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A República de Platão Livro IV Santana do Livramento, 28 de março de 2011 Os guardiões não deverão possuir nenhum tipo de riqueza material (somente os víveres necessários à sobrevivência de um bom guerreiro) Como o ouro causa a cobiça e a discórdia, eles deverão receber um salário fixo Livro III Adimanto pergunta sobre a felicidade desses guardiões e como eles se sentirão caso vejam outras pessoas fazendo o que eles não podem Sócrates responde que o modelo por ele construído teve como base o surgimento da justiça e não da felicidade Logo, o Estado bem organizado é um Estado com justiça e o mal organizado, sem A ideia de Sócrates é construir o modelo de um Estado justo e/ou feliz como um todo e não para as vidas privadas Não se deve dar aos guardiões características que os farão cada vez menos guardiões Se todos agissem da maneira que quisessem, renegando a própria função pouco a pouco em nome da felicidade, eles cada vez mais perderiam contato com suas profissões O Estado como um todo Deve ser privada ou geral? Se os próprios guardiões não privilegiarem a própria função, o Estado fica de ponta-cabeça Os guardiões, ao desempenharem seu papel da melhor forma possível, colaborarão para que todos no Estado recebam sua quantia justa de felicidade Felicidade A pobreza e a riqueza (seus efeitos para o profissionalismo) Tanto a pobreza quanto a riqueza podem fazer o artesão deteriorarem São males aos quais os guardiães devem ficar atentos, pois a riqueza traz o luxo e a indolência e a pobreza traz maldade e vício A armadilha dos extremos Mesmo contra um grande número de combatentes, o Estado que formou guerreiros (e somente guerreiros) desde o princípio pode superar até um maior número de rivais convocados na última hora A importância do profissionalismo da hora da guerra Há mais de um Estado dentro dele próprio: o dos ricos e o dos pobres Ambos se encontram em guerra um contra o outro Quem consegue distribuir a riqueza bem entre ambos os estratos ganhará muitos amigos e poucos inimigos O problema de singularizar “o” Estado O governante deve expandi-lo até o ponto em que exista a unidade Para tanto, o Estado deve buscar a autossuficiência O governante deve buscar privilegiar o indivíduo com talentos, independentemente da classe de onde ele(a) vem Também deve degradar o indivíduo que não os possui pelos mesmos critérios Limites da expansão do Estado Um Estado que se inicia bem acumula força Quando a música muda, as leis fundamentais do Estado também mudam perigo de mudança do tipo de música, não de determinada canção O próprio divertimento deve ser dentro da legalidade desde cedo A educação como raiz e insumo do Estado Para Adimanto, não seriam necessárias as leis e restrições para controlar homens bons Contudo, as alterações que haverá na Constituição (leis) do Estado serão as que devem melhorá-lo Há Estados que proíbem alterações legais; os governantes que conseguem prever tal insatisfação popular são vistos como bons estadistas Como controlar as ações populares e evitar o malfeito? Tanto em um Estado bem organizado quanto em um mal organizado, seu papel não será necessário (inútil no primeiro e irrelevante no segundo devido ao fluxo natural de ajustes) O papel dos templos e dos sacrifícios ainda será muito importante O legislador Esquema de Sócrates: se o Estado está ordenado corretamente, ele é perfeito; Sendo perfeito, possui sabedoria, valentia, temperança e justiça; Um Estado perfeito é um Estado que apresenta sabedoria e que, portanto, aconselha bem Onde está a justiça nesse Estado? Coragem na parte que luta e vai à guerra pelo Estado A coragem é uma salvação: em qualquer circunstância, boa ou má, a educação implantada pela lei faz com que o homem não perca sua opinião A coragem verdadeira é aquela instruída e não a selvagem Qualidades e onde elas residem (1) Temperança organização e controle de determinados desejos A temperança não é geralmente encontrada nos cidadãos de “segunda classe”, mas sim nos bem nascidos e bem educados Os comportamentos reles da maioria são limitados pela virtuosidade da minoria Qualidades e onde elas residem (2) Diferentemente da sabedoria e da coragem, que são compartimentadas, a temperança deve ser encontrada no todo No Estado, então, a temperança passa a ser a harmonia entre os mais fortes, os mais fracos e a classe média Temperança: acordo do naturalmente superior e inferior acerca do direito de governar Temperança 1) Sabedoria 2) Coragem 3) Temperança 4) (Justiça?) Qualidades (resumo) Justiça: fazer aquilo ao que se é apto da maneira correta Se algumas das outras virtudes são compartimentadas e a justiça é generalizada, será que a sabedoria e a coragem competem com a justiça? O mal se daria quando uma classe tentasse realizar o trabalho da outra Quanto maior o grau do mal causado ao próprio Estado, mais se dará a injustiça O que são a justiça e a injustiça Pode-se transferir a noção de justiça do Estado para o indivíduo? Se o indivíduo tem três partes, assim como o Estado (o artesão, o guerreiro e o guardião), elas são equivalentes? Da mesma maneira que o Estado justo conterá todos os seus súditos agindo da melhor forma que puderem naquilo que têm talento, a alma do indivíduo agirá da mesma maneira quando desejo, coragem e paixão se submeterem à sabedoria Prova da definição da justiça A rebeldia só ocorre, tanto no sujeito quanto no Estado, quando há falta de harmonia entre as partes e o todo – quando não se submentem à razão e à sabedoria Desta maneira, não há temperança no Estado/indivíduo, não podendo haver, portanto, justiça Conclusão
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