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Direito Constitucional Aula 8 Na aula passada, vimos que a constituição americana, mexicana, francesa, da república de Waimer e da União Soviética eram constituições emblemáticas. O professor distribuiu um panfleto sobre as teorias de formação do Estado. Essa é uma síntese do básico que devemos saber. Quem tiver curiosidade, aprofunde os pontos. EM determinados momentos o professor vai dar apostilas em que falará que deverá ser aprofundado um ou outro conceito, porém, quem quiser aprofundar na questão pode fazê-la. A primeira teoria de formação do Estado é a teoria da origem familiar do Estado. A família é uma das instituições básicas da sociedade humana, é a mais antiga e alguns alegam que o Estado surgiu da família. A família deu origem a sociedade, logo a sociedade necessitou de um Estado e a família quem provocou a formação do mesmo. Os antropólogos alegam que a origem da famí lia é o momento em que o homem define seu parceiro sexual e conclui que a prole é consequência do ato sexual. Antes disso, vimos que anteriormente não havia parceiro sexual fixo e dificultava a definição de família. Essa então é a teo ria da origem familiar do Estado, pautada em patriarcado (focada no pai de família). O professor não defende essa teoria mas concorda que a origem do poder familiar era na figura do pai. Hoje já se pauta o matriarcado mais forte que o patriarcado. Quem definiu que a familia era patriarcal e o Estado se originou nessa família foi Robert ?. Outra tese era que a familia era baseada no matriarcado e o professor diria que em uma sociedade periférica do capitalismo isso se aplica mais fortemente. O Estado surgiu, então, para proteger a familia e como a familia é a instituição mais antiga da sociedade humana, ela é a ori gem do Estado. A teoria da origem patrimonial do Estado diz que a posse da terra gerou um poder público e deu a origem do Estado. No início não havia propriedade, mas sim a posse, e a propriedade gerou o poder público que fundamentou o Estado, com o fator econômico determinante para os movimentos sociais. O Estado surge para proteger a propriedade, pois antes dele, a propriedade tinha que ser garantida pela força e, com o Estado temos um aparato estatal que protege a sociedade. O professor vê que o direito à propriedade na constituição é automática, sua eficácia é imediata, em detrimento de outros direitos sociais que não são imediatos. Como o exemplo da participação dos lucros da empresa pelo empregado, que é regulamentado posteriormente. Essa corrente defende a tese que a origem do Estado foi a questão patrimonial, pois o Estado foi criado para defender o inte resse patrimonial da sociedade, para que o aparelho estatal, as estruturas do Estado, seja utilizado para proteger os interes ses de uma minoria. É uma contradição que os órgãos repressores de garantias do Estado não são empregos para os filhos da bur guesia, mas sim, está na mão do proletariado, que defende os interesses das classes dominantes. Quem primeiro criou o conceito de Estado foi Maquiavel, no final do séc. XVI e essas teorias de formulação de Estado surgem depois para explicar como surgiu a ordem jurídica estatal. A teoria da origem violenta do Estado diz que a formação política vem do grupo dominador, que domina um grupo subsequente, o estado foi implantado pela violência para defender os interesses de uma minoria. O professor alerta para o fato que o direito é feito por quem está no poder. A teoria da origem natural do Estado diz que o Estado é um fenômeno natural pois o homem é um animal político e a sociedade deveria se organizar politicamente por conta disso. A teoria da origem contratual do Estado era a teoria mais aceita na década de 60, onde o Estado teria surgido por uma visão racional, onde a busca humana do auto interesse seria responsável pela relação de contratos sociais entre os membros da soci edade humana, estabelecendo direitos e deveres individuais. Dentre os principais correntistas dessa teoria, temos Hobbes, estabelecendo o contrato social para a legitimação racional do Estado que fosse o melhor garantidor dos direitos indivuduais, uma visão muito empírica segundo o professor. Rousseau também está nessa escola, pois se o homem é bom, quando se agrega os valores desaparecem, logo, é necessário um contrato para prote ger o indivíduo e os valores éticos da sociedade humana. Dito isto, continuemos. Estavamos no constitucionalismo, mostrando as constituições emblemáticas da sociedade humana, como o presidencialismo e federalismo que vieram da constituição americana, a constituição mexicana, que é a primeira a ter uma vi são social da sociedade, a francesa que pregava a igualdade de todos, a de Weimer que antecede o período Hitlerista, que é a primeira constituição social-democrata do mundo, que é uma corrente filosófica berço do marxismo. Havia uma teórica na Ale manha chamada Rosa de Luxemburgo que fundamentou a social-democracia e defendia os valores da constituição de Weimer. Temos também a constituição soviética de 1917 que dá conceitos de propriedade coletiva e estabelece que o trabalho é um direito e um dever do cidadão. O fortalecimento do poder judiciário representa uma corrente de discordância com o professor chamada de judicialização, que como o poder legislativo não cumpre seu papel, a decisão do STF passa a ter valor de lei. Voltando ao debate de Rosa de Luxemburgo e Lenin, onde a primeira foi uma das formuladoras da social-democracia, que defendia a tese que o avanço da democracia se levaria uma sociedade igualitária. Já Lênin respondia que não é verdade essa afirmação pois na sociedade temos uma democracia burguesa, que se limita aos interesses da classe, que não há alternância efetiva no poder e para combater isso deveria se fazer a revolução, estabelecendo em primeiro momento a ditadura do proletariado para que se alcançasse a igualdade. A sociedade evolui no século XIX com a fixação do poder constitucional, não se admitindo um Estado sem direitos e deveres da cidadania. Mas a sociedade é contraditória, pois o Japão, que até o séc. XX não tinha constituição, que foi outorgadas pelas tropas invasoras americanas, era desenvolvido mesmo sem constituição. Porém, é a exceção. No início do séc. XX vivemos na europa um processo de revolução autoritário com a revolução socialista e a reação não favorá vel a isso pelos demais países europeus. Além disso, o conceito de socialismo era tão forte que o movimento de direita, o Nazismo, utilizava-se da palavra para constituir o "nacional socialismo" que visava constituir uma comunidade única. Em 1933 foi instituido o nacional socialismo na Alemanha. Segundo o professor um dos aspectos mais perigosos do Nazismo era a xenofobia, uma exacerbação violenta do conceito de nacio nalismo, estabelecendo uma intolerância ideológica e racial. O Nazismo teve um problema interpretativo, pois foi legitimado pelo povo alemão, logo, segundo o professor, "falta alguém em nuremberg" pois o povo alemão foi responsável por respaldar o nazismo. No resto da Europa, tinhamos na Espanha também uma ditadura da direita, que chegou ao poder por meio da força armada. Em Por tugal também se tinha uma ditadura. No Leste europeu haviam estados autoritários e só havia democracia nesse momento na Ingla terra, em um jogo democrático do partido trabalhista e o conservador. Na Itália, estava instaurado o fascismo. A França tinha um jogo democrático, mas ainda sem estabilidade, com um movimento de direita muito forte. Na África e na Ásia também não havia democracia. Na América do Norte se consolidou a democracia nos EUA e no Canadá. O professor diz que os EUA tem duas características, a torta de maçã e a violência. Os EUA estabeleceram uma democracia, mas complicada segundo o professor, pois mantém sua democra cia por meios duvidosos, feita por meios violentos, excluindo os negros, dentre outras irregularidades. Mas havia uma estrutu ra de democracia. No Canadá se adotou o parlamentarismo. No México foi feita uma revolução socialista mas não conseguiram constituir uma democracia, dada a sua vizinhança com os EUA que complica o processo de instauração democrática históricamente.
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