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Linguagem e Argumentação Jurídica - caderno

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Linguagem e Argumentação Jurídica
Noções Básicas de Procuração
 Procuração é o ato pelo qual uma pessoa, por sua livre e espontânea vontade, delega a outrem poderes representativos.
 O conceito de procuração está ligado ao de mandato, que é o contrato por meio do qual uma das partes se obriga a praticar um ou mais atos por conta de outro.
 O CC Art. 653, estabelece: “Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes, para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses.”
 A procuração é o instrumento do mandato.
 A palavra mandato vem do latim mandatum, corresponde ao verbo mandare (composto de manus+dare = dar as mãos). E tem o sentido técnico de autorizar ou dar poder.
Advogado: Mandatário, outorgado, procurado, constituído;
Cliente: Mandante, Outorgante, constituinte.
NÃO EXISTE PROCURAÇÃO ORAL.
Formalidades Extrínsecas da Procuração
Lugar
Data (Dia, mês e ano)
Nome completo mandante com sua respectiva qualificação.
Qualificação completa:
A)Nome completo sem abreviaturas
B) Naturalidade
C)Estado Civil (Solteiro/Casado/Viúvo/Divorciado/Separado Judicialmente/ União Estável)
D) Profissão
E) Documentos (RG e CPF)
F) Residência / Domicílio
 4. Nome completo do mandatário, com a respectiva qualificação (qualificação completa do mandatário)
4.1 Qualificação completa:
A) Nome completo sem abreviaturas
B)Naturalidade
C) Estado Civil
D)Profissão, registro na OAB
E)Escritório.
Tipos de procuração
Procuração comum (firma em cartório)
Procuração Ad Negotia (firma reconhecida em cartório/ procuração para negócios)
Procuração Ad Judicia (não necessita de reconhecimento de firma)
Procuração Pública (Em cartório – O Tabelião responsável obrigatoriamente deverá expressar que conhece o mandante)
Procuração Ad Judicia
 O mandatário pode, na procuração Ad Judicia, praticar todo e qualquer ato processual exceto os mencionados na segunda parte do Art. 38 do CPC, para os quais necessita de poderes além daqueles da cláusula Ad Judicia. A cláusula Ad judicia vem especificada no Art. 38 do CPC, que confere poderes ao outorgado a praticar: “todos os atos do processo, salvo receber a citação inicial, confessar, reconhecer a procedência do pedido, transigir, desistir, renunciar ao direito sobre que funda a ação, receber, dar quitação e firmar compromisso”.
Podem fornecer procuração (Art. 654 CC):
Todas as pessoas capazes (maiores ou emancipadas) no gozo dos direitos civis são aptas a dar procuração por instrumento particular a qual terá validade com a assinatura do outorgante.
 São absolutamente incapazes (REPRESENTADOS/ procuração pública):
Menores de 16 anos
Os que, por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento.
Os que, por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade (interditos/interditados)
São relativamente incapazes (ASSISTIDOS/ O responsável assina junto):
Maiores de 16 e menores de 18 anos
Os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, os que por deficiência mental, tiverem o discernimento reduzido.
Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo.
Os pródigos.
Art. 5 CC – A menoridade cessa aos 18 anos completos quando a pessoa fica habilitada à prática de todos os atos da vida civil.
Com relação a procuração Ad Negotia:
Art. 666 do CC : O maior de 16 e menor de 18 anos, não emancipados, pode ser colocado como mandatário de uma procuração, mas o mandante não tem ação contra ele.
O Art. 36 atribui capacidade postulatória tão somente ao advogado habilitado (os que têm carteira da OAB) postular = requerer.
A segunda parte do Art. 36 esclarece ser lícito a parte postular em causa própria, quando tiver habilitação legal, ou, não a tendo, no caso de falta de advogado no lugar, ou recusa ou impedimento do que houver.
Sem a procuração, o advogado não pode atuar em juízo (Art. 37 do CPC). No entanto, a lei admite a possibilidade de admissão do advogado em juízo sem a apresentação do instrumento do mandato, para, em nome da parte, intentar a ação, a fim de evitar a decadência ou a prescrição, bem como intervir no processo para praticar atos tidos como urgentes.
Decadência = morte do direito
Prescrição = morte da ação
O advogado, no entanto, fica obrigado a apresentar o instrumento do mandato no prazo de 15 dias, prorrogável por outros 15 por despacho do juiz. Caso o advogado não cumpra o estabelecido acima, seus atos serão inexistentes.
Organização dos artigos
Parágrafo (§)
Artigos 1 -9 Ordinal
Artigos 10-... Cardinal
Incisos I – IX – Ordinal
Inciso X - ... Cardinal
Substabelecimento
É o contrato de mandato que o mandatário faz com outrem no âmbito do primitivo contrato. O substabelecimento pode ser:
Total: sem reserva de poderes
Parcial: com reserva de poderes
Na 1ª hipótese (substabelecimento total) o procurador afasta-se inteiramente do processo, renuncia ao contrato de mandato. Na 2ª hipótese (substabelecimento parcial), o substabelecente deseja continuar agindo no processo, por isso, transfere alguns poderes ao substabelecido, normalmente os de menor importância.
 O Código de Ética e Disciplina da OAB preceitua, no Art. 24 §1 que o substabelecimento do mandato sem reserva de poderes exige o prévio inequívoco conhecimento do cliente. E o §2 do mesmo artigo, alerta para o fato de o substabelecido ajustar seus honorários com o cliente.
 O substabelecimento sem reservas extingue o mandato. 
É recomendável que o substabelecimento sem reserva de poderes seja juntado ao processo, mediante petição fundamentada. Assim o advogado estará prevenindo-se de responsabilidades.
 Para o ato que exigir procuração pública, igualmente por instrumento público deverá ser lavrado o substabelecimento.
 Na hipótese de morte do mandatário que substabeleceu a procuração, continua a ter validade do substabelecimento.
Extinção do mandato – Art. 682 do CC
I – pela revogação (cliente) ou renúncia,
II – pela morte ou interdição de uma das partes,
III – pela mudança de estado que inabilite o mandante a conferir os poderes ou o mandatário de exercê-los.
IV – pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio.
Obs: CC, art. 689 – São válidos, a respeito dos contratantes de boa fé, os atos por estes ajustados, em nome do mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a morte daquela ou extinção do mandato, por qualquer outra causa.
Textos de apoio
PROCURAÇÃO AD JUDICIA
MAURO DA SILVA MARQUES, brasileiro, separado judicialmente, comerciante, portador da Cédula de Identidade RG XX – 00.000.000 e do CPF (MF) 000.000.000-00, residente e domiciliado na cidade de Franca, Estado de São Paulo, na Rua das Margaridas, nº 100, Bairro Catumbi, pelo presente instrumento de procuração, nomeia e constitui o seu bastante procurador o advogado... , brasileiro, solteiro, inscrito na OAB, sob nº 00000000, com escritório nesta cidade de Franca – SP, na Rua Aurora, nº 1700, sala 14, a quem confere amplos poderes para o foro em geral, com cláusula AD JUDICIA, em qualquer Juízo, Instância ou Tribunal, podendo propor contra quem de direito as ações competentes e defende-lo nas contrárias, seguindo umas e outras, até final decisão, usando os recursos legais e acompanhando-os, conferindo lhe, ainda, poderes especiais para confessar, desistir, transigir, firmar compromissos, acordos, receber e dar quitação, podendo ainda, substabelecer esta em outrem com ou sem reserva de poderes, dando tudo por bom, firme e valioso.
Franca, 10 de Fevereiro de 2010.
_____________________________
Mauro da Silva Marques
 Substabelecimento
Com reserva, substabeleço na Dra. Ângela da Silva, RG nº 00.000.000 (SSP - SP), CPF nº 000.000.000-00, brasileira, solteira, advogada OAB SP nº 43 444, com escritório em São Paulo na rua Marechal Deodoro, nº3355, Centro, os poderes forenses que me foram conferidos por Paulo Arantes no processo nº36122, correndo trâmites na 9ª Vara Cível da Capital.
São Paulo, 3 de Abril de 2011
____________________Fulano de Tal
OAB nº 000000
Substabelecimento
Sem reserva, substabeleço na Dra. Ângela da Silva, RG nº 00.000.000 (SSP-SP), CPF nº 000.000.000 – 00, brasileira, solteira, advogada, OAB- SP Nº 00000000, com escritório na rua Marechal Deodoro nº 3355, Centro, os poderes a mim outorgados no presente instrumento de mandato.
São Paulo, 3 de Abril de 2011
_________________
Fulano de Tal
OAB nº 000000
 
Requerimento oficial.
Ilmo. Sr. Diretor da Faculdade de Direito de Franca – SP.
 Márcia Mendes, RG - ..., aluna regularmente matriculada no 1º Ano B Noturno dessa Faculdade de Direito, requer a V. Sa. A realização de 2ª Chamada da prova de Linguagem e Argumentação Jurídica relativa ao 2º Bimestre do corrente ano letivo. Outrossim informa que não realizou a referida prova na data estipulada no calendário escolar por estar doente, conforme atestado anexo.
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
______________________
Márcia Mendes 
Franca, 12 de Abril de 2011.
Petição Inicial
 A peça que abre o processo é a inicial, que autores denominam libelo cível, libelo cível inaugural, peça vestibular, etc.
 Sua importância é absoluta.
 A petição inicial deve assentar-se sobre um silogismo.
Silogismo – Lógica – Aristóteles
Premissa maior – Todo homem é mortal.
Premissa menor – Sócrates é homem.
Conclusão – Logo, Sócrates é mortal.
Premissa menor – Fato.
Premissa maior – Lei.
Conclusão – Enquadramento na lei.
 João possui com animus domini (intenção de senhor) (mansa, pacífica e initerruptamente) como sua uma área de urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados (premissa menor).
 O Código Civil no Art. 124 reza que quem possui por tal maneira uma gleba tem direito a requerer o seu domínio (premissa maior); logo, João pede que se lhe conceda usucapião da dita área (conclusão).
Observações Gerais
 Quando uma pessoa se sentir prejudicada em um direito de que se julga possuidora, poderá interpor uma ação, para a defesa de sua pretensão.
 Existe um princípio jurídico que diz: “ A todo direito corresponde uma ação que o assegura.”
 Art. 2º CPC – Nenhum juiz prestará tutela jurisdicional senão quando a parte interessada, nos casos e formas legais...
Art. 262 CPC – O processo civil começa por iniciativa da parte mas se desenvolve por impulso oficial.
 Além da parte interessada (jurisdição voluntária) pode o MP provocar a atividade jurisdicional, quando tiver legitimação para ajuizar a ação civil pública.
A petição inicial será indeferida (Art. 295 – CPC)
I – quando for inepta; (confusa, absurda, desconexa, eivada de erros).
II – quando a parte for manifestamente ilegítima;
III – quando o autor carecer de interesse processual;
O interesse processual nesse caso ainda não pode ser manifestado, pois não se completou.
IV – quando o juiz verificar desde logo a decadência ou prescrição;
V – quando o tipo de procedimento escolhido pelo autor não corresponder à natureza da causa, ou ao valor da ação, caso em que só não será indeferido se puder adaptar-se ao tipo de procedimento legal.
VI – quando não atendidas as prescrições do artigo 39 parágrafo único, 1ª parte e 284.
Art. 295. Parágrafo único. Considera-se inepta a petição inicial quando:
I – lhe faltar pedido ou causa de pedir;
O pedido tem duas causas: uma próxima (fundamento de direito) e uma remota (fundamento de fato) 
II – da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão;
III – O pedido for juridicamente impossível;
O pedido é impossível quando ele contraria a lei.
IV – Contiver pedidos incompatíveis entre si.
Alguns pedidos acumulados entre si, se incompatíveis, tornam inepta a petição.
Ex: Autor X pede a Y o pagamento de duas dívidas de origens diferentes.
 Ele deverá entrar com duas ações, uma para cada dívida.
Obs.: a falta de deferimento pode ser motivada por problemas de conteúdo. A petição será inepta quando não se mostra fundada na razão e se apresenta confusa, contraditória, desconexa e absurda.
Elementos constitutivos da inicial vêm expostos nos artigos 282 e 283 do CPC.
Art. 282. A petição inicial indicará:
I – o juiz ou tribunal a que é dirigido
Exmo. Sr. Juiz de Direito da ___ Vara Cível da Comarca de Franca - SP
II – os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu.
(qualificação completa do autor e do réu)
III – o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV – o pedido e as suas especificações;
V – o valor da causa;
VI – as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados.
 Provas reais litigância de boa fé.
Provas forçadas, testemunhos falsos litigância de má fé. Deve ser rejeitada.
VII – requerimento para citação do réu.
Art. 283. A petição inicial será instruída com os documentos indispensáveis à propositura da ação.
Observações
1 – Qualificação do autor e do réu há de ser completa. Se a qualificação do réu não for possível pela falta de dados, a petição deve conter elementos suficientes para que possa localizá-lo e identificá-lo (inclusive acrescentando o apelido se for o caso) como sujeito passivo da relação processual.
Contestação
 Contestação é o instrumento de defesa no qual o réu expõe as razões de fato e direito com que impugna (reputa, contesta) o pedido do autor e especifica as provas que pretende produzir, em atenção ao princípio do contraditório.
 Prazo para contestar – o réu terá 15 dias, após a juntada da citação, devidamente cumprida, aos autos.
 Alguns casos de início de contagem do prazo para o oferecimento
A partir do momento da juntada dos autos em cartório, do mandato devidamente cumprido (assinado pelo réu ou pela pessoa com poderes para receber a citação);
A partir da juntada aos autos do mandado de citação devidamente cumprido, quando citação é feita por carta de ordem, carta precatória ou carta rogatória.
Carta rogatória: o juiz pede à justiça de outro país a realização de atos jurisdicionais (citação), que deverão praticar-se em território estrangeiro.
Carta precatória: é o ato pelo qual o juiz se dirige ao titular de outra jurisdição, que não a sua, para solicitar-lhe que seja feita determinada diligência (citação) precatória = pedir, vem de precatorie, derivado de precari= pedir.
Carta de ordem : aquela pela qual um juiz determina a outro, de categoria inferior, a realização de uma diligência.
A partir da juntada aos autos, do último mandado devidamente cumprido, quando houver vários réus.
A partir da dilação (aumento de prazo) determinado pelo juiz, quando citação for por edital na imprensa. Ex: o juiz dá 20 dias de dilação, após esse prazo de 20 dias é que deverá ser iniciada a contagem do prazo de 15 dias para a contestação.
Dilação de 20 a 60 dias.
Réu ausente = é o que está em lugar incerto e não sabido.
Requisitos da Contestação
Indicação do juiz a que se dirige.
Nome, qualificação e endereço do autor e do réu;
A apresentação de preliminares, se algumas delas houver.
Obs. Nas preliminares apontamos defeitos de natureza processual. 
“Todavia, preliminarmente, verifica-se:”
A discussão do mérito.
Obs. Mérito = exposição das razões de fato e de direito com que o réu impugna o pedido do autor.
A especificação das provas que pretende produzir;
Ex: se devem ser ouvidas testemunhas, se deve ser realizada perícia, etc.
 
Rol de testemunhas
Pedido de improcedência da ação e do pagamento das custas judiciais e honorários de advogado do réu.
O pedido de produção das provas quer alegar e especificar
 Preliminares – as preliminares são utilizadas para atacar ou impugnar as questões de natureza processual, tais como defeitos na inicial, carência da ação, incompetência e outras.
 Essas questões devem ser alegadas antes de discutir o mérito principal como exige o artigo 301 do CPC.
Preliminares que podem ser alegadas
I – inexistência ou nulidade da citação
Obs. A as citações e intimações serão nulas quando feitas sem observância dasprescrições legais.
II – incompetência absoluta
Obs. A incompetência absoluta diz respeito à impossibilidade jurídica do juiz de atuar em determinado processo, desde que ocorre qualquer fato relacionado à matéria ou à hierarquia.
Matéria – uma ação cível e proposta a um juiz de vara criminal.
 Hierarquia: violação dos graus em que atuam os magistrados. A ação deveria ser proposta em 1ª instância é feita diretamente no tribunal.
 Incompetência relativa
Marido que propõe a separação (em divórcio) no seu domicílio quando deveria propor no da sua mulher.
III – inépcia da petição inicial
IV – perempção – inércia ou desinteresse do autor em se manifestar ou em atender o despacho do juiz.
V – Litispendência – concurso de duas ou mais demandas no mesmo juízo, apresentado identidades de coisa, causa e pessoa.
 Quando o autor repetir a ação anteriormente ajuizada e ainda em curso, da qual participam as mesmas partes, tem as mesmas partes, tem a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
VI – coisa julgada – encerrada por sentença.
VII – conexão – é a relação e a ligação entre duas ou mais causas ou ações que exigem ser decididas por um mesmo julgamento.
VIII- incapacidade da parte – defeito de representação ou falta de autorização. Quando o autor é incapaz ou que se representado, não é de maneira regular.
IX – convenção de arbitragem. Extingue o processo sem julgamento de mérito. Havendo convenção de arbitragem, o juiz não pode conhecer de ofício, devendo ser provocado pela parte.
 O compromisso arbitral é a solução de um litígio judicial ou extrajudicial dada por árbitros escolhidos pelas partes. Assim, se o objeto da ação a ser contestada já tiver sido anteriormente decidido através de compromisso arbitral, cabe ao advogado do réu alegá-lo sob a forma de preliminares, a fim de evitar que a questão seja objeto de novo julgamento.
X- Carência de ação – ação que tenha por objeto herança de pessoas viva cobrança, da dívida originária de tráfico de drogas.
XI – falta de caução – é uma prestação que a lei exige como preliminar.
 Caução – é a garantia prestada para ressarcimento possível ou para cumprimento de uma obrigação.
 A defesa do mérito/contra o mérito.
O mérito é a questão ou questões fundamentais de fato ou de direito, que constituem o principal objetivo da lide. Cabe ao réu, após a alegação de qualquer das preliminares citadas anteriormente, se alguma delas houver descrito o mérito da ação.
 O réu, em sua defesa, pode opor uma negação absoluta ou uma negação relativa.
 Negação absoluta – o réu nega o fato e nega o direito.
Negação relativa – o réu admite o fato e nega o direito, ou admite o direito e nega o fato.
A negação dos fatos dá-se pelas provas produzidas enquanto a negação do direito dá-se através da citação da lei, da doutrina e da jurisprudência.
Obs. Aconselha a boa técnica que o advogado do réu conteste ou impugne item por item do que foi articulado, pelo autor na petição, mesmo porque “presumem-se verdadeiros os fatos não impugnados”. Art. 302 CPC.
Obs. Os documentos de prova, bem como a procuração, deverão acompanhar a contestação no momento em que a mesma for entregue no cartório.

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