Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
Prof. Fernando Penteado. * . * Entende-se o processo de conformação dos corpos metálicos, como o processo de modificação da forma desse corpo para outra forma definida. Os processos de conformação podem ser divididos em dois grupos: Processos mecânicos: Nos quais as modificações de forma são provocadas pela aplicação de tensões externas, e as vezes em altas temperaturas, mas sem a liquefação do metal. - Processos metalúrgicos : Nos quais as modificações de forma podem estar relacionadas também as tensões externas, e as vezes em altas temperaturas, mas com liquefação do metal (como no processo de fundição) ou com a difusão de partículas metálicas (como no processo de sinterização). Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Processos Mecânicos: - Laminação - Forjamento - Extrusão - Trefilação - Estampagem Processos Metalúrgicos : - Fundição - Sinterização Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * A laminação e um processo de conformação que essencialmente consiste na passagem de um corpo solido (peca) entre dois cilindros (ferramentas) que giram a mesma velocidade periférica, mas em sentidos contrários. Dessa forma, tendo o corpo da peca inicial uma dimensão maior do que a distancia entre as superfícies laterais dos cilindros, ele sofre uma deformação plástica na passagem entre os cilindros que resulta na redução de sua seção transversal e no aumento do seu comprimento e largura. Para se obter uma determinada dimensão (espessura) do corpo, deve-se submeter a peca a sucessivos passes através dos cilindros, Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * LAMINACAO A QUENTE - A temperatura de trabalho se situa acima da temperatura de recristalização do metal da peça, a fim de reduzir a resistência a deformação Plástica em cada passagem e permitir a recuperação da estrutura do metal, evitando o encruamento para os passes subsequentes. A laminação a quente, comumente se aplica em operações iniciais (operações de desbaste), onde são necessárias grandes reduções de seções tansversais. • Utilizada para materiais que tenham baixa plasticidade a frio. • Serve como etapa de preparação para laminação final, a frio. • Permite grandes reduções de espessura. • Forças de laminação menores que as da laminação a frio • Produz acabamento superficial pobre. • Resulta em tolerâncias dimensionais largas. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * CONFORMAÇÃO LAMINAÇÃO Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * • Requer material com boa plasticidade a frio. • É precedida por laminação a quente. • As reduções de espessura são limitadas pelo encruamento. • As forças de laminação são bem maiores que na laminação a quente. • Produz acabamento superficial bom ou ótimo. • Resulta em tolerâncias mais estreitas que a laminação a quente. Laminação à frio - A temperatura de trabalho se situa abaixo da temperatura de recristalização do metal da peça, a cada passagem e a estrutura do metal sofre encruamento CONFORMAÇÃO LAMINAÇÃO Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * F = σ * A ( Força ) A = Área de contato σ = Tensão de escoamento média do material no estado plano de tensões σ = 1,15 σe F = 1,2 * σ * w * R*Δh onde w = largura da laminação T = F * L ( Torque ) L em metros Pot = 2 *π * F * L * Rpm ( Kw) F em Newtons 60000 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Fs = Força na laminação pela equação de Sims σ = 1,15 σe Fs = 1,2 * σ * w * R*Δh * Qs onde w = largura da laminação Qs = Coeficiente obtido em gráficos T = F * L ( Torque ) L em metros Pot = 2 *π * Fs * L * Rpm ( Kw) F em Newtons 60000 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Cálculo da Força e da Potência de laminação de uma tira de cobre recozido com largura de 228 mm e 25 mm de espessura é laminado para uma espessura de 20 mm em um único passe. O diâmetro do rolo laminador é 600 mm, e o rolo gira a 100rpm. Calcule a força e potência requerida na operação. Dado que a tensão de escoamento escoamento nessa etapa é 180 MPa. L = R * (ho – hf) = 300 * ( 25 – 20 ) = 38,7 mm F = 1,2 * σ * W * L = 1,2 * ( 1,15 * 180 ) * 228 * 38,7 = 2.191.782 N Pot = 2 * π * F * L * RPM = 2 * π * 2.191.782 * 38,7 * 100 = 888 Kw 60000 60000 T = F * L = 2191782 * ( 38,7 / 1000 ) = 84.822 = N.m Ou ainda T = Pot * 9550 = 888 * 9550 = 84. 804 N.m RPM 100 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Ferreiro - Uma das profissões mais antigas do mundo. Hoje em a, o martelo e a bigorna foram substituídos por máquinas e matrizes que permitem a produção constante de milhares de peças. Esse processo de conformação mecânica é tão antigo quanto o uso dos metais. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Forjamento é um processo de conformação mecânica em que o material é deformado por martelamento ou prensagem É empregado para a fabricação de produtos acabados ou semi-cabados de alta resistência mecânica, destinados as sofrer grandes esforços e solicitações em sua utilização As operações de forjamento são realizadas a quente, em temperaturas superiores às de recristalização do metal. Alguns metais não ferrosos podem ser forjados a frio. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * - Forjamento por martelamento : Massa de 200 a 3000 kg que cai livremente ou é impulsionada de uma altura entre 1 e 3,5 m. Pontas de eixo, virabrequins, disco de turbinas - Forjamento por prensagem : Prensas hidráulicas ou mecânicas, que submetem a liga a forças compressivas aplicadas com velocidade lenta (velocidadesentre0,06a1,5m/s). Palhetas de turbinas e forjados de liga leve são produtos fabricados por prensagem. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Forjamento em Matriz :Todas as operações de forjamento precisam de uma matriz. Ela ajuda a fornecer o formato final da peça forjada. Ajuda também a classificar os processos de forjamento, que podem ser: Forjamento em matrizes abertas, ou forjamento livre Forjamento em matrizes fechadas. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Forjamento em matriz aberta, ou simplesmente forjamento livre: Essas matrizes têm geometria ou formatos bastante simples, sendo as vezes apenas apoios sem o formato da peça. Usado quando o número de peças que se deseja produzir é pequeno, ou o tamanho da peça é grande. É o caso de eixos de navios, de turbinas, virabrequins, anéis de grande porte, ganchos, correntes, âncoras, alavancas, excêntricos, ferramentas agrícolas etc. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Forjamento em matriz fechada: O material é conformado entre duas metades de matriz que possuem, gravadas em baixo-relevo, impressões com o formato que se deseja fornecer à peça. A deformação ocorre sob alta pressão em uma cavidade fechada ou semi-fechada, permitindo assim obter-se peças com tolerâncias dimensionais menores do que no forjamento livre Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * DEFEITOS TIPICOS Falta de redução: Caracteriza-se pela penetração incompleta do metal na cavidade da ferramenta. Isso altera o formato da peça e acontece quando são usados golpes rápidos e leves do martelo. Trincas superficiais: Causadas por trabalho excessivo na periferia da peça em temperatura baixa, ou por alguma fragilidade a quente. Trincas nas rebarbas: Causadas pela presença de impurezas nos metais ou por que as rebarbas são pequenas. Essa trincas que se iniciam nas rebarbas podem penetrar na peça durante a operação de rebarbação. Trincas internas: Originam-se no interior da peça, como conseqüência de tensões originadas por grandes deformações. Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Gotas frias: São descontinuidades originadas pela dobra de superfícies, sem a ocorrência de soldagem. Elas são causadas por fluxos anormais de material quente dentro das matrizes, incrustações de rebarbas, colocação inadequada do material na matriz. Incrustações de óxidos: Causadas pela camada de óxidos que se formam durante o aquecimento. Essas incrustações normalmente se desprendem mas, ocasionalmente, podem ficar presas nas peças. Descarbonetação: caracteriza-se pela perda de carbono na superfície do aço, causada pelo aquecimento do metal. Queima: Gases oxidantes penetram nos limites dos contornos dos grãos, formando películas de óxidos. Ela é causada pelo aquecimento próximo ao ponto de fusão Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * FORÇAS ENVOLVIDAS Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * FORJAMENTO COM MARTELO Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * FORJAMENTO COM PRENSA Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * EXEMPLO 1 F = Vc * Rd * Ln ( hinicial-hfinal) s F = 1066068 * 30 * Ln ( 235 - 160) 75 F = 1.841.094 Kgf V = 76 x 76 x π x 235 = 1.066.068 mm3 4 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * EXEMPLO 2 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . * Estampagem é o conjunto de operações com as quais sem produzir cavaco submetemos uma chapa plana a uma ou mais transformações com a finalidade de obtermos peças com geometrias próprias. A estampagem é um processo de deformação plástica do metal. As principais operações de estampagem podem ser divididas em : - CORTE - DEFORMAÇÃO No corte existem as seguintes sub divisões : Corte própriamente dito; Onde há a separação total do material Entalhe: Quando não há corte sem separação total do material Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Puncionamento – É a obtenção de figuras geométricas por meio de punção e matriz através de impacto. Recorte – É a operação de corte realizada pela segunda vez Transpasse – É a operação de corte associada a operação de deformação ( Enrijecimento de chapas muito finas ) Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Deformação - Que por sua vez pode ser subdividido em : Repuxo: É Obtenção de peças ocas a partir de placas planas, devido à penetração do material na matriz, forçada pelo punção(Lataria de automóvel) Dobramento: É a mudança de direção da orientação do material Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . FORÇA DE CORTE EM TESOURAS GUILHOTINA DE FACAS INCLINADAS O CORTE OCORRE EM 3 FASES DISTINTAS : Deformação : Cisalhamento: Ruptura : OBS : Folga excessiva entre as facas de corte podem levar a quebra da ferramenta Folga pequena provoca desgaste prematuro das arestas de corte Como regra pratica podemos calcular a folga pela expressão empírica : Folga = Espessura 25 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Exemplo : Determinar qual é a força de corte (Fc) em Kgf necessária para cortar uma chapa em uma guilhotina de facas inclinadas, com as seguintes caracteristicas: Comprimento de corte L = 30cm, espessura da chapa = 3mm ângulo de inclinação da faca superior = 8° Tensão de cisalhamento do material = 30 kgf / mm² FC = e2 * t = 9 * 30 = 961 Kgf 2 * Tg l 2 Tg 8 Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Força de corte Fc = π* d * e * t f/2 = 0,005 * e * t para e < 3 mm f/2 = (0,010*e – 0,015) * t para e > 3 mm Espessura da chapa em mm Tensão de cisalhamento em Kgf/mm2 Folgas excessivas provocam rebarbas na peça Folgas pequenas provocam desgaste nas arestas de corte Regra de corte Prof. Fernando Penteado. Prof. Fernando Penteado. * . Exemplo : Determinar as dimensões dos punções e matrizes para estampagem da arruela segundo croqui ao lado. Calcular a força de corte e esquematizar o famental. Material : Aço SAE 1020 Tens. Cisalh. = 28 kgf/mm² Resolução Fc = π*d * e * t = π * 60 * 2,5 * 28 = 13.195 Kgf f/2 = 0,005 * e * t f/2 = 0,005 * 2,5 * 28 f/2 = 0,06614 mm Prof. Fernando Penteado. * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * cop * cop
Compartilhar