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Apostila_Geologia_Geral_1

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_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 1 
I- A TERRA NO ESPAÇO 
 
1- Localização: A Terra é um pequeno corpo celeste opaco, pertencendo ao grupo de planetas que 
possuem sua órbita em torno do Sol. O conjunto formado pelo Sol e planetas a ele ligados pela 
força da gravidade constitui o sistema solar que é uma pequeníssima porção localizada num dos 
braços periféricos que constitui a Via Láctea. 
- Forma: A Terra é um elipsóide de rotação do tipo geóide achatado nos pólos. 
 - Dimensões: Diâmetro polar: 12.712 km 
 Diâmetro equatorial: 12.756 km 
- Superfície Terrestre e a Atmosfera: A crosta terrestre ou litosfera é parte superficial do planeta 
solidificada constituída de rochas. Envolvendo o globo e em contato com essa superfície 
encontra-se a atmosfera de natureza gasosa. 
- Coordenadas geográficas: 
 
 Meridianos: Trata-se de linhas imaginárias no sentido Norte-Sul, contém o eixo terrestre e 
determinam a longitude. O meridiano mais importante é o de Greenwich, que passa pelo 
observatório homônimo da Inglaterra. A longitude de um determinado local na superfície terrestre 
é o ângulo formado pelo meridiano local e o meridiano de Greenwich. Varia de 0º - 180º, podendo 
ser Leste ou Oeste, conforme e posição do local em relação a Greenwich. O Brasil encontram-se 
entre os meridianos definidos pelas longitudes 35ºW.Grw. e 75ºW.Grw. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: Desenho esquemático demonstrando os meridianos. 
 
 Paralelos: São linhas imaginárias do sentido Oeste-Leste, contém o equador, e determinam a 
latitude. Os paralelos mais importantes são: Equador, Trópico de Câncer, Trópico de Capricórnio, 
Círculo Polar Ártico e Círculo Polar Antártico. A latitude de um determinado local da superfície 
terrestre é o ângulo de um raio terrestre que passa pelo local e se projeta no Equador. Assim todos 
os pontos sobre o mesmo paralelo possuem a mesma latitude. Varia de 0º - 90º, sendo interpretada 
como positiva ou Norte e negativa ou Sul. O Brasil encontra-se entre os paralelos de 5ºN e 34ºS. 
 
 
 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2: Desenho esquemático demonstrando os paralelos. 
 
A figura abaixo mostra o globo terrestre mostrando os paralelos e meridianos. (φ = latitude e 
L=longitude). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 3: Esquema representativo do planeta Terra demonstrando os meridianos e os paralelos 
 
- Altitude: A altitude de determinada região é o seu desnível em relação ao nível médio do mar. 
- Fuso Horário: Devido ao movimento de rotação terrestre que determinam noite e dia, tornam-se 
necessários os fusos horários. Obtém-se dividindo o número de graus da circunferência da Terra 
(360º) pelo número de horas do dia (24h). 
 
Ex: 360 = 15º/h 
 24 
Dessa forma, cada 15º de longitude correspondente a 1 hora de fuso horário. O meridiano 
considerado de 0º é o Greenwich, que pra leste deste são 12 fusos horários, com as letras de A M, 
excluindo-se a letra J, para oeste mais 12 fusos horários da N – Y. O Brasil encontra-se no 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 3 
meridiano P (45ºW), que passa por Brasília. Os meridianos aparecem no globo ou no mapa-
mundi, numerados de 15º em 15º. Tomando-se como referência o meridiano Oº (Greenwich), 
verifica-se que o meridiano de 180º a este corresponde em horas, a mais 12 horas (adiantamento) 
em relação ao meridiano de Greenwich. A oeste à partir de Oº (Greenwich), o meridiano de 180º 
também corresponderá a 12 horas (em atraso), completando 24 horas (um dia completo). No 
preciso instante em que for meio dia no meridiano de Greenwich, no de 180º, será meia noite, 
neste instante o dia do calendário é o mesmo para ambos os lados do meridiano Oº, Greenwich 
(oeste e este). Em qualquer outro momento, o dia do calendário do lado oeste (Asiático) no 
meridiano de 180º, encontra-se um dia adiantado em relação ao lado este de Greenwich. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 4: Mapa mundi representando o Meridiano de Greenwich, latitudes e longitudes. 
 
- Movimento de Rotação: Consta do movimento efetuado pela Terra no sentido oeste-leste, ao 
redor de seu eixo imaginário polar. O tempo necessário para que seja completado o giro de 360º é 
de 23hs, 56’,4.09” com a velocidade de 1.666km/h. Como a Terra possui a forma elipsóide de 
rotação, sempre expõe metade da superfície ao Sol, assim o movimento de rotação tem como 
conseqüência os dias e as noites. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Movimentos de rotação. 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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- Movimento de Translação ou Revolução: Trata-se do movimento que a Terra efetua em torno 
do Sol, no sentido oeste-leste, traçando uma órbita denominada de elíptica. A velocidade é de 
106.500km/h, com a duração de 365 dias, 5 hs, 45’ e 48”, para uma trajetória completa. Durante 
este movimento, a Terra ocupa posições mais próximas e mais afastadas do Sol. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 6: Movimento de translação do planeta Terra. 
 
 Periélio: é a posição em que a Terra se encontra mais próxima do Sol, aproximadamente a 
146.080.000Km. 
 
 Afélio: é a posição em que a Terra se encontra mais afastada do Sol, aproximadamente 
151.200.000Km. 
 
 Inclinação do Eixo Terrestre: O eixo da Terra apresenta um ângulo de inclinação de 23º27’ em 
relação ao plano da elíptica (conforme figura 7). Devido a essa inclinação, o afastamento 
máximo do plano da elíptica em relação ao plano da órbita ocorre nos solstícios e o 
afastamento zero nos equinócios; o afastamento entre os dois planos denomina-se 
declinação. Assim, dias e noites não possuem a mesma duração, exceto no equador onde 
o dia e a noite possuem a duração de 12 horas durante o ano todo. Os raios solares podem 
atingir a superfície terrestre de forma direta ou oblíqua; no equador, os raios solares são 
diretos, tornando-se cada vez mais oblíquos em direção aos pólos devido a curvatura da 
Terra, inclinação do eixo e a posição da Terra em relação ao Sol (figura 8). 
 
 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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Figura 7: Representação esquemática do planeta Terra demonstrado a inclinação do eixo de rotação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 8: Inclinação do Planeta Terra e a incidência dos raios solares 
 
- Estações do Ano: As estações do ano são originadas pelo movimento de translação e pela 
inclinação do eixo terrestre, que determinam a variação da energia solar recebida. 
 
 Solstícios: Ocorrem quando os raios solares formam um ângulo de 90º comum dos trópicos 
(Câncer ou Capricórnio) e 66º33’ com o equador, resultando em dias e noites desiguais. Quando 
a Terra se encontra no Periélio (posição mais próxima do Sol), os raios solares atingem 
diretamente o hemisfério Sul, formando um ângulo de 90º com o Trópico de Capricórnio, é o 
solstício de verão, onde os dias são mais longos que as noites. Enquanto que no hemisfério Norte 
os raios solares atingem-no obliquamente, é o Solstício de Inverno, onde os dias são mais curtos 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 6 
que as noites. Isto ocorre a 21 de dezembro. A 21 de junho quando a Terra se encontra na 
posição Afélio (mais distante do Sol), os raios solares atingem diretamente o hemisfério Norte, 
formando um ângulo de 90º com o Trópico de Câncer, originando o Solstício de Verão para o 
hemisfério Sul é Solstício de Inverno, já que os raios solares o atingem abliquamente, onde as 
noites são mais longas que os dias. 
 
 Equinócios: Quando os raios solares formam um ângulo de 90º com o equador, atingindo 
obliquamente ambos os hemisférios, com a mesma quantidade de energia. As noites e os dias são 
iguais, e correspondem aos estágios intermediários entre verão-inverno e vice-versa. A 21 de 
março ocorre o Equinócio de Outono para o hemisfério Sul, e o Equinócio de Primavera para o 
hemisfério Norte. A 23 de setembro, ocorre o Equinócio de Primavera para o hemisfério Sul e o 
Equinócio de Outono para o hemisfério Norte. 
 
Hemisfério Sul Data Hemisfério Norte 
Solstício de Verão 21/12 Solstício de Inverno 
Equinócio de Outono 21/03 Equinócio de Primavera 
Solstício de Inverno 21/06 Solstício de Verão 
Equinócio de Primavera 23/09 Equinócio de Outono 
 
 A figura a seguir mostra os equinócios e os solstícios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 9: Representação esquemática dos solstícios e equinócios 
 
- Movimento de Precessão dos Equinócios: Consta no movimento que o eixo terrestre executa 
num período de 25.000 anos; o plano de órbita terrestre em torno do plano do Equador, 
descrevendo uma figura cônica no espaço, assim cada ano o equinócio se adianta 50 segundos em 
relação ao ano anterior. Este movimento acarreta em alterações nas estações do ano em todo o 
planeta, e a conseqüente lenta mudança climática. 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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Ex.: Dentro de cerca de 13.000 anos, o periélio corresponderá ao período de verão para o 
hemisfério Norte e inverno para o hemisfério Sul (inverno atual). 
 
- Movimento de Nutação: Consta de um movimento oscilatório do eixo terrestre durante a 
Precessão dos Equinócios, com duração de 18,6 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 10: Representação esquemática do movimento de nutação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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II - METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA 
 
• Meteorologia: do grego meteoro = qualquer coisa que cai do céu e logus = conhecimento, 
estudo. Trata-se de um estudo da Geofísica que trata do estudo da atmosfera e dos 
fenômenos que nela ocorrem, atingindo direta ou indiretamente a superfície terrestre. 
 
• Conceito de Tempo: São condições atmosféricas temporárias de um local num determinado 
momento, que se integram no tempo e o espaço para formar o clima de uma região. 
Ele muda constantemente. Por exemplo, num mesmo dia pode fazer calor, chover e esfriar 
com o pôr-do-sol. Ou seja, num mesmo dia pode fazer vários tipos de tempo. 
O clima é o conjunto de variações do tempo de um determinado lugar da superfície terrestre. 
Ele é classificado de acordo com a média do que se observou sobre o comportamento da 
atmosfera durante um longo período. 
Para entender melhor a diferença o clima e tempo, imaginem que você está em São Paulo e 
começa a chover, você diria que este é um tempo chuvoso? Na verdade é um tempo chuvoso, 
porque está chovendo neste momento, mas daqui a pouco a chuva vai parar. Vamos supor 
agora que estamos no mês de Julho, a temperatura caiu e faz um pouco de frio. Nesse caso, 
dizemos que é um tempo frio. E não um clima frio. 
 
• Clima: Trata-se de um conjunto de fenômenos meteorológicos que caracterizam o estado 
médio da atmosfera em qualquer local na superfície terrestre. 
Todos os fenômenos meteorológicos também são elementos do clima. Os mais importantes 
são a temperatura e as precipitações, por esse motivo, os climas podem ser classificados de 
acordo com as precipitações e com a temperatura. 
 
De acordo com as precipitações, o clima pode ser: 
- Muito úmido ou superúmido: quando chove mais de 2500M3 por ano. 
- Úmido: quando chove de 1200M3 a 2500M3 anuais. 
- Semi – úmido: quando chove de 500M3 a 1200M3 por ano. 
- Semi – árido: quando chove de 250M3 a 500M3 anuais. 
- Árido: quando chove menos de 250M3 por ano. 
 
De acordo com as temperaturas, o clima pode ser: 
- Quente: quando a temperatura média do mês mais frio for maior que 18o C. 
- Temperado: quando a temperatura do mês mais frio for menor que 18o C e maior que 3o C 
abaixo de zero. 
- Frio: quando a temperatura média do mês mais frio for menor que 3o C abaixo de zero e do 
mês mais quente for maior que 10o C. Neste caso há queda de neve de três a seis meses no 
ano. 
- Polar: quando a temperatura média do mês mais quente for menor que 10o C. nesse caso, o 
gelo cobre o solo durante mais de seis meses no ano. 
 
• Fatores que influenciam o clima: ventos, temperatura, umidade, evaporação, insolação, 
latitude, longitude, altitude, correntes marítimas, vegetação, etc. 
 
• Clima como fator geográfico: o clima é de grande importância para a vida humana, visto 
que determina o solo e a vegetação de qualquer local, exercendo influência na utilização da 
Terra (cultivo, pastagens, bosques, etc.). A distribuição da população mundial está 
relacionada com as vantagens do clima e topografia favoráveis. Conforme a figura 11. 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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Figura 11: Demonstração das zonas climáticas no mapa mundi. 
Atmosfera 
 
A atmosfera é o ar que respiramos e sem o qual não viveríamos. Além de partículas de poeira e 
vapor de água, essa camada contém os seguintes gases: nitrogênio (78 % do total ), oxigênio ( 21 % ) e 
gás carbônico, contém ainda gases raros, assim chamados porque existem em quantidades muito 
pequenas no ar. A atmosfera funciona como um filtro seletor, restringindo os comprimentos de onda da 
radiação que atinge o globo. 
A troposfera atinge cerca de 12 a 18 km de altitude acima da superfície terrestre. Tem espessura 
menos na linha do Equador que nos pólos. É a mais importante, porque todos os fenômenos 
meteorológicos que interferem na Terra – chuvas, umidade, ventos, nuvens – ocorrem nessa camada. É 
ai também que se encontram mais de 80% dos gases da atmosfera. 
Nós vivemos envolvidos por uma grande massa de ar, chamado de atmosfera. O estudo da atmosfera 
é feito com base nas informações fornecidas pelas sondas espaciais, pelos satélites meteorológicos, pelos 
foguetes e naves espaciais.À medida que subimos na atmosfera, o ar vai se tornando menos denso, até ficar bastante rarefeito, 
isto é, as partículas dos gases que compõem o ar vão se tornado cada mais distante umas das outras. A 
atmosfera é, portanto, formada por diferentes camadas, sendo a altura destas calculadas de forma 
aproximada, pois é difícil saber exatamente onde termina uma e começa a outra. 
São cinco as camadas da atmosfera: a troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera (ionosfera) e a 
exosfera, representadas na figura 12 a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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Figura 12: Esquema representativo das camadas da atmosfera 
 
- Troposfera 
É a camada onde vivemos e se estende até uma altura de 8 a 16 km acima da superfície terrestre, 
onde ocorrem as tempestades e quase todos os fenômenos meteorológicos: os ventos, as chuvas, 
as nuvens, o granizo etc. a temperatura varia muito conforme a altitude, ou seja, a cada 100 
metros de aumento da altitude, há uma queda de 0,6o C e o ar vai se tornando mais frio. As 
partículas de poeira em suspensão representam os raios azuis e absorvem as outras cores que 
compõem a luz branca do sol. O ar tem uma cor azul muito pálida, porém não percebemos que 
este azul altere a cor dos objetos que nos rodeiam, no entanto, quando olhamos para o céu, vemos 
através de uma camada muito espessa de ar, por isso, que o céu nos parece azul. 
 
- Estratosfera 
Essa camada começa onde termina a troposfera e se estende até 30Km acima da superfície 
terrestre, onde não existe umidade ( nem nuvens ), a temperatura aumenta de 2o C a 4o C por Km, 
ao contrário do que acontece na troposfera. O céu apresenta – se quase preto, porque existe pouca 
quantidade de poeira para difundir a luz. 
A estratosfera apresenta uma certa concentração de ozônio, gás que enfraquece os raios 
ultravioletas que chegam à Terra. Sem esse filtro de ozônio, seria inviável a vida em nosso 
planeta pois esses raios são extremamente prejudiciais à saúde, alterando a constituição das 
células, podendo inclusive provocar o câncer. 
Nesta camada não ocorre tempestade nem outras mudanças de tempo. 
 
 
 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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- Mesosfera 
Começa onde termina a estratosfera e se estende até 30KM acima da superfície terrestre onde a 
temperatura continua a se elevar até 48Km, depois começa a cair. Na mesosfera existe grande 
quantidade de ozônio. 
 
- Termosfera 
Localiza-se acima da Mesosfera e ocupa de 80 a 400/500km, nos períodos de agitação solar chega 
a 500km de altitude. A composição da termosfera é distinta, devido aos efeitos da radiação 
ultravioleta e raios X emitidos pelo Sol, sobre as moléculas de um grande número de gases que se 
separam. Os gases também possuem menos tendência a se misturarem, assim as moléculas mais 
pesadas separam-se sob a ação da gravidade. 
 
- Ionosfera (este inserida na Termosfera) 
É chamado assim, por apresentar grande quantidade de partículas carregadas de eletricidade, os 
íons, que possibilitam as transmissões por rádios, refletindo as ondas radiofônicas que percorrem 
todo o mundo. Estende-se até 640KM acima da superfície terrestre, sendo, constantemente 
bombardeada por meteoros que não atingem a Terra porque se fragmentam nesta camada. 
A ionosfera, portanto, serve de proteção a Terra contra estes corpos celestes. 
 
- Exosfera 
A exosfera começa no limite com a ionosfera e se estende até confundir – se com o espaço 
cósmico. Nessa camada o ar é bastante rarefeito. 
 
Os Fenômenos Atmosféricos: São fenômenos atmosféricos: a temperatura do ar, a pressão atmosférica, 
o vento, a umidade do ar, as nuvens e as precipitações. Vamos a seguir analisar cada um desses 
fenômenos. São eles que constituem o tempo atmosférico e os tipos de clima da Terra. 
 
A Temperatura Do Ar : de modo geral, um corpo é quente ou frio. A temperatura, portanto, diz respeito 
ao maior ou menor calor dos elementos da superfície terrestre. 
A radiação solar, isto é os raios emitidos pelo Sol são responsáveis pelas temperaturas na superfície da 
Terra. Mas o ar atmosférico não absorve toda a radiação solar. Uma parte atinge a superfície terrestre, 
sendo absorvida pelos continentes e oceanos; a outra é refletida e retorna para a atmosfera. 
 
Ozônio Atmosférico: as moléculas de ozônio (gás) constituem-se de 3 átomos de oxigênio (O3). A 
concentração de ozônio varia com a altitude, latitude e a hora. A maior parte forma-se na alta 
estratosfera, como resultado de um certo número de processos, como absorção da radiação ultravioleta, 
cerca de 75%. O ozônio pode formar-se também próximo a superfície terrestre devido a descargas 
elétricas. 
A presença deste gás na atmosfera é de importância vital para o homem. Se a radiação ultravioleta 
atingisse a superfície terrestre na sua carga original não existiria vida sobre os continentes. Atualmente a 
camada de ozônio está sendo destruída pelos gases cloro-flúor-carbonetos (CFC), entre eles o gás Freon 
utilizado como refrigerante em geladeiras e aparelhos de ar condicionado, propulsores de spray, 
fabricação de espuma plástica e de componentes eletrônicos. O ozônio é um gás instável e muda 
facilmente para O2, assim os CFCs quebram facilmente estas moléculas e impedem sua produção. A 
destruição da camada de ozônio, acarreta no aumento do número de queimaduras de pele, câncer de 
pele, cataratas, queda nas defesas do organismo e até alterações no DNA, que leva a informação genética 
de todos os seres vivos. Além de alterar o plâncton marinho que serve de alimento para peixes, assim 
como na produção agrícola. Por outro lado a pequena quantidade de radiação ultravioleta que chega a 
superfície terrestre acarreta na produção de vitamina “D”, que fortalece os ossos. 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 13: Representação esquemática da camada de ozônio. 
 
Dióxido de Carbono: o dióxido de carbono (CO2) atmosférico resulta da respiração humana e animal, da 
decomposição e combustão de materiais que possuem carbono e das atividades vulcânicas. A maior 
parte deste gás encontra-se dissolvida nos oceanos, mas a solubilidade varia com a temperatura. 
Funciona como um filtro seletor, restringindo os comprimentos de onda da radiação infravermelha, além 
de envolver o Globo (como uma capa de vidro), evitando que o calor liberado para a atmosfera saia 
rapidamente para o espaço. Nos últimos vinte anos a quantidade de dióxido de carbono na atmosfera tem 
aumentado, devido a queima de combustíveis fósseis (petróleo e carvão), mesmo com a absorção deste 
gás pelos vegetais, o desmatamento tem reduzido essa capacidade. Assim o aumento de dióxido de 
carbono suspenso na atmosfera, deixa passar a radiação solar, mas bloqueia a saída de calor irradiado 
pela Terra, formando uma espécie de estufa. Se a taxa de queima de combustíveis fósseis for sentida, a 
temperatura média na superfície do Globo, aumentará de 2 a 3,5ºC até a metade do próximo século, 
acarretando no degelo das calotas polares, com o conseqüente aumento do nível do mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14: Representação esquemática do efeito estufa. 
 
 
_____Laboratório de GeociênciasGeologia Geral 
 
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III- FATORES FÍSICOS DO TEMPO 
 
 
• Insolação ou Radiação Solar: é duração do Sol descoberto ou brilho solar, livre de quaisquer 
nuvens capazes de interrompe-lo. Por seus múltiplos efeitos, tem grande importância para a 
metereologia e a sua observação sistemática, além de valiosa à agricultura, concorre 
valiosamente para a determinação de climas. A radiação solar total que atinge a superfície da 
Terra compõe-se de uma parte de raios visíveis e outra parte de calor (raios infravermelhos e 
ultravioletas suaves). 
 
- Medição de Radiação Solar/Insolação: o balanço de radiação ou seus componentes podem ser 
medidos através de instrumentos específicos; no Brasil a medição da radiação solar é feita 
extensivamente por dois tipos de instrumentos: 
 
Actinógrafo: mede a radiação solar global que atinge diretamente a superfície terrestre 
(radiação solar direta) e a outra parte que mede a superfície terrestre após sofrer processo de 
difusão (radiação difusa). 
 
 
Heliógrafo: registra apenas o número de horas de insolação diária numa região, ou o número de 
horas de brilho do sol, medindo, portanto, a duração da radiação solar direta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 14: Heliógrafo da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos 
 
Raios solares 
Registro da radiação 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 14 
• Temperatura: consta da maior ou menor quantidade de calor no ar, condição que determina se 
um corpo tem capacidade para transmitir calor a outros. Quando há o aumento de temperatura de 
um corpo, modificam-se certas características físicas. A figura abaixo mostra um abrigo 
meteorológico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 15: Abrigo meteorológico da Universidade Guarulhos. 
 
A temperatura é medida à partir de escalas termométricas denominados termômetros, estes são 
graduados para fornecer a temperatura em graus e as escalas termométricas são fixadas em dois 
limites: os pontos de fusão e ebulição.A medição pode ser feita pelas escalas a seguir: 
 
- Escala centesimal ou Celsius: Nesta escala o ponto de fusão é de Oº e o de ebulição é 100º. A 
escala foi determinada pelo físico sueco Celsius (1701-1744), que submeteu uma coluna de 
mercúrio no gelo, obtendo o valor zero no ponto de fusão e 100 no ponto de ebulição, quando 
submeteu a coluna de mercúrio ao ponto de ebulição da água destilada. Dividiu esta distância de 
0-100 em 100 partes iguais (graus Celsius, centesimais ou centígrados). 
 
- Escala Fahrenheit: O ponto de fusão é de 32ºF e o de ebulição é 212ºF. A escala foi determinada 
por Daniel Gabriel Fahrenheit (1710) que mergulhou uma mistura de neve, sal comum e amônia, 
uma coluna de mercúrio, considerando como zero a altura da coluna de mercúrio em tais 
condições. Submeteu novamente a coluna de mercúrio a temperatura do corpo humano (amarrou 
a coluna ao seu corpo), marcando a nova altura da coluna de mercúrio. Dividiu o intervalo entre 
os dois pontos em 96 partes iguais, determinando o ponto da ebulição e de fusão da água. 
 
- Escala Kelvin ou Temperatura absoluta: foi determinado por William Tompson Lord Kelvin 
(1852), onde a temperatura do ponto de fusão corresponde a 273,15K e a do ponto de ebulição, 
373,15. O limite inferior da escala é um valor inatingível (zero absoluto), que representa o ponto 
onde a energia termal das moléculas desaparece por completo, átomos e moléculas de um 
determinado corpo encontram-se num estado absoluto de repouso. O zero absoluto equivale a –
273,15ºC, sendo a mais baixa temperatura do universo físico. 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 15 
- Medição da Temperatura do Ar: Essa medição é realizada por termômetros especiais que 
possuem um grande número de propriedades físicas da matéria, principalmente a dilatação e a 
variação da resistência elétrica em função da temperatura. As substâncias utilizadas na 
fabricação de termômetros são: líquidos (álcool, hélio e nitrogênio), gasosas (hidrogênio, hélio e 
nitrogênio) e sólidas (platina, irídio, etc.). Exemplos de alguns termômetros utilizados: 
Termômetro de Gás, Termômetro de Vidro, Termômetro de Álcool e Tolueno, Termômetro de 
Mercúrio, Termômetro Metálico, Termômetro de Boudon, Termômetro Bimetálico ou de 
Distorções, Termômetro Elétrico, Termômetro Meteorológico. Os mais utilizados, no entanto, 
são: 
 
 
Termômetro de máxima: possui um estrangulamento no tubo capilar, próximo ao reservatório do 
líquido termométrico (mercúrio) para estreitar o calibre (saída) do tubo. Com a elevação da 
temperatura, o líquido termométrico dilata-se o reservatório, de tal forma, que consegue transpor 
o estrangulamento. Com a diminuição da temperatura, o estrangulamento não permite que o 
líquido termométrico volte ao reservatório. Assim, o referido líquido estaciona na temperatura 
máxima do dia. Tem como função medir a temperatura máxima do dia. 
 
 
Termômetro de mínima: geralmente o líquido termométrico mais usado é o álcool. Possui uma 
agulha (indicador) de porcelana ou vidro escuro (azul), em forma de alteres, com 
aproximadamente 2cm e imersa no álcool. Quando a temperatura diminui o álcool se contrai, 
arrastando a agulha, visto que a tensão superficial na extremidade da coluna de álcool é maior 
que peso (massa) do índice (agulha). Quando a temperatura aumenta, o álcool dilata-se e escoa 
ao redor do índice (agulha), deixando-o na posição da menor temperatura. O reservatório do 
líquido temporário (álcool), possui a forma de duas ampolas cilíndricas. Tem como função, 
medir a temperatura mínima diária em ºC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 16: Termômetros de máxima e mínima e bulbos seco e úmido da Estação Meteorológica da Universidade 
Guarulhos. 
 
Bulbo Úmido 
Bulbo Seco 
Termômetro de Máxima 
Temômetro de Mínima 
 
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 16 
Geotermômetros: Os mais utilizados são os de mercúrio, com bulbo de vidro. Para evitar que 
sejam removidos para leitura, os termômetros, cujo elemento sensível pode encontrar-se a 2, 5, 
10, 20, 30, 50 ou 100cm de profundidade, têm hastes curvadas em ângulo relo (90º). A 
profundidade para a qual se destina é definida pelo comprimento entre o centro do reservatório 
com líquido termométrico e com protuberância colocada acima dela. Os geotermômetros para 
até 40cm, permanecem fixos no solo, enquanto que os de 50 e 100cm são retos e instalados 
através de finos tubos de acesso, podendo ficar assim suspensos ou colocados na hora da leitura 
e após isso, retirados. Estes termômetros de 50 e 100 cm devem ser retirados do local para serem 
lidos. Existem geotermômetros especiais de álcool em vidro para medições de temperaturas 
estremas do solo a diferentes profundidades (máximas e mínimas). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 17: Termômetro de solo da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos. 
 
• Pressão Atmosférica: A pressão é o fator físico do tempo de maior importância para a dinâmica 
da atmosfera, sendo responsável pela circulação geral da atmosfera. Trata-se do peso dos gases 
que constituem a atmosfera sobrea superfície terrestre. 
 
Unidades de Medida: as unidades de pressão representam o comprimento de uma coluna de 
mercúrio, necessária para equilibrar a pressão atmosférica, sendo medida em milímetros de 
mercúrio (mm Hg) e polegadas de mercúrio (pol. Hg). No sistema CGS a unidade de pressão é o 
Bária, que corresponde a 1 Dina por cm2. No entanto trata-se de uma unidade inconveniente para 
fins meteorológicos, adotando-se o Bar, que corresponde a 1.000.000 Bárias. Na prática 
meteorológica utiliza-se a milésima parte do Bar, que é o milibar (mb), que corresponde a 1.000 
Dinas por cm2. 
 
1 Bária = 1Dina/cm2 
1 Bar = 1.000.000 Bárias = 1.000.000 Dinas/cm2 (Megadina/cm2 ou Megabária) 
1 Milibar = 1/1.000 Bar = 1.000 Bárias ou 1.000 Dinas/cm2 
 
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 17 
 
Um milibar corresponde a pressão exercida por uma força de 100 Newtons por cada metro 
quadrado de superfície em contato com o ar. 
 
 
1 mmHg = 1,33 mb 
1 cm Hg = 13,33 mb 
760 mm Hg = 1013,250 mb 
0,75 mm Hg = 1 mb 
1 plo. Hg = 33,70 mb 
 
 
Barômetro de mercúrio: trata-se de um equipamento de medida e é basicamente igual ao de 
Torricelli, sendo o instrumento mais preciso na medição de pressão atmosférica. É constituído de 
uma cuba, que é o reservatório de mercúrio e de uma coluna de aproximadamente 90cm de 
comprimento. A pressão atmosférica é dada pelo comprimento da coluna de mercúrio entre o 
nível do reservatório e o menisco. 
 
Barômetro Aneróide: também é um equipamento de medida e consiste basicamente em uma 
cápsula de metal, flexível, selada e com vácuo interno parcial. A capsula é impedida de ser 
esmagada pela pressão atmosférica por uma mola interna, mas responde às variações de pressão, 
variando sua dimensão. Tais variações são transmitidas a um ponteiro, que indica a pressão sobre 
um mostrador, com graduação em mm Hg (interna) e milibares (externa). Está graduado em 
números inteiros e décimos, que devem ser lidos no ponteiro preto, por estimativa visual. Os 
barômetros aneróides são menos precisos que os de mercúrio, devendo ser freqüentemente 
conferidos com este, mas são mais utilizados por serem portáteis, de fácil transporte, manuseio e 
mais resistentes a choques. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 18: Barômetro Aneróide da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos. 
 
 
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 18 
Barógrafo: outro tipo de equipamento de medida, e nada mais é que um barômetro aneróide que 
registra continuadamente a pressão. Consiste em diversas cápsulas metálicas superpostas, o 
movimento combinado entre elas é comunicado a um ponteiro que termina num bico de pena. A 
pena por sua vez, registra a pressão de maneira contínua, sobre um gráfico colocado ao redor de 
um cilindro, que gira vagarosamente, acionada por um mecanismo de relojoaria. Um sistema de 
molas e alavanca dá amplitude do braço registrador. O gráfico roda por sete dias (uma semana). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 19: Barógrafo. 
 
• Ventos: É o ar em movimento (horizontal e vertical) em relação à superfície terrestre, resulta de 
diferenças de pressão ocasionadas pelas variações de temperatura. 
Medidas do vento: é difícil medir a direção e a velocidade dos ventos com precisão na superfície 
terrestre, devido ao atrito que o movimento do ar sofre pela rugosidade do solo, natureza das 
superfícies, fontes de calor, presença de edifícios, etc. 
Módulo: é fornecido pela intensidade do vento, ou seja, é a própria velocidade do vento, 
geralmente expressa em m/s; km/h; km/dia; milhas/h; nós e pela Escala Beaufort (que mede as 
oscilações na fumaça, folhas, ramos, bandeiras, etc. que corresponde aos efeitos da força do 
vento sobre a paisagem). 
Direção: é o local de onde o vento vem, a direção é fornecida pelos pontos cardeais da Rosa-dos-
ventos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 20: Rosa-dos-ventos e as direções dos ventos. 
 
Catavento Wild: Trata-se de um equipamento de medida e é constituído de duas partes: 
 1º Consiste de uma chapa de ferro retangular T, pendente e movediça, que 
impelida pelo vento se desvia na vertical, na direção dos ponteiros projetados de um aro metálico 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 19 
(8 ponteiros). Cada um dos ponteiros corresponde a uma certa força do vento, fornecendo uma 
velocidade indireta. 
 
 2º Um pouco abaixo preso à haste, encontra-se a grimpa em posição horizontal, 
apresentando uma bola metálica numa extremidade e na outra uma chapa, onde o vento bate 
fazendo-a girar, posicionando a esfera metálica na direção de onde o vento vem. Este conjunto de 
velocidade e direção gira livremente no mastro dos ventos. Logo abaixo encontra-se quatro 
varetas fixas na horizontal, indicativas dos quatro pontos cardeais principais, uma delas possui a 
letra “N” que representa o norte. O conjunto termina embaixo, em ponta cortada em filetes de 
rosca que servem para prender todo o aparelho a um mastro adequado. 
 
 
Anemômetro Universal: este aparelho de medida registra mecanicamente a direção, a velocidade 
instantânea e a velocidade média do vento. Registra num diagrama os valores acima com quatro 
penas, sendo duas para direção, uma para velocidade instantânea e a outra para a velocidade 
média. É constituído de conchas giratórias, grimpa, sensores e um sistema mecânico que 
transmite o movimento das penas sobre o diagrama do aparelho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21: Anemômetro e Catavento Wild da Estação Meteorológica de Universidade Guarulhos. 
 
Biruta: este equipamento de medida é bem conhecido e consta de uma armação cilíndrica de 
ferro, que é envolvida por um tecido resistente, formando a abertura maior. O tecido cai fora da 
armação com uma abertura maior. O vento entra pela abertura maior e sai pela abertura menor, 
assim a posição para onde estiver voltada a abertura maior, corresponde à direção de onde o 
vento vem. 
 
 
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 20 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 22: Biruta da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos. 
 
• Evaporação: consta do processo pelo qual a água da superfície terrestre úmida, molhada ou dos 
lençóis freáticos (água das camadas inferiores) passa para a atmosfera na forma de vapor, a uma 
temperatura inferior à ebulição. Utilizam-se as seguintes unidades de medidas: mililitro (ml) e o 
milímetro (mm). 
 
Evaporímetro de Piché ou Atmômetro: Trata-se de um equipamento de medida que constitui-se 
de um tubo de vidro, fechado em uma das extremidades, graduado em mililitros (ml), números 
inteiros e décimos, a partir da extremidade fechada. Na extremidade aberta possui um anel 
metálico com uma garra que prende um disco de papel de filtro com 3,2 cm de diâmetro. A água 
do tubo desce, satura o papel de filtro, conforme vai ocorrendo a evaporação no papel, a água vai 
descendo do tubo. Utiliza-se água destilada, porque não possui sais dissolvidos, que na 
evaporação poderiamcristalizar-se no papel de filtro, diminuindo assim o poder de absorver e 
evaporar a água. Sua função é de medir a evaporação a sombra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 23: Evaporímetro de Piche da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos. 
 
 
• Umidade Atmosférica: Trata-se da quantidade de vapor d’água contida na atmosfera, resultante 
da evaporação. A umidade relativa é a relação entre a quantidade de vapor d’água contida na 
atmosfera e o máximo que poderia conter, sendo expressa em porcentagem (%). 
 
 
Higrômetro: Este equipamento de medida constitui-se de uma cápsula metálica esférica, com um 
mecanismo que utiliza como elemento sensível o “cabelo humano”. O cabelo quando livre de 
gorduras, sofre variações (encurtamento e alongamento), de acordo com as mudanças da 
umidade. O aparelho possui um mostrador com os diferentes valores de umidade e um ponteiro. 
Conforme ocorre a variações da umidade (concentração e dissensão do cabelo), o ponteiro 
movimenta-se, assinalando o valor da umidade relativa em (%). 
 
Psicrômetro: É um equipamento de medida que possui dois termômetros exatamente iguais: 
Bulbo seco, Bulbo úmido. O último possui o bulbo envolvido por uma gase úmida e em parte 
mergulhada num copinho com água destilada. Suas funções são: separadamente o bulbo seco 
fornece a temperatura do ar seco e o bulbo úmido a temperatura do ar úmido; Em conjunto, 
através da tabela 
 
Psicrométrica, fornecem a umidade relativa; o valor do bulbo seco e a umidade relativa 
calculada, através de uma tabela, fornece a temperatura do Ponto de Orvalho. 
 
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 22 
Higrógráfo: Consta de um aparelho registrador, que possui um cilindro com relógio, onde é 
acoplado um gráfico semanal, que é numerado de cima para baixo do zero a cem. O registro é 
efetuado pr uma agulha que oscila de acordo com as variações de umidade. Externamente é 
coberto por uma capa metálica ventilada, encontra-se um feixe de cabelo (humanos) que se 
contraem e se distendem de acordo com a quantidade de umidade do ar, devido ao seu alto grau 
de sensibilidade. A agulha encontra-se ligada a uma haste que por sua vez está ligada a um 
sistema de alavancas (que dá amplitude ao movimento), preso ao feixe de cabelos; assim quando 
estes variam a agulha se desloca na vertical. A rotação completa pode ser em 24 horas ou em 7 
dias. O gráfico está graduado de 5 em 5% e as unidades situadas neste intervalo deverão ser lidas 
por estimativa visual. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 24: Higrógrafo da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Higrógrafo 
Termógrafo 
 
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 23 
IV – NUVENS E NEBULOSIDADE 
 
• Nuvens: Constituem-se de minúsculas gotículas de água, pequenos cristais de gelo, partículas 
minúsculas de fumaça, poeira e sal de vaporização do mar, que são suspensos na atmosfera pelos 
movimentos ascendentes do ar. 
 
Nefoscópio: É um tipo de equipamento de medida de altura, utilizado para determinar os 
movimentos das nuvens. 
 
Tetômetro: Este equipamento serve para medir a altura da base da nuvem. O tipo “Farol Teto” é 
um farol potente, que ilumina a base da nuvem à noite. Um observador com um clinômetro mede 
o ângulo formado pela superfície com a base da nuvem. Assim, a altura é determinada pelo 
cateto oposto do ângulo. O tetômetro eletrônico é usado dia e noite, visto que possui um receptor 
que mede permanentemente os angulos. 
 
- Classificação das nuvens: o aspecto das nuvens depende de sua natureza, dimensão, número e 
distribuição no espaço. São sempre bancas, sua coloração deve-se à posição em relação ao Sol e 
ao observador. A cor cinzenta é a sombra da nuvem, ocorre quando esta se interpõe entre o Sol e 
o observador. São diversas as classificações de nuvens, cada um obedece a um fato que no caso 
é colocado em destaque. 
 
O quadro abaixo representa um quadro geral das nuvens: 
 
Famílias Gêneros Representação Smbologia 
 
Nuvens 
Altas 
 
 
Cirrus 
Cirrus-cumulus 
Cirrustratus 
 
 
Ci 
Cc 
Cs 
 
 
 
 
 
Nuvens 
Médias 
 
 
Alto-cumulus 
Altostratus * 3 
Nimbo-stratus * 2 
 
 
Ac 
As 
Ns 
 
 
 
 
 
Nuvens 
Baixas 
 
 
Strato-cumulus 
Stratus 
 
Sc 
St 
 
 
 
 
Nuvens de 
desenvolvimento 
vertical 
 
Cumulus * 1 
Cumulu-nimbus * 1 
 
Cu 
Cb 
 
 
 
 
 
* 1- Os cumulus e os cumulonimbus, geralmente possuem suas bases na camada inferior 
(nuvens baixas), mas apresentam freqüentemente um grande desenvolvimento vertical, 
possibilitando que seus cumes penetrem na camada média e na superior das nuvens médias e 
altas. 
 
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 24 
 
* 2- O nimbostratus observa-se quase sempre na camada média, no entanto, invade 
freqüentemente a camada superior e a inferior. 
 
 * 3- O altostratus, geralmente ocorre na camada média, mas penetra freqüentemente na camada 
superior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 25: Tipos de nuvens 
 
• Precipitação: Constitui-se de partículas sólidas ou líquidas em queda na atmosfera e atingem o 
solo ou se depositam sobre ele. Sendo o principal mecanismo natural de restabelecimento dos 
recursos hídricos da superfície terrestre. 
 
Tipos de Precipitação: Tem-se as que ocorrem nas regiões mais elevadas da troposfera e são de 
dois tipos: Precipitação Líquida (chuva, chuvisco ou garoa) e Precipitação Sólida (neve, pelotas 
de neve, neve granular, pelotas de gelo, grãos de gelo, granizo, saraiva e prismas de gelo); As 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
 25 
depositadas sobre a superfície terrestre e são: Deposição líquida (orvalho) e Deposição Sólida 
(geada e escarcha). 
 
Unidades de Medida: as unidades que são adotadas pela OMM para a medida da quantidade de 
precipitação são: 
a- Para o volume da precipitação caída: o litro 
b- Para a superfície: m2 
c- Para o tempo: o espaço de 24horas 
 
Pluviômetro “Ville de Paris”: Trata-se de um equipamento de medida caracterizado por um 
reservatório alongado, que termina na parte inferior num tubo com uma pequena torneira, um 
receptor em forma de funil, que se adapta à parte superior do reservatório e um aro circular de 
latão, com aresta cortante, que se encaixa externamente sobre a boca do funil. A área limitada 
pelo aro representa a explosão do pluviômetro, que de 400cm2. Acompanham o pluviômetro duas 
provetas graduadas em milímetros (mm). A de 25mm, encontra-se graduada em números 
inteiros, mas de um em um décimo de milímetro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 26 : Pluviômetroda Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos 
 
Pluviógrafo: Também um equipamento de medida que é na realidade um pluviômetro. Conta de 
duas peças cilíndricas que encaixam, sendo a parte superior que define a área de captação e 
possui um funil na peça inferior. O que diferencia o pluviógrafo de um pluviômetro é que além 
de acumular a precipitação, faz o seu registro num gráfico, o que possibilita determinar o início e 
o término da precipitação. Ainda, através da relação entre a quantidade da precipitação e o 
intervalo de tempo de sua ocorrência, é possível saber-se a intensidade e que tipo de precipitação 
ocorreu (chuva, chuvisco, etc.) Constitui-se de um funil coletor, que recebe a precipitação, 
deixando-a cair num sistema coletor com uma bóia, a qual se encontra acopla a uma haste com 
uma agulha na extremidade. Conforme a água entra no sistema coletor a bóia vai subindo, 
 
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deslocando a agulha, que efetua o registro num gráfico acoplado a um cilindro com u sistema de 
relojoaria. O cilindro efetua um fito de 360º em 24 horas, assim o gráfico acoplado a ele é diário, 
sendo dividido de hora em hora e cada uma em intervalos de 10 minutos (na horizontal). Na 
vertical encontram-se os valores de precipitação de 0 a 10mm, as maiores divisões são de cada 
1mm e as menores em décimos de mm (0,1). Quando a agulha se movimenta e atinge o topo do 
gráfico (10mm), a água é pressionada pela bóia e sai pelo sifão, caindo numa caneca na base do 
pluviógrafo. Conforme a água vai saindo na sifonagem, a agulha vai descendo em linha reta até 
zero, se continuar chovendo, o processo se repete. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27: Pluviógrafo da Estação Meteorológica da Universidade Guarulhos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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V – METEOROS 
 
 Trata-se de fenômenos visíveis na atmosfera, diferenciados em astronômicos (meteoritos 
= estrelas cadentes, cometas, etc.) e não astronômicos que são o objeto do estudo meteorológico. 
 Os meteoros não astronômicos são fenômenos freqüentes, observados na atmosfera ou ao 
nível da superfície terrestre. Apresentam diversas características, dependendo da natureza de suas 
partículas, ou dos processos físicos que intervêm em sua formação. Pode ser de natureza óptica, 
elétrica, sólida ou líquida. 
 
• Hidrometeoros: consiste em conjuntos de partículas de água (sólida ou líquida) em queda ou 
suspensos na atmosfera, ou levantada da superfície terrestre pelo vento ou depositadas sobre 
objetos no solo ou na atmosfera livre. 
 
- Em queda: Conjunto de partículas que se originam nas nuvens, caem e atingem o solo. 
 
- Chuva : precipitação de partículas de água líquida, na forma de gotas com diâmetro > a 0,5mm 
ou de gotas menores muito dispersas. 
 
- Chuva Congelada: ocorre quando as gotas de água congelam em contato com o solo, com 
objetos na superfície terrestre, ou com as aeronaves em vôo. 
 
- Garoa ou chuvisco : é a precipitação uniforme de finas gotas d’água (diâmetro < a 0,5mm). 
 
- Garoa Congelada: ocorre quando as gotas se congelam em contato com o solo, com objetos na 
superfície terrestre ou com as aeronaves em vôo. 
 
- Neve: precipitação de cristais de gelo, na maioria ramificado, algumas vezes estrelados. Quando 
a temperatura é muito baixa, a neve possui o aspecto de pequenas agulhas prismáticas. Quando a 
neve atravessa as camadas de ar com temperatura de 0ºC ou um pouco superior, condensa a água 
líquida sobre a superfície, tornando-se úmida, em parte derrete, perde sua regularidade e 
aglomera-se formando flocos brancos volumosos. 
 
- Pelotas de neve: precipitação de grãos de gelo brancos e opacos são esféricos ou cônicos, com 
diâmetro entre 2 e 5mm. 
 
- Neve granular: precipitação de grãos de gelo, muito pequenos, brancos e opacos. São 
relativamente achatados ou alongados, com diâmetro geralmente inferior a 1mm. 
 
- Granizo: grânulos de neve envolvidos por uma fina camada de gelo, desmancham-se facilmente 
com a unha. É freqüente na primavera e inverno, nas altas latitudes e regiões montanhosas. Pode 
cair junto com a neve. 
 
- Saraiva : precipitação de glóbulos ou pedaços de gelo, com diâmetro de 5 a 50mm ou mais, que 
caem separados ou aglomerados em blocos irregulares. Forma-se quando a temperatura da 
nuvem, de onde se origina, se encontre acima de 0ºC, enquanto que as camadas inferiores se 
encontram abaixo do ponto de congelação, resultando na congelação das gotas de chuva, que 
atingem o solo ainda no estado sólido. No verão os pedaços são geralmente grandes, constituído-
se de camadas concêntricas de gelo, opacas ou transparentes, comprimidas umas contra as 
outras. Ocorre associada a perturbações na congelação das gotas de chuva, que atingem o solo 
ainda no estado sólido. 
 
- Em suspensão: constituem um conjunto de partículas em suspensão na atmosfera. 
 
 
_____Laboratório de Geociências Geologia Geral 
 
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- Nevoeiro: suspensão na atmosfera de pequenas gotas d’água reduzindo geralmente a visibilid ade 
horizontal na superfície terrestre a menos de 1km. Considera-se forte, quando não são 
percebidos os objetos além de 100 metros do observador e fraco, quando os objetos podem ser 
avistados a mais de 100 metros. 
 
- Névoa úmida: consta da suspensão na atmosfera de gotículas d’água microscópicas, ou de 
partículas higroscópicas úmidas, que reduzem a visibilidade na superfície terrestre, a mais de 
1km. 
 
- Por elevação da superfície: trata-se de partículas sólidas ou líquidas levantadas da superfície 
terrestre pelo vento. 
 
- Tempestade de neve : consta de um conjunto de partículas de neve, levantadas do solo por um 
vento superficialmente forte e turbulento. Pode ser classificada em baixa e elevada, sendo que a 
segunda reduz bastante a visibilidade. 
 
- Escuma: constitui-se de partículas de água levantadas pelo vento, de uma superfície líquida, 
geralmente das cristas das ondas e levantadas na atmosfera a pequenas altitudes. 
 
- Tromba ou Tornado: consiste num turbilhão de vento, geralmente intenso, que se manifesta por 
uma coluna de nuvens, ou num cone de nuvens invertido, em forma de funil, saindo da base de 
um cumulonimbus, e por uma “sarça” constituída de gotículas d’água levantadas da superfície 
do mar, poeira, areia, ou detritos diversos erguidos do solo. O eixo da coluna da nuvem pode ser 
vertical ou inclinado, alcança o repuxo, dentro do turbilhão o ar move-se rapidamente no sentido 
ciclônico. 
 
- Depósitos sobre o solo: trata-se de partículas soídas ou líquidas, que se depositam sobre os 
objetos na superfície terrestre. 
 
- Orvalho : conta de um depósito de gotículas d’água contido no ar ambiente, visto que a 
temperatura do solo se encontra igual ou inferior à temperatura do ponto de orvalho do ar 
ambiente. Ocorre em noites de céu limpo, na presença de massas de ar de baixo teor de umidade 
e com ventos a velocidades baixas. A formação do orvalho causa a diminuição da concentração 
de vapor d’água no ar ambiente, que é reposto por difusão turbulenta, sendo proveniente da 
camada imediatamente superior. Associado ao período de formação do orvalho, ocorre o período 
de melhoramento da superfície, que inclui também o período de evaporação. A época da maior 
freqüência na formação de orvalhoé no outono e inverno para o Brasil. 
 
- Geada: trata-se de um depósito de gelo, com aspecto cristalino, na forma de camadas, agulhas, 
penas ou leques. Forma-se quando a temperatura do ar ambiente se encontra abaixo de 0º, 
acarretando no congelamento da superfície de água livre, da água depositada como orvalho, da 
água de encanamentos e de soluções aquosas, como as existentes nas células de animais e 
vegetais. A temperatura de congelamento do protoplasma de uma célula depende de sua 
concentração de solutos, ocorrendo sempre abaixo de 0ºC. No caso de vegetais a temperatura 
total é variável, a planta pode morrer antes de congelar, mas os tecidos da maioria morrem 
quando ocorre o congelamento, enquanto que outras mantêm-se vivas após o descongelamento. 
Quando o ar ambiente se encontra seco, com a temperatura de ponto de orvalho abaixo de 0ºC, 
pode formar-se geada, sem que ocorra a deposição do gelo, congelando os tecidos dos vegetais, 
denominando-se de geada negra. A formação associa-se a massas de ar polares, com baixo teor 
de umidade e sem nebulosidade. 
 
- Escarcha: constitui-se depósitos de gelo na forma de grânulos, mais ou menos separados por 
inclusões de ar, podem apresentar ramificações cristalinas. Resulta do congelamento de gotas de 
 
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água de um nevoeiro, visto que se encontram superresfriadas e quando se chocam com objetos 
mais frios, solidificam-se imediatamente. A escarcha é muito semelhante à geada, mas é mais 
áspera. Pode apresentar-se branca ou transparente, no caso da última, origina-se do 
congelamento de gotículas de garoa ou de chuva. 
 
• Litometeoros: Constituem conjuntos de partículas sólidas, não aquosas em suspensão na atmosfera, 
elevadas do solo pelo veto. As partículas possuem variadas origens: fumaça de cidades industriais, 
queimadas, poeiras de regiões secas, partículas de sal marinho, cinzas vulcânicas, etc. Podem ser 
transportadas a grandes distâncias e altitudes pelo vento. 
 
 - Névoa seca : trata-se de partículas extremamente pequenas, sólidas e secas, invisíveis a olho nu. 
São suficientemente numerosas para fornecer um aspecto opaco. Considera-se névoa seca, 
quando a umidade relativa se encontra abaixo de 80%. Produz um véu uniforme sobre a 
paisagem, modificando as cores para azul-chumbo, quando se observa na direção de um fundo 
escuro e amarelo ou alaranjado quando o fundo é claro. No Brasil, a névoa seca origina-se 
principalmente da mistura de fumaça de queimadas com poeira levantada pelo vento, nos meses 
de seca no interior do país. 
 
- Névoa de poeira : constitui-se de poeira ou de pequenas partículas de areia, que foram levantadas 
do solo pelo vento e colocadas em suspensão na atmosfera. Resulta de uma tempestade de poeira 
ou de areia, ocorrida antes da hora de observação. 
 
• Fotometeoros: São fenômenos resultantes de reflexão, refração, difração ou interferência de luz 
solar ou lunar. 
 
- Fenômenos de halo solar e lunar: constam de arcos, anéis, colunas ou focos luminosos resultantes 
da refração ou reflexão da luz, por cristais de gelo em suspensão na atmosfera (nuvens 
cirriformes, nevoeiro gelado, etc.). Ocorrem em torno da Lua ou do Sol. 
 
- Imagem do Sol: aparece na vertical e abaixo do Sol, na forma de uma mancha branca brilhando, 
é análoga a imagem do Sol sobre uma superfície de água tranqüila. 
 
- Coroa Solar e Lunar: constam de anéis coloridos (um ou em série, raramente mais que três) 
centralizados sobre o Sol ou sobre a Lua. 
 
- Irisação: trata-se de cores observadas sobre as nuvens, entremeadas ou na forma de bandas 
paralelas aos contornos das nuvens. As cores predominantes são o verde e o rosa, 
freqüentemente com matrizes em tom pastel. 
- Arco-Íris : trata-se de um grupo de arcos concêntricos, cujas cores vão do violeta ao vermelho, 
são produzidos pela luz solar ou lunar sobre um écran de gotas de água na atmosfera. No arco-
íris principal, o vermelho encontra-se no exterior, enquanto que no secundário no interior. O 
arco-íris branco é denominado de principal, visto que possui uma banda branca que aparece 
sobre o écran de nevoeiro ou de névoa, sendo geralmente franjado de vermelho na parte externa 
e no interior cercado por uma leve franja azul. 
 
 
 
 
 
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• Eletrometeoros: consta de manifestações visíveis ou audíveis de eletricidade atmosférica. 
 
- Trovoada: trata-se de uma ou várias descargas bruscas de eletricidade atmosférica, 
manifestando-se por uma claridade breve e intensa (relâmpago) e por um ruído seco, ou por um 
rolamento surdo (trovão). A intensidade pode ser fraca, quando os trovões não são ruidosos e os 
relâmpagos ocorrem em intervalos de um minuto ou mais. A velocidade dos ventos não excede 
13m/s, com chuvas fracas; pode ser moderada, quando os trovões possuem forte ruídos, em 
intervalos curtos e freqüentes clarões dos relâmpagos, a velocidade que precede a tempestade 
pode atingir 17m/s, com chuva moderada; quando forte os trovões são agudos e ocorrem 
continuamente, com fortes chuvas, os ventos podem ultrapassar 17ms. 
 
- Relâmpago: constam de manifestações luminosas, que acompanham uma descarga brusca de 
eletricidade atmosférica, que pode ser proveniente de uma nuvem. Distingue-se três tipos de 
relâmpagos: 1- Quando as descargas ocorrem entre a nuvem e o solo; 2- Quando as descargas 
ocorrem no interior de uma nuvem tempestuosa; 3- Quando saem de uma nuvem tempestuosa, 
mas não atingem o solo. 
 
- Trovão: consta do ruído seco ou rolado que acompanha o relâmpago. 
 
- Fogo-de-Santelmo: trata-se de uma descarga elétrica luminosa na atmosfera, mais ou menos 
contínua e de intensidade fraca ou moderada, atinge objetos elevados na superfície terrestre 
(pára-raios, aparelhos anemométricos, mastros de navios, ponta das asas e hélices de aviões), 
produz uma espécie de chama. 
 
- Auroras Polares: são fenômenos luminosos da lata atmosfera, que aparecem na forma de arco, 
faixas pregueadas ou cortinas. Quando ocorrem tempestades solares (período de grande atividade 
solar), o globo terrestre é atingido por uma grande quantidade de radiação na forma de prótons, 
elétrons e nêutrons que entram no cinturão de Van Allen. Os nêutrons atravessam diretamente 
para a atmosfera, visto que sua carga é neutra, enquanto que os prótons e elétrons (em grande 
quantidade), ficam aprisionados no cinturão, onde adquirem um movimento espiralado ao longo 
dele. O cinturão é mais largo nas regiões equatoriais e mais estreitos nas regiões polares, assim 
prótons e létrons deslocam-se livremente na parte mais larga, enquanto que na mais estreita 
ficam comprimidos, como se encontram em grande quantidade acabam caindo na atmosfera 
polar. Internamente o globo terrestre funciona como um grande imã, possuindo carga negativa no 
pólo norte no sul, assim os prótons (carga +) são atraídos para o pólo norte, e os elétrons (carga -) 
para o pólo sul, caindo na atmosfera e fornecendo aos gases grande quantidade de energia, que 
passam a emitir energia luminosa (fótons). Conforme diminui a queda de prótons e elétrons na 
atmosfera os gases vão perdendo a sua energia luminosa. No pólo norte denomina-se de Aurora 
Boreal, são as mais intensas e mais bonitas, visto que são produzidas por cargas positivas. No 
pólo sul denomina-se Aurora Austral, menos intensas e bonitas que as do pólo norte, visto que 
são produzidas por cargas negativas. As auroras polares atingem desde a Exosfera até a 
Ionosfera. 
 
 
 
 
 
 
 
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VI- MASSAS DE AR E FRENTES 
 
 Os Deslocamentos de ar que compõem a circulação geral da atmosfera são muito complexos e há 
um sistema, constantemente variável, de correntes reagindo uma sobre as outras, ocasionando transporte 
a grandes distâncias. A evolução do tempo encontra-se fortemente às características meteorológicas 
dessas massas de ar. Devido à forma esférica da Terra, as regiões polares absorvem menos energia que o 
Equador, assim o excesso de energia absorvida nas baixas latitudes é transferido para as altas latitudes, 
pelos movimentos atmosféricos. 
 A convexão em pequena escala, a frente polar e os contrastes terra-água, criam diversidades nos 
movimentos atmosféricos, desde pequenos redemoinhos turbulentos até a circulação geral. Esses 
padrões de movimentos, sustentados pela energia solar, ligam-se forçosamente ao ciclo da água e 
dependem em parte, para seu desenvolvimento, da energia desprendida durante esse ciclo. 
 
• Massas de ar: quando um grande volume de ar atmosférico está em repouso ou deslocamento 
lentamente sobre a superfície uniforme, tende a adquirir as características térmicas ou 
higrométricas desta, adquirindo, portanto, características próprias. 
 
- Região de origem ou região nascente: é a região onde a massa de ar se forma e quando uma 
massa de ar se encontra afastada da região de origem, suas características se modificam, visto 
que adquire as características das superfícies por onde transitam, adquire suas características, 
embora essas características possam ser modificadas durante o seu trânsito. 
 
- Superfície de origem: dentro da região de origem, a superfície sobre a qual se origina a massa de 
ar, pode ser marítima ((m) ou continental (c). 
 
- Tipos de massas de ar: nas regiões temperadas não se formam massas de ar, visto que as 
estações do ano são bem definidas, não havendo tempo necessário, para que o ar em repouso 
adquira homogeneidade horizontal suficiente para se formar uma massa de ar. As massas de ar 
podem ser do tipo: massa de ar antártica (massa de ar fria que se origina no continente 
Antártico), massa de ar polar (tem origem na zona subantártica entre o ar polar e o tropical), 
massa tropical (tem origem em zonas de ventos variáveis e divergentes), massa de ar equatorial 
(origina-se a partir dos ventos alíseos), 
 
- Principais características das massas de ar: 
 
Massa de ar frio: é definida como uma massa de ar que é mais fria nos níveis inferiores, do que 
na superfície sobre a qual está se deslocando, portanto o ar está se deslocando e sendo aquecido 
pela parte inferior. Este aquecimento produz correntes de convexão, que modificam a massa de 
ar, pelo transporte no seu interior das propriedades da superfície. Quando for alcançado o nível 
de condensação pelas correntes de convexão ascendentes, formar-se-ão nuvens. Essas nuvens 
serão do tipo convectivo (cumulus) e se o desenvolvimento continuar, poderão ocorrer 
aguaceiros e trovoadas. As características desta massa de ar são: turbulências nos níveis 
inferiores, gradiente instável de temperatura e nuvens comulus e culmonimbos. 
 
Massa de ar quente: é definida como uma massa de ar mais quente nos níveis inferiores, do que 
a superfície sobre o qual está se deslocando. O resfriamento do ar na parte inferior tende a torna-
lo mais instável e impede a convexão. Este tipo de massa de ar tende a manter as suas 
características originais sofrendo modificações somente nos níveis inferior. Quando for 
resfriado, até ao seu ponto de condensação, formar-se-á nevoeiro, se os ventos forem fracos; se 
forem fortes, ocorrerá turbulência devido ao atrito que mistura as camadas próximas à 
 
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superfície, formando-se então uma nuvem tipo stratos. As características desta massa são: ar 
calmo, gradiente estável de temperatura, visibilidade prejudicada (fumaça e poeira nos níveis 
inferiores) e nuvem estratiforme (stratus e stratocumulus). 
 
- Massas que atuam na América do Sul: 
 
Massas equatoriais marítimas (Atlântica e Pacífica) 
Massa equatorial continental 
Massas tropicais marítimas (Atlântica e Pacífica) 
Massa tropical continental 
Massas polares marítimas (Atlântica e Pacífica) 
Massa polar continental 
 
O hemisfério sul caracteriza-se por sua pequena porção de terra, comparada com a superfície de 
água, assim as massas de ar frio que invadem o continente sul-americano, são úmidas e não 
muito frias, ar Polar Marítimo. Essas massas de ar têm duas rotas principais: a primeira que vem 
do oeste (W) e chega até a costa Chilena, provocando frio e umidade, ao subir pela Cordilheira 
dos Andes, provocando chuvas intensas; a segunda, é do ar polar marítimo que entra pelo sul (S) 
e sudeste (SE), durante o inverno atinge o norte da Argentina, Paraguai, Uruguai e grande parte 
do Brasil, incluindo áreas amazônicas e o litoral até ao nordeste do país. 
No verão, o ar polar entra no continente sul-americano em latitudes mais altas que no inverno, 
mas com temperaturas mais suaves, provocando chuvas em suas zonas frontais com o ar 
tropical. Na parte do continente banhada pelo oceano pacífico, o ar é muito estável entre 5º e 35º 
de latitude sul (pela corrente fria de Huboldt). A partir de 5º de latitude sul para o norte, diminui 
a estabilidade e o ar passa a ser carregado de umidade, o clima passa de árida e chuvoso. 
No Chile central atua a massa Tropical Pacífica, e para o norte a massa Equatorial Pacífica. No 
Atlântico, a massa Equatorial atua no litoral do Nordeste e na Amazônia enquanto que a massa 
Tropical Atlântica é predominante no sul do Brasil, chegando ao interior, até a Bolívia, 
Paraguai e Uruguai. Na Argentina a massa tropical continental atua predominantemente até o 
centro do Brasil. 
A movimentação das massas de ar atuam no inverno e no verão provocando mudanças no 
Equador térmico, formando a CIT (convergência intertropical), as frentes e os ventos. 
 
• Frentes 
 
- Formação: São regiões de transição entre massas de ar diferente, geralmente entre massas frias e 
quentes, que aparecem periodicamente, perturbando a circulação geral da atmosfera, através de 
ciclones e anticiclones móveis. Uma massa de ar avança na direção de outra, determinando seu 
limite dianteiro. A presença física de uma frente, é a “frente da massa”. Pode definir-se uma 
frente, como um sistema alongado de baixas pressões (cavado), comprimida entre dois 
anticiclones; as pressões mais baixas alinham-se ao longo do eixo central da área frontal. Assim 
ao longo das frentes, formam-se ciclones que se deslocam segundo a mesma direção, dentro dos 
quais, existe uma acentuada velocidade de vento, chuva forte, nuvens baixas, visibilidade 
reduzida, forte turbulência e possibilidade de formação de granizo e trovoadas. A alta polar 
avança, definindo um Frente Fria e a alta tropical avança, definindo uma frente quente. 
- Tipos de frentes: 
 
Frente fria: consta do deslocamento de uma massa de ar frio contra uma massa mais quente. O 
ar frio tende a deslocar o ar quente, formando uma superfície frontal inclinada, que atua como 
 
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cunha por baixo do ar quente elevando-o, onde ocorrem diversos fenômenos meteorológicos. 
Uma frente fria desloca-se com maior velocidade que uma frente quente, de 36 a 40 km/h. Com 
a aproximação de uma frente fria, ocorrem os seguintes fenômenos no setor quente: a pressão 
diminui no local; ocorre um aumentogradativo da temperatura; aumenta a velocidade do vento, 
como é um centro de alta pressão que se opõe ao avanço de uma frente, verifica-se que a 
circulação pré-frontal predomina no setor adiante da frente. 
Tais mudanças ocorrem em uma ou duas horas, com a passagem da frente fria chega a massa 
Polar, acarretando nos fenômenos: aumento da pressão, queda brusca na temperatura, a 
velocidade do vento pode aumentar sendo mais intensos e mais frios, pode ocorrer um rápido 
clareamento do tempo, freqüentemente grande parte da chuva vem um pouco adiante da frente 
fria e outras vezes um pouco atrás. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 28: Representação esquemática de uma frente fria. 
 
Frente quente: consta do deslocamento de uma massa de ar quente, contra uma massa mais fria. 
O ar frio é mais denso, funciona como uma rampa suave, sobre a qual se eleva o ar mais quente. 
Quando uma frente quente se aproxima, surgem primeiramente nuvens altas (cirrus e 
cirrustratus), depois alostratos e cumuloimbus. Com a chegada da frente, ocorre contínua 
precipitação até a passagem do sistema, saturando o ar frio, deixando condições de pouca 
visibilidade. Uma frente quente pode ser a própria frente fria retornando ao pólo, visto que 
quando vai perdendo suas características, é empurrada de volta pelo ar tropical. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 29: Representação esquemática de uma frente quente. 
 
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Frente fria secundária: origina-se a partir de uma frente fria que se move rapidamente (com 
grande velocidade) e desenvolve-se a uma certa distância, na retaguarda da frente principal. 
 
Frente estacionária: quando uma frente cessa de se mover em qualquer direção por encontrar 
uma barreira física. Pode permanecer estacionária por horas ou dias, antes de se dissipar ou seu 
deslocamento como frente. 
Ciclogênese: trata-se do processo de formação de ciclones, em áreas de baixas pressões, onde a 
temperatura pode ser alta ou baixa. 
Ciclones térmicos: apresentam-se quase estacionários, formam-se pelo aquecimento de certas 
regiões, sendo portanto locais. 
Ciclones tropicais: originam-se sobre as latitudes tropicais marítimas no verão, com ventos 
ciclostróficos. Possuem um centro calmo (olho) com diâmetro de 25 a 100km, ocorrem em todos 
os oceanos, exceto no Atlântico e Pacífico Sul. Podem ser denominados de Tufão (Pacífico 
Norte), Furacão (Atlântico Norte), Baguio (Filipinas), Willy (Austrália) e Ciclone (Índico). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VII- O CICLO DA ÁGUA 
 
• A ocorrência da água: 
ÁGUA = H2O = ao elemento mais abundante na superfície do planeta; é o melhor solvente 
disponível na natureza; atua no intemperismo químico, físico e na erosão (transportando desde partículas 
até cascalhos); é a principal sustância para a manutenção da vida sobre a terra, seja pela fotossíntese 
(reação de CO2 e H2O) ou ainda, rios e principalmente, compor praticamente 80% do corpo humano. 
Ocupa mais de 70% da superfície terrestre e está presente na atmosfera (sob a forma de vapor) e 
em lençóis subterrâneos, rios no interior de cavernas, bolsões etc. Na região central e no nordeste do 
Brasil, por exemplo, existem gigantescos bolsões de água, com muitos quilômetros quadrados de 
extensão, dos quais pode ser extraída pela perfuração de poços não muito profundos. 
Muitas pessoas consideram a água um recurso natural inesgotável, pois conhecem as extensões 
dos oceanos, grandes rios, lagos, cachoeiras e as imensas geleiras polares. Além disso, lembra-se 
também das fortes chuvas, sobretudo nas regiões tropicais, que podem ser seguidas de inundações. 
 
 
 
 
 
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O volume total de água do planeta está distribuído, aproximadamente, da seguinte maneira: 
• 97,4% - de água nos oceanos; 
• 2,0% - de água doce dos gelos polares e das geleiras; 
• 0,5% - de água doce subterrânea; 
• 0,1% - de água doce de rios e lagos, inclusive o vapor de água da atmosfera. 
 
Para entender melhor, podemos fazer a seguinte comparação: imagine que toda a água do planeta 
corresponda a 100 litros. Teríamos, então, 97,4 litros de água dos oceanos, 2 litros de gelo, meio litro de 
águas subterrâneas e apenas 100 mililitros de água doce dos rios e lagos. Sendo apenas de 0,1% a 
pequena quantidade de águas doces superficiais diretamente aproveitáveis pelo o homem, pode entender 
a importância do uso racional da água em todas as atividades humanas. Por isso, é necessário evitar, a 
todo custo, o desperdício e a poluição das águas. 
A água distribui-se na atmosfera e na superfície da crosta até a profundidade de 10km, isto é o 
que chamamos de hidrosfera que compõe os reservatórios naturais tais como: oceanos, geleiras, rios, 
lagos, vapor d’água atmosférico, água subterrânea e água retiradas dos seres vivos. 
 
• Origem Da Água 
 
Sua origem consta dos primórdios da formação da atmosfera, quando o planeta estava sendo 
desgaseificado, isto é, quando a liberação de gases ocorria pelo resfriamento ou aquecimento de rochas. 
Esse processo ocorre até hoje e teve início no resfriamento geral do planeta, onde na formação das 
rochas magmáticas, foram liberados gases, principalmente vapor d’água e gás carbônico, entre vários 
outros. A geração de água sob forma de vapor é observada atualmente em erupções vulcânicas, 
denominada água juvenil. 
 
O intercâmbio entre esses reservatórios compreende o ciclo da água ou ciclo hidrológico que 
juntamente a energia solar compõe o processo de dinâmica externa da Terra. 
A figura 1 mostra o ciclo completo da água. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 30: Representação esquemática do ciclo da água completo. 
 
 
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• Ciclo Hidrológico 
 
- Partindo de um volume relativamente constante de água no SISTEMA TERRA, o ciclo 
hidrológico inicia um fenômeno conhecido como precipitação meteórica que representa a 
condensação de gotículas a partir do vapor d’água presente na atmosfera, dando origem à chuva; 
 
- Quando o vapor d’água transforma -se em cristais de gelo, tem-se a neve, o granizo que é 
responsável pela geração e manutenção de importantes reservatórios representados pelas geleiras 
nas calotas polares e ainda nos cumes das montanhas; 
 
- Parte dessa precipitação retorna para a atmosfera por evaporação direta, esta parte soma-se ao 
vapor d’água formado sobre o solo e aquele liberado pela atividade biológica de organismos, 
principalmente as plantas, através da respiração. Todo esse processo recebe o nome de 
evapotranspiração, na qual a evaporação direta é causada pela radiação solar e vento, e a 
transpiração dependem da vegetação. 
 
- A evapotranspiração em áreas de clima quente e úmido (floresta amazônica) devolve a atmosfera 
até 70% da precipitação; já em ambientes glaciais o retorno da água para a atmosfera ocorre pela 
substituição do gelo (a água passa diretamente do estado sólido para o estado gasoso, pela ação do 
vento). 
- Em regiões de floresta, uma parcela da precipitação pode ficar retida nas folhas e caules sofrendo 
evaporação posteriormente e, a este processo dá-se o nome de interceptação, onde com o 
movimento da vegetação, parte dessa água continua seu trajeto

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