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P1 - Epidemiologia Geral Características dos agentes etiológicos de doenças

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Epidemiologia Geral – Aula 4 (23/03/16)
Segundo Simon (1960): “O agente etiológico é um determinante indispensável mas não necessariamente suficiente para o desenvolvimento da doença”.
Responsável pela origem da doença
Agente etiológico: 
Biológicos: vírus, fungos, bactérias, ectoparasitos, helmintos, protozoários.
Postulado de Henle-Koch: Determina que para ser considerado um agente etiológico, o microrganismo deve preencher os seguintes requisitos.
Deve estar presente em todos os casos da doença.
Não deve ocorrer em outras doenças como parasita ocasional e não patogênico;
Deve ser isolado em cultura pura a partir de materiais colhidos do indivíduo doente, repassado repetidamente e , quando inoculado, induzir a mesma doença a outros indivíduos. (Mesmo após sucessivos repiques em laboratórios, ele vai manter sua virulência, uma patogenicidade específica_
Multicasualidade: Vários fatores associados com os agentes patogênicos, são capazes de gerar reação no hospedeiro.
Característica do agente etiológico.
Infectividade
Patogenicidade
Virulência
Poder invasivo
Capacidade Imunogênica
Variação antigênica
Resistência
Especificidade de hospedeiro
Persistência
Infectividade
Capacidade de o agente etiológico provocar infecção (penetrar, se instalar e se multiplicar no hospedeiro). 
 Infectividade -> facilmente transmitidos entre os suscetíveis. Ex: vírus influenza; vírus da aftosa nos animais, vírus da raiva, sarampo. 
 Infectividade -> propagação lenta na população de suscetíveis. Ex: fungos em geral, vírus da aftosa no homem.
	O mesmo vírus apresenta diferentes características em funções do seu hospedeiro. Esse conceito nos dá a previsão de propagação da doença na população e isso é bom para o controle, pois podemos criar formas de prevenção e evitar um número alto de indivíduos afetados. 
Temos a população de indivíduos expostos e dentro dela temos a população de indivíduos infectados e não infectados. Nem todos os indivíduos infectados vão ter manifestação clínica e outros podem morrer. 
Patogenicidade
Capacidade do agente provocar doença no hospedeiro (manifestação dos sinais e sintomas clínicos).
 Patogenicidade -> a maior parte dos infectados manifestam sintomas decorrentes da infecção. Ex: Vírus da raiva, aftosa, manqueira (carbúnculo sintomático), sarampo.
 Patogenicidade -> poucos infectados vão manifestar os sintomas. Ex: leptospira, etc
Virulência
Capacidade de provocar casos graves ou fatais. (=alta ou baixa letalidade)
Gravidade (intensidade das manifestações clínicas)
 Virulência -> quadros clínicos graves e muitas vezes fatais. Ex: Lyssavirus, Clostridium tetani.
 Virulência -> quadros clínicos brandos ou infecção subclínica Ex: Microsporum canis, Brucelose (animais), sarampo.
Está associada às propriedades bioquímicas do agente, à produção de toxinas, capacidade de multiplicação no organismo parasitado. 
Sofre influencia da:
Estirpe do agente etiológico.
Espécie do hospedeiro
Raça do hospedeiro
Idade do hospedeiro 
Etc.
A virulência pode ser calculada através da Dose Letal 50% (DL50), muito adequada para agentes químicos e toxinas de agentes microbianos.
Também pode ser estimada através do cálculo da taxa de letalidade > porcentagem de indivíduos mortos em relação ao total de doentes.
O conhecimento da infectividade, patogenicidade e virulência do agente etiológico podem auxiliar o processo de determinação de prioridades e a tomada de decisão. 
Poder Invasivo
É a capacidade de se difundir, através de tecidos, órgãos e sistemas anatomofisiológicos do hospedeiro.
Alguns se multiplicam em tecidos superficiais: Microsporum canis; outros, nos vasos linfáticos e tecidos adjacentes, formando os bubões: Yersinia pestis, outros se instalam em órgãos: tuberculose pulmonar.
E ainda há os que invadem a corrente sanguínea, produzindo septicemia, como Staphylococcus sp.
Variação Antigênica
Decorre de mutações no bioagente, que permitem que este drivle o sistema imunológico do hospedeiro. Ele possui capacidade de mudar características genéticas:
 Variação antigênica. Ex: Vírus HIV, vírus influenza
 Variação antigênica. Ex: Lyssavirus
Seleção Natural: Desenvolvimento de estirpes resistentes. Esse é um problema porque chegará a um ponto onde somente os estirpes resistentes se multiplicarão. 
Capacidade Imunogênica
= Antigenicidade ou poder imunogênico ou Imunogenicidade. 
É a capacidade do bioagente induzir resposta imunológica no hospedeiro.
 Poder Imunogênico: vírus da rubéola, do sarampo, caxumba, cinomose. Uma vez infectados por esses microrganismos, em geral, ficam imunes para o resto da vida.
 Poder Imungoênico: Plasmodium sp., as salmonelas e as shigelas. Conferem imunidade temporária aos suscetíveis.
Resistência (=Viabilidade)
Capacidade de resistir (sobreviver) às condições ambientais fora do organismo do hospedeiro. = permanecer viável.
 Resistência: se mantém viável por períodos prolongados em ausência de parasitismo. Ex: Clostridium tetani
 Resistência: não resistem às condições ambientais, sendo destruídos ou inativados rapidamente. Ex: vírus HIV.
Fatores que exercem maior influência: temperatura, radiação solar, luminosidade, umidade, pH e produtos químicos (desinfetantes).
Persistência
Capacidade do bioagente de, uma vez introduzido em uma população, nela permanecer por períodos prolongados ou indefinidos.
Depende da combinação das outras características:
 Infectividade 
 Resistência 
 Patogenicidade 
 Virulência 
 Capacidade Imunogênica 
 Especificidade de Hospedeiro
Especificidade de Hospederio
Representa o menor ou maior grau de exigência do agente etiológico quanto às espécies que ele pode infectar.
Quanto menor a especificidade de hospedeiro, mais chances o bioagente tem de se perpetuar na natureza. 
Considerações Finais
Além das peculiaridades já apontadas, o agente, em sua luta pela sobrevivência, procura sempre:
Adaptar-se ao parasitismo do maior número possível de espécies hospedeiras.
Estabelecer um relacionamento menos agressivo ou mesmo utilizar-se de invertebrados, no organismo dos quais pode permanecer muitas vezes, indefinidamente, por um processo de transmissão vertical transovariana.
Adquirir formas de resistência, no ambiente, que lhe permitam sobreviver em ausência de parasitismo.
 Criar mecanismos capazes de iludir os recursos de defesa do hospedeiro.

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