Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
* A QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS NO BRASIL Andréa Machado Ferreira Química Industrial * Gasolinas É um combustível constituído basicamente de hidrocarbonetos, em geral, mais “leves” do que aqueles que compõem o óleo diesel, pois são formados por moléculas de menor cadeia carbônica. Gasolina Comum: ●Não possui aditivos; ●A menos indicada para os motores. Gasolina Aditivada: ● Gasolina Comum com aditivos químicos (detergentes e dispersantes), e tem 27% de etanol anidro; Gasolina Premium: ● mistura de 78% de gasolina A - Premium (Refinaria) e 25% de álcool anidro. * Óleo Diesel Mistura de hidrocarbonetos na faixa de 100º a 400ºC, de acordo com Portaria DNC 032 (ago/97) e Regulamento Técnico DNC nº 02/99. Álcool Etílico Álcool Etílico Anidro Combustível (AEAC) e Álcool Etílico Hidratado Combustível (AEHC), de acordo com a Portaria ANP Nº 45 (mar/2001) e Regulamento Técnico ANP nº 01/2001. * ESPECIFICAÇÃO É a qualidade mínima necessária ao bom desempenho do produto, definida através de um conjunto de características e seus respectivos limites. QUALIDADE DE UM PRODUTO Adequação ao uso ANP – AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO * Meio Ambiente menor consumo menos emissões Desenvolvimento de motores melhor desempenho menor consumo Capacidade de Produção do Refino (custo para o País) Combustíveis Especificações * QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS AUTOMOTIVOS APARÊNCIA COMPOSIÇÃO VOLATILIDADE ESTABILIDADE COMBUSTÃO CORROSÃO FLUIDEZ OUTRAS CARACTERÍSTICAS Cor e aspecto Etanol, gasolina, S, Pb, Cu, Fe, Na, Cl- SO42-, água, sedimentos , benzeno Curva de destilação, pressão de vapor, resíduo de evaporação Goma, período de indução Octanagem, no de cetano, cinzas Corrosividade ao cobre Densidade, massa específica acidez, pH, condutividade elétrica Viscosidade, pto de entupimento * Desde 26 de março de 2015 /ANP Estabelece as especificações das gasolinas aditivadas e comum: + 27% AEAC (Distribuidores) GASOLINA * CARACTERÍSTICA UNIDADE Aspecto e Cor (sem corante) Teor de AEAC % volume Destilação 10% evaporado, máx. 50% evaporado, máx. 90% evaporado, máx. PFE, máx. Resíduo, máx. ºC ºC ºC ºC % v/v MON, mín. - IAD, mín. - Pressão de Vapor a 37,8 ºC kPa Goma Atual Lavada, máx. mg/100 mL Período de Indução a 100ºC, mín. min Enxofre, máx. % massa Benzeno, máx. % volume Chumbo, máx. g / L Massa específica a 20 °C kg/m³ Aromáticos, máx. % vol Olefínicos, máx % vol. * PORTARIA ANP Nº 15, de 17 de Agosto de 2006 Especificação dos Óleos Diesel Comercial Automotivo Interior (B) e Metropolitano (D) S10 , em 2016 7% PORTARIA DNC Nº 32, de 4 de Agosto de 1997 Especificação do Óleo Diesel Marítimo ÓLEO DIESEL SUPERINTENDÊNCIA DE QUALIDADE DE PRODUTOS * PORTARIA ANP Nº 36, DE 06 de Dezembro de 2005 Estabelece especificações para o Álcool Etílico Anidro Combustível (AEAC) e Álcool Etílico Hidratado Carburante (AEHC). ÁLCOOL COMBUSTÍVEL SUPERINTENDÊNCIA DE QUALIDADE DE PRODUTOS * ÁLCOOL HIDRATADO - AEHC CARACTERÍSTICAS UNIDADES . Aspecto Cor Acidez total (ácido acético), máx mg/L Condutividade elétrica, máx. S/m Íon Cloreto, máx. mg/kg Íon Sulfato, máx. mg/kg Massa específica a 20ºC kg/m³ Resíduo por evaporação, máx. mg/100mL Metais: Ferro Sódio, máx. mg/kg Teor alcoólico ºINPM Teor de hidrocarbonetos, máx. %vol. pH SUPERINTENDÊNCIA DE QUALIDADE DE PRODUTOS * Instituições Contratadas: Universidades Centros de Pesquisas Objetivos: Avaliar permanentemente a qualidade dos combustíveis comercializados no país Mapear problemas de não-conformidade para direcionar as ações de fiscalização da ANP Custo (2014): R$ 18 milhões anuais Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis Não é FISCALIZAÇÃO! * Instituições Contratadas * SUPERINTENDÊNCIA DE QUALIDADE DE PRODUTOS Mais de 90% dos postos! � � UF N. de postos Instituição Amostras por ano SC 1.503 IPT/SC 7.200 DF,GO, TO 1.428 CEPAT 7.440 SP 3.527 IPT/SP 17.280 1.670 UNICAMP 8.160 1.340 UNESP 6.960 1.340 UFSCar 6.960 BA 1.200 UNIFACS 5.760 SE 178 UNIFACS 872 RJ 1.900 UFRJ 9.360 CE 712 UFC 4.080 MG 1.800 CETEC 8.640 1.785 UFMG 8.640 RS 2.179 UFRGS 11.520 PR 2.469 UFPR 12.240 RN, PB 815 UFRN 4.080 PE 874 UFPE 4.560 AL 285 UFPE 1.920 PI 300 UFPI 1.680 MA 362 UFMA 2.160 ES 530 PUC-RJ 2.880 TOTAL 26.197 132.392 * METODOLOGIA - AMOSTRAGEM Para cada instituição: UNIVERSO: totalidade dos postos revendedores da área contratada. DIVISÃO EM REGIÕES: em geral, uma região contém 1/10 do universo. SIGILO: a origem das amostras é mantida em sigilo (não é Fiscalização). AMOSTRAGEM: aleatória (sorteio da região e dos postos revendedores). MENSALMENTE: 20% do universo são monitorados. COLETA: diretamente da bomba medidora. * Programa de Monitoramento da Qualidade dos Combustíveis FISCALIZAÇÃO “DIRECIONADA” MARCAÇÃO DE SOLVENTES MARCAÇÃO DE ÓLEO DIESEL (INTERIOR) ACOMPANHAMENTO (USINAS) DO ÁLCOOL COMBUSTÍVEL SUPERINTENDÊNCIA DE QUALIDADE DE PRODUTOS * Outras Ações - Programa de Marcação de Solventes Portaria ANP n.º 274 - 01/11/2001 Objetivos: Evitar a evasão fiscal Preservar a qualidade dos combustíveis Eliminar a adição de solventes à gasolina Fornecer à ANP uma forma eficaz de restringir as fraudes Todas as correntes produzidas em refinarias, unidades petroquímicas ou importadas, e comercializadas como solventes, são marcadas. * Faixas de Destilação (ºC) * VISÃO GERAL SOBRE EQUIPAMENTOS PARA DETERMINAÇÃO DA QUALIDADE DE COMBUSTÍVEIS AUTOMOTIVOS * QUALIDADE DOS COMBUSTÍVEIS AUTOMOTIVOS APARÊNCIA COMPOSIÇÃO VOLATILIDADE ESTABILIDADE COMBUSTÃO CORROSÃO FLUIDEZ OUTRAS CARACTERÍSTICAS Cor e aspecto Etanol, gasolina, S, Pb, Cu, Fe, Na, Cl- SO42-, água, sedimentos , benzeno Curva de destilação, pressão de vapor, resíduo de evaporação Goma, período de indução Octanagem, no de cetano, cinzas Corrosividade ao cobre Densidade, massa específica acidez, pH, condutividade elétrica Viscosidade, pto de entupimento * Cor e Aspecto Objetivo: Ensaio mais elementar para a detecção de possíveis contaminações perceptíveis visualmente. Instrumento: Proveta 1000mL não graduada. Teor de álcool Objetivo: Indica o percentual em volume de AEAC presente na gasolina. Contribui para a elevação da octanagem, melhora a combustão, diminuindo as emissões. Deve ser obedecido o percentual na mistura determinada por lei. Instrumento: Proveta 100mL com rolha esmerilhada. * Cor e Aspecto ( gasolinas, álcool e óleo Diesel) Instrumento: Visual Colorímetro Automático Saybolt (óleo Diesel) APARÊNCIA * COMPOSIÇÃO Teor de álcool na gasolina, de gasolina no álcool Instrumento: Proveta 100mL com rolha esmerilhada, APG por infra vermelho Benzeno Instrumentos: Cromatógrafo gasoso; Aparelho Portátil para Gasolina (APG) por infra vermelho Objetivo: Indica o teor de benzeno presente na gasolina. Apresenta alto poder carcinogênico e é fotoquimicamente reativo. Instrumentos: Cromatógrafo gasoso; APG. * Densidade a 20º/4ºC Objetivo: É a relação entre a massa específica da gasolina a 20ºC e a massa específica da água a 4ºC. Está relacionada com seu potencial energético total. Quanto maior a densidade, maior será a massa de combustível que estará sendo injetada no motor. Variações na densidade impossibilitam uma mistura ar/combustível balanceada. Instrumentos: Densímetro; Proveta de 1000mL; Termômetro 0 a 40ºC. * Destilação 10% Objetivo: A destilação tem como objetivo avaliar as características de volatilidade. O controle dos 10% evaporados visa garantir a quantidade mínima de frações leves que se vaporizam e queimam com facilidade, garantindo o início do funcionamento do veículo - partida a frio. Instrumentos: Destilador manual; Destilador automático. Destilação 50% Objetivo: Está associada ao tempo de aquecimento do motor, permitindo condições de operação uniforme. Instrumentos: Destilador manual; Destilador automático. * Destilação 90% Objetivo : A limitação desta temperatura visa minimizar a formação de depósitos na câmara de combustão e nas velas de ignição. O limite da especificação deve ser exigido a fim de evitar que as frações pesadas não queimadas possam vazar para o cárter do motor, podendo contaminar o óleo lubrificante. Com relação às emissões de poluentes, os hidrocarbonetos mais pesados exigem maior temperatura para queima. Instrumentos : Destilador manual; Destilador automático. Ponto Final de Ebulição Objetivo: O PFE é a mais alta temperatura verificada durante a destilação da gasolina. Temperaturas acima do especificado, podem ser indicativo de contaminação por óleo diesel, querosene e óleo lubrificante. Instrumentos: Destilador manual; Destilador automático. * Resíduo Objetivo: É a parte da gasolina que sobra após ter-se alcançado o PFE. Um alto valor de resíduo indica alto teor de frações pesadas advindas da produção ou contaminação posterior; pode provocar carbonização das velas de ignição e formação de depósitos no motor. Instrumentos: Destilador manual; Destilador automático. Octanagem Objetivo: Indica a resistência da gasolina à detonação. A avaliação da octanagem é importante para garantir que o produto atenda às exigências dos motores nos tempos de compressão e expansão sem entrar em auto-ignição. Boas características anti-detonantes proporcionam um máximo de potência com um mínimo de consumo. Instrumentos: APG por infravermelho. * VOLATILIDADE Destilação 10%, 50%, 90% Evaporados, Ponto Final de Ebulição, Resíduo (gasolina) Instrumentos: Destilador manual; Destilador automático, APG por infra vermelho Destilação 50% e 85% Recuperados (óleo Diesel) * Composição Aromáticos Objetivo: Estes compostos conferem à gasolina uma boa resistência à detonação. Os aromáticos possuem tendência de gerar mais fumaça e depósitos de carbono durante a queima no motor. Saturados Objetivo: Componentes da gasolina encontrados em percentuais variados, dependendo do tipo de petróleo e do processo de produção. Olefinas Objetivo: Hidrocarbonetos componentes da gasolina gerados principalmente a partir do processo de craqueamento. Altos teores de olefinas são responsáveis pela instabilidade da gasolina. Geram formação de goma, alteram a cor do produto e elevam o nível de emissões de óxido de nitrogênio. São reativas à formação de ozônio. Instrumento: Cromatógrafo gasoso. * Cloreto ( Cl -), Sulfato ( SO4 -2 ) Instrumento: Cromatógrafo de íons; Potenciômetro; Titulador. Chumbo ( Pb ), Sódio ( Na ), Cobre ( Cu ) e Ferro ( Fe ). Instrumento: Espectrofotômetro de absorção atômica. Enxofre ( gasolina e óleo Diesel) Instrumento: Analisador de enxofre por Raio-X. * COMBUSTÃO Octanagem (gasolina) Instrumentos: Motor CFR; APG por infravermelho. Número de Cetano (Óleo Diesel) Instrumento: Motor CFR; APOD por nfravermelho. * Corrosividade ao Cobre Objetivo: É uma avaliação da corrosividade do produto. Esse teste fornece uma indicação do potencial de corrosividade da gasolina no que diz respeito as peças e ligas de cobre e outros metais. Instrumento: Equipamento para ensaio de corrosão (banho termostático a 50ºC e lâmina de cobre). * Teor de Enxofre Objetivo: Indica a concentração total dos compostos sulfurosos presentes na gasolina. O enxofre, além de sua ação corrosiva, provoca formação de gases tóxicos durante a combustão do produto. Instrumento: Analisador de enxofre por Raio- X. * CORROSÃO Corrosividade ao Cobre (gasolina e óleo Diesel) Instrumento: Equipamento para ensaio de corrosão (banho termostático a 50ºC e lâmina de cobre). * Ponto de Entupimento Instrumento: Equipamento automático para determinação de ponto de entupimento. Viscosidade Instrumento: Viscosímetro manual; Viscosímetro automático. FLUIDEZ * OUTRAS Densidade a 20º/4ºC Instrumentos: Densímetro; Proveta de 1000mL; Termômetro 0 a 40ºC, Densímetro digital pH (álccol) Instrumento: pHmetro. Condutividade Elétrica (álcool) Instrumento: Condutivímetro. Acidez Total (álcool) Instrumento: Titulador. Massa Específica ( álcool) Teor Alcoólico ( álcool) * GASOLINA Benzeno tóxico e cancerígeno não adicionado, presente nas correntes do “pool” naturalmente diminuto na gasolina brasileira 1% máximo, similar às mais severas especificações mundiais * GASOLINA Benzeno tóxico e cancerígeno não adicionado, presente nas correntes do “pool” naturalmente diminuto na gasolina brasileira 1% máximo, similar às mais severas especificações mundiais * GASOLINA Chumbo tóxico e cancerígeno desativa os sistemas de catalisadores de escapamento dos automóveis no Brasil eliminado em janeiro de 1992 (2º no mundo) contribuição do álcool para prover octanagem * Qualidade de combustíveis: tendências GASOLINA: Reduzir o teor de enxofre Limitar o teor máximo de hidrocarbonetos aromáticos Aumentar a estabilidade à oxidação Reduzir T90 and PFE Especificar o teor de goma * ÓLEO DIESEL Teor de Enxofre 10mg/Kg * ÓLEO DIESEL: Aumentar o número de cetano Aumentar o ponto de fulgor Especificar o ponto T95% da curva de destilação Reduzir a densidade máxima Reduzir o teor de enxofre Reduzir contaminantes Qualidade de combustíveis: tendências * AEHC: Avaliar a limitação de metais e outros contaminantes Avaliar o teor de água no AEHC Qualidade de combustíveis: tendências * OBRIGADA! * * * * * * * * * * * * * * * * *
Compartilhar