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Requerimentos nutricionais

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REQUERIMENTOS NUTRICIONAIS 
 
Necessidades nutricionais – São as quantidades de energia e de 
nutrientes biodisponíveis necessários para a manutenção dos processos vitais. 
Variam conforme idade, sexo e atividade física. 
São considerados a quantidade de energia e nutrientes utilizados nos 
processos digestivos e de absorção intestinal. 
Recomendações nutricionais – São estimativas da quantidade de 
energia e nutrientes dos alimentos consumidos que satisfazem as 
necessidades nutricionais da maioria dos indivíduos de uma população sadia. 
Baseiam-se nas cifras das necessidades, corrigidos pela 
biodisponibilidade, às quais se adiciona a quantidade necessária para cobrir a 
variabilidade individual e, no caso de algum nutriente, acrescenta-se também 
quantidade adicional como margem de segurança. 
Portanto: as necessidades de nutrientes são inferiores às 
recomendações. 
Para abordar o estudo das necessidades energéticas e de outros 
nutrientes formou-se, desde a década de 40, comitês de especialistas que 
começaram a se reunir sistematicamente com o objetivo de 
determinar, cientificamente, a quantidade de cada um dos nutrientes para o 
organismo manter-se saudável. 
Temos o grupo de peritos da FAO/OMS, que é o mais antigo de todos, o 
da Universidade das Nações Unidas - UNU e por sinal, os três organismos 
formam um Comitê que atua em conjunto até hoje. 
Além destes, há dois importantíssimos órgãos que também determinam 
as recomendações nutricionais no mundo . Um deles é o "National Research 
Council"-NCR (Conselho de Investigação Nacional) e o outro é o"Food and 
Nutrition Board" (Junta de Alimentação e Nutrição). Ambos são os 
responsáveis pela formulação da "Recommended Dietary Allowance" - 
RDA, que consiste na estimativa das necessidades energéticas e na 
recomendação de nutrientes para indivíduos sadios, revisada em 1989 e 
substituída pela Ingestão Dietética Recomendada – IDR, em 1998, conforme 
segue: 
 RDA (Recommended Dietary Allowances) são as Recomendações 
Nutricionais para a população americana sadia, estabelecidas pela Food and 
Nutrition Board (FNB) da National Research Council (NRC), National Academy 
of Sciences dos Estados Unidos da América. São revisadas e publicadas 
periodicamente. A última edição ocorreu em 1989. 
Em 1989, RDAs foram definidas como os níveis de ingestão de 
nutrientes adequados para atender às necessidades de praticamente toda 
população sadia. São estabelecidas segundo vários critérios e tipos de 
evidências científicas, como por exemplo estudos epidemiológicos de avaliação 
de consumo, observando-se as médias e geralmente acrescentando-se dois 
desvios-padrão, garantindo-se com isso que sejam satisfeitas as necessidades 
da maioria da população (97 – 98%). 
No momento de revisão da RDA/1989, os cientista americanos 
decidiram estabelecer uma nova estrutura para suas Recomendações 
Nutricionais e desenvolveram as DRIs (Dietary Reference Intakes/ Ingestão 
Dietética de Referência), substituindo as revisões periódicas das RDAs. 
Comparando-se as RDAs e DRIs até então publicadas, observam-se 
diversas mudanças, dentre elas é importante destacar que foram alteradas as 
quantidades de diversos nutrientes e as faixas-etárias até então utilizadas. 
Outra “novidade” é que as DRIs pretendem estabelecer não mais um único 
valor de referência do nutriente, mas um conjunto de 4 níveis de ingestão: 
A) RDA (Recommended Dietary Allowance/ Ingestão diária 
recomendada): mantém o seu conceito inicial da quantidade de nutrientes 
suficiente para atender às necessidades diárias da maioria da população (97 – 
98%), obtida pela avaliação do consumo médio e geralmente acrescidas de 
dois desvios-padrão. 
B) EAR (Estimated Average Requerement/ Estimativa média de 
requerimento): é o valor médio de ingestão diária, quantidade suficiente para 
suprir às necessidades de 50% da população. 
C) AI (Adequate Intake/ Ingestão adequada): é também o valor médio de 
ingestão diária de um nutriente, mas que ainda não existem evidências 
científicas suficientes para o estabelecimento de uma RDA/EAR. 
 
D) UL (Tolerable Upper Intake Level): é o limite máximo de ingestão 
diária de um nutriente, tolerável biologicamente, disponível ao indivíduo pelo 
consumo de alimentos, alimentos fortificados, suplementos e também a água. 
 Foram estabelecidas limites máximos de segurança para a utilização de 
nutrientes pelas DRIs, principalmente devido ao crescente consumo de 
suplementos nutricionais e o uso de alimentos fortificados, foram estabelecidas 
para alguns nutrientes quantidades máximas de ingestão, que em hipótese 
nenhuma devem ser entendidas como “recomendações”. São quantidades 
definidas como UL, que improvavelmente causem efeitos adversos a saúde do 
indivíduo. Na última publicação, por exemplo, foi estabelecido UL da vitamina C 
de 2000 mg /dia, cuja recomendação para indivíduos adultos aumentou de 60 
mg /dia para 90 mg /dia. 
Ainda não temos DRIs para todos os nutrientes, aguardamos as 
publicações para energia, proteínas e talvez outros macronutrientes, assim 
como vitamina A, K, ferro, zinco, iodo e provavelmente outros nutrientes até 
então não estabelecidos pela RDA de 1989. 
 IDR que observamos nos rótulos de alimentos, não é a “tradução” da 
DRI, muito menos “Recomendações Nutricionais” para a população brasileira. 
A IDR (Ingestão Diária Recomendada) é uma Portaria do Ministério da Saúde, 
publicada em 1998, unicamente com a finalidade de padronizar informações 
nutricionais para Rotulagem de Alimentos, principalmente quanto a 
porcentagem de atendimento às necessidades nutricionais. 
Tradicionalmente usamos as RDAs e as Recomendações da SBAN 
(Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição), publicadas em 1990, para a 
Avaliação e o Planejamento de Dietas Adequadas. As mudanças propostas 
pelas DRIs, apesar de destinadas a população americana e canadense, devem 
ser consideradas pelos profissionais nutricionistas e na medida do possível 
adaptadas e usadas criteriosamente na sua realidade. 
 
Cobre, Manganês, Flúor, Cromo e Molibdênio: 
Para estes nutrientes essenciais, os dados disponíveis são insuficientes 
para estabelecer uma ingestão recomendada : Esses dados são conhecidos 
como Ingestão Alimentar Diária Segura e Adequada – IADSA . São 
apresentados em intervalos considerando limites inferiores e superiores como 
limite de segurança. 
Sódio , Cloro e Potássio: 
Para estes eletrólitos foram determinadas as necessidades mínimas pela 
dificuldade de se estabelecer ainda, alguns parâmetros mais seguros. 
No informe técnico da FAO/OMS/UNU, publicado em 1985, verifica-se 
que a necessidade energética de um indivíduo é a quantidade de energia 
alimentar que deve ser ingerida para compensar o gasto energético, de acordo 
com o tamanho, composição corporal e grau de atividade física, para a 
manutenção de bom estado de saúde. Também foi sugerido que essas 
necessidades de energia fossem calculadas como múltiplos do metabolismo 
basal, levando em consideração a idade e sexo do indivíduo e o grau de 
atividade física. O mesmo foi seguido também pela "NCR" e "Food and 
Nutrition Board", em 1989. 
Em 1990: Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição – SBAN , 
publica:“ Aplicação das Recomendações de Nutrientes para a População 
Brasileira” e propõe recomendações especiais para a família da população 
brasileira que satisfaz as necessidades de todos os membros da família. 
O comitê da FAO/OMS reviu a distribuição de macronutrientes em 
relação ao Valor Energético Total da dieta e estabeleceu algumas 
recomendações. 
Comparação das proporções dos macronutrientes em relação ao VCT segundo 
Recomendaçõesda FAO/OMS e SBAN: 
 
 
% do VCT FAO / OMS 
(antigo) 
FAO/OMS (1990) SBAN (1990) 
Proteínas 10 a 15 % 10 a 15 % 10 a 12 % 
Hidratos de 
carbono 
50 a 60 % 55 a 75 % 60 a 70 % 
Lípideos 25 a 30 % 15 a 30 % 20 a 25 % 
 
Em 2008 o Ministério da Saúde publicou o Guia Alimentar para a 
população brasileira, com recomendações gerais e dividido em 7 diretrizes 
básicas e duas especiais. 
As diretrizes fornecem a base para a promoção de sistemas 
alimentares saudáveis e do consumo de alimentos saudáveis, com o objetivo 
de reduzir a ocorrência dessas doenças na população brasileira maior de 2 
anos (crianças, adolescentes, adultos e idosos).

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