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Direito Penal I Estácio Casos Concretos Corrigidos

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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
Aula 1: 
1.  O Direito Penal e as demais Ciências Sociais Aplicadas. 
1.1.O que é o Direito Penal e para que serve: senso comum. 
1.2. A visão interdisciplinar do Direito Penal. 
1.3. Conceitos de Direito Penal. 
  
2.      O Direito Penal. 
            2.1. Missões ou Funções no Estado Democrático de Direito. 
            2.2. Características. 
            2.3. Fontes. 
            2.4. As demais Ciências Penais: criminologia, política criminal, penalogia e vitimologia. 
  
3.      O Controle Social ­ Penal e o Estado Democrático de Direito. 
3.1.Conceito . 
3.2.Espécies :  formal e informal. 
3.3.Controle Social­Penal: legitimidade e relação com Direitos Humanos, Direitos                 
Fundamentais e  Garantismo Penal.  
  
Casos Concretos: 
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no                               
plano de aula e pelo seu professor. 
 Jonas, após um churrasco em que ingeriu cinco copos de cerveja, ainda que alertado por um                               
amigo sobre a nova lei de trânsito, que proíbe dirigir embriagado, decide ir embora dirigindo seu                               
carro, pois afirma que não se encontra embriagado e que, portanto, não há qualquer perigo em                               
dirigir. Tão logo sai da casa de seu amigo é surpreendido por uma “blitz” e submetido ao teste do                                     
bafômetro, do qual resulta a constatação da alcoolemia de Jonas em índice previsto pela Lei n.                               
9503/1997 (art. 306) para fins da caracterização do crime de embriaguez ao volante. Ante o                             
exposto, sendo certo que Jonas dirigia de forma normal, qual a fundamentação para a                           
intervenção penal sobre sua conduta e, conseqüente, responsabilização penal? Responda de                     
forma justificada com base nos estudos realizados sobre as missões do Direito Penal no Estado                             
Democrático de Direito. 
Resposta: A fundamentação para a intervenção penal sobre sua conduta, e                     
consequentemente, responsabilização penal é a Lei nº.9503/1997 (art. 306). As missões do                       
Direito Penal no Estado Democrático de Direito é buscar ser efetivo nos direitos e garantias                             
fundamentais, sendo como uma forma de controle social. 
Lei n. 9503/1997 – Código de Trânsito Brasileiro 
CAPÍTULO XIX ­ DOS CRIMES DE TRÂNSITO 
Seção II ­  Dos Crimes em Espécie 
?Art. 306. Conduzir veículo automotor, na via pública, estando com concentração de álcool 
por litro de sangue igual ou superior a 6 (seis) decigramas, ou sob a influência de qualquer 
outra substância psicoativa que determine dependência:  
Penas ­ detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição                           
de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.  
Parágrafo único. O Poder Executivo federal estipulará a equivalência entre                   
distintos testes de alcoolemia, para efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo 
  
2) Não obstante a falha do sistema penal, o mesmo continua a ser considerado um “mal                               
necessário” à sociedade moderna na medida em que visa, diante da complexidade das situações                           
fáticas delituosas que lhe são apresentadas, exercer um controle social formal e institucional que                           
atenda à toda a coletividade, desde que, no caso concreto, seja a única forma de controle social                                 
capaz de proteger determinado bem jurídico.Neste contexto, diante do Estado Democrático de                       
Direito, baseado na dignidade da pessoa humana, assinale a alternativa correta acerca das                         
missões e características do Direito Penal:  
a)     o Direito Penal possui como características ser essencialmente preventivo e repressivo,                       
buscando sempre que possível, a aplicação de penas privativas de liberdade como forma                         
de controle penal; 
b)     o Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e garantias fundamentais,                           
1 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
sendo, portanto, utilizado como primeira forma de controle social com vistas à máxima                         
repressão das condutas delitivas; 
c)   o Direito Penal possui como características ser essencialmente preventivo, retributivo e                       
ressocializador, buscando sempre que possível, a aplicação de penas privativas de                     
liberdade como forma de controle penal; 
Correta ⇒ d) o Direito Penal possui como missão a efetivação dos direitos e garantias                             
fundamentais, e possui como características ser essencialmente preventivo, retributivo                 
e ressocializador, buscando sempre que possível, a aplicação de medidas alternativas                     
às penas privativas de liberdade como forma de controle penal e portanto, devendo ser                           
utilizado como última forma de controle social. 
 
3)​ Assinale a alternativa ​incorreta: 
a) A prevenção da vingança privada (na medida em que o Direito penal tenha incidência evita que                                 
a vítima assuma por si só a tarefa de “castigar” o infrator) e o fato de servir como conjunto de                                       
garantias para todos os envolvidos no conflito (e no processo) penal são algumas das finalidades                             
do Direito penal. 
Incorreta⇒ b) A fragmentariedade do Direito penal possui apenas um significado, qual seja, o                             
de que somente os bens mais relevantes devem merecer a tutela penal. 
c) O princípio da intervenção mínima determina que a intervenção penal deve ser fragmentária e                             
subsidiária. Isso é o que caracteriza o chamado Direito penal mínimo. O princípio da intervenção                             
mínima possui dois aspectos relevantes: fragmentariedade e  subsidiariedade.  
d) O legislador penal, em atenção ao princípio da intervenção mínima, deverá evitar a 
criminalização de condutas que possam ser contidas satisfatoriamente por outros meios de 
controle, formais ou informais, menos onerosos ao indivíduo 
 
Aula 2: ​Tema 
Princípios Norteadores, Garantidores e Limitadores Do Direito Penal  
1.​ ​Princípios e Regras   
       1.1. Conceito e distinção de regras e princípios.  
  2. Funções num Estado Democrático de Direito: promoção e efetivação de um sistema penal 
constitucional pautado no respeito à dignidade da pessoa humana e consectários princípios.  
  3. Princípios constitucionais e infraconstitucionais: 
      3.1. ​Princípio da dignidade humana. ​O poder punitivo do Estado não pode aplicar 
quaisquer sanções que atinjam sua dignidade ou lesionem a constituição físico­psíquica. 
 ­ Leia art. 1°, da CRFB/1988 
        3.1.1  ​Princípio da humanidade da pena​.  
        ­  Leia o art. 5°, incisos XLVII, XLVIII, XLIX e L da CRFB/1988 
      3.1.​2Princípio da personalidade da pena​.  
   ­ Leia o art. 5°, inciso XLV, da CRFB/1988 
3.2. ​Princípio da Legalidade​ . ​O estabelecimento de pena só pode ocorrer por intermédio 
da Lei. Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sob prévia cominação legal. 
 ­ Leia o art. 1°, do Código Penal e o art. 5°, inciso XXXIX, da CRFB/1988 
3.2.1 ​Princípio da Irretroatividade da Lei Penal​ Leia o art. 5°, inciso XL, da CRFB/1988. 
3.2.1 ​Princípio da Anterioridade ​A lei Penal deve ser anterior ao fato. 
Leia o art. 5°, inciso XXXIX, da CRFB/19883.3. ​Princípio da Intervenção Mínima. ​A criminalização de uma conduta só se legitima 
acaso constitua meio necessário a proteção jurídica. 
3.3.1.​Princípio da Fragmentariedade. 
3.3.2.​Princípio da Lesividade​. ​Auto lesão não é crime, é suicídio. 
3.4. ​Princípio da Culpabilidade. ​Não há crime sem dolo ou culpa, tem que haver provas.  
3.5. ​Princípio da Proporcionalidade das Penas. 
Leia o art. 59,do Código Penal. 
3.5.1 ​Princípio da Individualização das Penas 
Leia o art. 5°, incisos XLVI, da CRFB/1988 
3.9. ​Princípio da Insignificância.​ ​A conduta além de se adequar a norma penal sob crime, 
deve ter sido lesivo ao bem ou interesse protegido. 
3.10. ​Princípio da Adequação Social. ​Para ser considerado um crime tem que ofensiva a 
sociedade; Há sociedade pode não querer essa proteção. 
2 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
Casos Concretos: 
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no 
plano de aula e pelo seu professor. 
No dia 05 de abril de 2008, por volta das 18h, na Av. República Argentina, n. 000, Bairro Centro, 
na cidade de Blumenau, Belízia, locatária do apartamento de Ana Maria, deixou o imóvel e levou 
consigo algumas tomadas de luz, dois lustres e duas grades de ferro, bens de que detinha a 
posse e detenção em razão de contrato de locação. Ana Maria dirigiu­se ao imóvel tão logo 
tomou ciência de que Belízia havia o abandonado sem efetuar o pagamento do último aluguel, 
bem como constatou a apropriação dos objetos acima descritos, que guarneciam parte do imóvel 
conforme descriminado no contrato de locação.  
Dos fatos narrados, Belízia, restou denunciada pelo delito de apropriação indébita, previsto no 
art.168, do Código Penal, tendo a sentença rejeitado a denúncia sob o fundamento de que sua 
conduta configurava mero ilícito civil, não havendo falar em responsabilização penal.  
  
Apropriação indébita  
   Art. 168. Apropriar­se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção:  
                 Pena ­ reclusão, de um a quatro anos, e multa. 
  
Ante o exposto, é correto afirmar que a decisão do magistrado teve por fundamento qual(is) 
princípio(s) norteador(es)de Direito Penal? Responda de forma fundamentada. 
Resposta: É correto afirmar que a decisão do magistrado teve fundamento no Principio da                           
Intervenção Mínima, da qual o Direito Penal só pode ser usado como forma de controle social                               
se realmente eficaz e necessário. No caso acima descrito poderia ser solucionado pelo Direito                           
Civil, e o Principio da Insignificância poderia ser usado dependendo do valor dos lustres. 
2) ​Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no                               
plano de aula e pelo seu professor. 
João da Silva foi denunciado pelo delito de moeda falsa, previsto no art. 289 do Código                               
Penal, por ter falsificado uma nota de R$ 50,00 e colocado­a em circulação. O feito foi                               
distribuído perante a Justiça Federal, tendo o réu sido citado para apresentação de                         
resposta. Na qualidade de advogado de João da Silva, apresente a tese defensiva a ser                             
sustentada de modo a afastar a tipicidade da conduta, com base nos estudos realizados                           
sobre os  princípios norteadores do Direito Penal no Estado Democrático de Direito.  
Moeda falsa  
Art. 289. Falsificar, fabricando­a ou alterando­a, moeda metálica ou papel­moeda de  curso                       
legal no país ou no estrangeiro:  
              § 1° Nas mesmas penas incorre quem, por conta própria ou alheia, importa ou exporta,                               
adquire, vende, troca, cede, empresta, guarda ou introduz na circulação moeda falsa.  
Pena ­ reclusão, de três a doze anos, e multa. 
Resposta: A tese é fundamentada no Princípio da Insignificância, ficando claro que a                       
falsificação ocorreu apenas no valor de R$ 50,00, embora não deva ser acatada pelo juíz neste                               
crime. 
3) O princípio da ​ultima ratio​: (Prova de ingresso à Carreira de Promotor de Justiça – Ministério                                 
Público Estadual – RO ­2006). 
a) estabelece que, a elaboração de normas incriminadoras é função exclusiva da lei. 
b) constitui­se em sistema descontínuo de seleção de ilícitos não sancionando todas as condutas                           
lesivas dos bens jurídicos, apenas as mais graves praticadas contra os bens mais relevantes. 
c) praticamente erradica a responsabilidade objetiva enunciando que não há crime sem                       
culpabilidade. 
d) implica na irretroatividade da lei penal. 
Correta ⇒ e) estipula que a criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio                               
3 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
necessário para a proteção de determinado bem jurídico. 
 
4) Acerca do significado dos princípios limitadores do poder punitivo ​estatal, assinale a opção                           
correta​: (Exame de Ordem 2009.1 OAB/ CESPE­UnB) 
a) Segundo o princípio da ofensividade, no direito penal somente se consideram típicas as                           
condutas que tenham certa relevância social, pois as consideradas socialmente adequadas não                       
podem constituir delitos e, por isso, não se revestem de tipicidade. 
Correta ⇒ b) O princípio da intervenção mínima, que estabelece a atuação do direito penal                             
como ultima ratio, orienta e limita o poder incriminador do Estado, preconizando que a                           
criminalização de uma conduta só se legitima se constituir meio necessário para a proteção de                             
determinado bem jurídico. 
c) Segundo o princípio da culpabilidade, o direito penal deve limitar­se a punir as ações mais                               
graves praticadas contra os bens jurídicos mais importantes, ocupando­se somente de uma parte                         
dos bens protegidos pela ordem jurídica. 
d) De acordo com o princípio da fragmentariedade, o poder punitivo estatal não pode aplicar 
sanções que atinjam a dignidade da pessoa humana ou que lesionem a constituição físico 
psíquica dos condenados por sentença transitada em julgado. 
 
 
Aula: 3 
Teoria da Norma Penal 
1. Teoria da Norma.  
     1.1. A Norma Jurídico– Penal. 
     1.2. Características da norma penal. 
2. Classificação: 
      2.1 Incriminadoras  
      2.2 Não Incriminadoras: permissivas e explicativas.  
3. Interpretação da Lei Penal:  
       3.1. Finalidade 
       3.2. Espécies: quanto ao sujeito que a elabora; quanto ao resultado; quanto aos meios                             
empregados.  
  4. Interpretação e Integração: 
       4.1. Interpretação Analógica  
       4.2. Analogia em Direito Penal. Natureza Jurídica e incidência. 
       4.3. Distinção entre Analogia, Interpretação Analógica e Interpretação extensiva em Direito                       
Penal. 
5. Norma Penal do Mandato em Branco – confronto com o Princípio da Legalidade.  
6. Conflito aparente de normas  
       6.1. Conceito 
       6.2. Princípios que solucionam: Especialidade, Subsidiariedade e Consunção.  
       6.2. Antefato e pós­fato impuníveis. 
 
 
Casos Concretos: 
1) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no                             
plano de aula e pelo seu professor. 
Instaurado inquérito policial para fins de averiguação de autoria e materialidade e, conseqüente                           
responsabilização penal pela prática de tráfico ilícito de drogas, previsto no art.33, daLei                           
n.11343/2006, por ter, em março de 2010 sido flagrado em uma boate portando quantidade                           
elevada dos hormônios testosterona em comprimidos e estrogênio equino, Alex Sandro Lima,                       
impetrou ​Habeas Corpus com vistas ao trancamento do referido inquérito policial, sob o                         
argumento de atipicidade da conduta por ausência de expressa previsão legal acerca das                         
substâncias apreendidas, haja vista o fato das mesmas configurarem drogas de uso médico e                           
veterinário, não sendo compreendidas, portanto, pelo respectivo dispositivo legal. 
    Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre teoria da norma, sua interpretação e                               
norma penal do mandato em branco, responda: deve a ordem ser concedida? Responda de                           
forma objetiva e fundamentada. A ordem não deve ser concedida porque as drogas não foram                             
4 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
usadas para suas devidas finalidades. 
Resposta: Não, pois tem não na regulamentação da lei em branco, presente na lista da Anvisa                               
a substância mencionada como causadora de dependência.  
 
2) Fábio, funcionário de uma empresa pública, recebe de seu superior, Alexandre, a atribuição de                             
realizar o pagamento dos empregados da referida empresa. Ao perceber a vultosa quantia à sua                             
disposição, Fábio, auxiliado pelo bancário Luiz, decide desviar parte do valor, depositando­o em                         
sua conta corrente. Sendo certo que o dolo de apoderar­se da referida quantia surgiu no                             
momento em que Hélio a teve à sua disposição e, portanto, posteriormente à concessão da                             
referida atribuição. Ante o exposto, surge o denominado ​conflito aparente de normas entre os                           
delitos de apropriação indébita, previsto nos art. 168, ​caput e §1°, III e peculato, art. 312,​caput​,                                 
ambos do Código Penal. Com base nos estudos realizados sobre o tema, solucione o caso                             
concreto de modo a tipificar corretamente a conduta de Fábio indicando o princípio a ser adotado.                               
Fundamente a resposta.  
a) consunção.. 
Correta ⇒ b) Príncipio da especialidade. O princípio da especialidade revela que a norma                           
especial afasta a incidência da norma geral 
c) subsidiariedade 
d) proporcionalidade. 
 
 
Aula: 4 
Validade e Eficácia da Lei Penal no Tempo e no Espaço. 
Estrutura do Conteúdo 
1. A Lei Penal no Tempo. Vigência e Validade – Atividade e Extratividade da Lei Penal.  
2.Conflito de leis Penais no Tempo: 
    2.1.  ​Abolitio criminis, Novatio Legis in mellius, Novatio Legis Incriminadora, Novatio Legis in                           
Pejus.  
3.Princípios que regem o conflito de leis penais no tempo:  
     3.1. Princípio da Irretroatividade da Lei Penal Severa  
     3.2.Princípio da Retroatividade da Lei Penal mais Benigna.  
4.Leis Excepcionais e Leis Temporárias.  
   4.1. Conceito. 
   4.2. Distinção 
5. Tempo do Crime: 
       5.1.Teorias: atividade, resultado e mista. 
       5.2.Teoria adotada pelo Código Penal. 
       5.2.Crime Permanente, Continuidade Delitiva e Súmula n. 711, do Supremo Tribunal Federal. 
          ­ Distinção entre os delitos e o conflito de leis penais no tempo. 
 6. A Lei Penal no Espaço.  
        6.1.Validade da Lei Penal 
        6.2. Lugar do Crime.  
               ­ Teorias: atividade, resultado, intenção, efeito mais próximo, ubiquidade e longa mão.  
        6.3.Conceito de Território Nacional e sua Extensão.  
        6.4.Princípios Delimitadores do conflito de leis penais no espaço:  
  ­Territorialidade. 
 ­Extraterritorialidade: Incondicionada e  Condicionada. 
 ­ Princípios: defesa, justiça universal, nacionalidade ativa, nacionalidade passiva                 
e representação. 
        6.5.Pena Cumprida no Estrangeiro.  
Aplicação Prática Teórica 
1) Para comemorar seu casamento, André realizou sua despedida de solteiro em um bar com                             
alguns amigos. Finda a farra, André, conduzindo seu veículo, atropelou e lesionou Paulo sendo                           
sua conduta tipificada como incursa no delito de lesões corporais culposas na direção de veículo                             
automotor (art. 303, da Lei n. 9503/1997). No curso da ação penal, restou demonstrado pelos                             
exames periciais que André encontrava­se embriagado no momento do acidente, razão pela qual                         
a pena imposta à sua conduta foi majorada de acordo com expressa previsão legal. Dois meses                               
após sua condenação, entra em vigor a Lei n.11705, de 19 de junho de 2008, que revogou                                 
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
expressamente a causa de aumento prevista no Código de Trânsito Brasileiro (Lei n. 9503/1997).                           
Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre o conflito de leis penais no tempo, a                                 
alteração legislativa terá relevância para a sanção imposta à conduta de André? Responda de                           
forma justificada. 
Código de Trânsito Brasileiro. Lei n. 9503/1997 
Dos Crimes em Espécie 
Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veiculo automotor:  
Penas ­ detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proibição de se obter a                               
permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.  
Parágrafo único. No homicídio culposo cometido na direção de veículo automotor, a pena é 
aumentada de um terço à metade, se o agente:  
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 
V ­  ​(Inciso acrescido pela Lei nº 11.275, de 7/2/2006 e ​revogado pela Lei nº                             
11.705, de 19/6/2008) 
Art. 303​. Praticar ​lesão corporal culposa​ na direção de veículo automotor:  
Penas ­ detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou proibição de se                             
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.  
Parágrafo único. Aumenta­se a pena de um terço à metade, se ocorrer qualquer das hipóteses                             
do parágrafo único do artigo anterior. 
  
 ​Resposta: Antes da entrada em viigor da lei11705 não havia possibilidade de serem aplicados,                           
em um mesmo caso, os art. 302 / 303 combinados com o art. 306, tendo em vista que se o                                       
condutor do veículo estivesse sob efeito de substancia alcoólica, tal fato seria usado como                           
causa de aumento de pena, afastado assim a incidência do artigo 306 CTB, Com a entrada em                                 
vigor da lei 11705, foi revogadoo inciso 5 do paragrafo único dos art. 302 e 303, permitindo                                 
assim a aplicação de tais artigos, em conjunto com o 306, contando para os casos ocorridos                               
antes de 19/06/2008 (lei 11705) surge uma novacios legis in melius, afastando­se a incidência                           
do artigo 5, e consequentemente o aumento de ⅓ da pena. 
 
2) Leia o texto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras indicadas no                               
plano de aula e pelo seu professor.  
Peruana é presa com cocaína escondida em sandália em MT 
Polícia Rodoviária Federal deteve uma peruana com 1 kg de pasta base de cocaína escondido na 
sandália em Rondonópolis(MT), no km 212 da BR­364, na segunda­feira. Ela estava em um 
ônibus que seguia de Porto Velho (RO) para São Paulo.  Durante fiscalização, os policiais 
perceberam que a passageira Rosemery Tilsa Evaristo Pio, 37 anos, estava muito nervosa. Foi 
verificada toda a bagagem da peruana, mas nada foi encontrado. Ao informá­la de que ela 
passaria por uma revista pessoal, os policiais solicitaram que ela retirasse a sandália que calçava. 
Quando o policial pegou a sandália, desconfiou de seu peso e resolveu abrir o calçado, quando 
encontrou a droga. Rosemery disse que pegou a cocaína na Bolívia e que a levaria para a cidade 
de Campinas (SP), recebendo U$S 800. Ela foi conduzida para a delegacia da Polícia Federal. 
Ante o exposto, sendo Rosemary Tilsa  peruana, poderá a lei brasileira ser aplicada à sua                             
conduta? Responda, justificadamente, com base nos estudos realizados sobre o ​tema lei penal                         
no espaço​.  
Resposta: Sim, usando o principio da territoriedade 
3) JOSÉ foi vítima de um crime de extorsão mediante seqüestro (artigo 159, do C. Penal), de                                 
autoria de CLÓVIS. O Código Penal, em seu artigo 4.º, com vistas à aplicação da lei penal,                                 
considera praticado o crime no momento da ação ou omissão,ainda que outro seja o momento do                               
resultado. No curso do crime em questão, antes da liberação involuntária do ofendido, foi                           
promulgada e entrou em vigor lei nova, agravando as penas. Assinale a opção correta. (Prova de                               
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
Seleção. 178. Concurso de Ingresso na Magistratura­ Tribunal de Justiça do Estado de São                           
Paulo) 
a) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, frente ao princípio geral da irretroatividade da lei. 
b) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, em obediência à teoria da atividade. 
Correta ⇒ ​c) A lei nova, mais severa, é aplicável ao fato, porque sua vigência é anterior à                                   
cessação da permanência. 
d) A lei nova, mais severa, não se aplica ao fato, porque o nosso ordenamento penal considera                                 
como tempo do crime, com vistas à aplicação da lei penal, o momento da ação ou omissão e o                                     
momento do resultado, aplicando­se a sanção da lei anterior, por ser mais branda. 
 
4) Sobre a aplicação da lei penal no tempo e no espaço, o Código Penal Brasileiro adotou,                                 
respectivamente, as teorias da(do) (Defensor/RN/2006) 
a) ubiquidade e resultado. 
b) ubiquidade e ambiguidade. 
c) resultado e ubiquidade. 
Correta ⇒ d) atividade e ubiquidade. 
 
 
Aula: 5 
Teoria do Delito 
Estrutura do Conteúdo 
1.Consolidação da Teoria do Delito.  
2.Bem Jurídico Tutelado: 
   2.1 Conceito e Seleção.  
3. A Infração Penal  
   3.1. Distinção das infrações extrapenais.  
Leia o Capítulo I (Conceito de Delito) constante no seu material didático. 
3.2. Sistemas Classificatórios: bipartido e tripartido 
   ­ Sistema adotado pelo Código Penal: Bipartido ­ distinção entre Crime e Contravenção Penal.  
3.3 Conceitos de Infração Penal:  
    ­ Formal. 
    ­ Material 
    ­ Analítico.  
3.4. Objetos Jurídico e Material: conceito e distinção. 
3.5. Sujeitos da Infração Penal.  
      ­ A responsabilidade penal da pessoa jurídica – controvérsias. 
3.6. Elementos da Infração Penal consoante o Conceito Analítico.  
      ­ Fato Típico, Ilícito e Culpável : controvérsias. 
4. Classificação das Infrações penais. 
      ­ comuns e próprios; de mão própria ou atuação pessoal; de dano e de perigo; materiais, 
formais e de mera conduta; instantâneos, permanentes e instantâneos de efeitos permanentes e 
habitual; impossível; complexo. 
 
Casos Concretos: 
 ​Aplicação Prática Teórica 
1) A partir da leitura comparativa entre os dispositivos legais concernentes à tipificação da conduta                             
do uso indevido de drogas, constantes, respectivamente, nas Leis n. 6368/1976 e 11343/2006,                         
consoante os estudos realizados sobre a Teoria do Delito, é correto afirmar que a conduta de                               
uso indevido de drogas foi descriminalizada pela nova redação legal estabelecida pela Lei .                           
11343/2006? Responda de forma justificada. 
Lei n. 6368/1976 
Art Art.16.​  Adquirir, guardar ou trazer consigo, para uso próprio,substância  
   entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica, sem autorização ou em 
desacordo  com determinação legal ou regulamentar: 
P      Pena – detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e pagamento de 20 a 50 dias­multa. 
  
  
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
Lei n. 11343/2006 
         Art. 28​.  Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para 
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar será submetido às seguintes penas: 
I ­ advertência sobre os efeitos das drogas; 
II ­ prestação de serviços à comunidade; 
III ­ medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo. 
­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­­ 
§ 6​o​  Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput,                             
nos incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê­lo,                                 
sucessivamente a: 
I ­ admoestação verbal; 
II ­ multa. 
 
Resposta: Não se trata de abolicius crimem (discriminização da conduta), mas sim que o crime de                               
uso de drogas não admite pena de prisão , aplicando pena alternativa, com previsão legal do art. 5                                   
inciso 46 da CF/88 
 
 2) ​No Direito Penal brasileiro, a responsabilidade do agente que comete um ilícito penal é:                             
(OAB/RS AGO/2006) 
a)    Objetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente para produzir o ilícito penal. 
Correta ⇒ b)    Subjetiva, pois deve ser considerada a intenção do agente no resultado 
produzido. 
c)    Subjetiva e objetiva: subjetiva, ao se considerar a intenção do agente para produzir o 
ilícito penal, e, objetiva, ao se analisar o resultado produzido. 
d)    Objetiva, pois devem ser consideradas a ação e a omissão do agente para produzir o  
ilícito penal. 
Letra: B 
 
 
Aula: 6 
Da Conduta 
 
Do Fato Típico e Seus Elementos: 
1. Fato Típico e Seus Elementos. 
2.Conduta. 
 2.1 Delimitação: Conduta e Vontade.  
 2.2 Teorias da Conduta  
     ­ Causalista 
     ­ Finalista 
     ­ Social 
 2.3 Sujeitos 
     ­  Ativo 
     ­  Passivo 
 3.Das Condutas Comissivas e Omissivas 
     3.1. Conceito. Distinção entre Ação e Omissão. 
     3.2. Omissão: 
          ­ Omissão própria 
          ­ Omissão imprópria ­  Agente garantidor. 
  
 ​Casos Concretos: 
 
1) ​Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com 
base na leitura indicada no seu plano de aula e por seu professor. 
Padrasto é preso acusado de espancar enteado de três anos 
Fonte: O Globo RIO, disponível em ​http://www.ogloboonline.com.br​; última               
atualização:08/02/2008 às 00h37m​ . 
8 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
  
O padrasto de um menino de três anos foi preso no fim da noite desta quarta­feira em Duque de                                     
Caxias acusado de espancar a criança. O menino foi levado pela mãe, Patrícia Alves, de 26 anospara o Hospital de Saracuruna, em Caxias, com um grande hematoma na cabeça. Ela teria dito                               
aos médicos que a criança, que tem uma deficiência mental, tinha caído de seus braços, mas                               
depois acabou confessando que o menino foi agredido pelo padrasto. De acordo a polícia, os                             
médicos teriam desconfiado da versão que a mulher estava contando porque não era a primeira                             
vez que ela levava a criança ao hospital. Segundo os médicos, foi a terceira vez que Patrícia                                 
esteve na unidade, sempre contando a mesma história. Depois de pressionada ela acabou                         
contando que a criança fora vítima do padrastro, Elias Barbosa, de 34 anos. De acordo com a                                 
Secretaria estadual de Saúde, o menino foi operado e está internado em coma no Centro de                               
Terapia Intensiva, e corre risco de vida. Ainda de acordo com a secretaria, a criança teve                               
traumatismo craniano e chegou ao hospital com escoriações pelo corpo todo. A mãe foi detida no                               
hospital por policiais do 15º BPM (Duque de Caxias). Na delegacia, ela prestou depoimento e foi                               
liberada. Já seu marido foi preso em casa, na Rua Coronel Matos, quando fazia as malas para                                 
fugir. Ele foi preso em flagrante. O caso está sendo investigado pela 60ª DP (Campos Elíseos).  
  
Ante o caso concreto exposto, com base nos estudos realizados sobre ação e omissão,                           
responda: Patrícia também poderia ser responsabilizada criminalmente caso tivesse se omitido                     
face às agressões perpetradas por Elias e a criança tivesse sido socorrida por vizinhos?  
Resposta: Sim. Ela se omitiu como agente garantidor (crime 136), mesmo tendo conhecimento                         
das agressões, e deixou os fatos prosseguirem. Ele responderá na qualidade de agente                         
garantidor nos termos do artigo 13 ­ parágrafo 2o ­ A. Lembre­se que o crime em análise                                 
(possivelemente maus tratos) é praticado por ação, sendo aplicado a genitora na forma de                           
crime comissivo por omissão (ou omissivo impróprio). 
 
2) ​Com base na legislação penal, não se impõe o dever de agir: (36º Exame OAB/CESPE­UnB). 
 ​Correta⇒ a) ao condutor do veículo que, por motivo de segurança, deixa de prestar socorro à                                 
vítima de acidente, mas solicita auxílio da autoridade pública. 
 b) ao pai que deixa de prover ao filho em idade escolar a instrução primária, porque deseja que                                   
este o ajude no trabalho. 
 c) ao médico que, em face de pedido do paciente, deixa de denunciar à autoridade pública                               
doença cuja notificação seja obrigatória. 
 d) ao servidor público que deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, para satisfazer                           
sentimento pessoal de comiseração. 
  
3) Os crimes onde o agente tem a obrigação de agir para evitar o resultado, isto é, devendo agir                                     
com a finalidade de impedir a ocorrência de determinado evento, são chamados de: (Exame                           
OAB/MG. 1 Fase. Março 2002) 
a) crimes omissivos próprios; 
b) crimes comissivos; 
Correta ⇒ c) crimes comissivos por omissão 
d) crimes de mera conduta. 
 
Aula: 7 
Das Condutas Dolosas e Culposas.  
   1. Da Conduta Dolosa: 
1.1. Teorias 
1.2. Natureza Jurídica 
1.3. Elementos  
1.4. Espécies de Dolo: 
     ­ Dolo Direto 
     ­ Dolo Indireto: eventual e alternativo 
     ­ Dolo Genérico 
     ­ Especial Fim de Agir  
2.2. Natureza Jurídica 
2.3 Elementos 
9 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
­ A relevância do reconhecimento da previsibilidade objetiva do resultado. 
­ ​Modalidades de culpa: Imprudência, negligência e imperícia,  
­ Crime culposo e tipo aberto.  
­ ​Distinção entre dolo eventual e culpa consciente.​  
2.4 Crime agravado pelo resultado: modalidades; o crime preterdoloso. 
plicação Prática Teórica 
Casos Concretos: 
 
1 )​Leia o caso abaixo e responda à questão relacionada. Desenvolva sua fundamentação com 
base na leitura indicada no seu plano de aula e por seu professor. 
Tragédia.  
"Acidente deixa gravemente ferido deputado Fernando Carli Filho. Violenta colisão na madrugada 
matou dois jovens no bairro Mossunguê". 
 Fonte: Redação Bem Paraná​, ​disponível em​ ​http://www.bemparana.com.br​,​  
"Concluído pela polícia polícia paranaense o inquérito que investigava o acidente provocado pelo 
ex­deputado Fernando Ribas Carli Filho. Ele estava embriagado e dirigia seu carro a 167 
quilômetros por hora, quando, em 07 de maio, colidiu com outro veículo e matou duas pessoas. 
Carli Filho foi indiciado por duplo homicídio com dolo eventual". 
Fonte: Revista Veja, Ed. Abril, edição 2126­ano 42­n.33, 19 de agosto de 2009 ­ pp. 52 e 53. 
  
Diante do caso apresentado por dois veiculos de comunicação e, com base nos estudos 
realizados sobre os tipos penais responda ao que se pede e desenvolva sua argumentação com 
base na leitura de seu material didático.: 
a) Consoante a classificação dos tipos penais em dolosos  e culposos, diferencie dolo eventual e 
culpa consiciente.  
Resposta: Culpa Consciente: embora prevendo o resultado, acredita que ele não ocorrera. 
Dolo Eventual: Agente mesmo sem querer efetivamente o resultado, assume o risco de 
produzi­lo. 
b) Diante dos dados constantes no inquérito policial e no respectivo indiciamento, aplicar­se­á, 
caso, a Lei n.9503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro) ou o Código Penal? 
Resposta: Será aplicado o código penal pela gravidade do resultado 
  
2)​ É elemento do crime culposo: (34º Exame OAB/CESPE­UnB).  
a) a observância de um dever objetivo de cuidado. 
Correta ⇒ b) o resultado lesivo não querido, mas assumido, pelo agente. 
c) a conduta humana voluntária, sempre comissiva. 
d) a previsibilidade. 
  
3) Com base nos estudos realizados sobre a distinção entre e dolo e culpa, selecione,a opção                               
correta. Responda de forma justificada e indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is)                     
aplicáveis. 
a) Quando o agente deixa de prever o resultado que lhe era previsível, fica caracterizada a culpa                                 
consciente e o agente responderá por delito preterdoloso.. 
b) Quando o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta porque                             
acredita, sinceramente, que esse resultado não venha a ocorrer, caracteriza­se a culpa                       
inconsciente. 
c) Quando o agente pratica uma conduta, da qual advém um resultado mais gravoso que o                               
pretendido, sendo este previsível, será responsabilizado penalmente por ambos os resultados,                     
ainda que não tenha assumido o risco de sua produção. 
Correta ⇒ d) Quando o agente, embora não querendo diretamente praticar a infração penal,                           
não se abstém de agir e, com isso, assume o risco de produzir o resultado que por ele já havia                                       
sido previsto e aceito, há culpa consciente. 
 
 
AULA 8: 
DO FATO TÍPICO. RELAÇÃO DE CAUSALIDADE. RESULTADO 
Do Fato Típico. Relação de Causalidade. O Código Penal e os conceitos de Causa e 
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Concausa. Teorias sobre a Relação de Causalidade. Equivalência das Condições ou 
conditio sine qua non. Causalidade Adequada. Espécies de Causas. Interrupção do 
nexo causal. Do Resultado: Conceito. Classificaçãodo Delito quanto ao resultado: 
material, formal e mera conduta. A Relação de Causalidade segundo a Teoria da 
Imputação Objetiva do Resultado – Críticas – Princípios. 
CONTEÚDOS: 
I.Relação de Causalidade 
1. Conceitos de: Causa, Condição, Concausa. 
2. O Código Penal e os conceitos de Causa e Concausa 
3.Teorias sobre a Relação de Causalidade: 
­ Procedimento Hipotético de Eliminação 
3.1 Equivalência das Condições ou conditio sine qua non 
­ A relevância Causal da Omissão 
3.2 Causalidade Adequada. 
4. Espécies de Causas: 
4.1. Dependentes. 
4.2.Independentes: 
­ Absoluta e Relativamente Independentes. 
­ Causas Preexistentes, Concomitantes e Supervenientes. 
5. Interrupção do nexo causal. 
­ Causas (concausas) absolutamente independentes 
­ Superveniência de causa relativamente independente. 
II. Do Resultado 
5.1 Conceito de resultado para fins penais 
5.2 Distinção entre resultado naturalístico e normativo – conceito adotado pelo 
Código Penal. 
5.3 Classificação do Delito quanto ao resultado: material, formal e mera conduta. 
III. A Relação de Causalidade segundo a Teoria da Imputação Objetiva do 
Resultado – Críticas. 
­ Princípios – O incremento de um risco não permitido; 
­ A quebra do dever objetivo de cuidado; 
­ A previsibilidade objetiva do resultado lesivo. 
 
Casos Concretos: 
 
Tendo em vista as teorias adotadas pelo Código Penal acerca da relação de 
causalidade, solucione o caso concreto a seguir: 
“Angélica ao sair da casa de sua amiga Anastácia, por volta das 22h em um 
sábado, é abordada por Adilson que se aproxima gritando: isto é um assalto, passa 
tudo rápido! Aterrorizada com a situação, Angélica nada faz, o que gera raiva em 
Adilson que acaba por atirar em sua vítima vindo a acertá­la no peito. Angélica é 
prontamente socorrida por sua amiga Anastácia que vira tudo da janela da sua casa 
e telefonara para a polícia, todavia já chega ao hospital morta e, por meio dos 
exames cadavéricos realizados – necropsia, restou comprovado que Angélica 
falecera em razão de um ataque cardíaco sofrido no momento do assalto e não da 
hemorragia traumática decorrente das lesões causadas pelo projétil, oriundo da 
arma de fogo de Adilson. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre 
relação de causalidade responda, fundamentadamente, indicando a teoria adotada 
e o respectivo dispositivo legal, se o resultado morte de Angélica será imputado a 
Adilson. 
Resposta: Não o crime não será imputado a Adilson pela superveniência de causa 
relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado. Pela 
teoria de causa concomitante absolutamente independente a morte foi causada pela ataque 
cardiaco e não pelo disparo. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
As questões 1 e 2 contém situações hipotéticas que versam sobre o tema relação 
11 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
de causalidade., Dentre as soluções apresentadas para cada caso, assinale a 
alternativa correta. 
1) Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta: (CESPE/­ 
TRE/GO Analista judiciário 2009) 
Pablo atingiu Luiz com cinco disparos de arma de fogo, um na cabeça, dois no 
tórax e dois nas pernas. Luiz foi socorrido e levado ao hospital público mais 
próximo, apurando­se que necessitava de urgente intervenção cirúrgica. No 
entanto, como, minutos antes de sua chegada ao hospital havia ocorrido grave 
acidente envolvendo dois ônibus e as vítimas estavam sendo socorridas, não foi 
possível que os médicos ministrassem a Luiz, de forma imediata, o tratamento 
necessário. Convocou­se, então, um médico que estava de folga e que, tendo 
chegado ao hospital 30 minutos após a internação de Luiz, passou a cuidar do 
paciente. Ainda que Luiz tenha recebido atendimento médico, constatou­se que seu 
estado de saúde já se havia agravado e, embora ele tenha sido submetido a 
cirurgia para retirada dos projéteis, não resistiu e veio a falecer. 
a) houve a superveniência de causa absolutamente independente, consistente na 
demora no atendimento médico a Luiz, o que implica que Pablo somente 
responderá pelas lesões corporais causadas. 
b) o resultado morte somente foi produzido em razão da ausência de tratamento 
médico imediato da vítima, havendo uma ruptura do nexo causal. 
c) ocorreu uma causa superveniente relativamente independente, que impede a 
responsabilização de Pablo pelo resultado morte. 
Correta ⇒  d) o resultado morte decorreu do desdobramento normal da conduta praticada por 
Pablo, que responderá pelo resultado produzido. 
 
2) Antônio, em decorrência de atropelamento, sofre múltiplas lesões graves que 
determinam sua internação no Hospital de Pronto­Socorro, onde permanece vários 
dias imobilizado. Em razão do acontecido, Antônio contrai broncopneumonia que 
acaba por matá­lo. Pedro, o motorista causador do atropelamento por imprudência, 
responderá processo criminal por: (Concurso Magistratura/RS­2003) 
Correta ⇒  a) homicídio culposo, pois a morte de Antônio, determinada por causa 
relativamente independente, situa­se na linha de desdobramento físico do 
atropelamento. 
b) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considerada causa 
absolutamente independente. 
c) lesões corporais culposas, pois a broncopneumonia é considerada causa 
relativamente independente, não figurando a morte da vítima, no entanto, na linha 
de desdobramento físico do atropelamento. 
d) lesões corporais seguidas de morte, não incidindo, no caso, a regra geral da 
relação de causalidade prevista no Código Penal. 
e) tentativa de homicídio, absorvidas as lesões, porque, no caso, a 
broncopneumonia é reputada causa superveniente relativamente independente. 
 
 
AULA 9: 
DO FATO TÍPICO. ITER CRIMINIS. 
Do Fato Típico Iter Criminis: Atos de cogitação, preparação e execução – distinção. 
Consumação, Tentativa e Exaurimento. Da tentativa. Desistência Voluntária e 
Arrependimento Eficaz: Conceito, natureza jurídica, requisitos, semelhanças e 
distinções. Conseqüências na Tipicidade da Conduta. 
CONTEÚDOS: 
I. Iter Criminis. 
1.1. Atos de cogitação, preparação e execução – distinção. 
1.2.Atos Preparatórios e Executórios­ critérios de identificação do início de 
execução. 
1.3 Consumação, Tentativa e Exaurimento. Caracterização do pós fato 
impunível. 
2. Tentativa (conatus) 
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
2.1 Conceito 
2.2 Natureza Jurídica 
2.3. Requisitos 
2.4. Espécies 
­ Perfeita e imperfeita 
­ Branca e Cruenta 
3.5. Conseqüências para fins de Aplicação de Pena. 
3. Desistência Voluntária e Arrependimento Eficaz: 
3.1 Conceito 
3.2 Natureza Jurídica 
3.3 Requisitos, semelhanças e distinções. 
3.4. Conseqüências na Tipicidade da Conduta. 
 
Casos Concretos: 
 
Mariana, com a finalidade de adquirir um aparelho de TV novo, mas sem condições 
financeiras para pagá­lo, subtraiu da carteira de sua patroa, Maricarla, um talonário 
de cheques e a carteira de identidade, da qual retirou a fotografia de Maricarla e 
colou a sua, em substituição. Já na loja de departamentos, ao efetuar o pagamento 
do referido aparelho de TV, por meio da apresentação de 10 cheques, dentre os 
subtraídos e falsificados por ela, bem como da identidade de Maricarla, para fins de 
parcelamento do valor do bem, pois não pretendia chamar atenção de ninguém 
com sua conduta, ficou nervosa ao verificar que a funcionária do caixa consultava o 
título de crédito, conduta esta de costume para a funcionária, e pressentindo que 
seria descoberta, resolveu abandonar a loja, sendo, então, seguida por um 
segurança desta e detida ainda no estacionamento do shopping no qual se 
localizava a loja. Ante o exposto, partindo­se da premissa que a conduta de 
Mariana está descrita no tipo penal do delito de estelionato, art.171, do Código 
Penal, é correto afirmar que sua condutarestará tentada ou configuraria 
desistência voluntária ou, ainda, arrependimento eficaz? Responda de forma 
justificada de modo a diferenciar os citados institutos e seus efeitos jurídico­penais. 
Indique o(s) respectivo(s) dispositivo(s) legal(is). 
Resposta: Mariana cometeu o crime de estelionato na forma tentada, pois não desistiu de 
forma voluntária e sim porque ficou com medo de ser descoberta. Arrependimento eficaz seria 
se ela tivesse condições de sair da loja com a TV e tivesse desistido. 
 
QUESTÕES OBJETIVAS 
1) Sobre os critérios distintivos dos institutos da tentativa, desistência voluntária, 
arrependimento eficaz e arrependimento posterior: assinale a alternativa correta: 
a) ocorre a tentativa quando, após iniciado o processo executório, o agente 
interrompe, por ato voluntário, a execução do tipo; 
b) a desistência voluntária e o arrependimento eficaz, quando comprovadas, 
caracterizam causa de diminuição de pena; 
c) o arrependimento posterior, cabível nos delitos praticados sem violência ou 
grave ameaça à pessoa, é considerado causa excludente da ilicitude; 
Correta ⇒  d) diferencia­se a tentativa da desistência voluntária, pois enquanto na primeira 
não ocorre a consumação por circunstâncias alheias à vontade do agente, na 
desistência voluntária, o agente decide, voluntariamente, interromper o processo 
executório antes da consumação do delito. 
  
2) Amaro, durante uma calorosa discussão no trânsito, desferiu, com intenção 
homicida, dois tiros de revólver em Bernardo. Mesmo dispondo de mais munição e 
podendo prosseguir, Amaro arrependeu­se, desistiu de continuar a ação criminosa 
e prestou imediato socorro a Bernardo, levando­o ao hospital mais próximo. A 
atitude de Amaro foi fundamental para a preservação da vida do Bernardo, que, 
contudo, teve sua integridade física comprometida, ficando incapacitado para suas 
ocupações habituais, por sessenta dias, em decorrência das lesões provocadas 
pelos disparos. Considerando essa situação hipotética, assinale a opção correta. 
13 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
(EXAME OAB/CESPE­UNB 2009.3.) 
Correta ⇒ a) Amaro deve responder apenas pelo delito de lesão corporal de natureza grave. 
b) Amaro deve responder pelo delito de tentativa de homicídio. 
c) A atitude de Amaro caracteriza desistência voluntária, ficando excluída a ilicitude 
de sua conduta. 
d) A atitude de Amaro caracteriza arrependimento posterior, tornando­o isento de 
pena. 
 
 
Aula 10: 
Teoria do Tipo Penal e Tipicidade. 
1.      O Delito como Ação Típica 
2.      Conceito de Tipo Penal 
­ Tipo Penal e o Princípio da Legalidade 
­ Funções do Tipo Penal 
3.      Estrutura do Tipo Penal 
            3.1.Elementares 
             3.1.1 Objetivas 
             3.1.2 Subjetivas  
             3.1.3. Normativas. 
            3.2.Circunstâncias 
4.      Relação entre Tipo Penal, Tipicidade e Adequação Típica.  
4.1 Adequação Típica Direta  
4.2 Adequação Típica Indireta e as normas de extensão 
5.      Tipicidade  
   5.1.Formal 
   5.2. Material 
   5.3. Conglobante. 
     6. Espécies de Tipos Penais. 
   6.1. Fundamentais e Derivados 
   6.2. Incriminadores e Permissivos 
   6.3. Fechados e Abertos 
7. Classificação dos Crimes 
   7.1. Comum, próprio e de mão própria. 
   7.2. Dano e Perigo (Concreto e Abstrato) 
   7.3. Material, Formal e de Mera Conduta 
   7.4. Comissivo, Omissivo (próprio e impróprio) 
   7.5. Instantâneo, Permanente e Instantâneo de efeitos permanentes. 
   7.6. Simples e Complexo 
   7.7 De forma livre e vinculada 
   7.8 Vago 
   7.9 Demais classificações. 
 
Casos Concretos: 
Aplicação Prática Teórica 
1) Leia o caso concreto abaixo e responda às​ ​ questões formuladas com base nas leituras 
indicadas no plano de aula e pelo seu professor: 
Policiais são suspeitos de manter refém em delegacia em SP 
02 de junho de 2011. 08h25 . Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias 
Um investigador da Polícia Civil, um cabo da PM e dois seguranças informantes da polícia são                               
suspeitos de sequestrar um ex­presidiário e mantê­lo duas horas em cativeiro no 9º DP de                             
Osasco, na região metropolitana de São Paulo, na noite de terça­feira. Os acusados exigiram R$                             
100 mil para soltar Pedro Henrique Brito dos Santos, caso contrário, iriam forjar um flagrante de                               
tráfico de drogas. Os quatro sequestradores acabaram presos. As informações são do jornal                         
Folha de S.Paulo. Em liberdade desde 2005, Santos teria sido extorquido por ser cunhado de                             
Josiel Lopes Cordeiro, o Tiganá, acusado de envolvimento no furto de R$ 164,7 milhões do                             
Banco Central de Fortaleza (CE), em 2005. Tiganá foi absolvido e acabou assassinado por PMs                             
14 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
de Osasco à paisana, em 2008. Segundo a Corregedoria da Polícia Civil e da PM, os policiais                                 
abordaram Santos às 18h30 em uma viatura. O investigador Joaldenir Patrício Diniz, o cabo Luids                             
Ranes Santos do Nascimento e os seguranças Rogério Ribeiro Machado e Fernando Moreira de                           
Oliveira o levaram até a delegacia, que fecha à noite e estava vazia no momento do crime.                                 
Acuado, Santos telefonou para a família, disse que estava preso e precisava de R$ 100 mil para o                                   
resgate. A família do ex­presidiário avisou a Corregedoria, que orientou uma cunhada de Santos                           
a levar o dinheiro até o 9º DP, onde os quatro acusados foram presos em flagrante por extorsão                                   
mediante seqüestro. 
  Art.159, CP.Sequestrar pessoa com o fim de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem,                               
como condição de preço ou resgate: Pena ­ reclusão, de oito a quinze anos. 
A partir dos estudos realizados acerca da classificação dos delitos quanto ao resultado                         
naturalístico, ante o caso concreto exposto, responda: possui relevância jurídica para a                       
consumação do delito de extorsão mediante sequestro o pagamento do resgate pela família da                           
vítima? Responda de forma objetiva e fundamentada. 
Resposta: Não, porque o Art. 159 do CP é um delito formal e sua consumação ocorrerá no                                 
instante do arrebatamento da vítima, independente do pagamento do resgate. O caso em                         
questão nos revela crime de concussão previsto no Art. 316 do CP, haja vista o meio                               
empregado para a exigência da vantagem indevida sob pena de ser causado à vítima mal                             
injusto e grave (futuro). 
 
2)Os elementos normativos do tipo são aqueles que: (OAB/MG.AGO/2004) 
a) dispensam valoração para a apreensão do seu significado; 
b) quando inseridos no tipo, reforçam a garantia do princípio da reserva legal; 
Correta ⇒  c) exigem uma especial valoração para a apreensão do seu significado; 
d) não se encontram previstos na legislação penal brasileira. 
  
3) Assinale a alternativa INCORRETA: 
a) crime vago é aquele que tem por sujeito passivo entidade sem personalidade jurídica. 
b) o crime de peculato, previsto no art.312, do CP, é considerado crime próprio. 
Correta ⇒  c) crime pluriofensivo é o que lesa ou expõe a perigo de dano mais de um bem 
jurídico 
d) no crime permanente, a consumação prolonga­se no tempo e, assim, o agente não pode fazer 
cessar a atividade delituosa. 
 
 
Aula 11:​Tema 
Ilicitude. Causas Excludentes 
     1.Conceito  
     1.1.  IlicitudeFormal 
     1.2.  Ilicitude Material 
2. Causas de Justificação.  
    2.1. Discriminantes legais, supralegais e putativas.  
    2.2. O consentimento do ofendido  
     ­ Natureza jurídica e efeitos. 
    2.3. As Causas de Justificação Legais. ­ Leia o art. 23, do Código Penal  
      3. Estado de Necessidade:  
     3.1.     Conceito 
     3.2.     Natureza jurídica.  
3.3               Teorias: Unitária e Diferenciadora objetiva.  
3.4              Requisitos: Objetivos e Subjetivos 
3.5              Espécies 
­ Real e Putativo 
­ Próprio e de Terceiro 
­ Justificante e Exculpante 
3.6              Excesso ­ consequências  
3.7              Estado de necessidade e o dever legal de enfrentar o perigo – o agente 
garantidor ­ Leia o art.24, do Código Penal. 
15 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
4.        Legítima de Defesa:  
4.1              Conceito.  
4.2              Natureza Jurídica 
4.3              Distinção do Instituto Estado de Necessidade. 
4.4              Requisitos­ Objetivos e Subjetivos 
4.5              Espécies 
­ Real e Putativo 
­ Próprio e de Terceiro 
­ Sucessiva 
­ Justificante e Exculpante 
     4.6     Excesso ­ consequências ­ Leia o art. 25, do Código Penal. 
5.       Estrito Cumprimento de Dever Legal. 
5.1              Conceito.  
5.2              Natureza Jurídica 
5.3              Requisitos­ Objetivos e Subjetivos 
5.4              Excesso – conseqüências. 
   ­ Os delitos de constrangimento ilegal (art. 146, do Código Penal) e abuso de autoridade 
(Lei n. 4898/1965). ­ Leia o art. 23, inciso III, do Código Penal. 
6.       Exercício Regular de Direito.  
6.1              Conceito.  
6.2              Natureza Jurídica 
6.3              Requisitos­ Objetivos e Subjetivos 
6.4              Ofendículos 
       ­ Conceito 
       ­ Natureza jurídica ­ controvérsias. 
       ­ Requisitos 
       ­ Conseqüências na esfera jurídico­penal 
6.5              Excesso – conseqüências.­ Leia o art. 23, inciso III, do Código Penal. 
7.       O Consentimento do Ofendido 
7.1              Natureza Jurídica – Controvérsias (as teorias final e funcional da ação) 
7.2      Conseqüências na esfera jurídico­penal 
 
Casos Concretos: 
  
1) ​Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras                             
indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
CAIO resolve realizar uma viagem ao Pantanal, contratando um experiente guia da região, TÍCIO,                           
para auxiliá­lo. Mesmo tendo comunicado ao guia sua total inexperiência neste tipo de viagem,                           
TÍCIO não vê perigo em deixar CAIO sozinho no acampamento, local que acreditava ser seguro,                             
enquanto foi buscar lenha. De repente, TÍCIO ouve gritos vindo do rio, e ao chegar lá, depara­se                                 
com a cena de um enorme jacaré segurando CAIO pelas pernas. Em face da magnitude do                               
animal, e por não possuir qualquer arma, TÍCIO se abstém de tentar o salvamento, observando                             
enquanto CAIO é morto pelo animal. Indaga­se: Poderá TÍCIO ser responsabilizado pelo                       
resultado morte? Responda de forma fundamentada, apontando o dispositivo legal aplicável. (30º                       
Exame OAB/RJ – 1ª Fase) 
Resposta: Sim. A questão versa sobre ocorrência em tese de crime de homicídio culposo                           
praticado por Tício que deixou em perigo o turista pantaneiro Caio que acabou morrendo após                             
o ataque de um enorme jacaré, não sendo possível defender a vítima, porque o agente                             
garantidor não trazia arma para esboçar defesa. Ficou claro que o turista é inexperiente                           
naquele tipo de viagem ou não tinha como se defender dos riscos resultantes. Tício agiu de                               
forma comissiva por omissão, porque não soube prever o que era previsível. 
► Há outra corrente pensadora no sentido se isentar Tício de qualquer responsabilidade pelo                           
resultado morte de Caio, porque, embora inicialmente na condição de agente garantidor nos                         
termos so §2º, letra b do art. 13 do CP, a lei não exige deste que aja em situações nas quais há                                           
colisão entre o bem jurídico (seu e da vítima) haja vista não ter o dever legal de enfrentar o                                     
perigo. sobressai do caso que Caio foi deixado em acampamento seguro e momentos depois                           
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
estava à beira de um rio e foi atacado e o jacaré, cujo enfrentamento seria inviável, merecendo                                 
a conduta a abertura do estado de necessidade. 
 
2) ​Maurício de Oliveira, médico plantonista em um hospital público, tendo sob sua                         
responsabilidade diversos pacientes, constata que, dois deles precisam ser encaminhados com                     
urgência, à UTI (Unidade de Terapia Intensiva) em razão da gravidade e piora dos respectivos                             
quadros clínicos. Cientifica­se, contudo, momentos depois, que só há um leito disponível na UTI                           
e, percebendo que se nenhuma providência for tomada os dois pacientes morrerão, encaminha                         
um deles (o que lhe parece mais necessitado de cuidados intensivos) à aludida unidade. Esse                             
paciente consegue sobreviver, mas o outro, pela falta dos cuidados médicos que se faziam                           
necessários nas circunstâncias, pouco tempo depois vem a falecer. A família do paciente morto                           
leva o ocorrido ao conhecimento do Delegado  de Polícia da circunscrição e, após a apuração dos                               
fatos mediante inquérito policial, é oferecida denúncia pelo Ministério Público, contra Maurício de                         
Oliveira, por crime de homicídio (comissivo por omissão). Tendo sido a denúncia recebida, o                           
médico é citado, sendo instaurado processo criminal. Ao final do processo, contudo, o réu é                             
absolvido, considerando­se que houve, no caso, exclusão de ilicitude. Em virtude dos fatos                         
narrados, pode­se concluir que se configurou uma situação de: (Exame OAB/MG. 1°                       
Fase.Abril/2006) 
a) legítima defesa. 
Correta ⇒  b) estado de necessidade. 
c) estrito cumprimento de dever legal. 
d) exercício regular de direito.   
  
3) ​Hélio, ao conduzir seu veículo em uma rua residencial avista uma vaga e ao iniciar a manobra                                   
de estacionamento percebe que o veículo estacionado à sua frente está sendo roubado. Com a                             
intenção de evitar que o condutor do veículo seja ferido, pois estava sob a mira de uma arma de                                     
fogo, acelera vindo a atropelar o ladrão e lesioná­lo. Ante o exposto, com base nos estudos                               
realizados sobre as causas excludentes de ilicitude, assinale a opção correta: 
a) realiza a lesão corporal dolosa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; 
b) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pelo estado de necessidade; 
Correta ⇒ c) realiza a lesão corporal culposa, mas está acobertado pela legítima defesa de                             
terceiro; 
d) realiza a lesão corporal dolosa e não estará protegido por qualquer causa de justificação. 
 
Aula 12:​Tema 
Culpabilidade 
1.      Conceitos 
2.      Teorias acerca da Culpabilidade: 
2.1.Teoria Psicológica 
2.2 Teorias Normativas 
     ­ TeoriaPsicológico­Normativa 
     ­ Teoria Normativa Pura 
     ­ Teoria adotada pelo Código Penal. 
3. A Culpabilidade na Concepção Finalista de Ação:  
3.1.Elementos da culpabilidade na concepção finalista: 
­  Imputabilidade 
­ Potencial Consciência da Ilicitude 
­ Exigibilidade de conduta diversa.­ Leia o art. 26, do Código Penal 
3.2.Relação entre reprovabilidade, culpabilidade, imputabilidade e periculosidade. 
4. Causas de exclusão da culpabilidade:  
4.1. Inimputabilidade por doença mental, desenvolvimento mental incompleto ou 
retardado.  
 4.2. Coação moral irresistível.  
4.3. Obediência hierárquica. ­ Leia o art. 22, do Código Penal  
4.4. A embriaguez, emoção e paixão e a exclusão da culpabilidade. ­ Leia os art. 26, 
caput, 27  e 28, I, II, §§1° e 2° (embriaguez acidental completa) , todos do Código Penal. 
4.4. A inexigibilidade de conduta diversa como causa supralegal de exclusão da 
17 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
culpabilidade. 
 
 ​Casos Concretos: 
 
1)   Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras                             
indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
  
Arnaldo foi denunciado pela prática da conduta incursa no tipo penal previsto no art. 14 da Lei                                 
n.10826/2003, por estar transportando uma espingarda da casa de seu avô para o sítio da família.                               
No curso da Instrução Criminal, a tese defensiva apresentada teve por fundamento o fato da                             
espingarda encontrar­se desmuniciada, bem como  a existência de causa justificante de sua                       
conduta, a saber, erro sobre a potencial consciência da ilicitude de sua conduta para fins de                               
exclusão de culpabilidade. Por outro lado, a acusação sustentou caracterizar­se a figura típica                         
narrada como delito de perigo, sendo, desnecessária a comprovação, pela acusação, da arma de                           
fogo encontrar­se, no momento de sua apreensão montada, desmontada, municiada ou não face                         
ao bem jurídico tutelado pelo Estatuto do Desarmamento. 
  
Lei n.10.826/2003 
Art.14.​ ​Porte Ilegal de Arma de Fogo de Uso Permitido​. 
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que 
gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma 
de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com 
determinação legal ou regulamentar: 
Pena ­  reclusão de 2 (dois) a 4 (quatro) anos e multa. 
  
Ante o exposto, considerando ser Arnaldo, primário e bons antecedentes , com base nos estudos                             
realizados sobre as concepções acerca da Culpabilidade, deve prosperar a tese defensiva? 
Resposta: A questão versa sobre a possibilidade da exclusão da culpabilidade da conduta do                           
agente e, consequente exclusão da imputação de responsabilidade penal. A tese da defesa é                           
bastante controvertida, haja vista que a classificação do crime como sendo de perigo abstrato                           
tem levado juízes a uma abordagem segundo o principio da disponibilidade, mais                       
especificamente no porte de arma de fogo desmuniciada. Se o agente traz consigo a arma                             
desmuniciada, mas tem munição adequada à mão de modo a viabilizar sem demora                         
significativa ou municiamento e, em consequência o eventual disparo, tem­se a arma disponível                         
e o fato realiza o tipo. 
2ª possibilidade de resposta → Ao contrário, se a munição não existe ou está em lugar                               
inacessível de imediato, não há a disponibilidade da arma de fogo, como tal ­ isto é, como                                 
artefato idôneo a produzir disparo e, por isso, não realiza a figura típica (Marcos Basílio do                               
TJ­RJ). Apelação Criminal nº 200905001234 da 1ª Câmara Criminal.  
  
2)​ São causas de inimputabilidade pelo Código Penal, EXCETO: (OAB/MG. 1ª Fase AGO/2006) 
a) doença mental, quando o agente perde, ao tempo da ação, a capacidade de                           
autodeterminação; 
Incorreta: b) embriaguez culposa. 
c) menoridade (18 anos) 
d) desenvolvimento mental retardado, quando o agente perde, ao tempo da ação, a capacidade                           
de autodeterminação. 
  
3)​ Walter ao chegar à casa de sua namorada Amélia a encontra abraçada a outro homem. Ao ver                                 
a cena é dominado pelo ciúme e desfere um soco no irmão de Amélia. Surpreendido pelo pai de                                   
Amélia é levado por este à Delegacia de Polícia. Lá chegando, Walter alega em sua defesa não                               
ser responsável pelos seus atos, pois havia bebido um pouco antes de encontrar sua namorada e                               
como não estava acostumado a beber perdeu o controle sobre seus atos. Diante do caso exposto                               
18 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
assinale a alternativa correta.  
a)     A defesa de Walter está correta, pois a sua embriaguez foi culposa, logo sua 
imputabilidade será excluída; 
b)     A defesa de Walter está correta, pois a sua embriaguez foi acidental, logo sua 
imputabilidade será excluída; 
Correta ⇒  c)      A defesa de Walter está incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha 
sido culposa, foi incompleta, logo não terá sua imputabilidade excluída; 
d)     A defesa de Walter está incorreta, pois ainda que a sua embriaguez tenha sido 
acidental, foi incompleta, logo não terá sua imputabilidade excluída. 
  
Aula 13: 
Teoria do Erro. Erro de Tipo​Estrutura do Conteúdo 
1. Conceito de Erro.  
2. Distinção entre Erro de Tipo e Delito Putativo por Erro de Tipo. 
3. Distinção entre  Erro de Tipo e Erro de Proibição:  
3.1  Natureza Jurídica e efeitos. 
4. Espécies de Erro de Tipo ­ Leia o art. 20, do Código Penal 
4.1   Essencial e Acidental. 
4.2   Escusável e Inescusável 
4.3   Erro provocado por terceiro ­ Leia o art. 20,§2°, do Código Penal. 
4.4   Erro sobre o objeto. 
4.5   Erro sobre pessoa. ­ Leia o art. 20,§3°, do Código Penal. 
4.6  Erro na execução (​aberratio ictus) e  Resultado diverso do pretendido (​aberratio criminis​)­                           
distinção. ­ Leia os art. 73 e 74, do Código Penal. 
­ Distinção entre Erro sobre pessoa e ​aberratio ictus. 
    ​ 4.7 Erro sobre o nexo causal ou aberratio causae. 
     4.8Descriminantes putativas, e as teorias extremada e limitada da culpabilidade. ­ Leia o art. 
20,§1°, do Código Penal. 
 
Casos Concretos: 
  
 ​1)​   Leia o texto caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras 
indicadas no plano de aula e pelo seu professor. 
  
PM mata vítima de assalto e ladrões fogem  
Fonte:  Folha Online, em Brasília , 08/04/2005 – última atualização  às 09h03. Disponível em: 
http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u476303.shtml 
“Vítima confundida com assaltante e morta com dois tiros disparados pela própria polícia, um                           
policial militar com pouco mais de três anos de experiência preso em flagrante e os verdadeiros                               
assaltantes, que fugiram a pé, soltos. Esse foi o final de uma desastrosa operação policial na                               
zona sul de São Paulo, ontem pela manhã. Segundo testemunhas, o caso caminhava para uma                             
solução tranqüila até que uma série de erros causou a morte de uma das vítimas e permitiu a                                   
fuga dos bandidos. Na confusão, o manipulador de laboratórioLuiz Francisco da Costa Batista,                           
22, foi atingido por engano no tórax e na perna. Ele morreu no hospital. O soldado da PM, Paulo                                     
Roberto Betinelli Rodrigues, 23, que atendia a chamada de roubo, foi indiciado por homicídio                           
doloso (com intenção) por ter dado os tiros e foi encaminhado para o presídio. Os criminosos                               
sequer foram identificados. Às 6h05, o comerciante Hildon Chaves, 50, futuro sogro de Batista,                           
tirava o carro da garagem, na vila Santa Catarina (zona sul), quando foi surpreendido por dois                               
ladrões. De acordo com Chaves, um dos assaltantes queria entrar na casa, onde estavam Batista                             
e outros familiares. 
A PM foi chamada. Chaves disse que já tinha conseguido convencer os ladrões a deixar o local.                                 
Eles tinham guardado as armas na cintura e estavam indo embora quando o primeiro carro da PM                                 
chegou. O comerciante disse que ele e os assaltantes foram obrigados a erguer os braços. Foi a                                 
partir daí, segundo Chaves, que os erros começaram. Mesmo rendido, um dos ladrões se                           
abaixou, jogou um revólver 38 embaixo do carro de Chaves e saiu em disparada. 
Nesse momento, um segundo carro da PM chegava ao local. Dois policiais saíram atrás do                             
suspeito e outros dois ­ entre eles Rodrigues­­ ficaram na frente da casa do comerciante. Batista                               
19 
Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
estava dentro da casa, mas saiu quando viu os policiais chegarem. Chaves disse que o segundo                               
assaltante tentou entrar na garagem, mas foi contido por seu futuro genro. 
"Ele [Batista] tentou conter o assaltante, que conseguiu se desvencilhar e fugir", relatou Chaves.                           
O criminoso passou pela frente do policial. Batista, que vinha atrás, levou dois tiros. "ele estava                               
de camiseta e cueca. Dava para ver que ele tinha acabado de acordar." 
O PM Rodrigues afirmou que a vítima apanhou a arma do assaltante e foi em sua direção.                                 
Chaves nega essa versão. "eu tinha o mesmo ângulo de visão do PM e não vi o Luiz Fernando                                     
[Batista] com a arma na mão, nem depois dos tiros, quando ele estava caído no chão", disse o                                   
comerciante.”Ante o exposto, com base nos estudos realizados  acerca das Teorias sobre o Erro,                         
qual tese defensiva poderá ser apresentada pelo Policial Militar ? 
Resposta: Poderia alegar erro na descriminantes putativas no hipótese de erro sobre                       
pressupostos fáticos, ou seja imaginou pelo fato de o homem estar com uma arma vindo na                               
sua direção, que era o ladrão e que iria disparar contra ele. Assim teria agido na sua vosão em                                     
legítima defesa putativa.​  
2) Sobre o erro no Direito Penal, assinale a alternativa INCORRETA:(Juiz de Direito/PR ­ 2007) 
Incorreta ⇒  a) O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas 
permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
b) É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe 
situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Contudo, não há isenção de pena 
quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo. 
c) Não responde pelo crime o terceiro que determina o erro: 
d) O erro quanto à pessoa contra a qual o crime é praticado não isenta de pena. Não se                                     
consideram, neste caso, as condições ou qualidade da vítima, senão as da pessoa contra                           
quem o agente queria praticar o crime.  
  
3) Assinale a alternativa correta sobre ​aberratio ictus, ​que ocorre quando o agente, por acidente                             
ou erro no uso dos meios de execução, em vez de atingir a pessoa que pretendia ofender, atinge                                   
pessoa diversa: (Exame OAB/SP­ 1 Fase. Jan/2007) 
Correta ⇒ a) o agente responde como se tivesse praticado o crime contra a pessoa que                               
pretendia ofender. 
b) não é possível ocorrer ​a aberratio ictus  ​numa causa justificada. 
c) no caso de ser também ofendida a pessoa que o agente pretendia ofender, aplica­se a                               
regra do concurso material. 
d) as ​expressões aberratio ictus  ​e  ​aberratio criminis ​são sinônimas.  
   
Aula 14:​Tema 
Teoria do Erro. Erro de Proibição. 
1. Erro de Proibição.  
   1.1  Natureza Jurídica  
   1.2  Efeitos quanto ao Dolo e à Culpabilidade 
2. Espécies de Erro de Proibição 
2.1              Escusável  
2.2              Inescusável 
2.3              Direto 
2.4              Indireto ou Erro de Permissão. ­ Leia o art. 21, do Código Penal. 
    3. Erro de Proibição, Descriminantes Putativas e Culpabilidade. ­ Leia os art.20, §1°,21 e 22 do 
Código Penal.  
 
Casos Concretos: 
  
1)    ​Leia o caso concreto abaixo e responda às questões formuladas com base nas leituras 
indicadas no plano de aula e pelo seu professor.  
Jonas, em viagem de férias ao pantanal, recebe de seu agente de turismo a proposta de                               
realizar uma pequena excursão à cidade de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia (saída de                             
Corumbá). Ao chegar à cidade boliviana, Jonas e as demais pessoas integrantes do grupo de                             
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Direito Penal I ­ Aulas e Caso Concretos Corrigidos 
Fonte: Universidade Estácio de Sá 
excursão,  visitam uma feira da região, na qual verificam que vários moradores estão                         
mascando folhas de coca. Com a intenção de fazer uma brincadeira com os amigos que                             
ficaram no Brasil, Jonas adquire, na referida feira, alguns pacotes de folha de coca. Em                             
seguida, descobre que um mercado próximo tinha à venda chá de coca industrializado e                           
decide adquirir dez caixas do produto. 
Alguns dias após a viagem à Bolívia, finda a excursão ao pantanal, ao tentar embarcar no                               
aeroporto de Campo Grande de volta à sua cidade de origem, Jonas é surpreendido por uma                               
revista detalhada de suas bagagens, pois ao serem analisadas pelos aparelhos de raio X                           
geraram suspeitas face ao formato dos embrulhos em seu interior.   
Ante o exposto, caso Jonas fosse preso em flagrante delito como incurso na conduta de tráfico de                                 
drogas, consoante o disposto nos art. 33, caput, §1°,inciso I  e art. 40, inciso I, todos da Lei n.                                     
11343/2006, poderia sustentar como tese defensiva o erro de proibição? 
Lei n. 11343/2006 
Art.33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à                     
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,ministrar,                   
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em                         
desacordo com determinação legal ou regulamentar: 
Pena – reclusão de 5 (cinco) a 15(anos) e pagamento de 500 (quinhentos) a 1500 (mil e                                 
quinhentos) dias­multa. 
§1° Nas mesmas penas incorre quem: 
I.                    Importa, exporta, remete, fabrica, adquire, vende, expõe à venda,                   
oferece, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,

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