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Súmulas - Direito Constitucional

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FIT/UNAMA – Faculdades Integradas do Tapajós
Direito Constitucional
Prof.ª Mara Cardoso
Súmulas
Santarém – PA, 13 de Abril de 2016
FIT/UNAMA – Faculdades Integradas do Tapajós
Disciplina: Direito Constitucional - Prof.ª Mara Cardoso
Acadêmico: Mário Caetano	Matr.: 27002721
Turma: III - Semestre do Curso de Direito (3DIN-2)
Tema: Súmulas
Sumário
Introdução ........................................................................................................... 03.
Conceito de Súmula ............................................................................................ 04.
Acórdão, Jurisprudência e Súmula ..................................................................... 05.
Emenda 45, de 30 de Dezembro de 2004 ........................................................ 06.
Características Gerais das Súmulas e Súmulas Vinculantes ........................... 07.
Funções Básicas das Súmulas ......................................................................... 08.
Sobre o Uso das Súmulas ................................................................................ 08.
Bibliografia ...................................................................................................... 10.
Introdução
Trataremos sobre pronunciamentos proferidos pelos Tribunais do nosso país, baseados em decisões reiteradas, que delimitam o entendimento e interpretação das leis sobre determinada matéria dada pelos nossos magistrados. Este fenômeno se caracteriza pela "união" de várias decisões de um mesmo Tribunal, com idêntica interpretação sobre o mesmo tema. Sendo conceituadas como súmulas ou súmulas vinculantes, sendo relativa ao tribunal de onde a mesma deriva.
Conceito de Súmula
De acordo com Wellington Cabral Saraiva 1, súmulas são o resultado do que se chama de “uniformização de jurisprudência”, ou seja, da convergência de decisões de um tribunal sobre determinado tema, em outras palavras, é o resumo de vários julgamentos de um tribunal sobre determinada matéria, quando as decisões são no mesmo sentido.
A palavra Súmula, deriva do latim “summula”, que significa “breve epítome doutrinal; brevíssimo resumo feito com clareza e precisão”. Os Tribunais têm competência, como é cediço, para editar súmulas sobre temas de relevante controvérsia, a fim de otimizar seus trabalhos. 
Afonso Lor (2009), delinea o conceito de súmula como “entendimentos solidamente assentes pelos Tribunais acerca de uma mesma questão, dos quais se retira um enunciado (...), servindo de referencial em julgamentos posteriores sobre a mesma controvérsia.”
O órgão máximo do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal, pode expedir tanto súmulas comuns como as de caráter vinculante, diferentemente daquelas editadas pelos demais Tribunais (STJ, TST, TRT, TJMG), porquanto estes não podem atribuir a mesma característica às suas, sendo, pois, apenas súmulas. 
Por exemplo, durante algum tempo, diversos processos nos tribunais discutiam se deveria haver pagamento de contribuição previdenciária sobre o valor do décimo-terceiro salário. Diversos desses processos chegaram ao Supremo Tribunal Federal (STF), que decidiu, repetidas vezes, ser devida a contribuição previdenciária naqueles casos. Constatada a repetição dos julgamentos sobre a mesma matéria e no mesmo sentido, o STF decidiu aprovar uma súmula, resumindo esse entendimento. Daí nasceu a súmula 688 de sua jurisprudência, a qual diz: “É legítima a incidência da contribuição previdenciária sobre o 13.º salário. ”
Tradicionalmente, no Código de Processo Civil de 1973, em seu artigo 479, parágrafo único, emprega a expressão “súmula de jurisprudência predominante”, no entanto, não há correspondência pra esse artigo no Novo Código de Processo Civil de 2015.
___________________________________________________________________
Wellington Saraiva é mestre em Direito pela Universidade de Brasília, e membro do MPF desde 1995, atua também como Coordenador da Assessoria Constitucional do Procurador-Geral da República.
Acórdão, Jurisprudência e Súmula
A ideia de súmula está ligada a outros conceitos importantes, sendo eles “acórdão” e “jurisprudência”. O educador Manoel Erhardt 2, conceitua esses termos da seguinte forma:
“As decisões dos juízes de primeira instância são chamadas de sentenças. Da mesma forma, ocorre com os tribunais, com os chamados acórdãos”. Ou seja, os acórdãos são as decisões tomadas por tribunais (superiores como regionais) sobre um processo específico. Elas não precisam ser seguidas pelos tribunais e primeira instância.
“Jurisprudência, por outro lado, é a posição de uma corte sobre uma matéria repetidamente em julgamentos. É quando o tribunal adota um posicionamento a respeito de uma matéria jurídica”, relata o jurista que completa: “a jurisprudência é a forma como um tribunal interpreta a legislação. Para isso, é preciso haver repetidas decisões a respeito de um mesmo assunto. Isso não implica, entretanto, na redação oficial dela [ou seja, não são sintetizadas]. Quando isso ocorre, há as súmulas.” As jurisprudências também não são obrigatórias aos juízes de primeira instância.
Na linguagem do Direito, o termo “jurisprudência” possui dois significados principais:
O conjunto de decisões de um tribunal ou de um conjunto de tribunais a respeito de certa matéria (esse é o significado mais comum no Direito brasileiro);
Neste caso, a palavra “jurisprudência” necessariamente representa um conjunto de decisões com conclusões semelhantes sobre determinado assunto. Do ponto de vista gramatical, portanto, “jurisprudência” é um substantivo coletivo, pois representa um conjunto de decisões judiciais convergentes. Não é correto, como alguns fazem, usar a palavra “jurisprudência” para designar um só julgamento de um tribunal. Não é adequado, por exemplo, alguém dizer que tomou conhecimento de “uma jurisprudência publicada no diário oficial” ou que “leu uma jurisprudência”. O correto, aí, seria falar em uma decisão ou em um acórdão.
___________________________________________________________________
Manoel Erhardt é desembargador do Tribunal Regional Federal em Pernambuco (TRF 5ª) e é o professor das matérias Direito Constitucional e Direito Administrativo do Espaço Jurídico.
A própria Ciência do Direito (esse significado é pouco comum no Brasil, mas frequente nos Estados Unidos e na Europa; alguém que tenha o curso de doutorado em Direito, por exemplo, pode ser lá identificado como “doutor em jurisprudência”).
“Uma súmula é um resumo da jurisprudência sobre certo assunto. Os tribunais podem decidir por elaborarem-na com a finalidade de orientar” afirma o desembargador. “Quando o tribunal acha que aquele assunto é importante ele faz uma súmula. Ele resume aquilo ali e numera”, completa. As súmulas são publicadas pelos tribunais, mas também não são obrigatórias aos juízes de primeira instância.
Segundo Erhardt, há um procedimento processual para que a súmula seja feita. Ela deve ter uma base “firme”. “Não deve ser algo aleatório. Súmula é feita quando está bem consolidada, para não ficar mudando a todo o momento”, complementa. Entre elas há a súmula vinculante, que só pode ser expedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem poder de lei, pois obriga os juízes a decidirem a partir daquela deliberação. Sobre esta última, trataremos no tópico a seguir.
Emenda 45, de 30 de Dezembro de 2004
A partir da Emenda Constitucional número 45, (conhecida como “Reforma do Judiciário) que introduziu na Constituição o artigo 103-A, onde passou a ser permitido ao STF decidir fazer súmula vinculante. Para ser aprovada, ela tem que ser aprovada por dois terços dos ministros do Supremo Tribunal, ou seja, por pelo menos, oito deles e deve versar sobre uma questão relevante e a respeito de algo constitucional. Essa emenda é uma das mais cobradas em certames.
As Súmulas Vinculantes são obrigatórias aosjuízes, pois possuem força de lei, e devem versar sobre fatos de relevância importância e sobre matéria constitucional.
Jéssica Ramos 3, que educadora no Infoescola, salientou que a tradição e os costumes brasileiros (em sua maioria de herança romano- germânicos) adotados no nosso ordenamento jurídico, percebemos que as súmulas são dotadas de força meramente indicativa, ou seja, não possuem força coercitiva, todavia, com a reforma
___________________________________________________________________
Jéssica Ramos Farinelli, Artigo “Súmula”, no InfoEscola.com
 do Poder Judiciário ( EC nº 45 de 2004) e passar a ser facultado ao STF a edição, revisão e cancelamento dos enunciados dando a este, obrigatoriedade de observância por parte dos demais poderes federativos.
Hans Kelsen, um dos mais famosos juristas conhecidos, esclarece que quando um tribunal recebe competência para produzir também normas gerais através de decisões com força de precedentes, evidencia-se sua função criadora do direito e que esta, existe em todas as circunstâncias.
Esta extensão dos poderes do Poder Judiciário levará a uma descentralização da função legislativa, pois tal extensão gera uma concorrência da função do Poder Legislativo.
Características Gerais das Súmulas e Súmulas Vinculantes
	Súmula Simples
	Súmula Vinculante
	Competência dos Tribunais (TRF, TRT, TST, STJ, entre outros);
	Competência somente do STF por iniciativa de 2/3 de seus membros;
	A iniciativa é do próprio órgão que a elabora e a aprova;
	Iniciativa do STF ou provocação de um dos órgãos mencionados no §2.º do art. 103-A;
	Sobre as matérias que os respectivos tribunais tratarem;
	Somente sobre matéria constitucional;
	Possui qualidade, não força de lei, não constitui obrigatoriedade;
	Possui força de lei ordinária; caráter obrigatório;
	Não possuem autonomia e abstração, ausência de nat. legisl.;
	Possui autonomia e abstração pelo seu caráter de natureza legislativa;
	Efeito interna corporis, inter partes;
	Efeito vinculante = efeito erga omnes;
	Servem como veículo de uniformização jurisprudencial e orientação para decisões de tribunais inferiores.
	Funcionam conforme §3.º do art. 103-A da CRFB/88 e no caso de descumprimento, caberá reclamação ao STF.
	*Não cabe apelação de sentença quando esta estiver de acordo com súmula do STJ
	Não cabe apelação da sentença quando esta estiver de acordo com súmula vinculante
Funções Básicas das Súmulas
Podemos sintetizar as funções básicas das súmulas da seguinte forma:
Facilitam o julgamento, no tribunal que as aprova, de processos sobre a mesma matéria, pois o juiz responsável pelo processo (chamado de relator) pode simplesmente citar a existência da súmula em sua decisão, em vez de perder tempo com longas fundamentações sobre o assunto; além disso, quando um processo envolve matéria que já é objeto de súmula, geralmente o processamento do caso se torna mais rápido, pois o juiz relator pode decidir o caso sozinho e evitar tramitação demorada do litígio;
Sinalizam para os demais tribunais e juízes que aquele tribunal já definiu seu entendimento sobre o tema; com isso, esses tribunais e juízes podem adotar a mesma solução para os demais processos, apenas citando a súmula como fundamento;
Divulgam para toda a comunidade jurídica e para os cidadãos em geral o entendimento do tribunal sobre aquele tema, o que ajuda a orientar a prática de atos jurídicos, o julgamento de processos administrativos etc., além de desestimular que pessoas, empresas e órgãos públicos iniciem processos judiciais baseados em teses rechaçadas nas súmulas.
Sobre o Uso das Súmulas
Alguns tribunais usam termos semelhantes em lugar ou ao lado do termo “súmula”. O Tribunal Superior do Trabalho, por exemplo, além de súmulas, utiliza o que chama de “Orientação Jurisprudencial” (OJ) e de “Precedente Normativo” (PN), tudo conforme requisitos previstos em seu Regimento Interno. Outros tribunais adotam ainda o termo “enunciado”. No fundo, são termos equivalentes, embora com alguns requisitos específicos nos tribunais que adotam essas modalidades.
Cada tribunal regulamenta, em seu regimento interno, a forma pela qual analisa as propostas de súmula, pela qual as aprova (ou não) e como a súmula pode ser usada para julgamento mais rápido de processos sobre o mesmo tema. As leis processuais também se referem às súmulas em alguns casos
As súmulas, enunciados e OJs não são, em geral, de acatamento obrigatório por parte dos juízes e tribunais inferiores àqueles que as houverem aprovado.
No Brasil, os juízes têm a garantia do livre convencimento, segundo a qual, ao decidir, são obrigados a seguir o direito, as provas e sua consciência. Eles têm liberdade para formar sua conclusão sobre cada caso e não precisam adotar o mesmo entendimento que outros tribunais tiveram sobre o mesmo tema, em outros processos. Como as súmulas não são normas jurídicas, mas apenas o resumo da jurisprudência dos tribunais, elas não são obrigatórias, com exceção das Súmulas Vinculantes.
Na prática, porém, a grande maioria dos juízes e tribunais costuma seguir o entendimento resumido nas súmulas, pois isso facilita seu trabalho ao julgar e diminui muito a possibilidade de que suas decisões sejam modificadas pelas instâncias superiores.
Bibliografia 
LOR, Encarnacion Afonso. Súmula Vinculante e repercussão Geral: novos institutos de direito processual constitucional – São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2009

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