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Súmula da matéria da disciplina “Ambientes Aquáticos Continentais e de Transição” para a primeira avaliação
Quando chove, uma parte da água infiltra no solo, com maior ou menor rapidez, dependendo da textura desse solo. Quando este é arenoso, a infiltração é maior e mais rápida. Se for argiloso, por ser mais compacto, a infiltração é menor, mais lenta e rapidamente, o solo fica saturado, e passa a acumular água, encharcando. Diz-se então que solos argilosos rapidamente atingem, a “capacidade de campo”.
	A água que não infiltra escoa superficialmente no solo, até atingir o leito de um rio principal, ou diretamente, ou percorrendo córregos, igarapés, riachos, ou mesmo rios que sejam afluentes do rio principal. É devido a esse escoamento superficial (“run-off) que se forma a bacia hidrográfica. O destino da água da chuva que escoa superficialmente em toda a bacia hidrográfica é o rio principal, que dá nome à bacia. Ex.: Em toda a bacia hidrográfica do rio Bacanga, quando chove, a águia que escoa na superfície do solo chega ao rio Bacanga.
 	Bacia hidrográfica é, pois, definida como sendo a área drenada por um rio principal, por seus afluentes e subafluentes, os quais formam, dessa maneira, uma rede hidrográfica.
Os limites entre as bacias hidrográficas encontram-se nas partes mais altas do relevo e são denominados divisores de água, pois delimitam as bacias. 
Outro modo de definir bacia hidrográfica é compreendê-la como sendo a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
Bacia hidrográfica é a unidade de planejamento e gestão ambiental considerada a mais eficaz.
Os rios permanentes ou perenes normalmente têm nascente ou nascentes, caracterizadas por “olhos d’água” por onde jorra a água do lençol subterrâneo, devido à diferença de relevo e devido ao afeito de vasos comunicantes. 
Já os rios temporários, conhecidos como “rios de chuva”, não têm nascente ou nascentes. Há apenas um ponto onde começam os fluxos da água da chuva que escoa superficialmente. 
Os componentes principais de um rio permanente são: a) a(s) nascente(s): b) o leito por onde as águas do rio escoam ou fluem; c) as margens com a vegetação ciliar que o protege; d) a foz, que é o lugar onde o rio desemboca, por isso mesmo chamado também de desembocadura. 
Quando o rio deságua em oceano, ou em uma reentrância do oceano, a foz é denominada estuário. Ambientes estuarinos quase sempre são colonizados por manguezais o que lhes confere alta relevância ecológica, devido à sua riqueza de nutrientes que existe nesses locais, o que lhes garante a função de berçário e criatório para múltiplas teias alimentares. 
Para a identificação das margens de um rio, basta ficar de frente para a foz. À esquerda está a margem esquerda e à direita, a margem direita.
Uma forma bastante simples de orientação e de referenciamento em um rio é a utilização dos conceitos de montante e de jusante: 
Jusante, em hidráulica, é todo ponto referencial ou seção de rio compreendido entre o observador e a foz de um curso d’água, ou seja, rio-abaixo, em relação ao ponto onde o observador se encontra. Esta palavra provém do latim (jusum), que também significa "para o lado da foz". 
Portanto, tudo o que está abaixo do ponto de referência, ao longo do curso do rio até à foz, diz-se que se situa "a jusante" (águas abaixo).
Do mesmo modo, tudo que se situa acima do local onde está o observador diz-se que se situa "a montante" do mesmo ponto.
Montante, em hidráulica, é todo ponto referencial ou seção de rio que se situa antes deste ponto referencial de um curso de água. Sendo assim, a foz de um rio é o ponto mais a jusante deste rio, assim como a nascente é o seu ponto mais a montante. Este ponto referencial pode ser uma cidade às margens do rio, uma barragem, uma cachoeira, um afluente, uma ponte, um dique. Tudo que está acima do ponto de referência subindo a correnteza do rio diz-se que se situa “a montante” (águas acima), enquanto tudo que se situa abaixo diz-se que se situa a jusante do ponto de referência.
Assim, suponhamos que haja uma barragem num determinado ponto de um curso d'água. Neste caso, denomina-se de montante o trecho que fica compreendido entre a barragem e a nascente. O trecho compreendido entre a barragem e a foz chama-se de jusante.
Além dos rios, os lagos constituem ambientes aquáticos continentais naturais de grande relevância. 
Há, também, muitos ambientes aquáticos artificiais, tais como:
Reservatórios feitos para produzir energia hidrelétrica, como é o caso de Tucuruí, Boa Esperança, Itaipu, além de outros. Estes ambientes resultam do barrageamento de um rio, com o objetivo de acumular água em volumes elevados, de modo a estabelecer uma grande diferença de nível entre a altura da lâmina d’água desse novo ambiente e o leito normal do rio a jusante da barragem, onde se instalam turbinas que geram energia elétrica;
Açudes, que resultam também da construção de uma barragem em um curso d’água, aproveitando-se uma depressão no relevo. O tamanho de um açude, ou a sua capacidade varia conforme o fim a que se destina. O açude de Orós, no Ceará, por exemplo, foi construído para acumular água com objetivos múltiplos: água para o consumo, para irrigação, para recreação, para a criação de peixes, para navegação etc....Há açudes grandes, médios e pequenos, estes geralmente construídos em propriedades particulares, ou em áreas comunitárias;
Viveiros de aquicultura, construídos de diversas formas, nas com um só objetivo: cultivar organismos aquáticos;
Áreas inundáveis, representados por áreas de baixo relevo, com solo argiloso. Nos períodos de alta pluviosidade, os rios transbordam, essas áreas rapidamente ficam saturadas e inundam, ficando inundadas durante todo o período de chuvas. 
As características mais importantes de todos os ambientes aquáticos continentais são:
I – Todos esses ambientes possuem três interfaces: água-ar; água-organismos e água-sedimento; 
II - Todos esses ambientes possuem uma “coluna d’água”, isto é o espaço compreendido entre a superfície da lâmina d’água e o sedimento;
III – Todos esses ambientes possuem metabolismo, isto é o conjunto de processos que ocorrem durante a produção (fotossíntese), a decomposição da matéria orgânica e o consumo de Oxigênio Dissolvido;
IV – Todos esses ambientes possuem uma morfometria, isto é, a associação entre as suas dimensões e suas formas, as quais são bastante importantes para o funcionamento do ambiente;
V – Todos esses ambientes têm um Tempo de Residência, isto é, a quantidade de água de cada ambiente varia em função de uma série de variáveis. Tempo de Residência é a relação entre o volume de água de um ambiente e a sua vazão.
Da inter-relação dessas três interfaces e da morfometria do ambiente resulta o funcionamento do ambiente, isto é, o seu metabolismo. Em cada interface atua um conjunto de variáveis. 
Assim, na interface água-ar atuam os fatores meteorológicos (vento, chuva, radiação solar, temperatura do ar atmosférico, pressão atmosférica, umidade relativa, evaporação etc). 
Na interface água-organismos atuam as variáveis que atuam na coluna d’água, isto é, as variáveis limnológicas, que se agrupam em dois conjuntos: 1) o grupo das variáveis físico-químicas; e 2) o grupo das variáveis biológicas.
As variáveis físico-químicas são: a) Perfil térmico vertical; b) Condutividade elétrica; c) pH, alcalinidade e sistema CO2; d) radiação solar; e) Oxigênio Dissolvido, Demanda Química de Oxigênio (DBO) e Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5;); f) Material em Suspensão; g) Tempo de Residência; h) Coeficiente de Transparência Relativa (CTR); i) Nutrientes inorgânicos.
Os nutrientes inorgânicos essenciais são: a) o Nitrogênio, fundamental para a formação dos aminoácidos e das proteínas, e que ocorre sob as formas do íon Amônio (NH4), do Nitrito (NO2) e do Nitrato (NO3); b) o Fósforo, essencial para o transportede elétrons, e que ocorre sob as formas de Fósforo Total (PT) e Fósforo Inorgânico Dissolvido, também chamado de Ortofosfato (PO4); e c) o silicato.fundamental para as algas diatomáceas. 
Na interface água-sedimento atuam principalmente as variáveis geoquímicas das quais depende largamente a qualidade da água do ambiente.
Só relembrando:
CTR = Zds/Zmáx,
Onde: CTR = Coeficiente de Transparência Relativa;
Zds =Profundidade do disco de Secchi (onde ocorre a extinção da luz);
Zmáx = Profundidade máxima.
Tempo de residência da água (ou Tempo de retenção, ou Tempo de detenção, é a relação entre o Volume e a Vazão, ou seja:
T. de Resid = Volume/Vazão. 
1 mm de chuva equivale à precipitação de 1 L de chuva por metro quadrado, ou seja:
1mm de chuva = 1 L/m2
Vazão = volume/Tempo, mas pode também ser calculada pela fórmula: 
 Vazão = Velocidade da água num trecho de um rio * Área da seção;
Um ambiente está estratificado termicamente, quando há formação de termoclina. Só há termoclina, se na coluna d’água houver diferença de temperatura de um estrato para outro igual ou superior a 1° C/m.

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