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Dação em pagamento Conceito – A dação em pagamento consiste na realização de uma prestação diferente da que é devida, com o fim de, mediante acordo do credor, extinguir imediatamente a obrigação. Determina o Artigo 356 Art. 356. O credor pode consentir em receber prestação diversa da que lhe é devida. Requisitos – A dação em pagamento apresenta os seguintes requisitos: A existência de dívida vencida Consentimento do credor – O Artigo 356 impõe este requisito; Entrega de coisa diversa da estipulada originariamente; Ânimo de solver – Caso não esteja presente, a entrega de coisa diversa representará mera liberalidade. Disposições legais – Três Artigos do Código Civil merecem apreciação: Art. 357. Determinado o preço da coisa dada em pagamento, as relações entre as partes regular-se-ão pelas normas do contrato de compra e venda. Art. 358. Se for título de crédito a coisa dada em pagamento, a transferência importará em cessão. Art. 359. Se o credor for evicto da coisa recebida em pagamento, restabelecer-se-á a obrigação primitiva, ficando sem efeito a quitação dada, ressalvados os direitos de terceiros Confusão Conceito – A confusão vem definida no Artigo 381 do Código Civil: Art. 381. Extingue-se a obrigação, desde que na mesma pessoa se confundam as qualidades de credor e devedor. Ocorre, por exemplo, quando um sujeito é devedor de seu tio, e, por força do falecimento deste, adquire, por sucessão a sua herança, caso não existam outros herdeiros. Espécies – A confusão pode ser total ou parcial: Art. 382. A confusão pode verificar-se a respeito de toda a dívida, ou só de parte dela. Basta pensar no mesmo exemplo acima, mas desde que o devedor tenha alguns irmãos. Nesta hipótese, a confusão será parcial. Disposições legais – Dois Artigos do Código Civil merecem apreciação: Art. 383. A confusão operada na pessoa do credor ou devedor solidário só extingue a obrigação até a concorrência da respectiva parte no crédito, ou na dívida, subsistindo quanto ao mais a solidariedade. Art. 384. Cessando a confusão, para logo se restabelece, com todos os seus acessórios, a obrigação anterior. Um exemplo pode bem ilustrar o Artigo 384: A hipótese da sucessão provisória na ausência. Remissão Conceito – A remissão implica perdão da dívida. Vem definida no Artigo 381 do Código Civil: Art. 385. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiro. Difere, outrossim, da remição, que é o resgate de dívida. Requisitos: Ânimo de perdoar – Em regra, deve ser expressa tal intenção e deve recair sobre direito disponível. Aceitação do perdão – Caso não haja a aceitação, o devedor poderá consignar o débito. O requisito pode ser deduzido da leitura do já transcrito Artigo 385. Espécies – A remissão pode ser expressa (modalidade mais comum) ou tácita, como determinam os Artigos 386 e 387: Art. 386. A devolução voluntária do título da obrigação, quando por escrito particular, prova desoneração do devedor e seus co-obrigados, se o credor for capaz de alienar, e o devedor capaz de adquirir. Este artigo deve ser comparado com o Artigo 324: Art. 324. A entrega do título ao devedor firma a presunção do pagamento. Assim, se o devedor pagou, a posse do título firma a presunção de quitação da dívida. Por outro lado, se ele estiver com o título na mão, embora não tenha ocorrido o pagamento, a presunção será de perdão. Art. 387. A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor à garantia real, não a extinção da dívida. Remissão do co-devedor – A remissão na hipótese de solidariedade está prevista no Artigo 388: Art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução da parte remitida.
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