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Resumo Endócrino

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RESUMO ENDÓCRINO – RITA ETRUSCO
CAPÍTULO 74 - Introdução à Endocrinologia
COORDENAÇÃO DAS FUNÇÕES CORPORAIS POR MENSAGEIROS QUÍMICOS
- Neurotransmissores: liberados pelos axônios dos neurônios nas junções sinápticas
- Hormônios endócrinos: liberados pelas glândulas ou células especializadas no sangue circulante
- Hormônios neuroendócrinos: liberados por neurônios no sangue circulante
- Sistema parácrino: a substância é secretada pelas células no liquido extracelular e afeta as células vizinhas de outro tipo.
- Sistema autócrino: a substância é secretada pelas células no liquido extracelular e afeta a própria célula produtora.
- Citocinas: são secretadas pelas células no líquido extracelular e pode ter função autácrina, parácrina ou endócrina.
	Adipocinas (leptina): hormônio produzido pelo tecido adiposo.
Para que o hormônio atue em determinado tecido, é necessário que este possua os receptores para este hormônio. Alguns hormônios possuem receptores de ligação em diversos tecidos (STH e tiroxina), enquanto outros têm ação bem restrita (ACTH e hormônios ovarianos).
 
- Ver figura 74-1 e tabela 74-1
ESTRUTURA QUÍMICA E SÍNTESE DE HORMÔNIOS
- Os hormônios podem ser divididos em três classes:
	Proteínas e polipeptídeos (hormônios hipofisários, insulina, glucagon, partormônio e outros): são armazenados em vesículas secretoras até que sejam necessários. O estímulo para a liberação é o aumento da concentração citosólica de cálcio (despolarização) ou aumento do AMPc por estimulação do receptor. São hidrossolúveis e por isso entram facilmente na circulação.
	Esteróides (cortisol e aldosterona, estrogênio, progesterona e testosterona): são sintetizados a partir do colesterol plasmático e não são armazenados, embora possam ser rapidamente sintetizados a partir do colesterol presente na célula após estímulo. Como são lipossolúveis, entram na circulação por difusão e são transportados por proteínas plasmáticas.
	Derivados da tirosina (T3 e T4, epinefrina e norepinefrina): os hormônios da tireoide são armazenados em macromoléculas de tireoglobulina e após serem liberados no sangue são transportados pela globulina de ligação à tiroxina, que lentamente libera o hormônio para os tecidos. A medula adrenal secreta 4x mais epinefrina que norepinefrina e ambas são armazenadas em vesículas pré-formadas. Após serem liberadas no sangue podem ser encontradas na forma livre ou conjugadas com outras substâncias.
- O transporte por proteínas plasmáticas dos hormônios esteroides constitui-se num importante reservatório para reabastecer a forma livre, quando esta está ligada a receptores nos órgãos-alvo. A ligação às proteínas lentifica a depuração do hormônio no plasma.
CONTROLE POR FEEDBACK DA SECREÇÃO HORMONAL
- Feedback negativo: o hormônio ou um de seus produtos exerce efeito inibidor sobre a sua secreção, impedindo a hipersecreção ou hiperatividade. Os sinais de feedback negativo só se tornam suficientemente potentes quando o grau de atividade do hormônio no tecido-alvo está exacerbada (se tiver muito hormônio, mas não tiver fazendo efeito no tecido-alvo, o feedback negativo não ocorre).
- Feedback positivo: o hormônio ou um de seus produtos exerce efeito estimulador sobre sua secreção, gerando hipersecreção ou hiperatividade. Ex: antes da ovulação, o estrogênio estimula a hipófise anterior a secretar LH. O LH atua nos ovários, aumentando a secreção de estrogênio que, por sua vez, aumenta a secreção de LH. Somente quando o LH atinge sua concentração apropriada (pico), ocorre feedback negativo.
- O controle hormonal é feito por variações de feedback negativo e positivo, que ocorrem por alterações sazonais, desenvolvimento e envelhecimento, ciclo circadiano e sono (STH aumenta no início do sono e diminui depois).
MECANISMOS DE AÇÃO DOS HORMÔNIOS
Para ter efeito na célula, o hormônio deve ligar-se ao seu receptor específico, que por estar na membrana, no citoplasma ou no núcleo. Os receptores da membrana são específicos para hormônios proteicos, peptídicos e catecolamínicos; os receptores citoplasmáticos são para os hormônios esteroides; e os receptores nucleares para os hormônios da tireoide.
O número de receptores varia durante o dia ou de acordo com os níveis de hormônio: se há muito hormônio, ocorre dessensibilização do receptor (down-regulation) por inativação de algumas moléculas, pelo sequestro temporário do receptor, pela destruição do receptor pelos lisossomos ou pela diminuição na produção dos receptores.
O estímulo à produção de determinados hormônios leva à um up-regulation dos receptores: aumenta a produção de receptores ou de moléculas de sinalização intracelular, tornando o tecido mais sensível à ação do hormônio.
Receptores Hormonais
Receptores Ligados a Canais Iônicos
Substâncias neurotransmissoras como acetilcolina e norepinefrina combinam-se com seu receptor na membrana pós-sináptica e provocam abertura ou fechamento de canais de um ou mais íons (embora alguns hormônios façam isso diretamente, na maioria das ocorre de forma indireta, através da ação da proteína G).
Receptores Hormonais Ligados à Proteína G
Existem muitos receptores acoplados à proteína G e todos eles têm 7 segmentos transmembrana. A proteína G inativa possui 3 subunidades: alfa (está ligada ao GDP), beta e gama.Quando o hormônio se liga, o GDP é trocado por GTP e isso faz com que a subunidade alfa de dissocie das demais e se ligue à proteínas de sinalização intracelular, que alteram a atividade dos canais iônicos ou de enzimas intracelulares como adenilato ciclase ou fosfolipase C, levando ao efeito. Quando o hormônio se desliga do receptor, o GTP é trocado por GDP e a subunidade alfa volta a se ligar com as demais, encerrando o efeito.
Receptores Hormonais Ligados a Enzimas
Quando o hormônio se liga à parte extracelular do receptor, a parte intracelular ativa (ou, ocasionalmente, inativa) uma enzima.
Receptores Hormonais Intracelulares e Ativação de Genes
Hormônios lipossolúveis se ligam a receptores intracelulares (citoplasma ou núcleo) e o complexo hormônio-receptor se liga, então, ao DNA regulador, ativando ou reprimindo a transcrição de genes específicos e a formação de RNA mensageiro. Esses receptores são iguais em diversas partes do corpo, mas em cada tecido modulam a atividade de um gene.
Mecanismos de Segundo Mensageiro para Mediar Funções Hormonais Intracelulares
O único efeito DIRETO do hormônio na célula é ativar o receptor, o segundo mensageiro é que faz o restante.
 - AMPc: a proteína G estimula a adenilato ciclase (proteína G estimuladora), que catalisa a conversão de ATP em AMPc, que ativa a cascata de enzimas. A proteína G pode, entretanto, inibir a adenilato ciclase (proteína G inibitória), reduzindo a formação de AMPc e inativando a cascata enzimática. A resposta depende do tipo de célula.
	ACTH, Catecolaminas (receptores beta), FSH, glucagon, LH, PTH e TSH
- Fosfolipídeos de membrana: alguns hormônios ativam receptores que ativam a fosfolipase C, que catalisa a degradação de alguns fosfolípides de membrana, principalmente o difosfato de fosfatidilinositol (PIP2) em trifosfato de inositol (IP3) e diacilglicerol (DAG). O IP3 mobiliza o cálcio das mitocôndrias e do RE e o cálcio produz os seus efeitos (contração da musculatura lisa e alterações da secreção celular). O DAG ativa PKC que fosforila proteínas levando à resposta celular. A parte lipídica do DAG (ácido araquidônico) gera prostaglandinas e outros hormônios locais.
	Angio II (músculo liso vascular), catecolaminas (receptores alfa), GnRH, Ocitocina, TRH
- Cálcio-calmodulina: a ligação do hormônio no receptor abre os canais de cálcio. O cálcio entra, se liga à calmodulina, que altera sua conformação, ativa proteinocinases dependentes da calmodulina e inicia múltiplos efeitos na célula.
Hormônios que Atuam Principalmente sobre a Maquinaria Genética da Célula
- Hormônios esteroides aumentam a síntese proteica (córtex adrenal, ovários e testículos) e têm ação lenta.
- Hormôniostireoideanos aumentam a transcrição genética no núcleo das células. Uma vez ligados ao receptor demoram para se desligar – efeito prolongado.
CAPÍTULO 75 – Hormônios Hipofisários
A HIPÓFISE E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO
- Hormônios da hipófise anterior (adeno-hipófise): 
GH: síntese proteica e diferenciação celular (somatotropos: 30-40%; acidófilos)
Adrenocorticotropina: controle da secreção de hormônios adrenocorticais (corticotropos: 20%)
Tireotropina: controle da secreção de T3 e T4 (tireotropos)
Prolactina: desenvolvimento da glândula mamária e produção de leite (lactotropos)
FSH e LH: crescimento de ovários e testículos e suas atividades hormonais e reprodutivas (gonadotropos)
- Hormônios da hipófise posterior (neuro-hipófise): os corpos das células localizam-se no hipotálamo e os hormônios são transportados do hipotálamo para a hipófise pelo axoplasma.
	ADH (hormônio antidiurético ou vasopressina)
	Ocitocina: ejeção do leite pelas glândulas mamárias e possível papel durante o parto
O HIPOTÁLAMO CONTROLA A SECREÇÃO HIPOFISÁRIA
A secreção da hipófise posterior é controlada por sinais neurais que se originam no hipotálamo. Já a secreção da adeno-hipófise é controlada por hormônios hipotalâmicos liberadores ou inibidores, secretados pelo hipotálamo e levados à hipófise através do sistema porta hipotalâmico-hipofisário. 
Hormônios Liberadores e Inibidores Hipotalâmicos (Eminência Mediana)
Os hormônios liberadores exercem maior influência sobre a secreção de todos os hormônios hipofisários, exceto sobre a prolactina, sobre cuja secreção o hormônio inibidor exerce maior efeito que o liberador.
	Hormônio liberador de tireotropina (TRH)
	Hormônio liberador de corticotropina (CRH)
	Hormônio liberador de hormônio do crescimento (GHRH)
	Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (GHIH) - ou somatostatina
	Hormônio liberador de gonadotropina (GnRH)
	Hormônio inibidor da prolactina (PIH)
FUNÇÕES FISIOLÓGICAS DO HORMÔNIO DO CRESCIMENTO (OU SOMATOTROPINA)
Diferentemente dos demais hormônios hipofisários, que exercem seus efeitos através de glândulas-alvo, o GH exerce seu efeito diretamente sobre todos ou quase todos os tecidos do corpo, promovendo seu crescimento.
- Aumento da síntese e reduz a destruição de proteínas
- Aumento da mobilização de ácidos graxos como fonte de energia
OBS: Excesso de GH pode mobilizar muita gordura e levar à formação de muito ácido acetoacético pelo fígado, levando a uma cetose. A gordura pode ser depositada no fígado, gerando esteatose hepática.
- Redução na utilização de glicose (conserva carboidratos)
	Atenuação da ação da insulina, diminuindo a captação de glicose pelas células. A causa dessa “resistência à insulina” pode ser o aumento de ácidos graxos circulantes.
	Aumento compensatório da produção de glicose pelo fígado
	Aumento compensatório da secreção de insulina
- Efeito diabetogênico: o excesso de GH pode provocar alterações semelhantes às encontradas no diabetes tipo II.
- Para que o hormônio promova o crescimento é necessário que haja atividade apropriada de insulina (participa também do transporte de aminoácidos para as células) e disponibilidade adequada de carboidratos, que fornecem energia necessária ao metabolismo do crescimento.
- Crescimento ósseo: promove a união da diáfise com a epífise (crianças) e estimula os osteoblastos, que promovem o crescimento do osso em espessura (crianças e adultos)
- O efeito do GH se dá através do estímulo à produção de somatomedinas principalmente pelo fígado, que vão promover o crescimento. Muitos dos efeitos das somatomedinas se assemelham aos efeitos da insulina sobre o crescimento, de forma que estas são chamadas de fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs).
	Pigmeus africanos não produzem somatomedina C, impedindo a ação do GH – baixa estatura.
	Injeção de GH provoca crescimento local do tecido – questionar papel ESSENCIAL das somatomedinas.
	GH tem meia-vida curta no sangue, diferentemente da somatomedina C (prolongamento do efeito).
Regulação da Secreção de GH
	Estimulam secreção de GH
	Inibem secreção de GH
	Hipoglicemia
	Hiperglicemia
	Pouco ácido graxo livre no sangue
	Muito ácido graxo livre no sangue
	Aumento de aminoácidos no sangue
	Envelhecimento
	Jejum ou deficiência proteica
	Obesidade
	Estresse e exercício físico
	Hormônio inibidor de GH (somatostatina)
	Estágios iniciais do sono profundo
	Hormônio do crescimento exógeno (feedback negativo)
	Hormônio liberador de GH
	Somatomedinas (IGFs)
- O hormônio liberador de GH exerce maior influência que a somatostatina
- GHRH e somatostatina são produzidos na mesma área do hipotálamo responsável pela sensação de saciedade na hiperglicemia e pela fome na hipoglicemia.
- O GHRH se liga a receptores nos somatotropos e desencadeiam um sistema de segundo mensageiro através do AMPc, cujo efeito a curto prazo é o aumento do cálcio intracelular (fusão das vesículas e liberação de GH) e a longo prazo é o aumento da transcrição de genes de síntese de GH.
- GH exógeno -> feedback negativo: não se sabe se inibe GHRH ou se estimula somatostatina.
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO DE GH
Pan-Hipopituitarismo = secreção reduzida de hormônios da adeno-hipófise
- Pode ser congênito ou ocorrer ao longo da vida
Nanismo
- Geralmente resultado de pan-hipopituitarismo na infância
- Proporção entre as partes do corpo, mas todas pouco desenvolvidas
- Se somente a secreção de GH estiver comprometida, o paciente desenvolve maturidade sexual (1 terço dos casos)
- Pigmeus africanos: níveis normais ou até aumentados de GH, porém não produzem somatomedinas.
- Tratamento: hormônio do crescimento humano sintetizado por E. coli.
Pan-Hipopituitarismo no Adulto
- Geralmente causado por compressão por tumores ou por trombose dos vasos hipofisários (pós-parto)
- Letargia e ganho de peso (hipotireoidismo e diminuição da produção de glicocorticoides pelas adrenais) e perda da função sexual (queda dos hormônios gonadotrópicos)
- Tratamento: administração de hormônios adrenocorticais e tireoideanos
Gigantismo
- Tumores acidofílicos hipersecretantes de GH em crianças (antes da fusão das epífises)
- Crescimento excessivo dos ossos
- Hiperglicemia e degeneração das ilhotas de Langerhans do pâncreas (exaustão)
- 10% dos casos evoluem para diabetes 
- Sem tratamento: evolui para pan-hipopituitarismo pela destruição da glândula pelo tumor
- Tratamento: remoção cirúrgica do tumor
Acromegalia
- Tumores acidofílicos hipersecretantes de GH em adultos (depois da fusão das epífises)
- Ossos mais espessos e crescimento excessivo das partes moles (língua, fígado e rins)
- Protusão da mandíbula inferior, inclinação da testa para frente, crescimento de nariz, mãos e pés e cifose
Diminuição do GH com a Idade
- Ações anti-envelhecimento do GH: deposição de proteínas, principalmente no músculo; redução dos depósitos de gordura; e sensação de aumento d energia
- Tratar os sintomas da velhice com GH -> efeitos colaterais como diabetes, edema e artralgias.
HIPÓFISE POSTERIOR E SUA RELAÇÃO COM O HIPOTÁLAMO
- Pituícitos: células da hipófise posterior ou neuro-hipófise. São estruturas de suporte para fibras nervosas que se originam no hipotálamo e terminam nos botões bulbosos na hipófise posterior, onde existem grânulos secretores de ADH (núcleos supra-ópticos) e ocitocina (núcleos paraventriculares).
- Os hormônios são produzidos no hipotálamo e transportados por proteínas denominadas neurofisinas até a hipófise posterior. O hormônio é liberado ligado à neurofisina, mas logo se desliga da mesma.
ADH
- Na ausência de ADH, os túbulos e ductos coletores ficam praticamente impermeáveis à reabsorção da água
- Ao ligar-se ao receptor nas células tubulares, o ADH desencadeia produção de AMPc, que leva à colocação das aquaporinas na membrana luminal, permitindo a reabsorção de água por osmose.
- Secreção aumenta:
 Quando o liquido extracelular está hiperosmolar: hiperosmolaridadeestimula os osmorreceptores no hipotálamo, sinalizando necessidade de secreção adicional de ADH.
Hipovolemia e hipotensão: concentrações mais elevadas de ADH provocam vasoconstrição. Receptores de distensão no átrio quando estimulados pelo enchimento excessivo, inibem a secreção de ADH, ocorrendo o inverso quando o enchimento é insuficiente. Os barorreceptores também atuam no processo.
Ocitocina
- Contração do útero gravídico -> Parto
- Ejeção do leite: o estímulo vem do ato de sugar o mamilo promovido pelo bebê, levando ao aumento da ocitocina e à contração das células mioepiteliais da mama.
CAPÍTULO 76 – Hormônios da Tireóide
SÍNTESE E SECREÇÃO DOS HORMÔNIOS METABÓLICOS TIREOIDEANOS
- 93% de tiroxina (T3) e 7% de tri-iodo tironina (T4). Diferem na velocidade e intensidade da ação.
	Toda a tiroxina, no tecido, é convertida em T4
	T4 é 4x mais potente que T3, mas está presente no sangue em menor quantidade (dura menos tempo)
- Folículos fechados contendo coloide com substância secretada pelas células epiteliais. Os hormônios no coloide estão ligados à tireoglobulina
	
- Etapas da formação dos hormônios:
Síntese de tireoglobulinha -> captação de I - pela bomba de iodo -> transporte do I- para dentro do folículo (pendrina) -> oxidação de I- a I -> ligação do I à tireoglobulina (iodinase) -> endocitose da tireoglobulina -> hidrólise de T3 e T4 por enzimas -> Deiodetação de MIT e DIT
O iodo da alimentação: quase todo excretado na urina e o que sobra é captado pela tireoide
O TSH atua estimulando a bomba de iodo nas células tireoideanas
O iodeto é transportado pela membrana apical para o folículo através da proteína pendrina
O I- é convertido em I pela enzima peroxidade, pois somente o I pode ser ligar à tireoglobulina
A tirosina da tireoglobulina se liga ao I (iodização) e, assim, ocorre a organificação da tireoglobulina.
O I2 se liga mais lentamente que o I
Tireoglobulinas iodizadas se acoplam (ou conjugam) para formar os hormônios
T3 = mono-iodo-tirosina + diiodo-tirosina (acopladas)
T4 = diiodo-tirosina + diiodo-tirosina (acopladas)
Estímulo para liberação: Pinocitose de T3 e T4 para a célula epitelial, digestão da tireoglobulina e liberação de T3 e T4 para o sangue.
	MIT e DIT são as moléculas que não se tornam hormônio e são liberadas para dentro da célula, tendo seu iodo retirado para reaproveitamento (deiodinase).
- Os hormônios são transportados ligados a proteínas plasmáticas
- T4 tem mais afinidade pelas proteínas celulares e, por isso é liberada mais rapidamente que T3. São armazenadas na célula-alvo e utilizadas conforme for necessário.
- A ação dos hormônios tireoideanos têm início lento (tiroxina demora mais) e longa duração 
Efeitos Fisiológicos dos Hormônios Tireoideanos
- Aumento da transcrição gênica que leva ao aumento generalizado da atividade funcional de todo o organismo (aumento do metabolismo)
- Promoção do crescimento e desenvolvimento do cérebro durante a vida fetal
- Estímulo do metabolismo de carboidratos e lipídeos
- Reduz a concentração de colesterol, fosfolípides e triglicérides no plasma e aumenta a de ácidos graxos livres (hipotireoidismo prolongado pode levar à aterosclerose pelo alto teor de colesterol no sangue)
- Aumento da necessidade de vitaminas
- Redução do peso corporal
- Aumento do fluxo sanguíneo, do DC, da FC e da força de contração
- Não altera a PA média (hipertireoidismo aumenta a pressão sistólica, mas diminui a diastólica)
- Aumento da respiração e da motilidade do TGI
- Excita o SNC
- Como aumenta todas as funções do corpo, a pessoa com hipertireoidismo vive cansada
- Insônia
- Quando falta o hormônio, ocorre perda libido, e quando há excesso, ocorre impotência sexual
Regulação da Secreção de Hormônio Tireoideano
- Segundo mensageiro: AMPc
	Fatores Estimulantes
	Fatores Inibitórios
	TSH
	Deficiência de iodo
	Ig estimulantes da tireoide
	Deficiência de deiodinase
	Níveis elevados de RBG (gravidez)
	Ingestão EXCESSIVA de iodo (efeito Wolff- Chaikoff)
	
	Perclorato e tiocianato (inibem a bomba de cálcio)
	
	Propiltiuracil (inibe a peroxidase)
	
	Níveis baixos de TBG (doença hepática)
DOENÇAS DA TIREÓIDE
Hipertireoidismo
- Causas: 
Bócio multinodular tóxico
Doença auto-imune (Doença de Graves): anticorpos e ligam nos receptores de TSH, estimulando-os. Altas concentrações de hormônios tireoideanos e baixos níveis de TSH.
 Nódulo tóxico (adenoma solitário)
- Sintomas:
	Alta excitabilidade, intolerância ao calor, redução da sudorese, perda de peso, diarréia, fraqueza muscular, nervosismo, fadiga, insônia, tremor e exoftalmia, por edema dos tecidos retro-orbitais e degeneração do músculos extraoculares por imunoglobulinas sanguíneas (a exoftalmia regride com o tratamento).
	A exoftalmia por estirar o nervo óptico ou por propiciar infecção (pálpebra não fecha).
- Tratamento: remoção de parte da tireóide (tratar antes com propiltiuracil) ou injeção de iodo radioativo (tumores)
Hipotireoidismo
- Causas: 
	Doença auto-imune (Doença de Hashimoto): destruição da glândula por tireoidite persistente.
	Bócio coloide endêmico causado por deficência dietética de iodeto. Altos níveis de TSH, estimulam a glândula a produzir T3 e T4, mas ela não possui substrato e vai ficando cada vez maior.
	Bócio coloide atóxico idiopático: ingestão normal de iodo e secreção deficiente de hormônio. O hipotireoidismo pode ser decorrente de tireoidite leve.
- Sintomas:
	Fadiga e sonolência extrema, lentidão muscular, redução da FC, do DC e do volume sanguíneo, ganho de peso, constipação, lentidão mental e edema generalizado (mixedema), nos pacientes com quase ausência da função. Como a falta do hormônio aumenta a concentração plasmática de colesterol, pode ocorrer aterosclerose.
Cretinismo (hipotireoidismo em fetos, bebês e crianças)
- Pode ser: 
Congênito: ausência congênita da tireoide
Endêmico: incapacidade glandular em produzir o hormônio por defeito genético ou ausencia de iodo na dieta
- O neonato não apresenta sintomas evidentes porque recebeu hormônio da mãe, mas após algumas semanas ocorre deficiência do crescimento corporal e retardo mental
- Tratamento com iodo ou tiroxina: normalização do crescimento, mas o retardo mental permanece, a menos que seja tratado nas primeiras semanas
- Esqueleto cresce menos que os tecidos moles: aparência obesa e baixa estatura, a língua pode obstruir a respiração pelo crescimento excessivo.
CAPÍTULO 77 – Hormônios Adrenocorticais
- Medula adrenal (20%): epinefrina e norepinefrina em resposta a estímulo simpático
- Córtex adrenal (80%): corticosteroides 
	Mineralocorticóides (aldosterona): afetam os eletrólitos
	Glicocorticóides (cortisol): aumentam a glicemia e efeito sobre o metabolismo proteico e lipídico
	Andrógenos: ação semelhante à da testosterona
FUNÇÕES DOS MINERALOCORTICÓIDES
- Aldosterona é o principal mineralocorticoide, mas o cortisol também tem seu efeito (menor ação mas maior concentração)
- Reabsorção de sódio e secreção de potássio pelos túbulos renais e pelos ductos das glândulas sudoríparas e salivares
- Secreção de íon hidrogênio 
- Mecanismo de ação da aldosterona: como é muito lipossolúvel, a aldosterona se difunde facilmente para o epitélio tubular, onde se liga a receptores citoplasmáticos formando o complexo aldosterona-receptor, que migra para o núcleo, onde provoca as alterações relacionadas ao transporte de sódio e potássio. O efeito máximo só aparece após todo esse ciclo, que demora cerca de 45min. Efeitos mais rápidos aparecem devido ao mecanismo não genômico de ação, pelo qual a aldosterona se liga a um receptor de membrana e desencadeia a produção de AMPc ou fosfaticilinositol (não é muito claro ainda).
Hiperaldosteronismo
- O aumento da reabsorção de sódio é seguido por proporcional reabsorção e ingestão de água, de forma que a concentração do íon não se altera. A PA aumenta até que se normalize a excreção renal, se forma que a partir desse limiar, não se reabsorvemais sódio (escape da aldosterona).
- Ocorre depleção dos níveis de potássio porque a aldosterona aumenta a eliminação e estimula passagem de potássio do liquido extracelular para as células. A hipocalemia acentuada por levar à fraqueza muscular grave, pois impede a transmissão normal dos potenciais de ação.
- O aumento da secreção tubular de hidrogênio provoca alcalose metabólica
Hipoaldosteronismo
- Perda excessiva de sal e água na urina podendo levar a grave desidratação e choque hipovolêmico
- A elevação do potássio no líquido extracelular leva a grave toxicidade cardíaca, incluindo diminuição da força de contração, arritmias e progressivamente à insuficiência cardíaca
Regulação da Secreção de Aldosterona
- Fatores que estimulam a secreção: 
Elevação da concentração extracelular de potássio (eleva muito)
Elevação da concentração de renina e angio II no líquido extracelular (eleva muito)
	IECA: indiretamente, promove diminuição dos níveis de aldosterona 
ACTH: é necessário para a secreção, mas tem pequeno efeito sobre o controle
- Fatores que diminuem a secreção:
	Elevação da concentração extracelular de sódio (diminui pouco)
FUNÇÕES DOS GLICOCORTICÓIDES
- O principal glicocorticoide é o cortisol, mas a corticosterona também tem efeito
- O estímulo à gliconeogênese (mobiliza aminoácidos nos tecidos não hepáticos) e a redução da utilização celular de glicose: aumento da glicemia. Para compensar esse aumento de glicose no plasma, o pâncreas aumenta a secreção de insulina, mas esta tem pouco efeito do que em situações normais. Altos níveis de glicocorticoides reduzem a sensibilidade dos tecidos à insulina, provavelmente devido aos altos níveis de ácidos graxos circulantes (os glicocorticoides mobilizam as gorduras) geram resistência à insulina. Isso pode levar a uma condição denominada “diabetes adrenal”, no qual a insulina tem pouco efeito.
- Redução dos depósitos proteicos nas células (exceto nos hepatócitos). O excesso do hormônio pode levar a intensa fraqueza muscular e acentuada imunossupressão.
- Aumento das concentrações plasmáticas e hepáticas de proteínas: o cortisol estimula a entrada de aminoácidos nos hepatócitos para a gliconeogênese.
- Mobiliza ácidos graxos para o fornecimento de energia aos tecidos, conservando glicose e glicogênio a longo prazo.
	As pessoas com hipersecreção podem engordar, supostamente devido ao estímulo excessivo à ingestão de alimento e velocidade de mobilização < velocidade de produção de gorduras.
- Altos concentrações produzem feito anti-inflamatório (impede o início ou acelera a resolução)
- Utilização em transplantados (induz imunossupressão)
- Bloqueia reações alérgicas 
Mecanismos de Ação Celular do Cortisol
O cortisol se liga ao receptor proteico citoplasmático e forma o complexo que migra para o núcleo, onde induz ou reprime a transcrição gênica, ou seja, a maior parte de seus efeitos não é imediata. Os glicocorticoides também possuem efeitos rápidos não genômicos sobre a membrana celular.
Regulação da Secreção de Cortisol pelo ACTH
A secreção de cortisol é controlada quase que inteiramente pelo ACTH produzido pela adeno-hipófise, diferentemente do que ocorre com a aldosterona. A liberação do ACTH, por sua vez, é estimulada pelo fator liberador de corticotropina (CRF) produzido no hipotálamo, que chega à hipófise através do sistema porta hipofisário. O ACTH desencadeia, nas células adrenocorticais, sistema de segundo mensageiro por AMPc.
O estresse fisiológico aumenta a secreção de ACTH e, consequentemente, de cortisol.
Níveis elevados de cortisol exercem efeito de feedback negativo sobre o hipotálamo (reduz secreção de CRF) e hipófise (reduz a secreção de ACTH).
Ritmo Circadiano de Secreção de Glicocorticóides
- Pico: uma hora antes de acordar
- Mínimo: à meia noite
- Quando a pessoa muda os hábitos, o ciclo secretório também se altera.
ANORMALIDADES DA SECREÇÃO ADRENOCORTICAL
Hipoadrenalismo (Insuficiência Adrenal) – Doença de Addison
- Causa: atrofia primária (autoimunidade), lesão do córtex adrenal (tuberculose) ou tumor. Em alguns casos, o comprometimento da adrenal é secundário à falha na produção de ACTH pela hipófise, levando à atrofia da glândula adrenal por falta de estímulo.
- Deficiência de mineralocorticoides:
	Diminuição do volume extracelular -> aumento do hematócrito e queda do DC e da PA -> choque
	Hiponatremia, hipercalemia e acidose leve (incapacidade de excretar H+ na urina)
- Deficiência de glicocorticoides:
	Depleção da gliconeogênese -> impossibilidade de normalizar a glicemia entre as refeições (hipoglicemia)
	Queda da mobilização de proteínas e lipídeos -> intolerância ao estresse (crise Addisoniana)
	Hiperpigmentação em forma de mancha nas mucosas
Hiperadrenalismo – Síndrome de Cushing
- Causas:
	Tumor hipofisário ou ectópico secretante de ACTH (causa mais comum): ACTH e cortisol aumentados
	Função hipotalâmica anormal, com síntese elevada de CRF
	Adenomas do córtex adrenal (cortisol elevado ACTH diminuído – feedback negativo)
	Administração crônica terapêutica de glicocorticoides
- Sinais e sintomas:
	Distribuição anormal de gordura
	Acne e hirsutismo (crescimento excessivo de pelos na face)
	Moon-face
	Hiperglicemia (aumenta gliconeogênese e reduz utilização de glicose)
	Imunossupressão
	Fraqueza muscular
	Estrias purpúreas
	Osteoporose
- Tratamento:
	Remoção cirúrgica do tumor adrenal
	Reduzir níveis de ACTH (remover o tumor ou a hipófise hipertrofiada)
	Fármacos bloqueadores da esteroidogênese: metirapona, cetoconazol, aminoglutetimida
	Fármacos que inibem a secreção de ACTH: antagonistas de serotonina e inibidores da GABA-transaminase
	Adrenalectomia bilateral parcial ou total com administração de esteroides adrenais (quando não se pode diminuir o ACTH)
Aldosteronismo Primário (Síndrome de Conn)
- Causa: tumor das células da glomerulosa que secreta grande quantidade de aldosterona 
- Hipocalemia (-> paralisia muscular), alcalose metabólica leve, ligeira redução do VEC, hipernatremia discreta e quase sempre hipertensão. 
- O excesso de aldosterona gera feedback negativo sobre a secreção de renina
- Tratamento: remoção do tumor ou utilização de antagonistas do receptor mineralocorticoide (espironolactona ou eplerenona)
Síndrome Androgenital
- Tumor adrenal secretante de androgênios
- Efeitos masculinizantes em todo o corpo
- Na mulher: crescimento de barba, masculinização da voz, surgimento de muitos pelos, crescimento do clitóris e dos músculos
- No menino: rápido crescimento dos órgãos sexuais
- No homem: difícil reconhecer e diagnosticar
CAPÍTULO 78 – Insulina, Glucagon e Diabetes Mellitus
A INSULINA E SEUS EFEITOS METABÓLICOS
- Secreção aumenta quando ingerimos quantidades excessivas de carboidratos
- Armazenamento do excesso de energia: o carboidrato é convertido em glicogênio que é armazenado no fígado e no músculo. O que não é transformado em glicogênio, é armazenado na forma de gordura no tecido adiposo. No caso das proteínas, a insulina favorece a captação de aminoácidos pelas células e a produção de proteína na célula, além de inibir o catabolismo proteico nessa célula.
- Sintetizada nas células beta do pâncreas: forma-se, primeiro, a pré-pró-insulina, que é clivada no RE até formar a pró-insulina (com cadeias A, B e C). A pró-insulina é clivada no complexo de Golgi a insula (cadeias A e B) e peptídeo C (cadeia C). A insulina tem meia-vida de apenas 6 minutos no plasma, sendo degradada (exceto a porção que se liga ao receptor) pela insulinase no fígado, principalmente, nos rins e nos músculos, e muito pouco nos outros tecidos.
- O receptor da insulina possui duas subunidades alfa (lado externo) e duas subunidades beta (lado interno). A insulina se liga às subunidades alfa e provoca fosforilação da subunidade beta (receptor ligado a enzima), ativando uma tirosinocinase local que fosforila diversas enzimas, levando aos efeitos:
 Aumento da captação de glicose pela célula
Entrada de aminoácidos,potássio e fosfato
Alterações no estado de fosforilação de enzimas
Alterações na transcrição gênica
Efeitos Sobre o Metabolismo de Carboidratos
- Promove captação de metabolismo da glicose nos músculos: durante o exercício o músculo não requer insulina
- Armazenamento de glicogênio no músculo: após as refeições os altos níveis de glicose circulante favorecem sua entrada no músculo, que não irá utilizá-la naquele momento; ocorre, então, a síntese de glicogênio.
- Concentração de insulina e de glicose no plasma: “facilitação da entrada da glicose na célula”
- Promove a captação e o armazenamento de glicose pelo fígado, na forma de glicogênio 
	Inativa a fosforilase hepática, enzima que quebra o glicogênio
	Aumenta a atividade da glicocinase, que fosforila a glicose que entra no hepatócito, impedindo sua saída
	Aumenta a atividade da glicogênio sintase, que sintetiza o glicogênio
	Excesso de glicose -> ácidos graxos -> triglicérides -> tecido adiposo
- Entre as refeições o pâncreas diminui a secreção de insulina e aumenta a de glucagon, revertendo seus efeitos e mobilizando o glicogênio
- O CÉREBRO NÃO NECESSITA DE INSULINA para utilizar a glicose, portanto, é essencial que a glicemia permanece sempre superior ao nível crítico de 50mg/100mL.
Efeito da Insulina Sobre o Metabolismo de Gorduras
- Promove síntese e armazenamento de gorduras (após saturar a síntese de glicogênio no fígado)
- Diminui o consumo de gordura. Na falta de insulina, a energia é obtida pela quebra da gordura.
- Inibe a lípase hormônio sensível, diminuindo a quebra de triglicérides e, consequentemente, a liberação ácidos graxos	na circulação.
- Aumenta a entrada de glicose no adipócito, que é utilizada para sintetizar glicerol (forma o ácido graxo)
- Diabetes (falta insulina):
Ativação da lípase hormônio sensível -> lipólise (emagrecimento)
Aumento de ácidos graxos no plasma -> síntese de colesterol e fosfollipídeos (aterosclerose) e aumento da beta-oxidação, com produção de corpos cetônicos (cetoacidose)
Efeitos da Insulina no Metabolismo das Proteínas e no Crescimento
- Promove síntese e armazenamento de proteínas: aumenta a captação de aminoácidos e a transcrição genética e inibe o catabolismo proteico.
- Essencial para o crescimento: atua juntamento com o GH
- Diabetes: nos estágios avançados o paciente começa a perder massa muscular
Mecanismos de Secreção de Insulina
 
- Somatostatina e norepinefrina (receptores alfa): inibem a secreção de insulina
- Sulfoniluréias: aumentam a secreção de insula ligando-se aos canai de potássio dependentes de ATP nas células beta e fechando-os, causando a despolarização. Fármaco utilizado no diabetes tipo II.
Controle da Secreção de Insulina
	Aumento da Secreção de Insulina
	Diminuição da Secreção de Insulina
	Aumento da glicemia
	Diminuição da glicemia
	Aumento de ácidos graxos livres no sangue
	Jejum
	Aumento de aminoácidos no sangue
	Somatostatina
	Hormônios gastrointestinais
	Estimulação alfa adrenérgica
	Glucagon, GH e cortisol
	Leptina
	Estimulação parassimpática
	
	Estimulação beta adrenérgica
	
	Resistência insulínica, obesidade
	
	Sulfoniluréias
	
GLUCAGON E SUAS FUNÇÕES
- Secretado pelas células alfa as ilhotas de Langerhans quando a glicemia cai. Tem a função de aumentar a concentração de glicose no sangue, efeito oposto ao da insulina, sendo um HORMÔNIO HIPERGLICEMIANTE.
Efeitos Sobre o Metabolismo de Glicose
- Quebra do glicogênio hepático (glicogenólise), aumenta a glicemia
- Aumento da gliconeogênese no fígado
- Segundo mensageiro: AMPc
Regulação da Secreção de Glucagon
- Fatores estimulantes: aumento de aminoácidos no sangue (nesse aspecto não tem ação oposta à da insulina), exercício físico (impede a redução da glicemia) e diminuição da glicemia
- Fatores que inibem: aumento da glicemia e somatostatina (hipotálamo e células delta pancreáticas)
RESUMO DO CONTROLE DA GLICEMIA
 
DIABETES MELLITUS
Tipo I (Dependente de Insulina)
- Ausência de secreção de insulina
- Causas: infecções virais ou distúrbios autoimunes que destroem as células beta
- Diabetes mellitus juvenil (geralmente manifesta-se nessa fase da vida, mas pode ocorrer em qualquer idade)
- Glicose sanguínea aumentada, aumento na utilização de lipídeos (energia e formação de colesterol pelo fígado) e depleção das proteínas no organismo.
- Hiperglicemia, poliúria com glicosúria (desidratação), vasculopatia diabética (redução do aporte sanguíneo -> necrose de extremidades), lesão renal (-> hipertensão secundária), aterosclerose, acidose metabólica, perda de peso e astenia (pela perda proteica), apesar da polifagia.
Tipo II (Não Dependente de Insulina)
- Resistência insulínica
- Muito mais comum que o tipo I
- Diabetes do adulto (manifesta-se em torno dos 50 ou 60 anos), com evolução gradual.
- Obesidade é o fator de risco mais importante: obesos têm menos receptores ou falha na sinalização da insulina
- Hiperinsulinemia compensatória
- “Síndrome metabólica”: obesidade, resistência à insulina, hiperglicemia de jejum, anormalidades lipídicas e hipertensão.
- A resistência prolongada à insulina pode levar à exaustão das células beta por causa do mecanismo compensatório que desencadeia. Ou seja, o diabetes tipo I pode se tornar tipo II (insulino dependente). Em algumas pessoas isso não ocorre porque provavelmente o pâncreas possui uma capacidade maior e consegue normalizar níveis elevados de glicemia.
- Tratamento: estágio inicial (exercícios, restrição calórica e perda de peso), estágio médio (fármacos) e estágio avançado (insulina)
- Fármacos:
	Tiazolidinedionas: aumentam a sensibilidade à insulina
	Metformina: suprimem a produção de glicose do fígado
	Sulfoniluréias: provocam liberação adicional de insulina pelo pâncreas
CAPÍTULO 79 – Glândula Paratireóide e Metabolismo Ósseo
REGULAÇÃO DO CÁLCIO E DO FOSFATO NO LÍQUIDO EXTRACELULAR E NO PLASMA
Cálcio
- 0,1% no líquido extracelular, 1% nas células e organelas e o restante nos ossos (reservatório de cálcio)
- Hipocalcemia: excitação do SNC e contração muscular tetânica. Raramente pode ocorrer dilatação cardíaca e distúbrio de coagulação sanguínea. A hipocalcemia crônica leva à desmineralização óssea.
- Hipercalcemia: depressão do SNC e da atividade muscular, falta de apetite e constipação. Níveis de cálcio muito elevados levam ao depósito de fosfato de cálcio por todo o corpo (aterosclerose e calcificação de trombos)
- Normalmente os cátions bivalentes são mal absorvidos, mas o cálcio é bem absorvido pelo intestino devido à vitamina D produzida na pele
Fosfato
- Fosfato: 85% nos ossos, 14% nas células e 1% no líquido extracelular
- Hipofosfatemia crônica: leva à desmineralização óssea, assim como a hipocalcemia 
- Quase todo o fosfato da dieta é absorvido (a vitamina D intensifica o processo de absorção)
OSSO E SUA RELAÇÃO COM O CÁLCIO E O FOSFATO EXTRACELULARES
Intercâmbio de Cálcio Entre o Ossso e o Líquido Extracelular
Esse intercâmbio permite que os níveis de cálcio permaneçam em níveis normais (tamponamento): quando tem muito cálcio circulante, ele se deposita no osso (osteoblastos), e quando a calcemia cai, o cálcio do osso é mobilizado (osteoclastos). O paratormônio (PTH) liga-se a receptores na superfície dos osteoclastos, estimulando sua atividade. Os osteoblastos, por sua vez, produzem osteoprotegerina, fator inibidor da osteoclastogênese, que preserva a massa óssea. Enquanto o PTH e a vitamina D estimulam a atividade osteoclástica o estrogênio aumenta a produção de osteoprotegerina. Os dois processos geralmente estão em equilíbrio (exceção - ossos em crescimento: deposição > absorção). Quanto mais rapidamente ocorrem os processos, maior a resistência do osso, que é o que acontece com as crianças. O controle destas taxas é determinada pelo estresse ósseo (peso, carga) e pela calcemia e fosfatemia.
VITAMINA D (D3 – COLECALCIFEROL)
É produzida na pele e, após passar portransformações no fígado e nos rins, torna-se ativa e exerce seu efeito (aumenta a absorção de cálcio no intestino e a atividade osteoclástica e diminui a excreção renal do íon). A transformação no rim é a mais importante e depende da ação do PTH, motivo pelo qual este hormônio é tão importante para a determinação dos efeitos da vitamina D (sem PTH ocorre hipocalcemia). A secreção do PTH, por sua vez, é controlada pelos níveis de cálcio no sangue (quanto está alto, cessa a liberação de PTH – feedback negativo).
PARATORMÔNIO
- A hipersecreção desse hormônio leva à hipercalcemia e a hipofunção das paratireoides leva à hipocalcemia.
- Aumento da concentração de cálcio: aumenta reabsorção óssea, a absorção intestinal (indiretamente) e a reabsorção tubular e diminui a exceção
- Diminuição na concentração de fosfato: aumenta a absorção, mas aumenta a excreção e diminui a reabsorção tubular
- Regulação da secreção: nível de cálcio sérico (muito cálcio diminui PTH, pouco cálcio aumenta PTH), por feedback
- Aumento das paratireoides: raquitismo (cálcemia um pouco baixa), gestação e lactação
- Diminuição das paratireoides: dieta com excesso de cálcio ou com alto teor de vitamina D e absorção óssea provocada por outros fatores (desuso ósseo, por ex)
CALCITONINA
- Também é produzida pelas paratireoides, mas ao contrário do PTH, tende a diminuir a calcemia
- Menor efeito que o PTH na regulação do cálcio sérico
- Secreção estimulada pelo aumento da concentração de cálcio no sangue
- Diminui a síntese de novos osteoclastos e a atividade dos já existentes, mas tem pouco efeito sobre os rins
CONTROLE DA CONCENTRAÇÃO DE CÁLCIO IÔNICO
- Primeira linha: tamponamento de cálcio intercambiável dos ossos
- Segunda linha: controle hormonal (PTH e calcitonina)
FISIOPATOLOGIA DO PTH, VITAMINA D E A OSTEOPATIA
Hipoparatireoidismo
- Osso resistente (reabsorção diminuída), tetania, hiperexcitação do SNC
- Pode-se administar PTH (dura pouco e é caro) ou grande quantidade de vitamina D (mais usado)
Hiperparatireoidismo
- Primário: anormalidade das paratireoides por tumor. Na forma branda a atividade osteoblástica pode compensar a osteoclástica, mas nas formas mais graves ocorre desmineralização óssea, que leva a fraturas e desenvolvimento de “tumores” repletos de osteoclastos. Ocorre aumento compensatório do número de osteoblastos, que produzem uma enzima denominada fosfatase alcalina (diagnóstico: dosar a enzima). Pode ocorrer aumento do fosfato (contrário do que se espera), devido à incapacidade renal de excretar todo o fosfato reabsorvido.
	Outros sintomas: depressão do SNC e SNP, fraqueza muscular, constipação, úlcera péptica, falta de apetite. O paciente pode desenvolver cálculos renais e calcificação metastática. 
- Secundário: compensar hipocalcemia por deficiência de vitamina D ou por doença renal crônica (vitamina D fica inativa). Pode concursar com osteomalácia (mineralização deficiente do osso, por falta da vitamina D)
Raquitismo Causado Por Deficiência de Vitamina D (em crianças)
- Expor a criança ao sol para ativar a vitamina D 
- A absorção óssea de cálcio por mascarar a falta da vitamina D no início
- No raquitismo prolongado ocorre aumento compensatório do PTH, aumentando extremamente a atividade osteoclástica e deixando o osso muito frágil, predispondo-o a fraturas. Quando o osso chega à exaustão pela atividade do PTH, os níveis de cálcio caem de vez e ocorre a tetania.
 - Tratamento: suplementação de cálcio e fosfato na dieta e administração de vitamina D para que ocorra a aborção.
- Causado por doença renal: incapacidade do rim em ativar a vitamina D.
Osteomalácia (“raquitismo” no adulto)
- Como o corpo não requer tanto cálcio e nem vitamina D, é difícil existir deficiência dos mesmos no adulto.
- Geralmente resulta de esteatorréia: vitamina D é lipossolúvel e forma complexo com o cálcio (ambos eliminados)
- Causada por doença renal: incapacidade do rim em ativar a vitamina D.
Osteoporose – Matriz Óssea Reduzida
- Diferentemente do que ocorre nas demais osteopatias, na osteoporose ocorre diminuição da massa óssea orgânica e não da deficiência de calcificação, devido à baixa atividade osteoblástica que se instala. Ocasionalmente pode concursar com atividade osteoclástica aumentada.
- Causas: inatividade, desnutrição (a matriz é proteica), deficiência de vitamina C (necessária para as secreções celulares), falta de estrogênio na pós menopausa (o estrogênio diminui o número e a atividade dos osteoclastos), idade avançada (diminui GH e outros fatores de crescimento) e síndrome de Cushing (aumento dos glicocorticoides leva ao catabolismo proteico e deprime a atividade osteblástica).
CAPÍTULO 80 – Hormônios Masculinos
ESPERMATOGÊNESE
Fatores Hormonais que Estimulam a Espermatogênese
- Testosterona (células de Leydig): estimula a divisão das células germinativas
- LH (adeno-hipófise): estimula as células de Leydig a secretar testosterona
- FSH (adeno-hipófise): estimula as células de Sertoli para que ocorra a espermiogênese (diferenciação)
- Estrogênios (células de Sertoli): formado a partir da testosterona, estimula a espermiogênese também
- GH: promove a divisão das espermatogônias, estimulando o metabolismo
Maturação do Espermatozóide no Epidídimo
O espermatozoide é formado nos túbulos seminíferos é imóvel, então migra para o epidídimo, onde sofre a maturação, adquirindo mobilidade (ainda inibida por algumas substâncias). Os espermatozoides são armazenados no testículo e no canal deferente na sua forma inativa. Somente após a ejaculação (líquido contém testosterona e estrogênio, enzimas e nutrientes) os espermatozoides adquirem a maturidade final, tornando-se capazes de fertilizar o óvulo. Os espermatozoides são muito móveis em meio neutro ou ligeiramente alcalino, as pouco em meio ácido. O aumento da temperatura aumenta a atividade do espermatozoide, mas também encurta sua meia vida.
- Vesícula seminal: secreta, no ducto ejaculatório, um líquido nutritivo (frutose e prostaglandinas) para o espermatozoide até que ele possa encontrar o óvulo
- Próstata: secreta um líquido ligeiramente alcalino que ajuda a neutralizar a acidez dos demais líquidos seminais durante a ejaculação, aumentando a mobilidade e fertilidade do espermatozoide.
Sêmen = espermatozoides + secreção da vesícula seminal (maior parte) + secreção prostática
- No trato genital feminino, o espermatozoide passa pelo processo de capacitação:
	Os líquidos tubários e uterinos eliminam fatores inibitórios dos espermatozoides
	Sem nutrição, a membrana do acrossomo vai se degenerando conforme sobe pelo trato feminino. Isso permite que o espermatozoide libere as enzimas que lhe permitem penetrar na zona pelúcida que reveste o óvulo (fertilização).
TESTOSTERONA
 - É produzida durante a vida fetal por estimulação da gonadotrofina coriônica e no recém-nascido até a 10ª semana. Cessa na infância e sua produção retorna na puberdade, sob estímulo dos hormônios gonadotrópicos, durando pelo resto da vida.
- No feto, é responsável por desenvolver as características de sexo masculino e pela descida dos testículos, no último trimestre de gestação.
- No adulto:
Características sexuais secundárias: crescimento de pelos, aumenta a formação de proteínas (desenvolve músculos, engrossa a voz e espessa a pele), aumenta secreção de glândulas (acne), aumenta a matriz óssea e a retenção de cálcio, aumenta o metabolismo basal e o número de hemácias e aumenta a retenção de sódio e água.
CONTROLE DAS FUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS PELOS HORMÔNIOS HIPOTALÂMICOS E DA HIPÓFISE ANTERIOR
A liberação, pelo hipotálamo, do hormônio liberador de gonadotropinas (GnRH) estimula os gonadotropos da hipófise anterior a secretar os hormônios gonadotrópicos LH (estimula a secreção de testosterona) e FSH (estimula a espermatogênese). Embora o GnRH atue sobre a liberação tanto de FSH quanto de LH, afeta muito mais a liberação do LH, sendo conhecido, por isso, como hormônioliberador de LH.
O LH atua nas células de Leydig estimulando a secreção de testosterona pelas mesmas. Quando a quantidade de testosterona circulante está alta, ocorre feedback negativo, que faz diminui a secreção de GnRH pelo hipotálamo. Níveis baixos de testosterona, ao contrário, estimulam a secreção de GnRH, e assim aumenta o LH e a testosterona.
O FSH liga-se às células de Sertoli, estimulando a espermatogênese. A testosterona também participa do processo. Quando a produção de espermatozoides cessa, a produção de FSH pela hipófise aumenta. Quando a espermatogênese está ocorrendo muito rápido, as células de Sertoli liberam o hormônio inibina, que inibe a secreção de FSH (inibe um pouco a secreção de GnRH pelo hipotálamo). Ocorre também o feedback negativo da testosterona sobre o LH.
ATO SEXUAL MASCULINO
- Ereção peniana: impulsos parassimpáticos que passam pela região sacral da medula espinhal pelos n. pélvicos que liberam, além da acetilcolina, óxido nítrico e peptídeo intestinal vasoativo. O óxido nítrico ativa a guanilato ciclase e aumenta a produção de GMPc. O resultado é a vasodilatação dos vasos dos corpos cavernosos e esponjoso do pênis, permitindo maior influxo de sangue para essa região.
- Lubrificação: impulsos parassimpáticos estimulam a secreção de muco pelas glândulas uretrais e bulbouretrais
- Emissão e ejaculação (orgasmo masculino): são funções do simpático. A emissão é o período entre a contração da muscular da próstata e da uretra até a chegada dos espermatozoides na uretra, se misturando com o muco das glândulas. Daí pra frente é o processo da ejaculação.
- 2 minutos após o orgasmo, cessa a ereção, sendo o processo denominado de resolução.
CAPÍTULO 81: Hormônios Femininos
- Durante a vida fetal o ovário é coberto por epitélio germinativo (derivado do epitélio das cristas germinativas), o que faz com que os folículos primordiais migrem para o córtex e agrupem em torno de si células estromais (células da granulosa), as quais secretam fator inibidor do oócito, que permanece como primário.
- Menstruação: um folículo primordial se desenvolve e é expelido e os demais sofrem atresia
- Menopausa: só restam (poucos) folículos primordiais, insuficientes na produção de estrógeno. Ocorre aumento de FSH e LH.
SISTEMA HORMONAL FEMININO
- Hipotálamo: hormônio liberador de gonadotrofinas 
- Hipófise anterior FSH e LH (começam a ser produzidos na puberdade)
- Teca interna dos ovários: estrógeno e progesterona
CICLO OVARIANO MENSAL
Fase Folicular
- Crescimento folicular: crescimento do óvulo e das células da granulosa -> folículos primários
- Secreção de FSH (LH em menor quantidade): 
	Crescimento dos folículos (proliferação das células da granulosa)
	Agrupamento de células do interstício: teca interna (secreção de hormônios) e teca externa (cápsula)
	Secreção de estrógeno: aparecimento do antro -> folículo antral -> folículo vesicular
- Aumento de estrógeno promove mais receptores de FSH nas células da granulosa (feedback positivo)
	O folículo maior continua crescendo por feedback positivo enquanto os demais entram em atresia
- Aumento de FSH e estrógeno promove receptores de LH
- Aumento de FSH e LH faz aumentar a secreção das células foliculares tecais
- Pico de LH e FSH: estrógeno estimula secreção de LH e em menor quantidade de FSH (feedback positivo)
	FSH: dilatação do folículo
	LH: estimula secreção de progesterona e diminui a de estrógeno 
- Ovulação (14º dia num ciclo de 28)
	Teca externa libera enzimas que dissolvem a parede capsular do folículo. Ocorre crescimento e dilatação dos vasos, rompendo o folículo e liberando o óvulo.
Fase Lútea
- Depois da expulsão do óvulo: células da granulosa e tecais internas se transformam em células luteínicas por ação do LH, originando o corpo lúteo
- Corpo lúteo:
Células da granulosa: secretam progesterona e, em menor quantidade, estrógeno. Liberam aromatase.
Células tecais internas: formação de androstenediona e testosterona, convertidas pela aromatase em estrógenos.
- 7 a 8 dias após a ovulação, caso não ocorra fertilização, o corpo lúteo involui (corpus albicans), diminuindo a secreção de progesterona e estrógeno e aumentando a secreção de FSH e LH
- Feedback negativo: estrógeno participa mais que a progesterona. 
- Células luteínicas: secretam inibina, fator que inibe a secreção de FSH e LH, em menor extensão
HORMÔNIOS OVARIANOS
- Hormônios sexuais ovarianos: estrógenos e progesterona
- Durante a fase folicular, progesterona e andrógenos são convertidos em estrógenos 
- São transportados ligados a proteínas plasmáticas por ligação fraca (liberação rápida aos tecidos)
Efeitos dos Estrógenos
- Aumento das tubas, ovários, útero e vagina
- Depósito de gordura na genitália externa 
- Epitélio vaginal torna-se estratificado (maior resistência à infecções)
- Proliferação do estroma endometrial e desenvolvimento das glândulas endometriais 
- Aumento da atividade e do número de cílios e glândulas nas trompas
- Desenvolvimento do sistema de ductos e depósito de gordura nas mamas
- Inibição da atividade osteoclásticas (acelera o crescimento ósseo)
	Menopausa -> osteoporose -> reposição hormonal
- Retenção de sódio e água nos túbulos renais (intensificado na gravidez, quando a placenta também secreta estrógeno)
Efeitos da Progesterona
- Alterações secretórias, preparando o útero
- Diminuição das contrações uterinas
- Desenvolvimento dos lóbulos e alvéolos das mamas (só secretam leite por ação da prolactina)
Ciclo Endometrial Mensal
- Fase proliferativa (estrogênica): aumento e crescimento das células estromais, glândulas endometriais e vasos
- Fase secretora (progestacional): aumento da secreção de progesterona (acúmulo de glicogênio e lipídeos nas células e aumento do aporte sanguíneo) e de estrógeno (proliferação adicional)
- Menstruação: 
Não fertilização do óvulo -> involução do corpo lúteo e do endométrio
Diminuição de progesterona (mais significativo) e estrógeno
Vasoespastia, por ação das prostaglandinas, causando necrose do endométrio e descamação 
Liberação de leucócitos junto com o sangue (resistência a infecções nessa fase)
Secreção de GnRH pelo Hipotálamo
- Liberado em pulsos causa produção intermitente de LH e FSH. Liberado o tempo todo perde a função. 
- Feedback negativo: estrogênio tem seu efeito multiplicado quando associado á progesterona
- Feedback positivo: a alta de estrógeno leva ao pico de LH (estímulo à hipófise), aumentando também a secreção de FSH, levando à ovulação. 
- Ciclo anovulatório: não ocorre formação de corpo lúteo. Ocorre nas primeiras e nas ultimas menstruações 
Anormalidades de Secreção dos Ovários 
- Hipogonadismo: ovários malformados , geneticamente anormais ou ausentes
	Ausência congênita: eunuquismo feminino (estatura elevada, pois não há união das epífises)
	Retirada: regressão dos órgãos sexuais
- Hipotireoidismo: pode causar irregularidades menstruais e até amenorreia
- Hipersecreção pelos ovários: tumor de células da granulosa
Fertilidade Feminina
- Período fértil (4 a 5 dias): o ovulo permanece viável por período não superior a um dia e o espermatozoide pode permanecer vivo por até 5 dias.
- Método rítmico de contracepção: não realizar ato sexual de 4 dias antes até 3 dias após a ovulação, que ocorre 14 dias antes da próxima menstruação.
- Pílula: evita o pico de LH pela administração de baixa mas constante de estrógeno e progesterona sintéticos.

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