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* MOTIVAÇÃO ? Lecy Rodrigues Moreira CRP 04/1363 * BEHAVIORISMO A palavra behavior (comportamento), [...] havior está relacionado com a palavra latina habere (manter ou ter). Como uma palavra que designava a forma com que alguém se conduz a si mesmo, ela estava mais próxima do sentido de conduta ou comportamento do que do sentido mais contemporâneo de atividade. (evento que pode ser observado) (CATANIA, 1999:21) * Os comportamentos são descritos com verbos: as pessoas andam, falam, pensam, fazem coisas. (CATANIA, 1999:27) AÇÃO COMPETÊNCIAS * Quando se observa um organismo... Observam-se propriedades de seu ambiente e propriedades de seu comportamento. Essas propriedades são chamadas de: estímulos (evento ambiental com graus variados de complexidade) respostas (movimentos = respostas definidas pela forma ou pela musculatura empregada, ações = respostas definidas por suas relações com o ambiente) CATANIA (1999:29) * Existe uma correlação observada entre um estímulo específico e uma resposta específica (Skinner, 1931). Ex: o piscar disparado por um lampejo de luz.. COMPORTAMENTO RESPONDENTE * Resposta dada após um estímulo Todo comportamento que não se enquadra na definição de comportamento respondente pode ser classificado como comportamento operante Aquele que opera no ambiente para produzir conseqüências (interação do organismo com o ambiente). * Nossos comportamentos produzem conseqüências A Estímulo B Comportamento C Conseqüência Contingência tríplice CATANIA (1999) A ocasião em que a resposta ocorre A própria resposta As conseqüências reforçadoras * C Conseqüência Aumentam a probabilidade que determinados comportamentos ou ações ocorram FAVORÁVEL DESFAVORÁVEL OU DEIXAR DE PRODUZIR CONSEQÜÊNCIAS Diminuem a probabilidade * Operações estabelecedoras podem ser definidas como eventos ambientais que alteram a efetividade reforçadora de um determinado estímulo. OPERAÇÕES ESTABELECEDORAS (OES) (Keller&schoenfel, 1950, 1996; Michael, 1982,1993) Pretendem dar conta de explicações que incluem variáveis ditas motivacionais * Aumento da freqüência de uma resposta correlacionado com um aumento na disponibilidade de um evento reforçador (função discriminativa) Efetividade momentânea de algum evento como reforçador (função motivacional) (MIGUEL, 2000) FUNÇÃO DISCRIMINATIVA diferente da FUNÇÃO MOTIVACIONAL * “Saber o que fazer não garante que o comportamento vá ocorrer”. (MIGUEL & GARBI, :132) (MIGUEL & GARBI, 2003:130). MANUTENÇÃO DO COMPORTAMENTO * Previsão e Controle de um tipo de Comportamento Classe de Respostas Analisar se estão/estiveram ou não associados a conseqüências reforçadoras e em quais circunstâncias. É essencial analisar as conseqüências associadas a determinado comportamento para entender o motivo de sua ocorrência. * O “olhar’... A “escuta” devem considerar ... CONTEXTOS MAIS AMPLOS, ... as situações nas quais essas relações (estímulo e resposta) estão inseridas. (CATANIA, 1999:27-28) Observa-se que existem relações entre os estímulos e as respostas Questiona-se como surgem essas relações (CATANIA, 1999:27) Quando se observa um organismo... * MOTIVAÇÃO Alguma coisa que faz uma pessoa agir Processo de estimular uma pessoa agir Processos que instigam um comportamento Processos que fornecem direção e propósito ao comportamento Processos que permitem a persistência do comportamento Processos que conduzem às escolhas ou preferências de um determinado comportamento (ASSIS;NAHAS, 1999:34) * Fonte: GONDIN; SILVA, 2004:147 * Principais determinantes motivacionais Demográficos – especificidades locais Culturais – conhecimentos, crenças, normas, valores e símbolos Ambientais – facilidade em relação a determinados produtos, tecnologias, recursos Psicológicos – competência em negociar com a realidade visível e a realidade psíquica Físicos – idade, raça, limitações físicas Sociais – influencias familiares, de amigos, net working, renda. (TORAL, 2007) * STANDING OUTSIDE THE FIRE GARTH BROOKS Esta letra foi retirada do site www.letrasdemusicas.com.br * RESPOSTAS ASSERTIVAS Quando uma pessoa expressa suas próprias opiniões e sentimentos de maneira direta, e em um tom moderado, olho no olho. Funcionário descreve claramente o motivo pelo qual acredita que sua idéia é mais adequada...”acredito que é melhor conduzirmos o projeto de outra maneira porque...” (MIGUEL & GARBI, 2003:126). * A RESPOSTAS AGRESSIVAS Expressa sua opinião de forma hostil, inflexível, em voz alta, movimentos bruscos em direção ao ouvinte, palavras ofensivas etc. “Este projeto não serve...” (MIGUEL & GARBI, 2003:127). * RESPOSTAS PASSIVAS Resposta verbal que expressa a opinião do falante de forma vaga e indireta Fala pouco... Se cala... Exime de expor suas idéias... (MIGUEL & GARBI, 2003:126). * TRABALHO EM EQUIPE CULTURA ORGANIZACIONAL Quando se propõe uma mudança de comportamento é preciso ter clara a ligação entre as mudanças propostas e as conseqüências que essas trarão para a empresa. “Suporte ambiental” Informação a respeito dos objetivos a serem cumpridos, instrumentos/equipamentos a serem utilizados e incentivos para que o comportamento ocorra. (MIGUEL & GARBI, 2003:130). * FEEDBACK Permite que o funcionário altere seu próprio comportamento futuro, corrigindo seus erros. (MIGUEL & GARBI, 2003:130). SISTEMAS DE FEEDBACK Uma das formas mais comuns de se maximizar desempenhos individuais no ambiente de trabalho. (apontar erros/problemas visando a antecipação dos mesmos, expressar e defender as próprias opiniões, verbalizar correções, verbalizar aprovações, etc.) * Fonte: GONDIN; SILVA, 2004:157 Teoria de Auto-regulação (Kanfer, 1977, Ecles e Wigfield, 2002) Auto-observação, auto-avaliação, auto-reação Teoria da Aprendizagem Social(Bandura, 1971) * Importância da abordagem psicossomática para a compreensão da vida no trabalho. "O distúrbio psicossomático entendido como mensagem, como comunicação, como linguagem arcaica, não verbal, é um dos meios que o homem tem para comunicar, e a linguagem do corpo, e linguagem do órgão; carregados de significados indiretos, que encontram a sua simplificação na interpretação simbólica, analógica ou metafórica do sintoma. Entender o que quer dizer um determinado sintoma significa aumentar o conhecimento de si mesmo e a consciência do que se é” (Petrone,1994:29). * “A organização do trabalho foi então conceituada pelo contraste com as condições de trabalho, sobre as quais a maioria dos pesquisadores médicos e ergonômicos focalizavam seus estudos. Por condições de trabalho deve-se entender as pressões físicas, mecânicas, químicas e biológicas do posto de trabalho. As pressões de trabalho têm por alvo principal o corpo dos trabalhadores, onde elas podem ocasionar desgaste, envelhecimento e doenças somáticas. (Dejours, Abdoucheli, Jayet, 1994:125). * Dejours (1994) refere-se à Qualidade de Vida no Trabalho como condições sociais e psicológicas do trabalho, especificamente no que se refere ao sofrimento criador e ao sofrimento patogênico, este último, "aparece quando todas as margens de liberdade na transformação, gestão e aperfeiçoamento da organização do trabalho já foram utilizadas". O desafio é a transformação do sofrimento em criatividade que beneficie a identidade, a resistência do sujeito ao risco de desestabilização psíquica e somática. * TRABALHO EM EQUIPE Comportamentos assertivos contribuem para o bem estar da empresa mas também contribuem para o bem estar na empresa(Clima organizacional). EFETIVIDADE EFICÁCIA AFETIVIDADE COMPETÊNCIA (MIGUEL & GARBI, 2003:129). * RESILIÊNCIA Termo utilizado pela física, significa a capacidade de um material voltar ao seu estado normal depois de ter sofrido uma pressão. ARTIGO O Senso de Auto-eficácia como Mediador do Envelhecimento Bem-sucedido na Âmbito da Cognição, das Competências para a Vida Diária e do Auto-cuidado à Saúde. (NERI, A. L. 2006:59-85) * Funcionamento Intelectual Capacidade Funcional Auto-cuidado Mecanismos de auto-regulação do self Senso de auto-eficácia RESILIÊNCIA PSICOLÓGICA ADAPTAÇÃO Condições-exemplo Mediador Manutenção e Promoção (NERI, A. L. 2006:59-85) * Crenças (-) Crenças (+) Memória Envelhecimento cognitivo e senso de auto-eficácia * Creio, logo sou capaz Capacidades Intelectuais na Velhice (Cavanagh & Green, 1990) Envelhecimento cognitivo e senso de auto-eficácia (NERI, A. L. 2006:59-85) * Ocorrência dos desempenhos Competências comportamentais Condições biológicas Ambiente físico e social Mecanismos de auto-regulação do self Papel moderador sobre o envelhecimento bem-sucedido (NERI, A. L. 2006:59-85) * Crenças de auto-eficácia, auto-cuidado em saúde e qualidade de vida + - (NERI, A. L. 2006:59-85) * PARADOXO/DESAFIO OPORTUNIDADES Aproveitar da experiência da vida Aprender estratégias de auto-regulação do self Flexibilidade diante dos desafios Constante avaliação e autovalorização Planejamento de metas mais adaptativas * CRENÇAS DE AUTO-EFICÁCIA Papel compensatório Papel amortecedor Papel iniciador em relação ao manejo de estressores internos e externos e ao manejo do ambiente Manutenção das redes sociais Características de um colaborador resiliente Auto-confiante: acredita em si e naquilo de que é capaz de fazer; Gosta e aceita mudanças, encara as situações de estresse como desafios; Pouco ansioso, alta extroversão e aberto à experiência; Auto-conceito e auto-estima positiva; Emocionalmente inteligente; Mantém clareza de propósito, calma e foco diante de situações adversas. * Desenho extraído de O que são Recursos Humanos. Flávio de Toledo, 1982:17. * MANUTENÇÃO Os esquemas de reforçamento são importantes para manter o comportamento. A análise experimental do comportamento operante tem norteado uma tecnologia que muitos chamam de modificação do comportamento. Essa tecnologia consiste usualmente em mudar as conseqüências do comportamento, em remover conseqüências que causam perturbação ou em prover conseqüências novas para comportamentos enfraquecidos. * Programas que visam a adoção de comportamentos assertivos geralmente incluem, entre outros, procedimentos de: Modelação (demonstração de como fazer: observação e imitação) Tarefas progressivas (interação com a situação real: aumentar gradualmente a complexidade) Exercícios situacionais (fazer as atividades no próprio ambiente de trabalho) (MIGUEL & GARBI, 2003:130). MANUTENÇÃO * Associação de Teorias Comportamentais e Cognitivas Objetivos Treinar o auto controle do comportamento Aumentar o conhecimento das pessoas quanto aos riscos Desenvolver estratégias de difusão e inovação Desenvolver estratégias para lidar com recaídas * LIMITAÇÃO O conceito de reforçamento não é suficiente para explicar todos os problemas relacionados a motivação porque muitas vezes esses problemas não têm origem na falta de conseqüências (reforçadores) para o comportamento, mas na ineficácia de tais conseqüências. (MIGUEL, 2000) * MÚLTIPLA FUNÇÃO Um mesmo estímulo pode adquirir diferentes funções comportamentais em relação às diferentes respostas... Como também exercer múltiplas funções estabelecedoras. (MIGUEL, 2000:263) * OBRIGADA ! lecymoreira@hotmail.com * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Maria Alice Altenburg de; NAHAS, Markus Vinícius. Aspectos motivacionais em programas de mudança de comportamento alimentar. Revista Nutrição , Campinas, v. 12, n. 1, 1999 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-52731999000100003&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 Ago 2007. Bandura, A. social diffusion and innovation. In: ______. Social foundations of thought and action: a social cognitive theory. Englewood Cliffs, NJ: Prentice Hall, 1986. Cap. 4, p.142-158. CATANIA, A. Charles. Aprendizagem e comportamento. In: ______. Aprendizagem: comportamento, linguagem e cognição. 4.ed. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999. p.21-31. NERI, Anita Liberalesco. O Senso de Auto-eficácia como Mediador do Envelhecimento Bem-sucedido na Âmbito da Cognição, das Competências para a Vida Diária e do Auto-cuidado à Saúde. In: AZZI, Roberta Gurgel; POLYDORO, Soely Aparecida Jorge (Orgs.). Auto-eficácia: em diferentes contextos. São Paulo: Alínea, 2006. p.59-85. MIGUEL, Caio F.. O conceito de operação estabelecedora na análise do comportamento. Psicologia: Teoria e Pesquisa, , Brasília, v. 16, n. 3, 2000 . Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722000000300009&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 Ago 2007. MIGUEL, Caio F.; GARBI, Giuliano. Assertividade no trabalho: descrevendo e corrigindo o desempenho dos outros. In: Relacionamentos e comunicação assertivos: falo ou não falo? Londrina: AdVisual, 2003. Cap. 13 p. 125-136. Disponível em: <http://caiomiguel.org/articles/assertividade.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2007. * REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SOUZA, Deisy das Graças. O que é contingência. In: BANACO, Roberto Alves (org.) Sobre comportamento e cognição aspectos teóricos, metodológicos e de formação em análise do comportamento e terapia cognitivista. v.1: Santo André: ESETec, 2001. 536 p. ISBN: 85-88303-04-3. TODOROV, João Cláudio. A evolução do conceito operante. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, Brasília, v. 18, n. 2, 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-37722002000200002&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 28 jun. 2007. Pré-publicação. TORAL, Natacha; SLATER, Betzabeth. Abordagem do modelo transteórico no comportamento alimentar. Revista Ciência & Saúde Coletiva. Rio de Janeiro: ABRASCO. n. 26, ano 2007. ISSN: 1413-8123. GONDIM, Sônia Maria Guedes; SILVA, Narbal. Motivação no trabalho. In: ZANELLI, José Carlos; BORGES-ANDRADE, Jairo Eduardo; BASTOS, Antonio Virgílio Bittencourt (Orgs.). Psicologia, organizações e trabalho no Brasil. Porto Alegre: Artmed, 2004. p.145-176 BIO MANGUINHOS. Figura. Disponível em:<http://www.bio.fiocruz.br/simposio/fiocruzbio_en.html>.Acesso em: Acesso em: 14ago2007. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Figura. Disponível em: <http://www.bio.fiocruz.br/simposio/fiocruzbio_en.html>. Acesso em: Acesso em: 14ago2007.
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