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RESUMO DE DIREITO EMPRESARIAL (SOCIEDADES LIMITADAS)

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SOCIEDADE LIMITADA
– HISTÓRICO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
Originária da Alemanha, onde nasceu por força da Lei de 20 de abril de 1892, a sociedade limitada se tornou a mais comum em solo brasileiro, ganhando preferência de empresários e não empresários para o exercício de atividades de pequeno, médio e grande porte.
Sua criação é, em relação às demais sociedades, recente, e decorre da iniciativa de parlamentares, para atender ao interesse daqueles que queriam se beneficiar na exploração de atividade econômica, da limitação da responsabilidade típica das anônimas, mas sem atender às complexas formalidades destas, nem se sujeitar à prévia autorização governamental.
Nesse tipo societário, se cada sócio integralizar a parte que subscreveu no capital social – se cada um deles ingressar com o valor prometido no contrato – nada mais podem exigir os credores. Entretanto, se um, alguns ou todos deixarem de entrar com os fundos que prometeram, haverá solidariedade entre eles pelo total da importância faltante, perante a sociedade e terceiros.
Com a entrada em vigor do Código Civil 2002, a questão da legislação aplicável às sociedades limitadas perde a complexidade doutrinária. Desde então o regime disciplinar desse tipo societário é o do Código Civil.
Quando omisso o Código Civil na disciplina desse tipo societário, a disciplina supletiva pode ser a da sociedade simples ou a anônima, dependendo da vontade dos sócios.
Art. 1053 do CC/2002: A sociedade limitada rege-se, nas omissões deste Capítulo, pelas normas da sociedade simples. Parágrafo único. O contrato social poderá prever a regência supletiva da sociedade limitada pelas normas da sociedade anônima.
A aplicação às sociedades limitadas da Lei das Sociedades Anônimas, nos assuntos não regulados pelo capítulo próprio do Código Civil e quando prevista pelo contrato social, está sujeita a uma condição: a contratualidade da matéria, ou seja, a possibilidade de os sócios a regularem por manifestação de vontade – é pressuposto para a invocação da lei do anonimato como supletiva da disciplina específica das limitadas constante do código Civil.
Ex1. a sociedade limitada não pode emitir debêntures, pois a Lei das sociedades Anônimas somente é aplicável às limitadas nas matérias a respeito das quais podem os sócios contratar. Nos assuntos que escapam ao âmbito das negociações entre eles, não incide.
Ex2. no cômputo da maioria societária, entre os sócios da limitada, deve-se considerar o valor da quota integralizada, ou somente subscrita? Como se trata de matéria que pode ser objeto de negociação entre os sócios, omisso o Código Civil e estabelecida a regência supletiva pela LSA no contrato social, aplica-se o art. 110 desta, em que se encontra a regra geral de correspondência entre uma ação ordinária e um voto. Logo, nesta limitada, a maioria será computada proporcionalmente às quotas subscritas, a menos que o contrato social disponha em outro sentido.
– CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
O conceito-síntese contempla a sociedade limitada como sendo uma pessoa jurídica constituída por sócios de responsabilidade limitada à integralização do capital social, individualizada por nome empresarial que contém o adjuntivo limitada.
Todas as sociedades empresárias são compostas por pessoas e não existem sem capitais. A classificação é extraída da predominância de um ou de outro elemento e destina-se a facilitar a compreensão da estrutura peculiar a cada tipos societário.
A observância subsidiária das normas da sociedade simples pode conferir-lhe o caráter personalístico, mas nada obsta que seja formatada como sociedade de capitais, uma vez que o art. 1053 do CC/2002 enseja aos sócios prever a disciplina supletiva da sociedade limitada pelas regras da sociedade anônima, permitindo que a sociedade limitada seja rotulada como uma ou outra modalidade.
A sociedade limitada será considerada como sendo uma sociedade de pessoas quando:
-se o contrato social estipular cláusula que condicione a cessão de cotas sociais à anuência dos demais cotistas; ou
-se o contrato social silenciar sobre a cessão de cotas, mas declarar a impenhorabilidade; ou ainda
-se, omisso quanto a essas matérias, o contrato social estipular que, no caso de morte de um dos cotistas, os sócios supérstites decidirão sobre a apuração de seus haveres.
Fora dessas hipóteses, em que é relevante o elemento “pessoa do sócio”, a sociedade em tela terá uma configuração mais próxima da das sociedades de capitais.
– CONSTITUIÇÃO
A sociedade limitada se constitui por um contrato entre os sócios dotado de características próprias que explicam a sua peculiaridade. Tal contrato dá-se o nome de plurilateral, pois nestes, dois ou mais sócios assumem, cada um perante todos os outros, obrigações relacionadas à exploração conjunta de atividade econômica.
Outro principal efeito do contrato social é a criação de um novo sujeito de direito, a pessoa jurídica da sociedade. A celebração do contrato social não faz nascer apenas direitos e obrigações entre os sócios, cada um perante os outros, gera também, direitos e obrigações dos partícipes do contrato em relação à sociedade.
O contrato de constituição da sociedade limitada se desdobra em cláusulas dispositivas do acordo alcançado pelos sócios, distinguindo estas em essenciais e acidentais.
As cláusulas essenciais são as indispensáveis ao registro do instrumento na Junta. Se o contrato social não as contempla, a sociedade é válida e existe, mas não é regular, porque o seu documento constitutivo é insuscetível de arquivamento no registro de empresa. Já as cláusulas acidentais dizem respeito às relações entre os sócios, mas sua ausência não impede o atendimento à formalidade do registro.
As cláusulas essenciais do contrato de sociedade estão definidas no art. 997 do CC/2002 aplicável no que couber, às sociedades limitadas. As Juntas não podem arquivar o contrato social, se faltar qualquer dos elementos essenciais.
As cláusulas acidentais, são as que autorizam a retirada mensal de pro-labore, definem as conseqüências do falecimento de sócio e estabelecem o parcelamento do reembolso, nos casos de retirada e expulsão.
– DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS
- Integralização do Capital social;
- responsabilidade pelas obrigações sociais;
- Dever de Lealdade
– INTEGRALIZAÇÃO DO CAPITAL SOCIAL
A principal obrigação que o sócio contrai ao assinar o contrato social é a de investir, na sociedade, determinados recursos, geralmente referidos em moeda.
Na linguagem própria do direito societário, cada sócio tem o dever de integralizar a quota do capital social que subscreveu.
Se a sociedade limitada necessita de todo o capital subscrito, logo desde o início, a entrega deverá ser concomitante com a assinatura do contrato social. Caso tenha necessidade, no início, apenas de parte do capital subscrito, a entrega poderá ser contratada para momentos posteriores à constituição.
SÓCIO REMISSO
O sócio que não cumpre, no prazo, a obrigação de integralizar a quota é chamado remisso. Qualquer que tenha sido o modo de subscrição, os demais sócios podem, sempre, deliberar pela expulsão do remisso, preferindo-se à cobrança judicial do aporte contratado e indenização (CC 2002, art. 1004).
O sócio expulso da sociedade tem, em geral, direito ao reembolso de sua participação societária, cujo valor se calcula tomando-se por base o patrimônio líquido da sociedade e o percentual da contribuição para o capital social.
Quando se cuida, porém, de expulsão do sócio remisso, a repercussão econômica da desvinculação é diversa, e não se fala em reembolso mas, sim, em restituição das entradas realizadas, com o desconto do crédito da sociedade, originado da mora na integralização do seu capital (juros de mora, prestações estabelecidas no contrato mais despesas (CC 2002, art. 1058).
– RESPONSABILIDADES PELAS OBRIGAÇÕES SOCIAIS
A regra é a da irresponsabilidade dos sócios da sociedade limitada pelas dívidas sociais. Isto é, os sócios respondem apenas pelo valor das quotascom que comprometem, no contrato social (CC 2002, art. 1052). É esse o limite de sua responsabilidade.
À limitação da responsabilidade dos sócios, na limitada, corresponde a regra jurídica de estímulo à exploração das atividades econômicas.
O limite da responsabilidade dos sócios pelas obrigações da limitada é o total do capital social subscrito e não integralizado. Desse modo, consultado o contrato social da limitada, se dele consta encontrar-se o capital social totalmente integralizado, não há nenhuma responsabilidade dos sócios pelas obrigações sociais, de natureza negocial. A falta de bens do patrimônio da sociedade, sobre os quais pudesse ser efetivada a garantia de recuperação de crédito, significa perda do credor. Se, contudo, a cláusula do contrato social sobre o capital noticia a subscrição a prazo, é cabível a responsabilização dos sócios pelo montante necessário à integralização.
A lei não estabeleceu, para as sociedades limitadas, nenhum sistema de controle da realidade do capital social. Nas Sociedades Anônimas, todas as entradas devem ser depositadas em banco, no nome da sociedade em constituição, e o comprovante do depósito deve ser obrigatoriamente exibido à Junta Comercial.
ILIMITAÇÃO DA RESPONSABILIDADE
Os credores não negociais (o fisco, empregados e titulares de direito extracontratual à indenização) não têm instrumentos para preservar seus interesses em face da separação patrimonial da sociedade e da limitação da responsabilidade dos sócios. Todos deveriam ter direito de responsabilizar os sócios empreendedores, de forma ilimitada, pelas obrigações sociais. Contudo, o direito brasileiro tutela, convenientemente, apenas o credor tributário e o INSS.
Quer dizer, só cabe, por enquanto, considerar como exceções válidas à responsabilização limitada dos sócios, porque previstas em lei, as referentes aos créditos tributários (CTN, art. 135, III) e aos da Seguridade Social (Lei nº 8620/93 art. 13).
– DEVER DE LEALDADE
É dever do sócio colaborar com o desenvolvimento da sociedade, abstendo-se de praticar atos que possam prejudicar a empresa. Ele deve portar-se, em outras palavras, com lealdade em relação à limitada. Não pode, por exemplo, tumultuar o ambiente de trabalho, desautorizar atos de gerência ou, de modo geral, concorrer com a sociedade.
O descumprimento do dever de lealdade acarreta, no mais das vezes, apenas problemas internos à sociedade, que se resolvem, no limite, com a expulsão do sócio desleal.
EXPULSÃO DE SÓCIO
O sócio da limitada pode ser expulso (ou excluído) em quatro situações diferentes: 
a) se descumpre seus deveres de sócio;
b) se tem suas quotas liquidadas a pedido de credor;
c) se entra em falência;
d) se é declarado incapaz.
Na primeira hipótese, a expulsão é uma sanção, enquanto que nas demais não tem esse caráter.
No direito contratual, se o contratante deixa de cumprir obrigações contraídas, o vínculo se rescinde, por culpa dele. Transposta para as relações entre sócios da sociedade limitada, a regra da rescisão se manifesta na possibilidade de expulsão do sócio descumpridor de seus deveres.
– DIREITOS DOS SÓCIOS
São direitos inerentes à condição de sócio:
- participar do resultado social;
- fiscalizar a gestão da empresa;
- contribuir para as deliberações sociais;
- retirar-se da sociedade.
- PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS SOCIAIS
Na sociedade limitada, a política de distribuição dos resultados é matéria a ser negociada entre os sócios, de preferência mediante cláusula do contrato social. Nada impede, é certo, os sócios de contratar os critérios de distribuição num instrumento negocial apartado (acordo de quotista, por exemplo).
Se o contrato social eleger a LSA como diploma de regência supletiva e não disciplinar a destinação dos resultados, pelo menos metade do lucro líquido ajustado deve ser distribuído entre os sócios, no fim do exercício (LSA, art. 202). Caso não contemple cláusula nesse sentido, a sociedade limitada será regida apenas pelo Código Civil de 2002, em que não há nenhuma regra sobre a destinação do resultado. Neste último caso, se o contrato social estabelecer que a destinação será decidida pelos sócios, sem fixar nenhum percentual mínimo para os dividendos, a distribuição dos lucros será decidida pela maioria societária.
LUCRO E PRO LABORE
Os lucros remuneram o capital investido na sociedade.
O Pro labore, remunera o trabalho de direção da empresa. Seu pagamento deve beneficiar apenas os empreendedores que dedicaram tempo à gestão dos negócios sociais.
Os lucros, quando distribuídos, são devidos a todos os seus sócios; o pro labore ao sócio ou sócios que, pelo contrato social, tiveram direito ao seu recebimento.
- FISCALIZAÇÃO DA GESTÃO DA EMPRESA
A lei assegura ao sócio da limitada informações mínimas, ao dispor sobre o direito de consulta aos livros, caixa e carteira da sociedade (CC/2002, art. 1021), e mencionar a prestação de contas da administração (CC 2002, art. 1020).
Vejamos portanto, que a lei é insatisfatória ao dispor sobre os meios que o sócio tem para fiscalizar a gestão da sociedade limitada. Por essa razão, o minoritário deve, para preservar o seu investimento, contratar com os demais sócios um fluxo contínuo de informações gerenciais, que lhe permita avaliar a regularidade e economicidade dos atos de administração.
Entre os instrumentos de exercício do direito de fiscalização encontra-se a obrigação de os administradores prestarem contas à assembléia anual dos sócios. Até 30 dias antes da realização desta, a prestação de contas dos administradores deve, juntamente com as demonstrações contábeis relativas ao exercício anterior (balanço patrimonial e de resultados econômicos), ficar à disposição dos sócios que não exercem a administração. (art. 1078, §1º)
- CONTRIBUIÇÕES PARA AS DELIBERAÇÕES SOCIAIS
A extensão do direito de participar das deliberações sociais é proporcional à quota do sócio no capital social.
O sócio que contribui com mais da metade do capital social, nesse sentido, delibera sozinho.
ASSEMBLÉIA DE SÓCIOS
As deliberações dos sócios atinentes à estratégia geral dos negócios da sociedade (perfil promoção das vendas natalinas, dispensa ou não de empregados graduados, redução de custos administrativos, busca de ampliação de mercado, etc...) não dependem de nenhuma forma especial. Os sócios se encontram, falam ao telefone, participam de reuniões com prestadores de serviços, transmitem orientações ao administrador ou empregados – a decisão está tomada e encaminhada. São muitas vezes decisões importantíssimas para o desenvolvimento da empresa, mas não exige a lei nenhuma documentação ou registro específico. ?Revestem-se essas deliberações da forma oral.
Há por outro lado, deliberações dos sócios cujas validade e eficácia devem atender a determinados formalidades preceituadas em lei.
Os sócios só podem tomar certas deliberações reunidos em assembléia regularmente convocados quando: (art. 1071, 1066 § 1º e 1068)
a) modificação do contrato social;
b) incorporação, fusão e dissolução da sociedade;
c) cessação do estado de liquidação;
d) designação e destituição de administradores;
e) remuneração dos administradores;
f) impetração de concordata;
g) aprovação das contas da administração
h) nomeação e destituição de liquidantes e julgamentos de suas contas
i) eleição do conselho fiscal e fixação da remuneração de seus membros.
ASSEMBLÉIA DE SÓCIOS
A assembléia é obrigatória sempre que o número de sócios for superior a dez. Quando o número de sócios não ultrapassa a dez, o contrato social pode estabelecer que as deliberações serão adotadas em reunião de sócios.
Periodicidade das assembléias.
A assembléia de sócios deverá realizar-se pelo menos uma vez ao ano, nos quatro meses seguintes ao término do exercício social.
Deve constar da ordem do dia pelo menos três assuntos:
a) votação das contas dos administradores;
b) votação das demonstraçõescontábeis (balanço patrimonial e de resultado econômico);
c) designação de administrado e eleição do conselho fiscal, se for o caso.
Competência para convocação da assembléia
É dever do administrador, sempre que necessária a sua realização por disposição legal ou contratual.
Têm também competência para expedir o ato convocatório:
a) qualquer sócio, se os administradores, transcorridos mais de 60 dias, ainda não convocaram a assembléia prevista em lei ou contrato;
b) sócio ou sócio titulares de mais de 20% do capital social, se os administradores, transcorridos oito dias, não atenderem ao pedido de realizar a convocação por eles formulada com a devida fundamentação;
c) o conselho fiscal, se houver, quando, transcorridos 30 dias do termino do quarto mês seguinte ao fim do exercício social, os administradores não convocaram a assembléia ordinária ou se presentes motivos graves ou urgentes (arts. 1073 e 1069, V).
Modo de convocação
Devem ser publicados no Diário Oficial do Estado em tres inserções cada anúncio, devendo a primeira delas anteceder a realização da assembléia, em primeira convocação, no mínimo em oito dias; para a segunda convocação, o prazo mínimo da lei é de 5 dias (art. 1152, §3º.
A publicação do anúncio é dispensada em duas hipóteses: se todos os sócios estão presentes à assembléia ou haviam declarado por escrito estar cientes do local, data, hora e ordem do dia (art. 1072, § 2º)
Quorum de instalação
De acordo com o ar. 1074, a primeira convocação da assembléia se instala com sócios titulares de, no mínimo, ¾ do capital social; em segunda, com qualquer número.
REUNIÃO DE SÓCIOS
Se o número de sócios da sociedade limitada não ultrapassa a dez, a assembléia não é obrigatória. Nesse caso, o contrato social pode estabelecer que as deliberações sobre as matérias referidas no art 1071 do CC/2002 serão adotadas em reunião de sócios.
O contrato social que admitir deliberações em reunião de sócios pode também estabelecer regras próprias sobre a sua periodicidade, convocação (competência e modo), quorum de instalação, curso e registro dos trabalhos.
DIREITO DE RETIRADA DO SÓCIO
O sócio que não deseja mais participar da sociedade tem, à sua frente, duas alternativas:
-A primeira é a negociação de suas quotas;
-A segunda alternativa para o sócio que não quer mais integrar a sociedade limitada é a retirada.
Trata-se de direito inerente à titularidade de quotas sociais, denominado também de recesso ou dissidência.
Define-se retirada como o direito de o sócio se desligar dos vínculos que o unem aos demais sócios e à sociedade, por ato unilateral de vontade. Nessa hipótese, não há negociação. O sócio impõe à pessoa jurídica, por sua exclusiva vontade, a obrigação de lhe reembolsar o valor da participação societária.
Se a sociedade limitada for contratada por prazo indeterminado, o sócio pode retirar-se a qualquer momento (art. 1029);
Se for contratada por prazo determinado, o sócio não pode desligar-se das obrigações que contratou sem a concordância dos demais contratantes, enquanto não transcorrer o tempo escolhido de comum acordo. Se houver justa causa, admite-se a retirada por ordem do juiz (art. 1029), mas não é possível o sócio se desvincular da sociedade com prazo determinado mediante manifestação unilateral de vontade. O direito de retirada somente está condicionado à discordância relativamente a alteração contratual, incorporação ou fusão deliberadas pela maioria. (art. 1077).
O sócio que concorda em participar de limitada cujo contrato social consta expressamente cláusula elegendo a LSA como norma de regência supletiva renuncia ao direito de retirada imotivada.
O sócio retirante tem direito ao reembolso de sua participação societária, calculado com base no patrimônio líquido da sociedade.
DIREITO DE PREFERÊNCIA
Depois de integralizadas todas as quotas subscritas, os sócios podem, por maioria simples, deliberar o aumento do capital social da limitada (art. 1076, III).
No aumento do capital social mediante a subscrição de novas quotas, é assegurado aos sócios o direito de preferência. Nos 30 dias seguintes à deliberação do aumento, adotada em assembléia ou reunião de sócios, devem os interessados em manter a mesma participação proporcional na sociedade manifestar à administração o exercício da preferência.
Vencido o prazo sem que a administração tenha recebido de um ou mais sócios a manifestação do exercício do direito de preferência, as quotas não subscritas serão oferecidas aos que o exerceram naquele aumento, também à proporção das respectivas quotas (direito de acrescer).
Restando ainda quotas não subscritas, por desinteresse dos sócios, estas serão oferecidas a terceiros não sócios, definidos pela administração ou pela maioria societária.

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