didaica e pedagogias atuais

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FACOTTUR 
Faculdade de Comunicação, Tecnologia e Turismo de Olinda
CONCEITO DE DIDÁTICA 
E
PEDAGOGIAS ATUAIS 
Garanhuns/ PE - 2016 
JANE MARIA BARBOSA
CONCEITO DE DIDÁTICA 
E
PEDAGOGIAS ATUAIS 
Pesquisa apresentada à Professora Dra. Marcione Teles de Melo Barros, para fins de conclusão da disciplina de Didática do Ensino Superior, da Pós Graduação em Psicopedagogia Institucional e Clínica, da Facottur.
Garanhuns/PE - 2016
SUMÁRIO
	 Introdução............................................................................................................
	03
	Desenvolvimento..................................................................................................
	04
	Conclusão..............................................................................................................
	09
	Referencial Teórico...............................................................................................
	10
	
	
	
	
INTRODUÇÃO
 Na presente pesquisa abordaremos os conceitos de Didática, como também falaremos das Pedagogias Atuais, pois é imprescindível que tenhamos a visão e sólidos conhecimentos de todo o processo no qual estamos envolvidos, nesse caso, à área da educação.
 Um profissional tem que buscar a fundo apreender todos os elementos que compõem a sua práxis, e a Didática oportuniza para o professor uma maneira de refletir sobre á pratica pedagógica, permitindo que conheça as teorias que são próprias do ensino e da aprendizagem, assim o profissional tem todas as oportunidades de se capacitar na sua área e construir uma base sólida para sua vida.
 Vimos que o docente tem que está atualizado a respeito das tendências pedagógicas atuais, o que contribui imensamente para que ele seja mais consciente do seu trabalho como educador, pois essa é uma ferramenta indispensável ao professor que precisa está consciente da sua clientela e de como pode alcançar seus objetivos junto à mesma, de maneira que seu trabalho seja coerente e relevante para a Educação. Fazenda, 2000 nos diz que: 
(...) coragem para nos desencastelar dos muros da academia, para retirar com cuidado o pó das velhas pesquisas, para exercitar com cautela e espera a provocação das mudanças. (Fazenda, 2000, p.22)
 É preciso coragem, força de vontade e uma visão de que a educação está sempre em busca de mudanças metodológicas visando atingir gerações globalizadas, ávidas por informações e, ao mesmo tempo, que essas informações tenham um direcionamento, uma posição diante do que acontece no mundo. Preciso é que o educador saia do seu espaço de conforto, pesquise, exercite seu potencial de leitura buscando essa interação, sem medos ou preconceitos que faça do seu instrumento de trabalho, uma ferramenta para movimentar culturalmente seu lado pessoal, como também, alavancar sua práxis profissional, se libertando de correntes que atravancam seu crescimento. 
 
DESENVOLVIMENTO
 O termo, DIDÁTICA deriva do grego didktiké, que significa, a arte do ensinar, ocupando-se do estudo dos métodos e técnicas de ensino, ou seja, trata dos princípios gerais da pratica na sala de aula, e foi difundido com Jan Amos Comenius e sua Didática Magna, ou também conhecida como o Tratado da Arte universal de ensinar tudo a todos, que foi publicado em 1657. No final do século XIX alicerçou seus fundamentos na Filosofia, espelhados em Jean Jacques Rossueau, Johann Heinrich Pestalozzi, entre outros. Gasparin (1994, p.70-72), citando Comenius, nos diz:
Comênio vai do ensino à aprendizagem, da ação do aluno, ou seja, da docência à discência [...] As palavras docente e discente, que encerram o sentido de que alguém está fazendo alguma coisa, referem-se à ação do professor e do aluno, pois a origem delas atesta que docere significa ensinar, fazer aprender, enquanto discere traduz o sentido de aprender.
 Aí está contido o desafio que se impõe ao educador, ou seja, a importância de articular o ensino-aprendizagem, pois o professor precisa planejar sua metodologia fazendo-a eficaz no sentido de alcançar o seu propósito, que seria a aprendizagem real do seu aluno. As técnicas para ensinar, explicar para o aluno para que ele possa ter uma melhor formação do currículo proposto, deve ser focada na busca da formação e desenvolvimento normativo do estudante, sempre numa busca reflexiva sobre todo processo envolvido, analisando e procurando conhecer sempre mais, pesquisando e colocando em prática o sistema de processos que envolvem a aprendizagem, quais sejam: objetivos, conteúdos, metodologia e avaliação. 
 Assim a didática é a ponte para que se realize o ensinamento, através da concretização desses métodos, e fazendo-se as melhores escolhas e caminhos, buscando atingir as especificidades de cada disciplina, não deixando de lado a reflexão pedagógica que se faça necessária para que teoria e pratica se apresentem da melhor maneira possível, buscando despertar no aluno o interesse pelas ideias, palavras e o incentive a busca do conhecimento. 
 Para Libâneo, 2002, “(...) a aprendizagem duradoura é aquela pela qual os alunos aprendem a lidar de forma independente com os conhecimentos”, deixando claro que os elementos da ação didática, que são: o professor; o aluno; a disciplina (conteúdo de ensino); o contexto da aprendizagem; as estratégias metodológicas e a avaliação; trazem subsidio para que o educador, com todo esse instrumental, tenha base para fazer acontecer a sua metodologia em sala de aula, consciente da necessidade de trazer para o aluno uma aprendizagem para seu cotidiano, para sua vida, mesmo por que, estamos ali, entre quatro paredes, no físico, mas o conhecimento é aquele acontecimento que ultrapassa o espaço escolar e voa para espaços infinitos. Libâneo, também destaca que: 
A razão pedagógica, a razão didática, está associada à aprendizagem do pensar, isto é, a ajudar os alunos se constituírem como sujeitos pensantes, capazes de pensar e lidar com conceitos, para argumentar, resolver problemas, para se defrontarem com dilemas e problemas da vida prática. Democracia na escola hoje, justiça social na educação, chama-se qualidade cognitiva e operativa do ensino. (Libâneo, 2002, p.26)
 O ensino não se faz numa via de mão única, nem acontece num contexto isolado do que está acontecendo na comunidade, na cidade, no país. O educador tem que ir a busca do resgate do ser pensante, cidadãos, com uma filosofia de que o educando não é um mero reflexo, mas sim, um ser em desenvolvimento, que tem que ser instigado no seu cognitivo para atuar na sociedade na qual está inserido, e assim se dá o processo de construção do conhecimento que o acompanhará para vida toda.
 Portanto, vimos que a Didática tem como principal especificidade, fazer com que o educando compreenda o que o educador pretende, com sua metodologia, repassar para ele em sala de aula, pois essa é a chave para que o professor faça com que seu aluno possa sentir-se a vontade para aprender, e ele, o educador, tenha chance, junto com esse aluno, se reciclar a todo o momento, pois a troca e a atualização de informações é que leva ao ensino aprendizagem. 
 O professor, para fazer acontecer todo esse processo de ensino aprendizagem, ele tem de ter muito arraigado na sua práxis profissional a tendência pedagógica no qual ele está inserido, pois, relevante é citar que o fio condutor de um trabalho consciente é o conhecimento dessa pedagogia que colocará em prática na sua concepção enquanto educador, por que será ela a bússola que o guiará no rumo certo para atingir seu alunado, estruturando todo o seu processo de ensino, e o conhecimento de todo o histórico das tendências pedagógicas, leva o professor a ter possibilidades de construir um trabalho muito bem estruturado,e cheio de significâncias para os seus educandos.
 Para que essa educação renovada, crítica, voltada para a realidade na qual vivemos, aconteça, o professor deve tomar para si a responsabilidade de estudar, de ir à busca da melhor pedagogia possível para ele, enquanto pessoa, enquanto profissional, para que, assim, possa se aperceber como pode se amoldar a sua vida docente, e sempre buscando analisar, melhorar o seu desempenho acadêmico, experenciando, diversas pedagogias, e trazendo o melhor para sua vida acadêmica. 
 A palavra Pedagogia tem seu significado definido como o modo de operar ou realizar o ato educacional, ou seja, o movimento real que orienta e constrói a prática educativa, e ainda ressaltamos que as tendências pedagógicas são extremamente importantes para a Educação, e trazem contribuições para que o educador possa conduzir seu trabalho de forma mais consciente, visando a qualidade do ensino, repassado para seu alunado. Autores como Luckesi, Libâneo, Saviani e Gadotti, dentre outros, dedicaram parte de seus estudos a desenvolverem teorias pedagógicas para melhorar a qualidade do ensino, para que houvesse uma melhor interação pelos professores. Luckesi, (1994) no diz que:
a pedagogia não pode ser bem entendida e praticada na escola sem que se tenha alguma clareza do seu significado. Isso nada mais é do que buscar o sentido da prática docente. (Luckesi, p. 68).
 Buscar aprofundar essas questões do Como ensinar? Para quê? Como? É o que vai levar o docente a nortear os seus caminhos no âmbito educacional, realizando uma prática com sustentação baseado em pesquisas e estudo. Devemos estar atualizados frente às tendências pedagógicas, para que as possibilidades do processo de ensino aprendizagem possam se tornar de fato, uma pratica cotidiana no âmbito escolar, pois como Snyders (1974) defende que: “pensar que se pode abrir um caminho a uma pedagogia atual, que venha fazer a síntese do tradicional e do moderno: síntese e não confusão”, o interessante é desvendar esse processo, para que, com eficiência, simplicidade e qualidade, possa colocar em prática, para um melhor aproveitamento da sua aula. Hoje as principais tendências pedagógicas são:
Liberal: a escola tem a função de preparar os alunos para serem ativos na sociedade, conforme sua individualidade, num ensino humanizado para que o individuo se realiza plenamente como pessoa. 
Liberal Tradicional: destaca a preparação do aluno moral e intelectualmente, repassando o conhecimento sem preocupação com a capacidade de assimilação. 
Renovada Progressista: valorização da auto-educação, buscando adequar o social as necessidades individuais, estimulando a aprendizagem concreta.
Renovada não-diretiva: estimula o desenvolvimento e o crescimento pessoal, facilitando aos alunos os meios de pesquisas e interatividade.
Liberal Tecnicista: formação do individuo para o mercado de trabalho, foca a formação de mão-de-obra, sem um aprofundamento real da aprendizagem, visando mais o beneficiamento da economia. 
 Nos últimos 50 anos, segundo Luckesi (2005), o contexto educacional brasileiro tem se mostrado favorável a tendências educacionais liberais, que é fundamentada na preparação do educando para ser um cidadão atuante na sociedade, procurando envolver a escola no âmbito comunitário, trazendo todos os assuntos relativos ao cotidiano da criança, para que assim ela possa aprender que o ensino não se faz a parte do seu modo de vida, mas está inserido em todo ele, tornando habitual a troca de informações, de atitudes e de envolvimento com todo contexto social, cultura e político da sua comunidade. O professor também deve fazer um parâmetro com sua práxis: quem sou eu, enquanto professor? Em qual mundo estou inserido como pessoa, para que comece a tomar posse da sua metodologia, entendendo as tendências pedagógicas dentro do contexto histórico atual.
 Esse novo olhar precisa ser impulsionado com uma formação continuada na educação, para que os docentes possam agregar ao seu conhecimento esses fundamentos pedagógicos, e se permitam utilizá-los de maneira efetiva. Gadotti, (2004) diz que: “
A escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Existem escolas esperançosas, com gente animada, mas existe um mal-estar geral na maioria delas. Não acredito que isso seja trágico. Essa insatisfação deve ser aproveitada para se dar um salto. Se o mal-estar for trabalhado, ele permite um avanço. Se for aceito como uma fatalidade, ele torna a escola um peso morto na história, que arrasta as pessoas e as impede de sonhar, pensar e criar". (Gadotti, p. 73, 2004).
 Inovar é preciso, sempre. Então a escola, enquanto ambiente primeiro de partida do ensino-aprendizagem, é a célula mater para a proliferação das pedagogias em suas especificidades, objetivando uma melhoria do cenário educacional, trazendo uma reflexão sistematizada do que seja produzir conhecimento através do fazer metodológico embutido em cada profissional educador. 
 Os professores têm que buscar encontrar o seu caminho, pois, só assim, ele vai poder sentir prazer no que esta produzindo, associando significância na sua práxis, levando curiosidade e oportunizando discussões, diálogos coerentes, e pertinentes, junto a sua clientela, para que possa ter a certeza de que sua contribuição não vai ficar somente entre as paredes de uma sala de aula, mas vai transcender, e ser guia para a vida de muitos indivíduos, cidadãos em busca de um mundo mais humano, mais justo e igualitário.
 Paulo Freire nos diz que o diálogo é uma exigência primordial para que o professor possa abrir seus horizontes, buscar trazer pra sua metodologia uma consciência crítica, voltando seu olhar para uma visão totalizadora, sair de si mesmo, do seu pseudo “conforto” e superar a barreira que o sapara da pesquisa, e sair em busca de novos conhecimentos, pois, só assim, o profissional educador, vai trazer pra sua dinâmica escolar e pra sua pedagogia muito mais argumentos e saberes que vão fazer a diferença em sua vida como educador.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
 É sabido que precisamos de uma melhor formação profissional, para ficarmos mais bem informados, e atentarmos para que ensinar não é trazer para a escola um pacote de conhecimentos, ensinar é produzir a possibilidade da produção do conhecimento por parte do aluno, que é uma visão da interdisciplinaridade, como parte do projeto de equidade e emponderamento do estudante, fazendo com que, realmente, o profissional da educação atue no seu principal papel que é o de mediador do conhecimento. Para Snyders, (1993):
A cultura da ‘minha’ escola se impõe por meta organizar a vivência: superar o parcial, estabelecer ligações, vislumbrar perspectivas, conseguindo colocar como conjuntos a situação, a comunidade e até o desenrolar da história. (Snyders, p.146,1993).
 Assim o caminhar se torna uma estrada aonde vamos construindo um fazer profissional de qualidade, buscando e resgatando a alegria e o prazer do fazer profissional, centrado num patamar de questionamentos, pesquisas e busca de respostas para as inquietações políticas, sociais e históricas, sempre ligada ao lado humanizador. Utopia? Falácias? Não, o educador é a mola propulsora para alavancar a educação do país, e formar indivíduos conscientes das suas obrigações, dos seus deveres enquanto cidadão.
 A vida escolar deve ser regida por pedagogias voltadas para um contexto realista e coletivo, e uma didática onde o professor possa esta calcando a sua aula, o seu momento interacional com seus educandos, sobre uma base de verdade, nos posicionando frente aos tempos modernos, globalizados, que também influenciam em todo contexto pedagógico, mas tentando compreender as questões que intermediam a prática e sua inter-relação com a nossavida.
REFERÊNCIAS
 
MARQUES, José Luiz. Interdisciplinaridade na Escola – Entre Teoria e Prática – Disponível em: http://www.webartigos.com/artigos/interdisciplinaridade-na-escola/34131/. Acesso em: 18/03/2016.
LUCKESI, Cipriano. Tendências Pedagógicas na Prática Escolar. Disponível em: http://cetir.aedb.br/faculdades/ped/Downloads/1ano/Seminario_Tendencia/LUCKESI%20%20tendencias_pedagogicas.doc.. Acesso em: 20/03/2016.
LIBÂNEO, José Carlos. Proposta Didática. Disponível em: http://autoresdoensino.blogspot.com.br/2011/12/proposta-didatica-concepcoes-de-escola.html. Acesso em: 20/02/2016.
CARVALHO, Roberto Muniz Barreto. Em Busca da Alegria na Escola. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/viewFile/10528/10074. Acesso em 20/03/2016.