo O carcinoma ductal in situ (CDIS) é isolado no interior do ducto mamário 
e não se disseminou para outras áreas da mama. O carcinoma lobular in situ (CUS) consiste em células 
anormais detectadas em um ou mais lobos mamários. Cânceres não invasivos (COIS e CUS) contribuem 
para aproximadamente 15% a 20% de todos os diagnósticos de câncer de mama. 
A forma mais comum de câncer de mama é o carcinoma ductal invasivo ou infiltrante. Esse tipo 
contribui para aproximados 80% de todos os diagnósticos de câncer de mama. Acredita-se que o câncer 
invasivo surja na unidade ductal lobular terminal (UOLT). Esta forma de câncer é encontrada tanto na mama 
do homem quanto na da mulher (Fig. 17-25). A maioria destes cânceres não pode ser especificada sem 
avaliação histológica. O câncer invasivo de mama representa o pior prognóstico global dos cânceres 
invasivos. 
Fig. 17.24. (A) Imagem de tomossíntese 
digital da mama (TDM. (B) Mesma região 
da mama sem o uso de TDM.(Cortesia de 
Mary Carrilo) 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
Cistos: Os cistos consistem em bolsas cheias de líquido, que são benignas e aparecem como 
massas bem circunscritas. Sua densidade é usualmente a do tecido circundante; porém, eles podem 
aparecer mais densos. Em alguns casos, partículas com alta concentração de cálcio podem ficar suspensas 
no interior do líquido cístico. Essa condição é conhecida como leite de cálcio'* Para o diagnóstico preciso de 
um cisto, é necessário ultrassonografia e biópsia por agulha. 
Fibroadenoma: Os fibroadenomas são os nódulos sólidos benignos mais comuns, ou tumores 
compostos por tecido fibroso e glandular. Consistem em lesões bem circunscritas com margens definidas, 
que podem ser palpadas. Apresentam tipicamente a mesma densidade do tecido adjacente. A massa é um 
crescimento exagerado de tecido fibroso do lóbulo mamário. 
Alterações fibrocísticas: Essa condição benigna comum é usualmente bilateral nas mulheres em pré-
menopausa. Inclui uma variedade de condições; as mais óbvias são a fibrose e a dilatação cística dos 
ductos. Múltiplos cistos com tecido fibroso aumentado 
comumente são distribuídos pelas mamas. A 
Ginecomastia: O termo ginecomastia é derivado de um 
termo grego que significa “mamas tipo feminino”. Nesta 
condição benigna da mama masculina, ocorre o aumento 
glandular benigno das mamas. A ginecomastia pode ser 
unilateral ou bilateral, mas parece ser mais pronunciada 
em uma mama. Apresenta-se tipicamente como uma 
massa palpável próxima ao mamilo (Fig 17-26). 
Papiloma Intradudal: Esse pequeno 
crescimento ocorre dentro do dueto da mama próximo ao 
mamilo. Os sintomas podem incluir descarga papilar 
espontânea unilateral, que pode ser sanguinolenta ou 
água de rocha. A aparência mamográfica é tipicamente 
normal. A realização de galaetografia ou duetografia, um 
procedimento contrasado para visualizar os duetos, pode 
revelar uma falha de enchimento que indicaria a presença 
de um papiloma intraduetal. No entanto, a canalização do dueto em questão pode ser problemática, e estes 
exames nem sempre são bem-sucedidos. A ultrassonografia da mama pode ser útil nesta condição. 
Doença de Paget do Mamilo: Tal condição aparece primeiro como uma ferida com casca ou 
cicatriz, ou como uma descarga papilar. Cerca de mais da metade das pessoas que têm este câncer 
também apresentam um nódulo na mama. A doença de Paget pode ser invasiva ou não invasiva. 
 
TERMINOLOGIA E ABREVIAÇÕES 
Certasterminologias de posicionamento usadas em mamografia precisam ser compreendidas 
e empregadas corretamente. Esses termos e suas abreviações são utilizados para identificar as imagens e 
servem como nomenclatura padrão, aprovada pela ACR em outubro de 1995. É importante usar termos e 
abreviações corretamente quando se almeja a certificação pelo ACR. 
INCIDÊNCIAS BÁSICAS 
Incidências básicas ou padrões, por vezes referidas como incidência de rotina, são aquelas 
incidências ou posições comumente realizadas na maioria dos departamentos de mamografia. 
Mamografia 
BÁSICA 
Crânio-caudal (CC) 586 
Oblíqua médio-lateral(OML) 587 
 
INCIDÊNCIAS ESPECIAIS 
As incidências especiais são aquelas incidências ou posições mais comuns, realizadas como 
extras ou adicionais para demonstrar melhor certas condições patológicas ou partes específicas do corpo. 
Mamografia 
ESPECIAL 
Médio-lateral (ML) 588 
Crânio-caudal lateralmente exagerada (CCLE) 589 
Deslocamento do implante (Método de Eklund) 590 
 
 
 
Fig. 17-25. Câncer ductal invasivo em homem. 
(Modificado) DM: Breast imaging, St. Louis, 2005, Mosby.) 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
QUADRO DE TERMINOLOGIA MAMOGRÁFICA 
Nomenclatura da 
ACR 
Descrição 
CC Crânio-caudal: Uma incidência básica de cima para baixo 
CML Súpero-medialjínfero-Iateral oblíquas, oblíquas médio-lateral. a oblíqua básica 
CCLE Crânio-caudal lateralmente exagerada: Uma incidência CC especial com ênfase no 
tecido axilar 
ML Incidência médio-lateral 
LM Incidência látero-medial 
DI Deslocamento do implante (para as incidências com o método de Eklund) 
IA Incidência axilar (para linfonodos e outras estruturas axilares) 
AX Corte de clivagem, uma incidência com compressão dupla da mama (demonstra o 
tecido mamário anterior ao esterno e às faces mediais de ambas as mamas) 
CA Vista da cauda axilar: Uma incidência mediolateral obliqua de 20º a 30º 
Prolongamento 
Auxiliar 
Incidência da inserção axilar, incidência de Cleópatra, oblíqua a 20-30° 
LMO ínfero-Iateral, súpero-medial com marca passo 
SIO Oblíqua súpero-Iateral, ínfero-medial, oblíqua reversa 
TAN Tangencial (também marcar a imagem com a incidência e o grau de angulação) 
RL* Rotação lateral 
RM* Rotação medial 
FB Crânio-caudal, de baixo (algumas vezes, na prática, tambérn abreviada para 
CCFB; a imagem deve ser marcada com qualquer desvio de 0° com LMO ou 0IS) 
*sada como um sufixo após a incidência. 
 
Patologia Demonstrada 
Esta incidência permite a detecção e/ou a avaliação de 
calcificações, cistos, carcinomas ou outras anormalidades ou 
alterações no tecido mamário. 
Ambas as mamas são examinadas separadamente para 
comparação. 
 
Fatores Técnicos 
• Tamanho do filme (RI) 
• 18 x 24 cm, transversal 
• ou 24 x 30 cm, transversal 
• Grade 
• 23 a 28 kV 
Proteção Colocar avental de chumbo na cintura 
Posicionamento do Paciente Em pé; se não for possível, sentado. 
Posicionamento das Partes 
• A altura do chassi (RI) é determinada elevando-se para obter um 
ângulo de 90° com a parede torácica. O RI ficará no nível dos limites 
superiores da prega inframamária.( O mamografista deve sempre 
posicionar o lado medial da paciente para garantir que o tecido 
mamário esteja paralelo ao RI. O posicionamento da face lateral da 
mama masculina torna-se a tarefa mais difícil). 
• A mama é puxada para frente, centralmente ao chassi, com o ma-
milo posicionado de perfil. 
• O braço do lado que está em exame fica relaxado ao lado e o ombro 
é direcionado para trás, fora do caminho. 
• A cabeça é girada para o lado oposto ao que está sendo examinado. 
• Tecido medial da mama oposta deve ser afastado do receptor de 
imagem. 
• Vincos e pregas na mama devem ser alisados e a compressão 
aplica da até ficar tensa. 
Mamografia 
Básica 
Crâniocaudal (CC) 
Obliqua médiolateral (OML) 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
• O marcador e a identificação da paciente são sempre colocados no lado axilar. 
Raio Central 
• Perpendicular, centralizado com a base da mama, a parede torácica na margem do RI; RC imóvel. 
• DFoFi: Fixa, varia com o fabricante, cerca de 60 cm (24 polegadas) 
Colimação Usar o cone de colimação apropriado. 
Respiração Suspender a respiração. 
Observação: Certificar-se de que a câmara de CEA selecionada é para 
parede torácica. 
 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: * Todo o tecido mamário deve ser visualizado, 
incluindo as porções central, subareolar e mediaI. * Músculo peitora deve 
ser visualizado em 20% a 30% dos pacientes.* A medida da linha mamilar 
posterior(LMP) deve estar a 1cm da medida da . 
Posição e Compressão: * O mamilo é visto de perfil. * A espessura do 
tecido é distribuída igualmente no RI, indicando compressão otimizada. 
Colimação e RC: * RC e câmara de colimação são fixos e estarão 
centralizados corretamente se o tecido mamário estiver devidamente 
centralizado e visualizado no RI. 
Critérios de Exposição:* Áreas densas são adequadamente penetradas, 
resultando em contraste otimizado. Contornos nítidos do tecido indicam 
ausência de movimento. * Marcador D ou E (CCD,CCE) e a informação do 
paciente são colocados corretamente no lado axilar do chassi; não há 
artefatos. 
 
INCIDÊNCIA MÉDIOLATERAL OBLÍQUA (MLO): MAMOGRAFIA 
Oblíquas Súpero-madial e ínfero-lateral 
Patologia Demonstrada 
A incidência permite a detecção e/ou a avaliação de 
calcificações, cistos, carcinomas ou outras anormalidades ou alterações 
na face lateral do tecido mamário. 
Ambas as mamas são estudadas separadamente para 
comparação. 
 
Fatores Técnicos 
• Tamanho do RI - 18 x 24 cm 
transversal, ou 24 x 30 cm 
transversal 
• Grade 
• 23 a 28 kV 
Proteção Avental de chumbo na cintura 
Posição do Paciente Em pé; se não for possível, sentada 
Posição da Parte 
• O tubo RI permanecem em ângulo reto, um com o outro; o RC entra medialmente na mama, 
perpendicular ao músculo peitoral da paciente. Uma avaliação apropriada do ângulo do músculo 
peitoral na parede torácica do paciente é necessária se a imagem for demonstrar a qualidade 
máxima de tecido mamário. 
• Ajustar a altura do RI para que o topo do RI fique ao nível da axila. 
• Com a paciente de frente para o aparelho e com os pés para frente, do mesmo modo que na vista 
CC, colocar o braço do lado que está sendo examinado para frente e a mão na barra à frente. 
• Puxa o tecido mamário e o músculo peitoral anteriormente e medialmente para fora da parede 
torácica. Avaliar o ângulo do músculo peitoral e ajustar o aparelho em conformidade. Empurre o 
paciente lentamente em direção ao RI angulado até que a porção inferior da mama esteja tocando o 
RI. O mamilo deve estar em perfil. 
• Aplique compressão lentamente, com a mama fixa para fora e para cima da parede torácica a fim de 
evitar que fique pendendo. 
• A margem superior do dispositivo de compressão será localizada sob a clavícula, e a inferior 
incluirá a prega inframamária. 
Mamografia 
Básica 
Crâniocaudal (CC) 
Obliqua médiolateral (OML) 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
• Rugas e dobras na mama devem ser alisadas, e a compressão aplicada até que a mama esteja 
tensa. 
• Se necessário, solicitar à paciente que retraia a mama oposta com a outra mão, para evitar 
sobreposição. 
• O marcador de incidência D e E (MLOD, MLOE) deve ser colocado alto,próximo a axila. 
• 
Raio Central 
• Perpendicular, centralizado na base da mama, a parede torácica na margem do RI;RC imóvel. 
• DFoFi: Fixa, varia com o fabricante, cerca de 60 cm (24 polegadas) 
Colimação Usar o cone/colimação apropriado. 
Respiração Suspender a respiração. 
Observação: Para mostrar todo o tecido mamário nessa incidência, na presença de uma mama de grande 
volume, pode haver a necessidade de dois chassis, um posicionado o mais alto possívelpara captar a 
imagem de toda a região axilar e um segundo posicionado mais inferiormente, para incluir a parte principal 
da mama. Certificar-se de que a câmara CEA selecionada é para parede torácica. 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: Todo o tecido mamário deve ser visualizado, desde o músculo peitoral até o nível 
do mamilo. A prega inframamária (PIM) deve ser visualizada, e a mama não deve estar caída. 
Posição e Compressão: O mamilo é visto de perfil. A mama é visualizada, afastada para fora da parede 
torácica com espessura distribuída igualmente, indicando a compressão ideal. 
Colimação e RC: O RC e a câmara de colimação são fixos e estarão centralizados corretamente se o 
tecido mamário estiver bem centralizado e visualizado no filme. 
Critérios de Exposição: Áreas densas são adequadamente penetradas, resultando em ótimo contraste. 
Tramas teciduais nítidas indicam a ausência de movimento. O marcador D ou E a informação da paciente 
estão colocados corretamente no lado axilar do chassi; ausência de artefatos. 
 
INCIDÊNCIA MÉDIOLATERAL (ML) – POSIÇÃO DA MAMA EM PERFIL VERDADEIRO 
 
Patologia Demonstrada 
É denominada patologia mamária, especialmente inflamação ou 
outra patologia na face lateral da mama. 
Essa incidência pode ser solicitada pelo radiologista como uma 
incidência opcional para confirmar uma anormalidade vista apenas MLO. 
Também é útil para avaliar níveis hidroaéreos em 
estruturas, ou altas concentrações de cálcio dentro 
de um cisto (leite ou cálcio). 
Fatores Técnicos 
• Tamanho do RI 
• 18 x 24 cm transversal 
• ou 24 x 30 cm transversal 
• Grade 
• 23 a 28 kV 
Proteção Avental de chumbo na cintura 
Posição do Paciente É pé; se não for possível; 
sentada 
Posicionamento das Partes 
• O tubo e RI permanecem em ângulo reto, um co o outro, com o RC 
angulado a 90° da vertical. 
• Ajustar a altura do RI para ficar centralizado no meio da mama. 
• Com a paciente de frente para o aparelho, os pés apontados também 
para a frente, colocar o braço do lado a ser estudado para frente e a 
mão no suporte em frente ao rosto. 
• Puxar o tecido mamário e o músculo peitoral anterior e medialmente 
para fora da parede torácica. Posicione a paciente ligeiramente em 
direção ao chassi angulado até que a face ínfero-Iateral da mama 
toque o chassi.O mamilo deve estar posicionado de perfil. 
• Aplique a compressão lentamente, com a mama segura afastada da 
parede torácica e para cima para evitar depressões. Depois que a 
Mamografia 
ESPECIAIS 
• Mediolateral(ML) 
• Craniocaudal 
exagerada 
(lateralmente) 
(XCCL) 
• Deslocamento de 
implante (DI) 
(método de Eklund) 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
placa de compressão passar o esterno, rodar a paciente até que ela assuma a posição de perfil 
verdadeiro. 
• Rugas e dobras na mama devem ser alisadas, e a compressão aplicada até que a mama esteja 
tensa. . Abrir a dobra inframamária, tracionando o tecido abdominal para baixo. 
• Se necessário, solicitar à paciente que retraia a mama oposta com a outra mão, para evitar 
sobreposição. 
• O marcador deve ser colocado no alto e na axila. 
Raio Central 
• Perpendicular, centralizado com a base da mama, a borda do chassi em contato com a parede 
torácica; RC não móvel. 
• DFoFi: Fixa, varia com o fabricante, cerca de 60 cm (24 polegadas) 
Colimação Usar o cone/colimação apropriado. 
Respiração Prender a respiração. 
Observação: Certificar-se de que a câmara de CEA selecionada é para 
parede torácica. 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: Visão lateral de todo o tecido mamário, incluindo 
a região axilar e o músculo peitoral. 
Posição e Compressão: O mamilo é visto de perfil. . A espessura do 
tecido é distribuída igualmente no chassi, indicando a compressão ideal. 
O tecido mamário axilar (geralmente incluindo o músculo peitoral) é 
incluído, indicando a correta centralização e o posicionamento vertical do 
chassi. 
Colimação e RC:O RC e a câmara de colimação são fixos e estarão 
centralizados corretamente se o tecido mamário estiver apropriadamente 
centralizado e visualizado no filme. 
Critérios de Exposição: Áreas densas são adequadamente penetradas, 
resultando em ótimo contraste. Tramas teciduais nítidas indicam a 
ausência de movimento. O marcador D ou E e a informação da paciente 
estão colocados corretamente no lado axilar do chassi; ausência de 
artefatos. 
 
INCIDÊNCIA CRÂNIO-CAUDAL LATERALNENTE EXAGERADA (CCLE): MAMOGRAFIA 
Patologia Demonstrada 
Essa incidência demonstra patologias potenciais da 
mama ou alterações no tecido mamário. Ela também enfatiza a 
demonstração do tecido axilar. 
Essa é a incidência opcional solicitada com maior 
freqüência quando a incidência CC não mostra todo o tecido 
axilar ou quando a lesão é visualizada na OMl, mas não na Cc. 
Fatores Técnicos 
• Tamanho do RI 18 x 24 cm 
transversal, 
• ou 24 x 30 cm transversal 
• Grade 
• 23 a 28 kV 
Proteção Avental de chumbo na 
cintura 
Posição do Paciente Em pé; se 
não for possível, sentada 
Posição da Parte 
• Começar como se fosse realizar uma incidência CC e, em seguida, rodar o corpo da paciente 
ligeiramente, se necessário, para incluir uma maior porção da face axilar da mama (Fig. 18.28). 
• Colocar a mão da paciente no suporte em frente ao rosto, com o ombro relaxado. (Alguns autores 
recomendam uma angulação do tubo a 50 médio-lateralmente.) 
• A cabeça é girada para o lado oposto ao que será estudado. 
Mamografia 
ESPECIAIS 
• Mediolateral(ML) 
• Craniocaudal 
exagerada 
(lateralmente) (XCCL) 
Deslocamento de 
implante (DI) (método de 
Eklund 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
• A mama é tracionada para a frente sobre o chassi; rugas e dobras na 
mama devem ser alisadas, e a compressão aplicada até que a mama 
esteja tensa. O mamilo deve estar posicionado de perfil. 
• O marcador é sempre colocado do lado axilar. 
Raio Central 
• Perpendicular, centralizado com a base da mama, a borda do RI em 
contato com a parede torácica; RC não móvel. 
DFoFi: Fixa, varia com o fabricante, cerca de 60 cm (24 polegadas) 
Colimação Usar o cone/colimação apropriado. 
Respiração Suspender a respiração. 
Observações: Se uma lesão estiver profunda ou superior,uma vista CA (cauda 
axilar) será nfecessária. 
Se uma lesão não for encontrada na face lateral da mama, obtenha 
a incidência crânio-caudal medialmente exagerada. 
Certificar-se de que a câmara de CEA selecionada é para parede torácica. 
Critérios Radiográficos 
Estruturas Mostradas: 
Tecido mamário axilar, músculo peitoral e tecidos central e subareolar estão 
incluídos. 
Posição e Compressão: O mamilo é visto de perfil. A espessura do tecido 
é distribuída igualmente no chassi, indicando a compressão ideal; os tecidos 
axilares, incluindo o músculo peitoral, são visualizados, indicando o correto 
posicionamento com rotação corporal suficiente. 
Colimação e RC: O RC e a câmara de colimação são fixos e estarão 
centralizados corretamente se o tecido mamário estiver bem centralizado e 
visualizado no chassi. 
Critérios de Exposição: Áreas densas são adequadamente penetradas, 
resultando em ótimo contraste. . Tramas teciduais nítidas indicam a 
ausência de movimento. O marcador O ou E e a informação da paciente 
estão colocados corretamente no lado axilar do chassi. . Ausência de 
artefatos. 
 
 
 
PROCEDIMENTO DE DESLOCAMENTO DE IMPLANTE (DI) – Método de EKlund 
Atenção: Deve-se tomar muito cuidado e precauções durante esse 
procedimento de deslocamento de implante para evitar ruptura da prótese. 
Patologia Demonstrada 
Essa incidência permite a detecção e a avaliação de patologias da 
mama subjacente ao implante, além das complicações potenciais da prótese 
mamária, como o extravasamento intra ou extracapsular do implante. 
As pacientes que se submetem a procedimentos de implantespara 
aumentar o tamanho ou melhorar a forma dos seios também precisam de 
mamografias de rotina. Todavia, uma técnica ligeiramente diferente é usada, 
como se segue: 
 
Mamografia 
ESPECIAL 
Médio-lateral (ML) 
Crânio-caudal lateralmente exagerada (CClE) 
Deslocamento do implante (DI) (Método de Eklund) 
 
Incidências ee e OML Padrões 
As incidências CC e OML padrões, como descrito anteriormente, são obtidas primeiramente 
com a prótese em seu local habitual (Fig. 18.31). Deve-se tomar cuidado ao utilizar o dispositivo de 
compressão - a compressão firme não pode ser aplicada. 
 
Método de Eklund 
 
 
 
Apostila de Mamografia 
 
O método de Eklund de "pinçar" a mama (Figs. 18.33 e 18.34) é realizado após a obtenção das 
incidências CC e OML básicas. Durante esse procedimento, a prótese é 
empurrada posteriormente para a parede torácica, de modo que o tecido 
mamário anterior possa ser comprimido e visualizado da maneira habitual 
(Fig. 18.32). 
Exceção: O método de Eklund pode ser realizado na maioria das 
pacientes com implantes; todavia, algumas próteses podem se tornar 
encapsuladas, e apenas as incidências de rotina, com a prótese em seu lugar 
habitual, podem ser obtidas. 
Uma incidência adicional como a médiolateral ou a látero-medial 
pode ser útil em demonstrar todo o tecido. 
Ajustes manuais de exposição: Nas incidências realizadas com a 
prótese em sua posição habitual, apenas as técnicas de ajuste manual de 
exposição devem ser usadas no gerador, pois a prótese impedirá que os 
raios X atinjam o detector de CEA. Isso causará uma superexposição da 
mama, e o sistema de CEA pode possivelmente atingir o tempo de exposição 
máximo. 
 
*Eklund GW ET ai Improved imaging Df lhe augmented breast, AJR 151: 469-473, 1988. 
 
 
 
Radiografias para Análise 
Cada uma dessas imagens radiográficas demonstra um ou mais erros que demandaram 
repetição. As perguntas e respostas concernentes aos motivos dessas repetições foram incluídas nos livros 
de exercícios* do estudante, que acompanham este livro. As respostas para os erros que exigem repetição 
da radiografia também foram fornecidas no Apêndice B no final deste livro. 
 
*Disponíveis apenas na versão em inglês, diretamente da editora Mosby, Inc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Apostila de Mamografia

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