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Capítulo 6 – O Mercado de Trabalho 6.1 UM GIRO PELO MERCADO DE TRABALHO População em idade ativa: pessoas potencialmente disponíveis para empregos civis (excluindo menores de 16 anos, presos e militares) Força de trabalho ou população economicamente ativa: a soma dos que estão trabalhando e dos que estão procurando trabalho Taxa de atividade: razão entre a população economicamente ativa e a população em idade ativa Taxa de desemprego: razão entre o número de desempregados e a população economicamente ativa Grandes fluxos de trabalhadores Esclerose do mercado: quando a taxa de desemprego está alta e isso se deve ao fato do mercado ter poucas transações de admissão e demissão Taxa de não emprego: razão entre a população total menos o emprego sobre a população total A taxa de desemprego não é a melhor maneira de medir o desemprego dos países porque muitos dos considerados população não economicamente ativa aceitam um emprego se tiverem a oportunidade e vice versa 6.2 MOVIMENTOS DO DESEMPREGO Os movimentos anuais da taxa de desemprego estão fortemente associados a recessões e expansões da economia Como as flutuações da taxa de desemprego afetam os funcionários individualmente? A resposta para essa pergunta defini: o efeito da taxa de desemprego sobre o bem estar dos trabalhadores e também sobre os salários Diminuição da demanda: as empresas reduzem a admissão de novos funcionários ou suspendem o contrato de funcionários que estão empregados Na primeira opção: para o trabalhador desempregado conseguir um emprego será cada vez mais difícil Na segunda opção: os trabalhadores empregados tem um risco maior de perderem seus empregos Quanto maior o desemprego, maior os desligamentos (demissões voluntárias e não voluntárias) 6.3 DETERMINAÇAO DE SALARIOS Os salários podem ser fixados de diferentes maneiras: Negociação coletiva: negociação entre empresas e sindicatos Empregadores Negociação entre empregador e empregados individualmente (quanto maior a qualificação, maior a chance de haver negociação) Constatações presentes em todas as economias: Os funcionários normalmente recebem um salario maior do que o seu salario reserva (quando ficam indiferentes entre trabalhar e não trabalhar) Os salários normalmente dependem das condições do mercado de trabalho (quanto menor a taxa de desemprego, maiores os salários) Negociação O poder de negociação de um funcionário depende de dois fatores: Quanto custa para a empresa substitui-lo se ele deixar a empresa Dificuldade que ele terá para encontrar um novo emprego se deixar a empresa O tamanho do poder do funcionário varia principalmente de acordo com a natureza do seu trabalho – qualificação. O tamanho do poder do funcionário depende também das condições do mercado de trabalho, ou seja, as variações da taxa de desemprego Salários-eficiência Independe do poder de negociação do trabalhador. As empresas muitas vezes querem pagar mais que o salario reserva para incentivarem os funcionários a serem mais produtivos. Se torna financeiramente atraente para o funcionário permanecer na empresa por um período mais longo Salários, preços e desemprego W = Pe F(u, z) (-, +) W = salario nominal agregado Pe = nível esperado de preços u = taxa de desemprego z = todas as outras variáveis que podem afetar o resultado dos salários Nível esperado de preços (Pe) Os funcionários não se preocupam com o seu salario nominal e sim com a quantidade de bens que conseguem comprar com esse determinado salario (se preocupam com a relação W/P) As empresas não se preocupam com o salario nominal que pagam e sim com a quantidade de bens que vendem (relação W/P) Um aumento do nível esperado de preços leva a um aumento do salário nominal na mesma proporção Os salários sao fixados com base nos preços esperados e não nos preços efetivos porque quando são definidos pelos sindicatos, estes definem o salario de 3 anos para frente e quando definidos por negociação entre funcionário e empregador, os salários são definidos por um ano. Qualquer mudança de preços nestes períodos deve ser prevista em ambos os casos de negociação para fixação dos salários. Taxa de desemprego (u) O sinal negativo mostra que o aumento da taxa de desemprego diminui os salários (ela tem relação negativa com a equação. Outros fatores (z) Representa todos os fatores que alteram os salários dado o Pe e u O sinal positivo implica que um aumento de z gera também um aumento no nível dos salários 6.4 DETERMINAÇAO DE PREÇOS Os preços fixados pelas empresas dependem dos custos. Os custos dependem da função da produção (relação do insumo usado para a produção e a quantidade de produto obtido) e também dos preços dos insumos. P = (1 +)W = margem (mark-up) 6.5 TAXA NATURAL DE DESEMPREGO Usando a hipótese de que os salários nominais dependem no nível de preços efetivo (P) e não esperado (Pe). Para o restante do capítulo P = Pe. Relação de fixação de salários Dada a hipótese acima, a nova equação dos salários passa a ser: W/P = F (u, z) (-,+) W = P F (u, z) ou Relação de fixação de salários: Quanto maior a taxa de desemprego, menor o salario real escolhido pelos fixadores de salários Relação de fixação de preços Se dividirmos ambos os lados da equação de determinação de preços pelo salario nominal, temos: P/W = 1 + Um aumento na margem leva as empresas a aumentarem os seus preços e com isso uma diminuição do salario real (as empresas estão aumentando seus preços para aumentar suas margens e com isso o seu salario nominal continua o mesmo, fazendo assim com que o seu salario real caia) O salario resultante da fixação de preços não depende da taxa de desemprego Salários reais e desemprego no equilíbrio Equilíbrio: quando o salario real escolhido na fixação seja igual ao salario real resultante da fixação. F(un, z) = 1/ (1 +) un = taxa natural de desemprego (taxa de desemprego de equilíbrio) aumento de z (seguro-desemprego)= faz salários serem e mais altos e desloca a fixação de salários para cima - o desemprego de equilíbrio aumenta aumento de z (cumprimento menos rigoroso da lei antitruste) = mais cartéis, aumento da margem e dos preços, diminuição dos salários reais e desloca a fixação de salários para baixo Do desemprego ao emprego Nível natural de emprego: o nível de emprego que prevalece quando o desemprego é igual a sua taxa natural Nn = Ln (1 – n) N = emprego L = força de trabalho Do emprego ao produto Nível natural do produto: nível natural de produção quando o emprego é igual ao nível natural de empregoYn = Nn = L (1 – n) RESUMO os salários dependem negativamente da taxa de desemprego e positivamente do nível esperado de preços os preços fixados pelas empresas dependem do salario e da margem de preços o equilíbrio do mercado determina a taxa de desemprego Capítulo 8 – A taxa natural de desemprego e a curva de Phillips 8.1 INFLAÇAO, INFLAÇAO ESPERADA E DESEMPREGO Relação de oferta agregada:P = Pe (1+ ) (1- u + z) P = nível de preço Pe = nível esperado de preço = margem da empresa u = a força do efeito desemprego z = variável abrangente Cálculo da Inflação (dentro da função da demanda agregada): = e () - u e = taxa de inflação esperada Constatações das duas funções acima: O Aumento da e leva a um aumento da = um aumento de Pe leva a um aumento de P (se querem salários mais altos, fixam os preços mais altos e com isso a inflação esperada para o próximo período é maior) Aumento de ou z aumento de (isso acontece quando o dada a , acontece um aumento de ou de z, levando a um aumento da inflação) Aumento de u diminuição de (o aumento da taxa de desemprego leva a uma inflação mais baixa porque os preços estarão mais baixos, os salários estarão mais baixos) Para denotar tempo, escreveremos a função da inflaçãoda seguinte forma:t = et ( + z) - ut Onde t é o ano respectivo a análise. e z são constantes e por isso não levam o t. 8.2 CURVA DE PHILLIPS Denota a relação entre desemprego e inflação. Possui duas versões: Primeira versão (1960) Como a taxa zero de inflação afeta a escolha de salário pelos fixadores? Se a e for igual a zero, a equação ficaria:t = ( + z) - ut Espiral de preço e salários: Esta é a relação negativa entre taxa de desemprego e inflação que Phillips encontrou. Dado o Pe (que os trabalhadores tomam como o P do ano anterior, já que não há inflação) o desemprego mais baixo leva a um salário mais elevado. Ou seja: ↓ u -- ↑ W ↑ W -- ↑P ↑ P -- ↑↑W (maior salário a próxima vez que forem fixados) ↑↑W -- ↑↑ P ↑↑ P -- ↑↑↑ W ..e assim por diante.. Transformações da versão (curva de Phillips modificada) Em 1970 a relação entre taxa de desemprego alta e inflação baixa e vice-versa falhou nos EUA. Principais motivos: 1970 - Aumento do preço do petróleo (empresas aumentando sua margem ) aumento de gera aumento de , mesmo a uma dada taxa de desemprego (u) A persistência da inflação a partir de 1960, acabando com o sobe e desce padrão dos anos anteriores fixadores de salários e empresas mudaram a maneira de formar suas expectativaset = t-1 = efeito da taxa de inflação do ano anterior (t-1) sobre a taxa de inflação do ano atual (et) Antes, enquanto a inflação permanecia baixa era razoável que os trabalhadores e impressas ignorassem a inflação do ano anterior e achassem que o Pe seria igual ao P muito próximo de 0. Depois, quando a inflação de tornou mais persistente, o modo de formar as expectativas mudou. Se a inflação estava alta no ano anterior, provavelmente seria alta no próximo ano. estava aumentando. Análise do (substituindo a nova função na função original): = zerot = ( + z) - ut curva de Phillips original t = t-1 + ( + z) - ut positivo a taxa de inflação não depende somente do desemprego, mas também da taxa de inflação do ano anterior t - t-1 = ( + z) - ut = 1 Taxa de desemprego não afeta a taxa de inflação, mas sim a variação da inflação de um ano para o outro. Maior desemprego = menor inflação Menor desemprego = maior inflação Ou seja, A medida que aumentou de 0 para 1 a relação simples de Phillips desapareceu, mas surgiu uma nova relação entre: taxa de desemprego e variação da taxa de inflação (que é uma relação negativa também). A reta da relação é chamada de reta de regressãoCurva de Phillips original: ↑ ut -- t mais baixa Curva de Phillips modificada: ↑ ut -- t decrescente De volta a taxa natural de desemprego
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