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Cristiano Moraes de Oliveira Estudo da Formatação de Trabalhos Científicos Porto Alegre 2016 Cristiano Moraes de Oliveira Estudo da Formatação de Trabalhos Científicos Professora Renata Dotta Porto Alegre 2016 Material de apoio ao estudo da formatação de trabalhos acadêmicos, elaborado pela monitoria da disciplina de Metodologia da Pesquisa, para orientar os alunos do curso de Bacharelado em Direito da Fundação Escola Superior do Ministério Público – FMP. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 05 2 FORMATAÇÃO .................................................................................................. 05 2.1 LETRA E MARGENS ...................................................................................... 05 2.2 CAPA ............................................................................................................... 05 2.2.1 Nome da Instituição ..................................................................................... 05 2.2.2 Nome do Autor ............................................................................................. 06 2.2.3 Título, Subtítulo e Número do Volume do Trabalho ..................................... 06 2.2.4 Local e Ano da Entrega ................................................................................ 06 2.3 FOLHA DE ROSTO ......................................................................................... 06 2.3.1 Natureza do Trabalho .................................................................................. 07 2.3.2 Orientador .................................................................................................... 07 2.4 TÍTULOS ......................................................................................................... 07 2.5 ESPAÇAMENTO ......................................................................................... 07 2.5.1 Títulos dos Capítulos (Seções Primárias) .................................................... 08 2.5.2 Títulos de Subcapítulos (Seções Secundárias em Diante) .......................... 08 2.5.3 Entre as Linhas do Texto .............................................................................. 08 2.5.4 Entre Parágrafos .......................................................................................... 08 2.5.5 Entre Linhas de Citações Longas, Notas, Referências, Resumos, Obras Consultadas ou Rodapé .................................................................... 08 2.6 INÍCIO DE PARÁGRAFOS E CITAÇÕES ....................................................... 08 2.7 PAGINAÇÃO ................................................................................................... 09 2.8 SUMÁRIO ....................................................................................................... 09 2.8.1 Espaçamento no Sumário ......................................................................... 10 2.9 SEÇÕES E ALÍNEAS ...................................................................................... 10 2.9.1 Títulos das Seções........................................................................................ 10 2.9.1.1 Indicativo de Seção ................................................................................... 11 2.9.2 Alíneas ......................................................................................................... 12 2.10 CITAÇÕES .................................................................................................... 12 2.10.1 Citação Indireta ou Livre (Paráfrase) ......................................................... 12 2.10.2 Citação Direta ou Textual (Transcrição) ..................................................... 14 2.10.3 Citação de Citação ..................................................................................... 18 2.10.4 Sistema de Chamadas das Citações ......................................................... 19 2.10.4.1 Sistema Numérico de Chamada ............................................................. 20 2.10.4.2 Sistema Alfabético de Chamada (Autor-Data) ....................................... 20 2.11 NOTAS DE RODAPÉ .................................................................................... 22 2.12 TABELAS ...................................................................................................... 25 2.12.1 Título da Tabela ......................................................................................... 27 2.12.2 Tracejamento ............................................................................................. 27 2.12.3 Cabeçalho .................................................................................................. 27 2.12.4 Coluna Indicadora ...................................................................................... 28 2.12.5 Unidade de Medidas .................................................................................. 28 2.13 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 28 2.13.1 Elementos .................................................................................................. 29 2.13.2 Obras Consultadas .................................................................................... 30 2.13.3 Autor Pessoal ............................................................................................. 30 2.13.4 Autor Entidade ........................................................................................... 32 2.13.5 Título .......................................................................................................... 32 2.13.6 Edição ........................................................................................................ 33 2.13.7 Imprenta ..................................................................................................... 34 2.13.8 Ordenação ................................................................................................. 34 2.13.9 Outros Tipos de Referências ..................................................................... 36 2.13.9.1 Entrevistas, Relatos, Palestras, Debates…............................................. 36 2.13.9.2 Programas de Rádio e Televisão............................................................. 37 2.13.9.3 Atas de Reuniões .................................................................................... 37 2.13.9.4 Informações Verbais ............................................................................... 37 2.13.9.5 Referência on-line – Internet ................................................................... 38 2.13.9.6 E-mail ...................................................................................................... 38 2.13.9.7 Legislação ............................................................................................... 39 2.13.9.8 Jurisprudência (decisões judiciais): acórdãos, súmulas, decisões......... 39 3 QUEBRA DE SEÇÃO E QUEBRA DE PÁGINA ................................................. 40 3.1 QUEBRA DE SEÇÃO ..................................................................................... 40 3.2 QUEBRA DE PÁGINA ..................................................................................... 40 4 CONCLUSÃO .................................................................................................... 41 REFERÊNCIAS.....................................................................................................42 4 1 INTRODUÇÃO1 O aluno ao iniciar a faculdade de direito depara-se com um novo campo de estudo que, por muitas vezes, lança mão de uma linguagem própria, o chamado “juridiquês”. Nessa perspectiva, mas não restrito somente ao universo do direito, advém a necessidade de elaboração de trabalhos acadêmicos. Tais trabalhos devem ser elaborados e apresentados de acordo com determinadas normas técnicas. No Brasil, a orientação normativa oficial a ser seguida, na produção de trabalhos científicos2 ou acadêmicos, é determinada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT – que é o Foro Nacional de Normatização. O presente trabalho tem a finalidade de propiciar ao estudante, que esta cursando a disciplina de Metodologia da Pesquisa, o conhecimento básico e necessário para a produção de seus primeiros trabalhos acadêmicos. Chamamos a atenção de que, para a elaboração e apresentação de artigos em revistas, jornais, folders e demais trabalhos característicos e próprios de determinadas especialidades, existem normas específicas e que fogem dos objetivos desse material. A seguir, apresentaremos a estrutura de alguns trabalhos procurando atender às normas e exigências da ABNT. 1 A NBR 14.724:2011, item 5.2.3 diz que os títulos, sem indicativo numérico – errata, agradecimentos, lista de ilustrações, lista de abreviaturas e siglas, lista de símbolos, resumos, sumário, referências, glossário, apêndice(s), anexo(s) e índice(s) – devem ser centralizados, logo, a contrário senso, entende-se que Introdução e Conclusão, por fazerem parte dos elementos textuais, devem ser numerados. 2 Assim são chamados trabalhos realizados dentro da metodologia que emprega normas técnicas. 5 2 FORMATAÇÃO Ao decorrer desse material de estudo apresentaremos uma série de normas, produzidas pela ABNT, para a formatação de trabalhos acadêmicos. 2.1 LETRA E MARGENS A ABNT não faz menção ao tipo de letra que deve ser utilizado, porém, as recomendadas são Arial e Times New Roman. Já com relação ao tamanho (pitch) da fonte (letra), é recomenda3 pitch 12 para o corpo do texto e pitch 10 para citações longas, notas de rodapé, paginação e legenda de ilustrações e tabelas. As margens, para todas as folhas, dos diversos tipos de trabalhos científicos, devem ser de 3cm (superior e esquerda) e de 2cm (inferior e direita). Com relação à margem direita, não é obrigatório seu alinhamento, apenas não se pode avançar além do estabelecido, visualmente fica melhor a aparência de um trabalho que utilize o alinhamento justificado. 2.2 CAPA É um elemento obrigatório4 que serve para proteção externa do trabalho. Devem constar as informações indispensáveis que servem para identificá-lo, da mesma maneira que são apresentadas na folha de rosto. Há diferentes tipos de capa, podendo ser padronizada pela instituição, que estabelece um modelo a ser adotado por todo e qualquer trabalho em seu âmbito, capa dura, feita de percaline com dados gravados à semelhança de um livro, Brochura, feita com cartolina ou folha mais espessa e capa plástica, transparente, também chamada de capa térmica, que dispensa a gravação dos dados. 2.2.1 Nome da Instituição É opcional, mas se constar deve ser inserido na primeira linha, logo a 3cm da borda superior, centralizado. 3 Recomendar não implica obrigação, porém, o bom senso deve prevalecer. 4 A NBR 14.724:2011, item 4, estabelece como obrigatórios: Capa, Folha Rosto, Folha de Aprovação, Resumo em Língua Vernácula, Resumo em Língua Estrangeira, Sumário, elementos textuais e Referências. 6 2.2.2 Nome do Autor Item obrigatório deve estar a 5cm da borda superior. Não há normatização referente a seu alinhamento. Sugere-se alinhar de acordo com a Instituição. 2.2.3 Título, Subtítulo e Número do Volume do Trabalho O título é um item obrigatório que deve estar a 11cm da borda superior, centralizado. O subtítulo5, se houver, deve estar logo abaixo do título, a 12cm da borda superior, centralizado. O número do volume, quando houver mais de um, deve constar a 13cm da borda superior, centralizado. 2.2.4 Local e Ano da Entrega O local é a cidade onde se entrega o trabalho e o ano em que foi entregue. Itens obrigatórios devem constar a 25,5cm e 26,5cm, respectivamente, da borda superior, centralizados. 2.3 FOLHA DE ROSTO Para todos os trabalhos, a folha de rosto é um elemento obrigatório e deve conter todos os dados necessários para a sua identificação. A ABNT estabelece os dados que devem ser indicados e apresentados na ordem de sua distribuição. Não se faz menção a medidas, espaçamento nem ao tamanho da letra. Baseado na bibliografia existente sugerimos que sejam distribuídos conforme vimos no item anterior (2.2 CAPA). Há dois outros itens que devem constar na folha rosto e que não apareciam na capa. São eles: 5 Subtítulo não é obrigatório. 7 2.3.1 Natureza do Trabalho Deve estar a 17cm da borda superior e a 7cm da borda esquerda (alinhado do centro para direita), deve demonstrar a natureza do trabalho (tese, dissertação, trabalho de conclusão…), seguida do objetivo do trabalho (aprovação na disciplina, formação no curso, grau pretendido…), do nome da instituição a que esta sendo submetido o trabalho (Universidade, Fundação, Faculdade…) e da área de concentração (disciplina ou matéria). Não há recuo de primeira linha. 2.3.2 Orientador Deve estar a 22,5cm da borda superior, centralizado, demonstrando o nome do orientador, ou dos orientadores, e do co-orientador, se houver. 2.4 TÍTULOS Quanto a ABNT não faz menção a alguma situação, orientamos pela solução mais usual, prática e tradicional, encontrada na bibliografia existente e no uso comum. Os títulos que não possuem indicativo numérico6 (errata, agradecimento, lista de ilustrações, lista de abreviações e siglas, lista de símbolos, sumário, referências, apêndice, anexo, glossário…) não possuem recomendação da ABNT sobre a distância que devem manter da borda superior, apenas devem ser centralizados e em nova página. Os títulos que recebem indicativos numéricos7 devem ficar alinhados a esquerda, com o numeral separado por um único espaço. Estes ficarão a 3cm da borda superior. 2.5 ESPAÇAMENTO Variam de acordo com o título e/ou elemento. Devem ser observados da seguinte forma: 6 NBR 14.724:2011, item 5.2. 7 São todas as divisões do texto que contêm as matérias consideradas afins na exposição ordenada do assunto. São as diferentes seções do texto. A propósito, Introdução e Conclusão não são seções do texto, mas partes do trabalho. Seção é a divisão de uma parte, são os capítulos e subcapítulos. 8 2.5.1 Títulos dos Capítulos (Seções Primárias) Devem iniciar em página ímpar (anverso), distantes a 3cm da borda superior e alinhados a esquerda. Os títulos devem ser separados do texto que vem em seguida por uma linha em branco. 2.5.2 Títulos de Subcapítulos (Seções Secundárias em Diante) Devem estar alinhados a esquerda e deve-se deixar uma linha em branco entre este e o texto anterior, bem como do texto que o sucede8. 2.5.3 Entre as Linhas do Texto O espaçamento padrão entre linhas do texto, do corpo do trabalho, é de 1,5cm. 2.5.4 Entre Parágrafos A ABNT9 dizque todo o texto deve ser digitado em espaço de 1,5cm. Isso significa que inclusive os parágrafos devem ser separados uns dos outros por apenas um espaço de 1,5cm, a exemplo do resto do texto. Portanto, não se deixa linha em branco entre parágrafos. 2.5.5 Entre Linhas de Citações Longas, Notas, Referências, Resumos, Obras Consultadas, Natureza do Trabalho ou Rodapé Nesses casos o espaço deve ser simples (1cm). 2.6 INÍCIO DE PARÁGRAFOS E CITAÇÕES Cada parágrafo do texto deve ter seu início com uma entrada aproximada de 8 NBR 14724:2011, item 5.2.2. 9 NBR 14724:2011, item 5.2. 9 1,5cm (além dos 3cm já convencionados anteriormente, totalizando 4,5cm) da margem esquerda. As citações longas devem ser localizadas a 4cm (além dos 3cm já convencionados, totalizando 7cm) da margem esquerda, mantendo-se a exigência de 1,5cm para o início do parágrafo (3+4+1,5 = 8,5cm). 2.7 PAGINAÇÃO Todos os trabalhos científicos devem ter suas páginas numeradas, sequencialmente, no canto superior direito, em algarismos arábicos inteiros, a partir da primeira página da parte textual e a 2cm das bordas (superior e direita). Todas as páginas do trabalho devem ser contadas. Inicia-se a contagem pela folha de rosto, porém, a numeração só passa a ser colocada (escrita) a partir da primeira página da parte textual (que corresponde a introdução do trabalho). A folha rosto, a folha de aprovação, dedicatória, agradecimento, resumo, abstract, sumário e listas, entram na contagem, mas não são numeradas10. A partir da introdução – parte textual – até o final do trabalho, todas as páginas serão numeradas. 2.8 SUMÁRIO Tem como finalidade dar visão geral do trabalho e facilitar a localização de assuntos. Devem ser apresentadas das seções primárias até as quinárias, mesmo que existam outras subdivisões. O sumário deve conter o indicativo numérico de cada seção, o título da seção e a paginação, separados por uma linha pontilhada, todos alinhados à esquerda. O sumário é o último elemento pré-textual. Se houver mais que um volume, deve-se colocar o sumário de toda a obra em cada um dos volumes para que se possa ter uma visão completa de todo o conteúdo. Não devemos confundir sumário com índice. Chamamos de índice quando ultrapassar a indicação das seções para além das quinárias, ele é o detalhamento pormenorizado dos assuntos, nome de pessoas, acontecimentos e outros elementos 10 A capa não entra na contagem. Todos os demais elementos pré-textuais entram. 10 que o autor deseja salientar, com a indicação de sua exata localização dentro do texto. Por causa disso, temos Índice de Assunto e Índice Cronológico, entre outros. O sumário é meramente informativo enquanto o índice é explicativo. Não colocar elementos pré-textuais no sumário11, portanto, ele inicia com a Introdução. 2.8.1 Espaçamento no Sumário Como não há determinação de alinhamento com a borda superior, sugere-se alinhar de acordo com a orientação da Instituição, ou seja, a 3cm e em negrito. O espacejamento entre as linhas do sumário deve ser simples (1cm), porém, entre uma seção e outra, deixa-se uma linha em branco. 2.9 SEÇÕES E ALÍNEAS Os capítulos são chamados pela ABNT de seções primárias e podem ser subdivididos em seções secundárias, terciárias, etc. A ABNT não recomenda o excesso e sugere que jamais se passe da quinária. 2.9.1 Títulos das Seções Deve-se adotar numeração progressiva com algarismos arábicos. Para os devidos destaques, não se deve aumentar o tamanho da letra, mas utilizar-se apenas dos recursos como negrito e VERSAL (caixa alta). Os títulos das seções primárias devem ser indicados em nova página, alinhados à esquerda, separados do respectivo numeral por apenas um espaço, devem estar a 3cm da borda superior e devem ser escritos em negrito e versal. Os títulos das seções secundárias (subseções) são alinhados à esquerda e destacados gradativamente, usando-se de maneira racional os recursos disponíveis. Todos os títulos de todas as seções devem possuir o mesmo tamanho de letra utilizada no texto. Deve-se deixar uma linha em branco entre os títulos das seções e os textos anterior e posterior. 11 NBR 6027:2011, item 6.3. 11 Vejamos esquematicamente como ficam os diferentes títulos e subtítulos: 1 VERSAL e NEGRITO 1.1 VERSAL 1.1.1 Minúsculo e negrito 1.1.1.1 Minúsculo O título das seções terciárias (1.1.1) em diante deve ser escrito de acordo com as normas utilizadas para a titulação em geral, ou seja: a) quando o título possuir verbo, pontuação intermediária ou entonação final, é considerado uma oração, aí então, apenas a inicial da primeira palavra será maiúscula e terá ponto final, exceção feita a nomes próprios. 1.1.1 Narrar é contar histórias. 1.1.2 Ter ou ser: eis a questão! 1.1.3 Que triste futuro! b) quando o título não possuir verbo, pontuação intermediária ou entonação final, é considerado uma frase, aí, então, a inicial de cada palavra será maiúscula e não terá ponto final. 1.1.1 Preservação da Natureza 1.1.2 O Movimento Escoteiro no Mundo de Hoje 1.1.3 A Pedagogia das Minorias no Brasil 2.9.1.1 Indicativo de Seção O algarismo que antecede a cada título de seção (2.9.1.1) recebe a denominação de indicativo. Devem ser utilizados algarismos arábicos que são separados dos títulos por um espaço simples. Não se usa ponto, traço ou qualquer outro sinal entre eles. Esses algarismos podem, ou não, acompanhar o destaque dado ao título da seção (negrito e/ou itálico). O indicativo de subseção é separado apenas por um ponto. 12 2.9.2 Alíneas Cada seção pode, ainda, ser dividida em alíneas (divisões menores sem grande participação na estrutura geral do trabalho). Essas alíneas são ordenadas alfabeticamente por letras minúsculas seguidas de parênteses, separadas entre si por uma linha em branco. O espacejamento entre as linhas das alíneas continua o mesmo do corpo do texto, ou seja, 1,5cm. A disposição gráfica das alíneas obedece às seguintes regras:12 a) o trecho do texto anterior às alíneas termina por dois pontos; b) as alíneas são reentradas em relação à margem esquerda como se fosse um parágrafo; c) a matéria da alínea começa por letra minúscula e termina por ponto-e- vírgula. A última alínea termina por ponto; d) a segunda linha e seguintes da alínea começam sob a primeira letra do texto da própria alínea. 2.10 CITAÇÕES Citação é quando trazemos para o nosso texto alguma informação, palavras ou ideias que pertencem a outro autor. Por não ser de nossa autoria, todas as citações devem trazer a identificação desse autor. As citações podem ser colocadas no decorrer do próprio texto ou em notas de rodapé. Há duas formas de fazer uma citação: a citação indireta ou livre (também chamada de paráfrase) e a citação direta ou textual. Pode ocorrer ainda, a chamada citação de citação. Qualquer que seja o método adotado deve ser mantido ao longo do trabalho. 2.10.1 Citação Indireta ou Livre (Paráfrase) Chamamos de paráfrase aquela citação na qual expressamos o pensamento de outra pessoa com nossas próprias palavras. 12 Esta explicação esta formatada segundo as regras propostas. Já serve como exemplo. 13 Ao fazermosa citação, devemos indicar o nome do autor, em letras minúsculas, se estiver no corpo do texto, ou com letras maiúsculas, se estiver dentro dos parênteses, juntamente com o ano da publicação da obra em que se encontra a ideia por nós referida.13 Só se indicam as páginas quando for possível sua identificação, caso contrário não há necessidade de fazê-lo já que a ideia pode estar sendo resumida de uma obra indireta, de um capítulo, de diversas partes ou de um conjunto delas. A identificação completa da obra deve ser feita, depois, em Nota de Rodapé ou nas Referências. Vejamos um exemplo com nome do autor no texto: Depois de analisar a situação, Nóvoa (1993) chegou a afirmar que o brasileiro ainda não esta capacitado para escolher seus governantes […] não sabe sequer quem são seus governantes, não saber sequer quem determina seu próprio meio de sobreviver. Vejamos o mesmo exemplo com o nome do autor dentro dos parênteses: Depois de analisar a situação, chegou-se a afirmar que o brasileiro ainda não esta capacitado para escolher seus governantes […] não sabe sequer quem são seus governantes, não saber sequer quem determina seu próprio meio de sobreviver (NÓVOA, 1993). No caso de o autor possuir outras obras, elas serão diferenciadas pela data da publicação. Havendo mais de uma obra no mesmo ano, acrescentamos uma letra após a data. Vejamos o exemplo com autor no texto: No caso do teatro ou do cinema quem melhor se definiu foi Antunes (1997-a) quando declarou que aqueles espaços haviam sido tomados pela geração de 40. Por outro lado, ele próprio se contradisse, mais tarde (1997-b), como já se contradissera noutras ocasiões, ao referir-se às decisões tomadas pelos autores da geração de 50. 13 NBR 10520:2002, item 6.1.1. 14 Vejamos o exemplo com autor dentro dos parênteses: No caso do teatro ou do cinema quem melhor se definiu foi o autor que (ANTUNES, 1997-a) declarou que aqueles espaços haviam sido tomados pela geração de 40. Por outro lado, ele próprio se contradisse, mais tarde (ANTUNES, 1997-b), como já se contradissera noutras ocasiões, ao referir-se às decisões tomadas pelos autores da geração de 50. Quando, ao transcorrer do texto em citações indiretas ou livres se faz menção, seguidas vezes, ao mesmo autor, na mesma obra, não é necessário que se repita a indicação do ano. Quando a ideia do autor apresentado se encontra em diversas fontes, ou seja, o mesmo autor em obras distintas deve constar os anos separados por vírgula. Nóvoa (1993, 1995, 2000) ou (NÓVOA, 1993, 1995, 2000). As citações indiretas que conterem autores diferentes, de obras diversas, que forem mencionados simultaneamente, devem separá-los por ponto-e-vírgula e apresentá-los em ordem alfabética. As próteses devem ficar ajustadas às necessidades intrínsecas dos respectivos pacientes (FAGUNDES, 2001; JUNGLE, 2003). 2.10.2 Citação Direta ou Textual (Transcrição) São chamadas de transcrição aquelas em que transcrevem exatamente as palavras do autor citado. As citações podem ser breves ou longas. São consideradas breves aquelas cuja extensão não ultrapassa três linhas. Estas citações devem integrar o texto e devem vir entre aspas. O tamanho da fonte da citação breve permanece o mesmo do corpo do texto. Deve-se indicar a(s) página(s), volume(s), tomo(s) da fonte consultada, logo após a indicação da data, separadas por vírgula. Vimos que, para nosso esclarecimento, precisamos seguir os preceitos encontrados já que Guimarães estabelece: “A valorização da palavra pela palavra encarna o objetivo precípuo do texto literário” (1985, p. 32) e, se isso não ficar bem esclarecido, nosso trabalho será seriamente prejudicado. 15 Ou assim: Vimos que para nosso esclarecimento, precisamos seguir os preceitos encontrados, já que ficou estabelecido que “a valorização da palavra pela palavra encarna o objetivo precípuo do texto literário” (GUIMARÃES, 1985, p. 32) e, se isso não ficar bem esclarecido, nosso trabalho será seriamente prejudicado. As citações com mais de três linhas são chamadas de longas e devem receber um destaque especial, com recuo (reentrada) de 4cm da margem esquerda (ver item 2.6), e mais 1,5cm para marcar o início de parágrafos. As citações longas, por já terem o destaque do recuo, não deverão ter aspas e o tamanho da fonte deve ser menor que o texto, pitch 10 (ver item 2.1). A distância entre as linhas do corpo da citação deve ser de um espaço simples (1cm). Entre o texto da citação e o restante do trabalho, deve-se deixar uma linha em branco, antes e depois. Vejamos uma citação longa: Há certa dificuldade quanto ao reconhecimento de O, A, OS, AS como pronomes demonstrativos, mas essa dúvida é muito bem dirimida por Fernandes: Os pronomes O, A, OS e AS passaram a ser pronomes demonstrativos sempre que numa frase puderem ser substituídos, sem alterar a estrutura dessa frase, respectivamente, por ISTO, ISSO, AQUILO, AQUELE, AQUELES, AQUELA, AQUELAS (1994, p. 19). Havendo supressão de trechos dentro do texto citado, faz-se essa indicação com reticências entre colchetes […] (vide exemplos do item 1.12.1). No início e no fim da citação, as reticências são usadas apenas quando o trecho citado não é uma sentença completa. […] passaram a ser pronomes demonstrativos sempre que numa frase puderem ser substituídos, sem alterar a estrutura dessa frase, respectivamente, por ISTO, ISSO, AQUILO, AQUELE, AQUELES, AQUELA, AQUELAS (FERNANDES, 1994, p. 19). 16 Ou assim: Arrasem com tudo, queimem tudo, ponham tudo abaixo, destruam com tudo, não poupem ninguém, nem crianças, nem mulheres, nem velhos, pois essa raça deve ser exterminada e nenhum corpo que tiver o sangue […] (DÉSPOTA, 1878). Se a citação for usada para completar uma sentença do autor do trabalho, este terminará em vírgula e aquela iniciará sem a entrada de parágrafo e com letra minúscula. A secretária ameaçou, dizendo que, da próxima vez, a máquina ficará sem as peças de reposição, se ele não chegar e disser o que precisa ser dito, uma vez que não estou aqui para servir de advinha para seus caprichos desencontrados e sem nexo (MARQUES, 1982, p. 34). Caso o texto do autor do trabalho seja uma continuação da citação, esta iniciará com recuo a primeira linha e terminará por vírgula e o texto reiniciado sem entrada de parágrafo e com letra minúscula. Os gramáticos são claros quando assumem uma posição quando o emprego do pronome oblíquo no início de oração. Cegalla (1991, p. 419) diz claramente que: Iniciar a frase com pronome átono só é licito na conversação familiar, despreocupada, pois dessa forma tem-se uma linguagem coloquial, aquela que é utilizada no dia-a-dia, ou na língua escrita, quando se deseja reproduzir a fala dos personagens, porém nós sabemos que na prática não é bem assim que acontece. Quando dentro do texto citado, já existirem aspas, elas transformam-se em aspas simples (‘), também chamada de apóstrofo. “O termo ‘espaço’, de um modo geral, só se dá conta do lugar físico onde ocorrem os fatos da história” (VILARES, 1991, p. 23). 17 Se for feita algum acréscimo ou comentário durante a citação, que não seja do autor deve-se fazê-lo entre colchetes [ ]. Também chamado de corpo do trabalho, [o desenvolvimento] tem por finalidade expor, demonstrar e fundamentar a explicitação do assunto […] (GARCIA, 2000, p. 17). Quando no texto citado houver algum tipo de erro, ou algo inusitado,para que fique bem claro que esse erro foi cometido pelo autor do trecho e não por quem fez o trabalho, coloca-se, logo após o erro, a palavra latina “sic”, entre parênteses, que significa “isso mesmo”. Isso vale para qualquer tipo de erro, seja na forma, seja no conteúdo do texto. É muito utilizado na degravação de audiências onde são ouvidas as testemunhas, autor e réu. É preciso que se busque a espontaniedade (sic) para se fotografar melhor. O maior ataque terrorista já sofrido pelos Estados Unidos foi a derrubada das torres gêmeas em 2011 (sic). Se algum destaque (grifo, negrito, itálico ou sublinhado) for dado pelo autor do trabalho, deve-se indicá-lo com a expressão grifo nosso, entre colchetes [ ]. Da mesma forma, se o texto já trouxer algum tipo de destaque dado pelo próprio autor do trecho, devemos usar a expressão grifo do autor, entre colchetes [ ]. A primeira citação de uma obra deve ter sua referencia bibliográfica completa. As subsequentes citações da mesma obra podem ser referenciadas de forma abreviada, desde que não haja referencias intercaladas de outras obras do mesmo autor (NBR 6023-2000) [grifo nosso]. A verdadeira felicidade é encontrada nos pequenos detalhes que vão se somando dia após dia de convivência com o ser amado (GUERREIRO, 2000, p. 12) [grifo do autor]. 18 Quando o texto citado for composto por informações orais obtidas em aulas, palestras, debates, etc. deve-se, entre parênteses, colocar a observação informação verbal, relacionando-se os dados disponíveis em nota de rodapé: Einchenberg constatou que, na costa do Rio Grande do Sul, especialmente no litoral norte, há a presença abundante de coliformes fecais, especialmente nos meses do verão (informação verbal1). ____________ 1 Em palestra proferida no auditório da OAB/RS em 02 de setembro de 2014. Se for o caso de fazer menção a algo contido em polígrafos, apostilas ou quaisquer materiais avulsos faz-se a indicação do nome do autor, quando for possível sua identificação, acrescentando-se a observação ‘polígrafo’, ‘material de propaganda’, ‘panfleto’, etc. Procede-se da mesma forma com relação à data. Indica-se, se houver, caso contrário, registra-se s.d. (sem data). 2.10.3 Citação de Citação Se, em um trabalho, for feita a citação de alguma passagem já citada em outra obra, deve-se indicar primeiramente o sobrenome do autor da passagem seguido da palavra latina apud (que significa segundo, conforme, de acordo com) e o sobrenome do autor que fez a citação. Aí, então, desse último, faz-se a referência completa [grifo nosso]. Exemplo: “O sistema consiste em colocar o recém-nascido no berço, ao lado da mãe, logo após o parto ou algumas horas depois, durante a estada de ambos na maternidade” (LEOPOLDO apud GUARAGNA, 1992, p.79)”. Temos então palavras escritas por Leopoldo e que foram citadas por Guaragna na página 79 de sua obra de 1992, e que estão sendo utilizadas, agora, nesse novo trabalho. Vejamos outro exemplo: 19 “Segundo Fontana (apud OLIVEIRA, 2005, p.328) os povos indígenas agrupavam-se de acordo com seus interesses e necessidades. Nesse caso, temos palavras de Fontana que foram citadas na página 328 da obra de Oliveira em 2005, que trazemos para nosso trabalho. 2.10.4 Sistema de Chamadas das Citações As citações podem ser chamadas pelo sistema numérico ou pelo sistema alfabético (também chamado de autor-data). O sistema que for escolhido deverá ser utilizado uniformemente em todo o trabalho. (FIGUEIREDO, 2005). ou Figueiredo (2005). Quando acontecer a coincidência de aparecerem autores com sobrenomes iguais, a diferença será estabelecida pela inicial do prenome do autor pela data. (FIGUEIREDO, B. 2005). ou Figueiredo, B. (2005). (FIGUEIREDO, R. 2001). ou Figueiredo, R. (2001). Persistindo a coincidência, coloca-se o prenome por extenso. Se for feita a indicação de diferentes autores simultaneamente, eles devem ser indicados separados por ponto-e-vírgula e em ordem alfabética. (CARDOSO, 1999; FERREIRA, 2001; GOULART, 2003). Cardoso; Ferreira; Goulart, (1999; 2001; 2003). Quando for feita indicação de diversos documentos da mesma autoria, publicados em épocas diferentes e que estejam sendo mencionados simultaneamente, separam-se as datas por vírgulas: (LIMA, 1999, 2001, 2002, 2003). 20 2.10.4.1 Sistema Numérico de Chamada Nesse sistema, é feita uma numeração única e sequencial, ou para todo o trabalho, ou por capítulo, ou por parte, utilizando-se algarismos arábicos. Não se reinicia a numeração a cada página. A chamada pode ser feita entre parênteses, alinhada ao texto ou como expoente (pouco acima da linha do texto). O algarismo da chamada deve ser colocado após a pontuação que fecha a citação. Exemplos: O código pode ser definido como um programa ou uma instrução que cria, e depois controla, a relação entre significante e significado. 1 O código pode ser definido como um programa ou uma instrução que cria, e depois controla, a relação entre significante e significado. (1) O sistema numérico não deve ser utilizado quando há notas de rodapé para que não haja confusão. Lembre-se que esse sistema de chamada esta sendo utilizado para identificar as citações, e as notas de rodapé servem para quaisquer tipos de comentários ou adendos ao texto. 2.10.4.2 Sistema Alfabético de Chamada (Autor-Data) a) com autor explícito: Nesse sistema, também chamado de autor-data, indica-se a fonte pelo sobrenome do autor, maiúsculo, seguido da data da publicação (e da página, no caso de citação direta) separados por vírgula e entre parênteses. A identificação completa da obra se dará nas Referências que poderá estar no rodapé, no final do capítulo ou no final do trabalho. Em uma citação breve teremos: Num trabalho recentemente publicado no Brasil vê-se que “o homem está cada vez mais se afastando de Deus” (TEIXEIRA, 1993, p.36). Já em uma citação longa, fica assim: 21 É sabido que o alcoolismo é uma doença consumptiva também do ponto de vista econômico, já que leva famílias inteiras à derrocada financeira, gastando até os últimos centavos que deveriam servir para a alimentação, vestuário, instrução, inclusive dos filhos (RAMOS, 1990, p.138). Quando o nome do autor estiver contido na sentença, indica-se a data da publicação e os outros dados identificativos (volume, tomo, parte…) entre parênteses, logo após o nome do autor ou após a citação. Em uma citação breve: A campanha de vacinação contra o sarampo, segundo Varela, (1993, p.22), “foi um sucesso mais estrondoso que se esperava”. Ou: A campanha de vacinação contra o sarampo, segundo Varela, “foi um sucesso mais estrondoso que se esperava” (1993, p.22). Já em uma citação longa: Podemos ver que Carvalho (1988, p.45) assim se expressa com relação que estamos expondo: As normas gramaticais não têm o objetivo de desenvolver nenhuma capacidade de expressão. O objetivo da gramática normativa é fornecer um instrumental para que essa capacidade de expressão se exerça com precisão, com clareza, com elegância e até com criatividade. Ou, então: Podemos ver que Carvalho assim se expressa com relação que estamos expondo: As normas gramaticais não têm o objetivo de desenvolver nenhuma capacidade de expressão. O objetivo da gramática normativa é fornecer um instrumental para que essa capacidade de expressão se exerça com precisão, com clareza, com elegânciae até com criatividade (1988, p.45). 22 Fazendo-se uso do autor-data, já se esta identificando a passagem citada, portanto, não é necessário fazer quaisquer outros esclarecimentos em rodapé. Os demais dados sobre o autor e sua obra serão apresentados, na íntegra, nas Referências. b) sem autor explícito: As orientações são as mesmas, porém, inicia-se a referência pela primeira palavra do título seguida de reticências, a data da publicação e a página ou páginas, separadas por vírgulas e entre parênteses. Se o titulo iniciar por artigo (definido ou indefinido) ele deve permanecer na indicação. Então: No texto: “Os alunos deverão se apresentar na data estipulada para efetuar suas respectivas matrículas” (MANUAL…, 2002, p.16). Nas referências: MANUAL do Candidato. Instruções para Matrículas. Porto Alegre: 2002. p.16. Ou, então: No texto: “Quando o torneiro mecânico Luiz Inácio Lula da Silva for empossado presidente da República nessa quarta-feira, uma nova era estará começando no Brasil” (UM DESAFIO…, 2002, p.4). Nas referências: UM DESAFIO do tamanho do Brasil. Zero Hora, Porto Alegre, p.4, dez.2002. 2.11 NOTAS DE RODAPÉ É a maneira mais confortável para o leitor encontrar, na própria página, um esclarecimento que o autor pretende transmitir. 23 Devemos chamar atenção para que se for feita a Referência de uma obra (Referencia Bibliográfica) na nota de rodapé, esta identificação não será feita novamente nas obras consultadas, no final do trabalho. Isso ocorre pelo simples fato que essas obras já foram devidamente identificadas. As notas de rodapé devem ser numeradas por algarismos arábicos, numa sequência única e consecutiva para cada capítulo ou parte do trabalho. São separados do texto por um filete (traço) de, aproximadamente, 3cm, a partir da margem esquerda. Devem iniciar com a chamada (o algarismo) e escrita com espaço simples.14 Deve-se alinhar a segunda linha da nota abaixo da primeira letra da primeira palavra, a fim de dar destaque ao algarismo identificador da nota. Entre uma nota e outra não se deixa nenhum tipo de espaço. As notas de rodapé dividem-se em dois tipos: a) notas de referência: são as notas que identificam as fontes consultadas ou que remetem a outras obras. ____________ 1 CARVALHO, Heitor. As luzes do Pensamento. São Paulo: Ediarte, 1989, p.36. b) notas explicativas: são as notas que apresentam observações, acréscimos, comentários complementares para prestar esclarecimento ou justificar uma afirmação que não pode ser incluída no texto, ou até mesmo para remeter os leitores à outras partes do trabalho.15 Deve-se dar preferência ao sistema alfabético para as citações no texto e ao numérico para as notas explicativas. A primeira referencia de uma obra em nota de rodapé deve ter sua indicação completa, com todos os dados. As referencias subseqüentes de uma mesma obra 14 O algarismo que for apresentado na nota de rodapé deve ser apresentado da mesma forma em que aparece na chamada no texto (sobrescrito ou entre parênteses). 15 Os exemplos podem ser observados nas notas de rodapé expostas ao longo desse trabalho. 24 podem ser referenciadas de maneira abreviada. A ABNT não estipula obrigatoriedade.16 Se os dados forem abreviados, é permitido (e aconselhável) o uso de algumas expressões latinas, por extenso ou abreviadas, para dar mais clareza às informações: a) apud ou ap. = citado por, conforme, segundo ____________ 1 (JULIANI, 1978 apud MERC, 1983, p.2-4). 2 Segundo CORREA (apud RIBEIRO, 1978, p.54) pode-se calcular... b) idem ou id. = o mesmo (autor) ____________ 1 JULIANI, Carlos Alessandro. O Ribeirão Seco. São Paulo: Costes, 2004, p.34. 2 Idem, p.54. c) ibidem ou ib. = no mesmo lugar, na mesma obra ____________ 1 MOREIRA. Luis. 1999, p.25. 2 Idem, ibidem. d) opus citatum ou op. cit. = obra citada ____________ 1 JULIANI, Carlos Alessandro. O Ribeirão Seco. São Paulo: Costes, 2004, p.34. 2 OLIVENÇA, 2000, p.234. 3 CARDOSO, op. cit., p.456 16 Lembramos de manter uma uniformidade, ou seja, optar por uma forma e utilizá-la até o fim do trabalho. 25 e) passim ou pas. = aqui e ali, em diversas passagens ____________ 1 SUNIR, 1970, passim. f) loco citado ou op. cit. = no lugar citado ____________ 1 COSTA; CARVALHO, 2001, p.34-57. 2 COSTA; CARVALHO, 2001, loc. cit. g) Cf. ou cf. = confira, confronte com ____________ 1 Cf. BRAGA, 1992, p.34. h) Sequentia ou et seq. = seguinte, que segue, as próximas ____________ 1 FOGAÇA, 1997, p.58 et seq. As expressões idem (id.), ibidem (id.), opus citatum (op. cit.) loco citatum (loc. cit.) e confira (cf.) somente podem ser utilizadas em notas de rodapé situadas na mesma página da citação a que se referem. A única que pode também ser utilizada no corpo do texto é apud. 2.12 TABELAS As tabelas constituem-se em uma unidade autônoma e devem ser feitas de acordo com o prescrito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As tabelas devem ser numeradas consecutivamente com algarismos arábicos que seguem a palavra Tabela, escrita em letras minúsculas. 26 Tabela 1 Tabela 2 Tabela 3 Se a largura exigir, pode-se colocá-la no sentido longitudinal da folha, mas de maneira que possa ser lida, na rotação do volume, no sentido dos ponteiros do relógio. Se a extensão da tabela for superior a página, pode-se continuar na seguinte. Neste caso, não se delimita a tabela e, na folha seguinte, repete-se seu título e cabeçalho, acrescentando a palavra “continuação” ou abreviadamente “cont.” As partes que compõe uma tabela são: a) legenda: constitui-se do número de ordem da tabela e seu respectivo título; b) cabeçalho: conjunto de títulos de cada coluna; c) corpo da tabela: composto de linhas e colunas separadas por traços verticais; d) coluna indicadora: a primeira coluna e a que indica o conteúdo de cada linha; e) rodapé: localizado imediatamente após o fechamento da tabela, contém a indicação da fonte e dados necessários para a explicação de algum de seus aspectos. Pode-se utilizar “Nota” para um esclarecimento de ordem geral – quando houver mais de uma, podem ser numeradas; ou “Chamadas” para explicitação de dados relativos às linhas ou colunas. As chamadas serão feitas sempre em algarismos arábicos colocados entre parênteses. 27 Tabela 5 Distribuição dos ocupados por setor de atividade econômica na grande São Paulo em 2002/2005 Períodos Índice do nível de ocupação Setor de atividade econômica total indústria comércio serviços (1) outros (2) jan./dez./02 33,0 14,8 41,3 10,9 100,0 jan./dez./03 31,2 16,0 42,5 10,3 100,0 jan./dez./04 32,4 17,2 39,4 11,0 100,0 jan./dez./05 30,9 18,4 38,1 12,6 100,0 Fonte: ABCDE/SP Nota: Os dados dessa tabela são fictícios. (1) Excluídos os empregados domésticos. (2) Englobam: construção civil, serviços domésticos, etc. 2.12.1 Título da Tabela O título das tabelas deve ser escrito em letras minúsculas, centrado, em espaço simples e colocado na parte superior. Se acontecer de um título ocupar mais de uma linha, deve ser disposto de tal forma que cada linha seja centrada, conformeo exemplo, formando uma pirâmide invertida. 2.12.2 Tracejamento As tabelas devem ser fechadas, no alto e embaixo, por traços contínuos. Nos lados permanecem abertas. As colunas devem ser separadas por traços verticais. 2.12.3 Cabeçalho As designações referentes aos conteúdos das diversas colunas devem ser feitas com o mesmo tipo de letra utilizado no corpo da tabela. Nas subdivisões, que porventura houver, o tipo de letra pode ser gradativamente menor, se o trabalho estiver sendo feito em computador. Os títulos devem ser centrados em relação à coluna a que pertencem. 28 2.12.4 Coluna Indicadora As informações da coluna indicadora são normalmente escritas com a primeira inicial maiúscula e são seguidas de uma linha pontilhada até encontrar a primeira coluna. 2.12.5 Unidades de Medidas Quaisquer unidades de medidas ou grandezas mencionadas numa tabela devem ser indicadas através de seus nomes ou símbolos, no cabeçalho da coluna onde aparecem, ou logo abaixo da legenda, no caso de todas as colunas exprimirem dados com as mesmas medidas. 2.13 REFERÊNCIAS É o conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um documento, que permite a sua identificação individual. Trata-se de uma lista ordenada dos documentos efetivamente citados no texto. As referências podem ser localizadas: a) no rodapé; b) no final de cada capítulo; c) em lista de Referências, essa no final do trabalho. As referências devem ser alinhadas, da segunda linha em diante, somente à margem esquerda e de forma a se identificar individualmente cada documento. Deve ser digitado em espaço simples e separadas entre si por uma linha em branco. O título da obra referenciada pode ser apresentado em negrito, grifo ou itálico de maneira uniforme em todas as referências. Nada impede que se utilize simultaneamente mais de uma maneira de destaque. Os demais elementos são apresentados uniformemente em todas as referências. 29 2.13.1 Elementos Os elementos a serem referenciados se dividem em essenciais (obrigatórios) e complementares (opcionais). São elementos obrigatórios: a) autor(es); b) título, subtítulo (se houver); c) edição (a parir da segunda); d) imprenta (local, editora, ano de publicação). São considerados complementares: a) indicação da página da obra consultada; b) o número total de paginas de uma obra; c) indicação de série, coleção, caderno suplemento … d) indicação de volume, tomo fascículo … e) periodicidade; f) indicação de coluna, em jornais; g) voto vencedor e voto vencido, em acórdãos e sentenças. As referências que forem feitas devem obedecer, sempre, todas, aos mesmos princípios. Se houver opção de serem indicados também os elementos complementares, estes devem ser incluídos em todas as referências, do inicio ao fim do trabalho. Da mesma forma, os recursos tipográficos utilizados nas referências, devem ser os mesmos em todas as obras, isto é, deve-se optar por uma maneira e utilizá-la até o fim mantendo uma unidade. Referência é a identificação, como dissemos, de toda publicação que foi mencionada no decorrer do trabalho. Isso pode ser feito, como também já vimos, no rodapé, no final do capítulo ou no final do trabalho. É a identificação de alguma ideia, trecho ou pensamento de outra pessoa, isto é, que não nos pertence. 30 2.13.2 Obras Consultadas Considerando a omissão da ABNT, orientamos que para fazer a identificação de outras obras, que não foram citadas, mas que foram utilizadas, deve-se manter o mesmo sistema que se vinha fazendo nas referências. Então, as Referências identificam as obras citadas no decorrer do trabalho (e podem ser colocadas no rodapé da página, no final do capítulo, ou no final do trabalho) e as Obras Consultadas englobam todas as obras utilizadas pelo autor para a realização de sua pesquisa e que não foram, necessariamente, mencionadas no trabalho (a diferença para as Referencias é que essa será localizada somente ao final do trabalho). Dessa forma, no final de um trabalho é perfeitamente possível que ocorra a existência de Referencias e Obras Consultadas. A apresentação das Referências e das Obras Consultadas é idêntica e seguem as orientações dadas a seguir. 2.13.3 Autor Pessoal O autor deve ser apresentado, tal como figura na obra referenciada, pelo SOBRENOME, em letras másculas, seguido dos outros nomes, em letras minúsculas, abreviados ou não, separados por vírgula. As indicações de parentesco – Filho, Júnior, Neto, Sobrinho etc. fazem parte do nome e devem ser mencionadas por extenso, acompanhando o último sobrenome. Se o sobrenome pelo qual o autor é mais conhecido for um termo composto, deve-se citá-lo por inteiro; se o sobrenome for precedido de partículas, como “de”, “da”, “e”, essas permanecem junto do prenome. BASSO, Olympio JUCÁ FILHO, Cândido COSTA GAMA, Marina da Não se incluem indicações de títulos, cargos, graduações, mesmo que apareçam na obra referenciada: Dr., Prof., M.M., Pe., PhD. e outros. 31 Se houver mais de um autor, se separa um de outro por ponto-e-vírgula (;) seguido de espaço. Quando uma obra for escrita por um, dois ou três autores, todos devem ser nomeados. LINS, Osman. Problemas Inculturais Brasileiros. 3.ed. São Paulo: Summus, 1982. BONAZZI, Marisa.; ECO, Umberto. Mentiras que parecem verdade. 4.ed. São Paulo: Summus, 1980. p.265. Quando houver mais de três autores, indica-se apenas o nome do primeiro, acrescentando a expressão latina et al. FALCONE, Francisco. et al. Como interpretar o choro do bebê. Porto Alegre: Luzes, 2000. Se a menção de todos (mais de três) autores for indispensável, por exigência da instituição ou outra exigência qualquer, nomeiam-se todos. Quando houver um organizador, coordenador ou algo assemelhado, inicia-se a referencia pelo nome do responsável, acrescentando, após o seu nome e entre parênteses, a designação correspondente: (org.), (coord.), (comp.), (ed.) etc. MELO, Maria Helena (coord.); COUTINHO, Ramona. Meu Encontro Comigo Mesma. Porto Alegre: Continental, 2000. Se o documento não possuir autoria conhecida, a entrada é feita pelo seu título, sendo a primeira palavra escrita em letras maiúsculas, incluindo as partículas que houver (artigo, pronome, preposição…). O termo anônimo não deve ser utilizado para substituir o nome de um autor desconhecido. OS DESENCONTROS de dois Irmãos de Sangue. Rio de Janeiro: Santana, 1988. PELOS CAMINHOS do Pago. Osório: Candeias, 1999. 32 2.13.4 Autor Entidade Instituições, órgãos governamentais ou não, organizações, associações, empresas, sociedades podem ser consideradas “autores”, e seu nomes serão referenciados em letras maiúsculas. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR6023: Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: 2000. Quando a entidade possuir uma denominação genérica, seu nome deverá vir precedido do órgão superior ou pelo nome da jurisdição geográfica à qual pertença. BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: língua portuguesa, primeiro e segundo ciclo. Brasília: 1997. 256p. Congressos, simpósios, seminários, encontros, conferências têm entrada pelo título geral do evento. Deve ser referenciado em letras maiúsculas, seguido de algarismo arábico que indica o número do evento, o local e a data da realização, tudo separado por vírgulas.CONGRESSSO BRASILEIRO DE ESCRITORES, 3, São Paulo, 25 FEV. 2000. Porto Alegre, Anais. Porto Alegre: Associação Gaúcha de Escritores, 2000. 2.v. 2.13.5 Título Os títulos e subtítulos devem ser reproduzidos tal como aparecem nas obras ou trabalhos referenciados, separados por dois pontos. O título deve ser apresentado em destaque – negrito ou itálico ou sublinhado ou uma combinação deles. O subtítulo, ou qualquer acréscimo que tenha o título e que apareça depois dos dois-pontos, não recebe destaque algum. 33 CAMARGO, Luis. Assessoria pedagógica: aplicações interdisciplinares. Porto Alegre, Cultural, 1998. 76p. Se o título for demasiadamente longo, podem-se suprimir algumas palavras, desde que não sejam as primeiras, nem alterem o sentido. Essa supressão deve ser indicada por reticências. Psicologia da vida erótica, generalidades (…) Se não existir título, deve-se atribuir uma palavra que identifique o conteúdo do documento, entre colchetes. SEMINÁRIO GAÚCHO DE PSICANALISTAS HUMANITÁRIOS, 1, 2003. Porto Alegre. [Trabalhos apresentados]. Porto Alegre: Sociedade Psicanalítica Humanitária, 2003. 254p. Quando se fizer referência a revistas ou periódicos na sua totalidade (toda a coleção) ou quando se está fazendo a referencia a um número ou fascículo integralmente, o título deve figurar por primeiro, em letras maiúsculas. REVISTA BRASILEIRA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA. Rio de Janeiro: Sabiá, 1997-1999. PRO-TESTE. Rio de Janeiro: Associação Brasileira de Defesa do Consumidor. n.32. dez. 2004. 2.13.6 Edição Indica-se a edição somente a partir da segunda, com algarismo arábico seguido de ponto e da abreviatura da palavra “edição” (ed.). MOREIRA, Vitor. O Espaço Azul. 4.ed. São Paulo: Prolux, 1998. Podem ser indicados, de forma abreviada, emendas, acréscimos, atualizações e revisões à edição. 34 CHAVES, Adriano O. A Capoeira no Brasil. 3.ed. ver. e aum. Porto Alegre: Matrix, 2001. 2.13.7 Imprenta Chama-se de imprenta a indicação que compreende o local, editora e ano da publicação da obra. O local é separado do nome da editora por dois pontos (:) e está, do ano, por vírgula, finalizando por ponto. São Paulo: Ática, 1999. Petrópolis: Vozes, 1998. Porto Alegre: Prodil, 1977. Quando algum dado é desconhecido e não há possibilidade de se fazer uma identificação positiva, registra-se abreviadamente, entre colchetes, conforme o caso: a) na falta de local: [S.I.] b) na falta do editor: [S.n.] ou [S.ed.] c) na falta da data: [S.d.] 2.13.8 Ordenação É bom lembrar que a localização das referências, ou seja, a identificação das obras citadas no decorrer do trabalho, pode ser em nota de rodapé, no final do capítulo ou no final do trabalho. As referências dos documentos em notas de rodapé devem trazer as indicações completas na sua primeira aparição. Nas demais, podem ser resumidas ou não. As referências dos documentos citados no decorrer do trabalho devem ser ordenadas de acordo com o sistema utilizado para citação no texto (numérico ou alfabético). Com o sistema numérico, as referências seguem a mesma ordem que aparece no texto. São identificadas pelo algarismo indicativo (o mesmo da chamada). Para essa numeração, utilizam-se algarismos arábicos que serão 35 separados do nome do autor por um espaço em branco. Não se usa ponto, travessão, etc. 1 MATEUS, Maria Helena. et al. Gramática da Lingua Portuguesa. Coimbra: Almedina, 1983. 2 WINNICOTT, D. W. A Criança e o seu Mundo. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. Deve-se observar que a ordem seguida é a do aparecimento no texto. É importante lembrar, também, que a margem da segunda linha em diante, deve iniciar sob a primeira letra da entrada. Por sua vez, com o sistema alfabético, as referências são reunidas, sem numeração, numa única ordem alfabética. BAZARIAN, Jacob. O Problema da Verdade. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. DAVIDSON, John. Energia Sutil. São Paulo: Círculo do Livro, 1998. KAHTUNI, Haideé C. Psicoterapia Breve Analítica. 3.ed. São Paulo: Escuta, 2013. Na ordenação das obras, quando um autor for indicado mais de uma vez, o nome do autor pode ser substituído por um traço (equivalente a seis espaços), e seguido de ponto, da segunda referência em diante. Quando o título da obra é repetido também, procede-se da mesma forma. BAZARIAN, Jacob. O Problema da Verdade. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. ______. Diálogos. São Paulo: Cultrix, 1989. ______. ______. 2.ed. São Paulo: Cultrix, 1990. Quando for impossível identificar a autoria, ou quando não há autoria especificada, começa-se a fazer a referência pelo título da obra ou do artigo, com a primeira palavra escrita em letras maiúsculas, desconsiderando-se artigos, pronomes e preposições e as demais palavras em letras minúsculas. O título todo deve ser grifado. OS CAMINHOS do Conhecimento Altruísta. São Paulo: Círculo do Livro, 1987. DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro. São Paulo: Livro Aberto, 1987. 36 2.13.9 Outros Tipos de Referências Abaixo explicitaremos, com exemplos, o que determina a NBR 6023/2002 da ABNT. 2.13.9.1 Entrevistas, Relatos, Palestras, Debates… Quando forem orais (ao vivo ou em gravação) deve-se referenciar iniciando com o nome do entrevistado (ou entrevistador quando se quer dar mais destaque a este), (sobrenome em versal e nome em minúsculo) ponto. Assunto da entrevista, ponto, local onde foi realizada, vírgula, entidade promotora do evento (se for o caso), vírgula, data (dia, mês e ano), ponto, esclarecimento sobre o motivo da entrevista (se preciso for), seguido da expressão “Entrevista concedida a” seguida pelo nome do entrevistador (se não citado no inicio), ponto. TORRES, Eduardo E. Mutirão Nacional Pioneiro. Porto Alegre. U.E.B., 22 jul. 1997. Registro da organização do encontro de jovens. Entrevista concedida a Victor Meireles de Andrade. MELLO, Eduardo de. Coletâneas. Porto Alegre, Usina do Gasômetro, 08 fev. 1978. Registro dos jovens pintores de rua. Entrevista concedida a Cristiano Oliveira. Quando forem impressas deve-se referenciar iniciando com o nome do entrevistado (ou entrevistador quando se quer dar mais destaque a este), (sobrenome em versal e nome em minúsculo) ponto. Assunto da entrevista, ponto, local onde foi realizada, vírgula, entidade promotora do evento (se for o caso), vírgula, data (dia, mês e ano), ponto, indicação bibliográfica do veículo onde esta impressa a entrevista. Esclarecimento sobre o motivo da entrevista (se preciso for), seguido da expressão “Entrevista concedida a” seguida pelo nome do entrevistador (se não citado no inicio), ponto. TORRES, Eduardo E. Mutirão Nacional Pioneiro. Porto Alegre, 22 jul. 1997. Revista Cometa, Porto Alegre, v. 3, n. 35, p. 5-6, 23 jul. 1997. Entrevista concedida a Meireles de Andrade. 37 MELLO, Eduardo Cabral de. O passado no presente. Veja, São Paulo, n. 1528, p. 9-14, 4 set. 1998. Entrevista concedida a Cristiano Oliveira. 2.13.9.2 Programas de Rádio e Televisão Deve-se referenciar iniciando com assunto em letras versais, ponto, nome do programa, em destaque, ponto, nome da cidade, virgula, nome da estação de rádio ou televisão, vírgula, data (dia, mês e ano), ponto, a expressão em letras versais, programa de rádio ou programa de televisão, ponto. ACAMPAMENTO FARROUPILHA. Conversa com os tradicionalistas. Porto Alegre. Rádio Guaíba, 10 set. 2015. Programa de Rádio. O NASCIMENTODE UMA ESTRELA. Fantástico. São Paulo, Rede Globo, 08 fev. 1978. Programa de Tv. 2.13.9.3 Atas de Reuniões Deve-se referenciar iniciando com nome da instituição, ponto, número da ata, ponto, título da ata, ponto, livro, vírgula, numero da página inicial e da final, ponto. GRUPO ESCOTEIRO JORGE BREIER. Porto Alegre. Ata n. 82. Ata de Eleição de Diretoria Biênio 1996/1997. p. 12-35. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. Biblioteca Central. Ata da reunião realizada no dia 4 de julho de 1997. Livro 50, p. 1. 2.13.9.4 Informações Verbais Quando se possuir informações que foram transmitidas oralmente, sejam em sala de aula, palestras, debates, conferências, comunicações, etc. deve-se fazer a indicação “Informação Verbal” entre parênteses, e, em nota, que pode ser no rodapé, mencionar os dados disponíveis e que identifiquem a passagem. 38 Moura então observou que as flores podiam ser repostas sem que houvesse necessidade de transporte especial (informação oral1) e que isso significaria uma economia fantástica. ____________ 1 Em conferencia promovida na sala VIP do Centro de Convenções do Recife em 24 de janeiro de 2005 para mais de quinhentos exportadores de flores. 2.13.9.5 Referência on-line – Internet Quando se tratar de obras consultadas on-line, na Internet, deve-se indicar os mesmos elementos exigidos das obras convencionais, acrescido do URL17 completo, entre os sinais < >, antecedidos da expressão: Disponível em: e seguido da informação: Acesso em: e a data. Opcionalmente pode-se acrescentar ainda o horário da consulta. ESTADO DE SÃO PAULO. Manual de redação e estilo. São Paulo, 1997. Disponível em: <http://www.estado.com.br/redec/manual.html>. Acesso em: 19 de maio de 1998. D’ALESSANDRO, Andrés. Como praticar a la boba. Disponível em: <http://www.internacional.com.br/elcabezon/tomelaboba/campeon.html> Acesso em 10 de set. 2015 2.13.9.6 E-mail Vamos direto ao exemplo. LIMA, Helena. Receitas Deliciosas. Mensagem pessoal. Mensagem recebida por <mago@armelin.com.br> em 16 jan. 2008. MERCEDES, B. Publicação Eletrônica. Mensagem pessoal. Mensagem recebida por <mercedes@bens.com.br> em 20 ago. 2010. 17 URL – Uniform Resource Locator (Localizador Uniforme de Recursos). 39 2.13.9.7 Legislação Compreende emendas constitucionais e textos legais infraconstitucionais – lei complementar e ordinária, medidas provisórias, decretos em todas as formas, resolução do Senado – normas emanadas das entidades públicas e privadas – ato normativo, portaria, resolução, ordem de serviço, instrução normativa, comunicado, aviso, circular, decisão administrativa, etc. Deve-se referenciar iniciando com local de abrangência ou órgão responsável, ponto, título (especificação da legislação), ponto, numeração e data, ponto, ementa (se houver), ponto, referencia da publicação onde houve a veiculação precedida da expressão In: BRASIL. Decreto-Lei n. 2423 de 7 de abril de 1988. Estabelece critérios para pagamento de gratificações e vantagens pecuniárias aos titulares de cargos e empregos da Administração Federal direta e autárquica e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, n. 66, p. 69, 8 abr. 1988. Seção 1. BRASIL. Código Civil. Organização dos textos, notas remissivas e índices por Juarez de Oliveira. 46. Ed. São Paulo: Saraiva, 1995. 2.13.9.8 Jurisprudência (decisões judiciais): acórdãos, súmulas, decisões... Deve-se referenciar iniciando com local de abrangência, ponto, órgão judiciário competente, ponto, título (natureza da decisão ou ementa), ponto, número, ponto, partes litigantes (se houver), ponto, nome do relator, ponto, local, vírgula, data do acórdão (se houver), referencia da publicação que divulgou o documento, In: BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Deferimento de pedido de extradição. Extradição n. 410. EUA e John Fernandez. Relator: Ministro Rafael Mayer. 21 de março de 1984. In: Revista Trimestral do STF, [Brasília], v. 109, p. 870-9, set. 1984. BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Habeas-corpus n. 11.636, da 6ª Câmara Cível do TJ do Estado da Bahia, Brasília, DF, 6 de março de 1994. Lex: Jurisprudência do STJ e Tribunais Federais, São Paulo, v. 10, n. 103, p. 236-240, mar. 1991. 40 2.14 RESUMO Elemento obrigatório,18 o resumo informativo tem a pretensão de ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões da produção científica. Deve ser composto de uma sequência breve de frases concisas dos aspectos mais relevantes do trabalho na mesma ordem cronológica que aparecem no texto. Deve ser objetivo, permitir uma visão geral do conteúdo e da(s) conclusão(ões) que se chegou. O resumo deve ser feito com espaço simples e logo abaixo devem ser colocadas as palavras-chave separadas entre si por um ponto e encerradas também por um ponto. Recomenda-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. A ABNT recomenda que se use de 150 a 500 palavras em trabalhos científicos e de 100 a 250 palavras em artigos. Orienta-se também que o resumo seja feito em apenas um parágrafo, com recuo de primeira linha. As palavras-chave também devem conter o recuo de primeira linha de 1,5 cm. 3 QUEBRA DE SEÇÃO E QUEBRA DE PÁGINA As quebras servem para que possamos colocar conteúdos diversos, em páginas diferentes, sem precisar pressionar ENTER, para poder chegar à próxima página. 3.1 QUEBRA DE SEÇÃO Tem a finalidade de colocarmos formatação diferente nas páginas de um mesmo arquivo (trabalho). Podemos, por exemplo, inserir uma página em modo paisagem no meio de um trabalho que, via de regra, é desenvolvido no modo retrato. Serve também para numerarmos a paginação do trabalho de acordo com as normas da ABNT (vide item 2.7 PAGINAÇÃO). 18 NBR 14724:2011, item 4.2.1.7. 41 3.1 QUEBRA DE PÁGINA Possibilita colocarmos texto em uma página e, mesmo não a preenchendo totalmente, pularmos diretamente para a próxima para darmos continuidade ao trabalho, sem a necessidade de ficarmos clicando no ENTER até chegar lá. Tem grande utilidade em momentos de alteração do trabalho, possibilitado incluir ou excluir linhas sem desconfigurar todas as páginas posteriores. 42 4 CONCLUSÃO Buscamos nesse trabalho dirimir as principais dúvidas que atormentam os universitários na produção de seus primeiros trabalhos acadêmicos. Todo o embasamento para sua produção, como pode ser visto nas Referências, é oriundo das normas da ABNTB, apresentadas na obra do Professor Pedro Augusto Furasté que é especialista em língua portuguesa. Salientamos que, assim como muitas das leis do nosso ordenamento jurídico são passíveis de interpretação, a ABNT não é diferente. Portanto, tentamos exemplificar da melhor maneira possível, a fim de auxiliar os colegas a superar suas principais dúvidas. Desta forma, esperemos ter alcançado nosso objetivo que era a elaboração de um singelo manual prático, que pode ser consultado rapidamente, com exemplos, auxiliando na elaboração de trabalhos científicos. 43 REFERÊNCIAS FURASTÉ, Pedro Augusto. Normas Técnicas para o Trabalho Científico: Elaboração e Formatação. 14. ed. Porto Alegre: Gráfica e Editora Brasul Ltda, 2006.
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