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ENZIMAS Profª. M.Sc. Sybelle Pedrosa O que são as enzimas? Proteínas notáveis, altamente especializadas Alto grau de especificidade com substratos Poder catalítico extraordinário ACELERAM REAÇÕES QUÍMICAS Em condições suaves de temperatura e pH São o centro e o objeto de estudo principal da bioquímica Atuando de forma organizada catalisam centenas de reações que degradam as moléculas dos nutrientes e conservam suas energias DOENÇAS OCORREM QUANDO ELAS NÃO FUNCIONAM BEM Toda enzima é proteína? NÃO! Há alguns RNAs que funcionam como enzimas também RIBOZIMAS Mudança da conformação da enzima induzida pela ligação com o substrato. O exemplo mostra a HEXOQUINASE (enzima) antes (A) e depois (B) de se ligar ao SUBSTRATO, a glicose. A molécula da enzima consta de dois domínios, que se aproximam, encaixando o substrato. A B MODELO ENCAIXE INDUZIDO Especificidade enzimática Deriva da formação de múltiplas INTERAÇÕES FRACAS entre a enzima e a molécula do substrato específico Complexo enzima-substrato Substrato (Ligante) Especificidade enzimática Depende de interações precisas com o substrato As interações com o substrato envolvem: -Forças de van der Waals -Forças eletrostáticas -Ligações de hidrogênio -Interações hidrofóbicas ENZIMA SUBSTRATO Nomenclatura das enzimas Normalmente se adiciona o sufixo ASE ao nome do substrato ou à atividade realizada Urease – hidrolisa a uréia DNA-polimerase – polimeriza DNA Pepsina – pepsis vem do grego (digestão) Não tem qualquer relação com o substrato CLASSIFICAÇÃO 1. OXIDOREDUTASES (reações de oxidação-redução ou transferência de elétrons – Desidrogenases e Oxidases) 2.TRANSFERASES (transferem grupos funcionais como amina, fosfato, acil, carboxil – Quinases e Transaminases) 3.HIDROLASES (reações de hidrólise de ligação covalente - Peptidases) 4.LIASES (catalisam a quebra de ligações covalentes e a remoção de moléculas de água, amônia e gás carbônico – Dehidratases e Descarboxilases) 5.ISOMERASES (reações de interconversão entre isômeros ópticos ou geométricos - Epimerases) 6.LIGASES (catalisam reações de formação de novas moléculas a partir da ligação entre duas pré-existentes, sempre às custas de energia - Sintetases) Reação enzimática Estado de transição Enzimas facilitam a ocorrência do estado de transição, diminuindo a ENERGIA DE ATIVAÇÃO, e consequentemente, a aumentando a velocidade da reação Para ocorrer uma reação química é preciso fornecer uma certa quantidade de energia, geralmente na forma de calor, que favoreça o encontro e a colisão da Enzima e o Substrato Reação enzimática Reação se dá em fases: Enzima aumenta a velocidade das reações Os catalisadores aumentam a velocidade das reações por que diminuem a energia de ativação * * Estado de transição Grupos catalíticos Catálise geral ÁCIDO-BASE Transferência de prótons Catálise COVALENTE Formação de lig. covalente transitória entre Enzima e Substrato Ativação do substrato Catálise por ÍONS METÁLICOS Estabilizam estados de transição 1/3 das enzimas conhecidas usam íons metálicos nas reações catalíticas Enzimas muitas vezes usam as três estratégias de catálise em conjunto Ex.: quimiotripsina CINÉTICA ENZIMÁTICA A cinética enzimática é a parte da Enzimologia que estuda a velocidade das reações enzimáticas bem como os fatores que a influenciam A concentração do substrato [S] influi na velocidade das reações catalisadas por enzimas Velocidade máxima (Vmáx) está relacionado a concentrações excessivas de substrato Constante de Michaelis kM = [S] correspondente a ½ Vmax; Todas as enzimas apresentam o EFEITO DA SATURAÇÃO, porém variando consideravelmente no que diz respeito à concentração requerida para produzi-lo. V0 = ][ ]max[ SKm SV EQUAÇÃO DE MICHAELIS- MENTEN: Equação que nos permite demonstrar como a velocidade de uma reação varia em função da concentração do substrato. CINÉTICA ENZIMÁTICA Vo = velocidade inicial da reação Na década de 1950: Michaelis e Menten formularam as bases da cinética enzimática, para explicar como a concentração do substrato [S] afeta a velocidade da reação (V), conforme se observa no gráfico abaixo. A velocidade da reação apresenta três regiões de comportamento diferente, à medida que se aumenta a concentração do substrato: -parte a: V aumenta proporcionalmente com aumentos de S. -parte b: V aumenta não proporcional- mente com aumentos de S. -parte c: V não aumenta mais, tendendo a um valor máximo (Vmáx), sendo independente da [S] CINÉTICA ENZIMÁTICA CINÉTICA ENZIMÁTICA Km é numericamente igual a concentração do substrato na quando a velocidade da reação é ½ Vmáx. O Km não varia com a concentração da enzima. Km baixo = alta afinidade da enzima pelo substrato, pois uma baixa concentração de substrato é necessária para atingir ½ Vmáx. Km alto = baixa afinidade da enzima pelo substrato, pois é necessária uma alta concentração de subtrato para atingir ½ Vmáx. Concentração do substrato Fatores que influenciam a atividade enzimática - Temperatura - pH - Concentração do substrato - Inibidores EFEITO DA TEMPERATURA EFEITO DO pH Efeito do pH pH ótimo=1,5 pH ótimo=6,8 pH ótimo=9,9 CONCENTRAÇÃO DO SUBSTRATO Aumento da velocidade da reação com o aumento [S] constante MECANISMO DA AÇÃO ENZIMÁTICA a. Inibição Enzimática - Inibição Reversível Competitiva - Inibidor Reversível não Competitivo b. Inibição Irreversível c. Co-fatores Inibição Enzimática - Inibição Reversível Inibição Reversível Competitiva Uma molécula apresenta estrutura semelhante ao substrato da enzima que se liga para realizar a catálise, ela poderá aceitar esta molécula no seu local de ligação, mas não pode levar ao processo catalítico, pois ocupando o sítio ativo do substrato correto. Portanto o inibidor compete pelo mesmo local do substrato. O efeito da reação modifica o Km, mas não altera a velocidade. Inibição Reversível Competitiva Antibióticos Sulfanilamida: Sulfametoxazol, Sulfadiazina Inibidor Reversível não Competitivo Ocorre quando um molécula ou íon pode se ligar em um segundo local na superfície enzimática (não no sítio ativo). Isto pode distorcer a enzima tornando o processo catalítico ineficiente. O inibidor não competitivo pode ser uma molécula que não se assemelha com o substrato, mas apresenta uma grande afinidade com a enzima. É o mecanismo inverso do inibidor competitivo, porque inibe a ligação do complexo ES e não da enzima livre. O efeito da reação modifica a velocidade e o Km permanece constante. Inibição Irreversível Algumas substâncias se ligam covalentemente às enzimas deixando-as inativas. Na maioria dos casos a substância reage com o grupo funcional no sítio ativo bloqueando o local do substrato, deixando a enzima catalíticamente inativa. Inibidores irreversíveis podem ser extremamente seletivos pois são semelhantes ao substrato. São muito utilizados como resíduos, os quais apresentam grupos de átomos que se configuram semelhantemente ao estado de transição que se ligam ao substrato. Co-fatores Para alguns tipos de processos biológicos, apenas a cadeia protéica não é suficiente, por isso a proteína requer uma molécula denominada cofator a qual pode seruma pequena molécula orgânica, denominada COENZIMA (vitaminas do complexo B) ou um íon metálico (ferro, magnésio, molibdênio). Os cofatores são geralmente estáveis em temperatura alta. A catálise ativa enzima-cofator é denominada HOLOENZIMA, quando o cofator é removido, se mantém a proteína, a qual é catabolicamente inativa e é denominada APOENZIMA. Enzimas no Diagnóstico Clínico Alanina-aminotransferase (ALT): é abundante no fígado, o apararecimento no plasma, indica lesão hepática. Creatina-cinase (CK) e Lactato desidrogenase (LDH): infarto do miocárdio
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