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Resumo Pessoa Jurídica, Bens, Negócio jurídico

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Resumo p3
Teoria Geral e do Direito Civil
1 – Pessoa Jurídica
2 – Bens
3 – Negócio Jurídico
1.0PESSOA JURÍDICA
É todo o ente formado pela coletividade de pessoas ou de bens, que adquire uma personalidade jurídica própria por força do que determina a lei.
OU SEJA
Assim como as pessoas naturais, também são portadoras de direitos e deveres.
Inter subjetiva: Formada por uma coletividade de pessoas. Exemplo: Partido político ou associação.
Patrimonial: Formada por uma coletividade de bens. Exemplo: Fundações.
1.1Teorias Afirmativas da Pessoa Jurídica.
Teoria da Ficção Jurídica: A pessoa jurídica é uma abstração criada pelo legislador, portanto reconhece a sua existência ideal, mas não material.
Teoria da Realidade Objetiva: A pessoa jurídica seria uma espécie de organismo social vivo, são realidades vivas e não meras abstrações.
Teoria da Realidade Técnica: A pessoa jurídica é o resultado da junção de sua existência material e ideal.
1.2Classificação da Pessoa Jurídica.
- Pessoa Jurídica de Direito Público
Direito público externo: Estados estrangeiros e demais entidades regulamentadas pelo Direito Público Internacional. Exemplo: Japão, ONU e etc.
Direito público interno: Pessoas jurídicas que tem atuação interna. São órgãos descentralizados, criados por lei, com personalidade própria para o exercício de atividade de interesse público.
- Pessoa Jurídica de Direito Privado
Associações: Pessoa jurídica formada pela coletividade de pessoas (intersubjetiva), para desenvolver ATIVIDADE NÃO ECONÔMICA. Exemplos: Finalidade educacional, filantrópica, clubes e etc.
Podem desenvolver atividade econômica, desde que não sejam para fins lucrativos.
Quanto a natureza jurídica, trata-se de uma coletividade de pessoas que se manifestam em um mesmo sentido (plurisubjetiva unidirecional)
Igualdade entre os associados: O art 55 cc estabelece que os associados devem ter direitos iguais, mas o estatu to poderá instituir categorias com vantagens especiais. Exemplo: Fundadores que não poderão ser alterados sem o seu consenso, mesmo que haja decisão assemblear aprovando tal decisão.
Intuitu persona da associação: É em razão da pessoa, ou seja, só determinada pessoa em razão das suas qualidades poderá desempenhar tal função ou exercer determinado caso. Exemplo: Eu quero que o Kaká jogue no meu time. Só poderá servir ele, porque é ele que eu quero e outro não irá substituí-lo.
Aplicando isso a associação é a ideia de que a qualidade do associado é intransferível, salvo exceções prescritas pelo estatuto da associação. 
Se eu sou sócia, não posso transferir o cargo para outra pessoa. Art 56, parágrafo único cc.
Direito de se desassociar/exclusão do associado: ninguém é obrigado a associar-se ou permanecer associado conforme o art 5 xx cf, e a exclusão do associado é feita se houver justa causa.
Art 57 cc.
Assembleia Geral: É o órgão da associação que tem relação com a sua administração.
Sociedades: Pessoa jurídica formada ela coletividade de pessoas (intersubjetiva), com a finalidade de exercer ATIVIDADE LUCRATIVA.
Fundações: Pessoa jurídica formada pela coletividade de bens (patrimonial), SEM INTUITO DE LUCRO. 
Poderá ser constituída: Em vida, por escritura pública. Após a morte, por meio de testamento. 
Deverá obrigatoriamente indicar: Sua finalidade, apontar os bens que irão compor o patrimônio da fundação.
*DOTAÇÃO: É a reserva de bens suficientes para a formação da pessoa jurídica.
Organizações religiosas: São pessoas jurídicas que visam fins pastorais ou evangélicos.
Partidos políticos: É a pessoa jurídica que visa fins políticos.
1.3Entes Despersonalizados
São entes com capacidade ou aptidão para contrair direitos e deveres na ordem civil. São de duas espécies: 
1. Personalizados: Pessoa natural (ser humano) e pessoa jurídica moral ou coletiva, que são reuniões de pessoas ou bens em que se atribui personalidade para prática e aquisição de direitos e obrigações em nome próprio. 
2. Entes despersonalizados: São os órgãos públicos e patrimônios especiais (massa falida, espólio, condomínio dilício, herança jacente e pessoas jurídicas sem registro). Há dúvida se o nascituro se enquadra no conceito de ente despersonalizado.
1.4Personalidade da Pessoa Jurídica
A pessoa jurídica tem personalidade? Existem 3 correntes: 
1ª corrente: A pessoa jurídica possui alguns direitos da personalidade e, portanto, podem sofrer dano moral. 
2ª corrente: A pessoa jurídica não possui direito da personalidade, motivo pelo qual não sofre dano moral, apenas patrimonial.
3ª corrente: Pessoa jurídica não sofre dano moral, apenas dano institucional.
1.5Desconsideração da Pesonalidade Jurídica
Desconsideração é a técnica de responsabilizar a pessoa jurídica ou a pessoa física, é o ato tópico e pontual de desconsiderar a personalidade jurídica, a fim de responsabilizar os seus membros ou a própria pessoa jurídica. Art 50 cc
Teoria maior – Confusão patrimonial: quando os patrimônios dos membros da pessoa jurídica são confundidos com aqueles da pessoa física.
Teoria menor – É aquela em que se verifica quando a pessoa jurídica não puder cumprir as suas obrigações. Ou seja, quando se encontra na situação de inadimplemento (descumprimento da obrigação).
1.6Extinção da Pessoa Jurídica
Extinção da pessoa física = morte
Extinção da pessoa jurídica:
Convencional: Decorre da vontade dos participantes dessa pessoa jurídica
Legal: Decorre da lei. Exemplo: Quando os sócios morrem.
Administrativa: Quando decorrer da cessação da autorização do poder público. Art 69 cc
Judicial: Obtida mediante provocação do poder judiciário.
Para a extinção far-se-á necessária a liquidação prévia da pessoa jurídica, resolvendo-se todas as pendências obrigacionais e apurando-se o patrimônio remanescente, caso exista.
2.0 BENS
São coisas materiais ou imateriais que possuem valor econômico e que podem servir de objeto para uma relação jurídica. E que confere utilidade para homens.
- Bens corpóreos: São os que têm existência material, como uma casa, um terreno, um livro; são o objeto do direito.
- Bens incorpóreos: São aqueles que são fruto da ideia humana, mas que não existem no plano material, apresentando valor econômico, tais como os direitos reais, obrigacionais e autorais. Exemplo: O crédito é um bem que é investido no seu patrimônio, mas que não existe no plano material.
2.1Espécie dos Bens
- Bens imóveis: Aquele que não pode ser removido ou deslocado, sem que ocorra prejuízo em sua substância.
- Bens móveis: Aqueles que podem ser deslocados por força própria ou por força alheia, sem que lhe cause prejuízo em sua substância.
2.2Classificação dos bens imóveis.
- Por natureza: São bens naturais que não precisam da intervenção do homem. Exemplo: A árvore, é o solo compreendido, o subsolo e o espaço aéreo. Ou seja, abrange o solo com sua superfície, os seus acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos pendentes, o espaço aéreo e o subsolo.
- Por acessão física artificial: São aqueles bens imóveis que recebem essa qualidade, porque foram incorporados no solo pelo homem de modo que não se possa retirar sem destruição, modificação, fratura ou dano. Exemplo: Edificações. 
- Por acessão intelectual: O bem tem uma natureza de bem móvel, mas pela vontade humana, por acessão intelectual, ele será classificado em bem imóvel. Exemplo: um rebanho ou uma máquina agrícola. 
São todas as coisas móveis que o proprietário do imóvel mantiver, intencionalmente, empregadas em sua exploração industrial, aformoseamento ou comodidade.
- Por determinação legal: São direitos reais sobre imóveis (usofruto, uso, habitação, enfiteuse, anticrese, servidão predial), inclusive o penhor agrícola e as ações que o asseguram; apólices da dívida pública oneradas com a cláusula de inaliebilidade, decorrente de doação ou de testamento; o direito à sucessão aberta, ainda que a herança só seja formada de bens móveis.
2.3Classificação de Bens Móveis
- Por natureza: São as coisas corpóreas que se podem remover sem dano, porforça própria (Semoventes) ou alheia (propriamente ditos), com exceção das que acedem aos imóveis, logo, os materiais de construção, enquanto não forem nela empregados, são bens móveis.
- Por antecipação: São bens imóveis com o propósito de se tornarem móveis. Exemplo: Uma safra que será colhida para ser vendida. 
São aqueles que por sua própria natureza são imóveis, mas por estares destinados a vontade humana, passam a ser considerados móveis.
- Por determinação legal: Diz que determinadas espécies são bem móveis e ponto. É uma ficção jurídica, onde o legislador estabelece que alguns direitos sejam tratados como bens móveis.
2.3Bens Fungíveis e Bens Infungíveis
- Bens fungíveis: São os bens móveis que podem ser substituídos por outros de mesma espécie, qualidade e quantidade.
- Bens infungíveis: São os bens imóveis insubstituíveis, por existirem somente se respeitada sua individualidade.
2.4Bens Consumíveis e Inconsumíveis
- Bens consumíveis: São os que se destroem assim que vão sendo usados (alimentos em geral).
- Bens inconsumíveis: São os de natureza durável, como um livro.
2.5Bem Divisível e Indivisível
- Bem divisível: São aqueles que podem ser fracionados em porções reais e distintas, formando cada qual um todo perfeito.
- Bem indivisível: São aqueles que não podem ser fracionados sem se lhes alterar a substância, ou que, mesmo divisíveis, são considerados indivisíveis pela lei ou pela vontade das partes.
2.6Bem Singular e Coletivo
- Bem singular: São as coisas singulares são as que, embora reunidas, se consideram de per si, independentemente das demais; são consideradas em sua individualidade
- Bem Coletivo: ou universal: São compostos de várias coisas singulares que se consideram em conjunto formando um todo, uma unidade.
Universalidade de fato: quando os bens são reunidos pela vontade humana. Exemplo: Um cardume, biblioteca.
Universalidade de direito: São conjuntos de bens singulares heterogêneos, visando um efeito jurídico. Exemplo: Patrimônio, que é um conjunto de bens.
2.7Bem Principal e Acessório
- Bem principal: São bens que possuem existência própria, autônoma, que existe por si só. Exemplo: Um solo que existe por si só e os contratos de compra e venda.
- Bem acessório: São aqueles cuja existência supõe a existência do principal. Exemplo: A árvore não existe sem o solo.
2.8Classificação de Bens Acessórios
- Produtos: São as utilidades que se retiram da coisa, diminuindo-lhe a quantidade, porque não se reproduzem periodicamente. Exemplo: Pedras que se extraem das pedreiras, minérios que se extraem das minas.
- Frutos: São as utilidades que uma coisa periodicamente produz. Nascem e renascem da coisa, sem acarretar a destruição do todo ou em parte. 
Frutos quanto a origem:
Fruto natural: Decorre da natureza. Exemplo: Frutos das árvores, os vegetais, as crias dos animais e etc.
Fruto industrial: Decorre da atividade humana, da ação do homem sobre a natureza. Exemplo: Produção de uma fábrica.
Fruto civil: Decorre da própria coisa. Exemplo: Juros e aluguéis.
Frutos quanto ao estado:
Fruto pendente: Bem que ainda está ligado ao principal.
Percebido/colhido: Já foi retirado do bem principal.
Estante: Já foi colhido e já estão armazenados ou acondicionados para venda.
Percepiendos: Já deveria ter sido colhido, mas não foi. Exemplo: Aluguel que não foi cobrado.
Consumidos: Já foi retirado e não existe mais.
- Benfeitorias: São obras ou despesas feitas na coisa, para o fim de conservá-la, melhorá-la ou embelezá-la.
Benfeitorias necessárias: As que tem por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore Exemplo: Reparos no automóvel.
Benfeitorias úteis: São as que aumentam ou facilitam o uso do bem. Exemplo: Aumento da área de estacionamento em um edifício.
Benfeitorias voluptuárias: Não aumentam o uso habitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor. Exemplo: Substituição de piso comum em um edifício por mármore.
- Pertenças: São bens móveis que, não constituindo partes integrantes, estão afetados por forma duradoura ao serviço, uso ou ornamentação de outro. Exemplo: Um tratador, destinado a uma melhor exploração da sociedade agrícola; os objetos de decoração de uma residência.
As pertenças, distinguem-se das partes integrantes (frutos, produtos e benfeitorias), pois a pertença não completa a coisa, por isso a coisa principal não se altera com sua separação.
2.9Bem Particular e Público
- Bens particulares: São os pertencentes a qualquer pessoa que não as pessoas jurídicas de direito público interno.
- Bens públicos: São bens de domínio nacional, pertencentes as pessoas jurídicas de direito público interno, como os de propriedade da união, estados e municípios.
Classificação de bens públicos:
Públicos de uso comum: Podem ser utilizados por qualquer pessoa. Exemplo: praça.
Públicos de uso especial: Destinados ao uso de alguma atividade do estado. 
Bens públicos dominical ou (patrimoniais): Representam o patrimônio disponível do estado, pois não tem destinação comum ou especial. Exemplo: Terras devolutas.
2.9.1Bem de família
É um bem imóvel, destinado a moradia da família, bem como, os bens móveis que antecedem as necessidades vitais da família. Que não estarão sujeitos à penhora.
Bem de família voluntário: Decorre da manifestação da vontade da família.
Bem de família legal: Relacionado a lei 8.009/90
3.0 NEGÓCIO JURÍDICO
- Fato jurídico: É qualquer fato que possa produzir efeitos jurídicos.
FJ Natural: É o decorrente da natureza. Exemplo: Uma chuva que destrói uma plantação.
Natural ordinário: Aquele que acontece costumeiramente. Exemplo: Casamento, morte.
Natural extraordinário: Aqueles excepcionais: Exemplo: Terremoto.
FJ Humano: São os praticados pela ação humana.
Atos jurídicos:
Ato ilícito – Todo ato contrário ao direito.
Ato lícito – Todo ato favorável ao direito.
Ato jurídico em sentido escrito: São os efeitos da vontade declarada. Já estão previstos na lei. Exemplo: Fixar Domicílio.
Negócio jurídico: O agente declara sua vontade e pode coordenar os seus efeitos.
Ambos decorrem da manifestação de vontade humana. No ato em sentido escrito, os efeitos da vontade declarada já estão previstos na lei, ao passo que, no negócio jurídico, o agente declara sua vontade e pode coordenar seus efeitos.
3.1 Conceito
É o ato jurídico com finalidade negocial, ou seja, com o intuito de criar, modificar, conservar ou extinguir direitos. 
3.2 Diferença de Negócio Jurídico e Ato Jurídico
Para diferenciar o Ato jurídico do Negócio jurídico, observa-se que no primeiro a vontade é simples (realizar ou não o ato) e no segundo, por sua vez, a vontade é qualificada (realizar ou não o ato e escolher o conteúdo/efeito do ato), ou seja, no Ato jurídico os efeitos são previstos em lei, ao passo que no Negócio jurídico alguns efeitos decorrem das leis, podendo outros efeitos ser acordados entre as partes.
3.3Classificação do Negócio Jurídico
- Quanto a formação:
Negócio Jurídico unilateral: São os que se aperfeiçoam com uma única manifestação de vontade. Exemplo: testamento, codicilo, instituição de fundação, aceitação e renúncia da herança, promessa de recompensa, etc.
Unilaterais Receptícios: São aqueles em que a declaração de vontade tem de se tornar conhecida do destinatário para produzir efeitos (ex.: denúncia ou resilição de um contrato, revogação de mandato, etc.).
Unilaterais não Receptícios: São aqueles em que o conhecimento por parte de outras pessoas é irrelevante (ex.: testamento, confissão de dívida, etc.).
Negócio Jurídico bilateral: São aqueles que se perfazem com duas manifestações de vontade, coincidentes sobre o objeto. Essa coincidência chama-se consentimento mútuo ou acordo de vontades (contratos em geral).
O que torna o contrato bilateral é a existência de dois pólos distintos (ativo e passivo), independentemente do número de pessoas que integre cada pólo.
Negócio Jurídico plurilateral: São os contratos que envolvem mais de duas partes, ou seja, mais de dois pólos distintos (ex.: contratosocial de sociedades com mais de dois sócios).
- Quanto as vantagens: 
Gratuito: É o que impõe sacrifício de apenas uma das partes. Exemplo: Doação pura.
Oneroso: Aquele em que as partes têm sacrifícios e benefícios. Exemplo: Compra e venda, locação e etc. 
- Quanto a formalidade:
É a maneira pela qual se exterioriza a vontade.
Forma livre: O negócio jurídico pode ser realizado sem observar qualquer formalidade.
Forma especial/solene: Requer a observância de uma formalidade. É exigida pela lei, como requisito de validade de determinados negócios jurídicos. 
Tem por finalidade assegurar a autenticidade dos negócios, garantir a livre manifestação de vontade, demonstrar seriedade do ato e facilitar sua prova.
- Quanto a tradição:
Consensual: Negócio jurídico que se forma pelo mero consenso entre as partes. Se aperfeiçoam pela simples manifestação das vontades, independente da entrega do objeto do contrato. Exemplo: Contrato de compra e venda de um imóvel que se aperfeiçoa mesmo sem a entrega do bem.
- Quanto a qualidade do agente:
Pessoal: Só pode ser realizado por uma única pessoa.
Impessoal: Pode ser realizado por qualquer pessoa.
3.4Existência do Negócio Jurídico
É o elemento mínimo para que o negócio jurídico exista.
- Declaração de vontade: É a manifestação de um querer humano, a autonomia da vontade de um agente.
Expressa: É realizada de forma escrita ou verbal.
Tácita: Decorre de um comportamento do agente. Exemplo: Casos de aceitação da herança que se infere da prática de atos próprios da qualidade de herdeiro e da aquisição da propriedade móvel pela ocupação. 
Mas nos contratos, só pode ser tácita, quando a lei não exigir que seja expressa.
Presumida: Aquela que decorre de uma presunção da lei.
Declaração não realizada expressamente, mas que a lei deduz de certos comportamentos do agente.
- Reserva mental: É a discordância entre o pensamento do agente e a declaração de vontade externalizada. 
- Silêncio: Pode ou não produzir efeitos jurídicos. Pode ser interpretado como manifestação tácita da vontade quando a lei conferir a ele tal direito.
Exemplo: Doação pura, quando o doador fixa o prazo ao donatário, para declarar se aceita ou não a liberdade. Desde que o donatário, ciente do prazo, não faça, dentro dele, a declaração, entender-se-á que aceitou.
- Objeto: é preciso que o negócio jurídico tenha um bem.
Objeto lícito: É o que está em conformidade com o ordenamento jurídico.
Objeto possível: Deve ser possível fisicamente e juridicamente. Exemplo: Não se pode vender terrenos na lua.
Objetos impossíveis fisicamente: Decorre da natureza. Exemplo: Ir de helicóptero até a lua.
Impossíveis juridicamente: Decorre da proibição legal, quando o ordenamento jurídico proíbe expressamente os negócios a respeito de determinado bem. Exemplo: Herança de pessoa viva.
- Validade: Consiste em verificar se está em consonância com o ordenamento jurídico.
- Agente capaz: É o instituto pelo qual p representante atua no interesse do representado, vinculando-o ao terceiro com quem contratou.
Legal: Decorre da lei
Convencional: Decorre da vontade do homem
Lícito: Quando está em conformidade com o ordenamento jurídico.
- Representação: É o instituto pelo qual o representante atua no interesse do representado, vinculando-o ao terceiro com quem contratou.
Representação legal: Decorre da lei, ocorre quando há a necessidade de se proteger os interesses de pessoas incapazes de exercer sua vontade e os atos da vida civil com clareza, plenitude ou consciência.
Representação convencional: decorre da vontade humana, através de uma procuração.
3.5Elementos Acidentais do Negócio Jurídico
São os que compõe a essência do negócio jurídico. Estão no plano da eficácia.
Condição: É a cláusula que subordina os efeitos do negócio jurídico a um EVENTO FUTURO E INCERTO.
Condição suspensiva: Os efeitos só se produzirão se ocorrer a condição. O negócio jurídico só se torna eficaz se ocorrer o evento futuro e incerto. Exemplo: Um pai realiza um negócio jurídico com o filho, uma doação. Caso o filho seja aprovado no vestibular para o curso de direito, recebe um carro. 
A condição será ele passar no curso, como o nome diz Condição Suspensiva = suspende tudo. A aquisição do carro e também o exercício de dirigir ficam suspensos até que o evento futuro e incerto se realize.
Condição resolutiva: Os efeitos se produzem de imediato, somente cessando com o advento da condição. Exemplo: Um sobrinho realiza um negócio jurídico (um empréstimo) com seu tio, nesses moldes: Tio empresta seu apartamento em outra cidade ao sobrinho que foi aprovado no vestibular de medicina e não te onde morar. A condição é que no momento em que “colar grau” (evento futuro e incerto), devolverá o imóvel.
Condições proibidas: São aquelas que não são admitidas no ordenamento jurídico (122,123,124 cc).
Condições puramente potestativas: É a que decorre do pur arbítrio do agente. Exemplo: “Se eu quiser, se eu entender conveniente, se eu assim decidir..’ 
É uma condição ilícita 
Condições proibidas impossíveis: É a que não pode ser realizada, seja por desafiar as leis da natureza, ou por ser contrária a lei.
Condições proibidas ilícitas: É aquela contrária ao direito, bem como os valores do ordenamento jurídico.
Termo: É a cláusula que subordina os efeitos do negócio jurídico a um EVENTO FUTURO E CERTO. Ou seja, o evento ocorrerá.
Termo é o dia ou o momento em que se começa ou se extingue a eficácia do negócio jurídico.
Termo inicial/suspensivo: Ele dá início aos efeitos do negócio, ou seja, a sua eficácia, atente que o termo suspensivo suspende apenas o exercício do direito e não a aquisição como no caso da condição suspensiva. 
Termo final/resolutivo: é quando as partes determinam quando um negócio jurídico, como por exemplo, um contrato de locação, cessará os efeitos esperados pelas partes, no caso, a vigência do contrato celebrado entre locatário e locador.
Encargo: É uma restrição a uma liberdade, ante a ônus. Comum nos testamentos, em que se deixa a herança a alguém, com a obrigação de cuidar de determinada pessoa ou de animais de estimação.
Encargo ilícito: É contrário ao disposto no ordenamento jurídico.
Encargo impossível: Aquele que não pode ser realizado por ninguém.
Encargo Dispendioso Superveniente: É aquele que em momento posterior à formação do contrato, vem a se tornar dispendioso, ou seja, causa fardo, peso, carga, designa aquilo que é incômodo, que oprime, sufoca ou sobrecarrega.
3.6Defeitos do Negócio Jurídico
- Erro: Consiste na falsa representação da realidade. O próprio agente comete o engano.
São as hipóteses em que a vontade manifestada estará marcada por um vício, ou seja, ela não se manifesta de uma forma livre.
Erro essencial/substancial: É o que atinge as qualidades essenciais no negócio jurídico. Se o agente conhecesse a verdade, não realizaria o negócio jurídico
Error in negotio – É o que incide no negócio jurídico. Aquele em que uma das partes manifesta a sua vontade, pretendendo e supondo celebrar determinado negócio jurídico e realiza outro diferente. Exemplo: Quer alugar e escreve vender
Error in corpore – É o que atinge a identidade do objeto. A manifestação da vontade recai sobre objeto diverso daquele que o agente tinha em mente. Exemplo: O comprador que acredita que esteja a adquirir um terreno que supõe valorizado, pois situado em rua importante, mas que, na verdade, tem pouco valor, porque localizado em rua do mesmo nome, porém em lugar não valorizado.
Error in qualitate – Aquele que incide sobre as qualidades do objeto. A suposição de que o objeto possui determinadas qualidades que, posteriormente, se verifica inexistir. Exemplo: Comprar um relógio foleado a ouro, acreditando ser de ouro maciço.
Error in persona – É o relativo a pessoa. Exemplo: Casamento de uma jovem de boa formação com um indivíduo que vem a saber depois que é um desclassificado.
Erro de direito: É o equívoco com relação á interpretação de uma lei.
- Dolo: É a malícia em que umapessoa leva a outra a erro. Temos uma provocação de erro.
Dolo essencial - É o que enseja a anulação do negócio jurídico, pois se não houvesse o dolo, o negócio jurídico não seria realizado.
Dolo acidental - É o que atinge qualidades secundárias, o negócio jurídico iria se realizar, mas foi realizado de uma forma mais onerosa. Só enseja as perdas e danos.
Dolo positivo – É o que decorre de uma ação.
Dolo negativo – É o que decorre de uma omissão
Dolo bônus – É o dolo tolerável, aceitável, que não enseja a anulação do negócio jurídico. Exemplo: Meu sorvete é o mais gostoso do mundo.
Dolo de terceiro – É todo aquele que não faz parte do negócio jurídico. Portanto, somente ensejará anulação do negócio se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento.
Dolo do representante – O representante não pode ser considerado terceiro, pois age como se fosse o próprio representado. Se o representante induzir a erro a outra parte, constituindo-se o dolo por ele exercido na causa do negócio, este será anulável. Sendo o dolo acidental, o negócio subsistirá, ensejando a satisfação das perdas e danos.
Dolo bilateral – É o praticado por ambos os contratantes. Portanto, nenhuma delas poderá invocar o dolo para anular o negócio jurídico ou reclamar indenização.

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