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Fichamento sobre Jean Jacques Rousseau

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
CURSO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha sobre Jean Jacques Rousseau 
 
 
 
 
Larissa Quinelli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2013 
Larissa Quinelli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resenha sobre Jean Jacques Rousseau 
 
 
Resenha sobre o trecho de Jean 
Jacque Rousseau como AED da 
disciplina de Filosofia, sob a 
supervisão da professora Eliana 
Curado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOIÂNIA 
2013 
Resenha sobre Jean Jacques Rousseau 
 
 
Trechos do Segundo Discurso 
 
É do homem e para o homem a quem Rousseau pretende falar; defendendo com 
confiança a causa da humanidade perante os sábios. Julga na espécie humana duas 
espécies de desigualdade: a natural/física – estabelecida pela natureza, consistindo na 
diferença de idades, saúde, forças do corpo e da qualidade de espirito – e a 
moral/política; esta ultima dependendo de uma espécie de convenções estabelecida e/ou 
autorizada pelo consentimento dos homens; consiste nos diferentes privilégios de uns 
em detrimento dos outros (mais rico, mais honra, mais poder do que outros ou fazerem-
se obedecer por eles). 
A fonte da desigualdade social se encontra na simples definição da palavra. 
Questionar a ligação entre ambas às desigualdades é o equivalente a indagar se aqueles 
que mandam valem mais dos que os que obedecem, se a força do corpo e do espirito, a 
sabedoria ou a virtude se encontram sempre no mesmo individuo em proporção de 
riqueza e poder. 
O discurso trata de marcar no progresso das coisas, o momento em que, 
sucedendo o direito à violência, a natureza foi submetida à lei; os filósofos 
examinadores dos fundamentos da sociedade necessitaram de remontar o estado de 
natureza (nenhum chegando lá). Uns supondo a noção de justo e injusto ao homem 
desse estado; outros se remeteram ao direito natural onde cada qual deve conservar 
aquilo que lhe pertence, sem explicações para o entendimento de “pertencer”; outros 
dando autoridade ao mais forte sob o fraco, fazendo nascer o governo. No geral, todos 
falando de transportar ao estado de natureza, ideias que tomaram na sociedade: falavam 
o homem selvagem e pintavam o homem civil. 
É preciso considerar as pesquisas como raciocínios hipotéticos e condicionais, 
próprios para esclarecer a natureza das coisas do que para mostrar a sua verdadeira 
origem. A natureza nos propõe que o próprio Deus, tirando o homem do seu estado de 
natureza depois da criação, os fez desiguais por vontade própria. Proibi-nos de formar 
hipóteses, tiradas somente da natureza do homem e dos seres que o rodeiam, sobre o 
que teria acontecido se o homem tivesse abandonado a si mesmo. 
Homens, eis a tua história, tal como julguei lê-la através da natureza, que não 
mente nunca, pois tudo o que partir dela será verdadeiro, havendo de falso só o que eu 
acrescentar de meu sem querer; falarei de tempos remotos. Descreverei a vida de sua 
espécie, de qualidade, educação e hábitos depravados, mas não destruídos. Você 
procurará uma idade na qual desejaria que tua espécie parasse. 
 
O homem natural 
Aspectos Físicos 
Por mais importante que seja considera-lo desde sua origem, não seguirei 
sua organização através dos seus desenvolvimentos sucessivos, isto é, não rebuscarei no 
sistema animal o que poderia ter sido no começo para se tornar enfim o que é. 
A anatomia comparada fez poucos progressos e as observações naturalistas 
são incertas. Sendo assim, recorrerei a partir da medida que ele aplicava seus membro 
em novos misteres e que se nutria de novos alimentos, supondo-o sempre como o vejo 
hoje, andando com dois pés, dirigindo o olhar para toda a natureza e medindo com os 
olhos a vasta extensão do céu. 
Despido esse ser constituído de dons sobrenaturais recebidos e faculdades 
artificiais adquiridas por longos progressos; considero-o um animal menos forte do que 
uns e menos frágil do que outros, mas organizado do que todos. 
 
Temperamento 
Acostumados desde a infância Às intempéries do ar, ao rigor das estações, 
exercitados nos trabalhos e forçados a defender nus e sem armas a sua vida e presa de 
outros animais, ou escapar de perseguição, o homem adquire uma personalidade robusta 
e quase inalterável; seus filhos levando consigo a constituição dos pais. A natureza os 
torna fortes e robustos os que são bem constituídos, fazendo morrer todos os outros, 
divergindo da nossa sociedade, onde o Estado tornam os filhos onerosos aos pais, o 
matando indistintamente antes do nascimento. 
 
Corpo como instrumento 
O único instrumento ao qual o homem selvagem conhece é seu corpo, 
empregando-o em diversos usos, diferente de nós. A nossa indústria nos tira a força e a 
agilidade que a necessidade o obriga a adquirir. Deixai ao homem civilizado tempo para 
reunir todas essas maquinas ao seu redor e não precisara duvidar que ultrapasse 
facilmente o homem selvagem, mas colocai-os nus e desarmados um diante do outro e 
reconhecerá a vantagem de ter sempre as suas forças à disposição, estando pronto pra 
toda eventualidade, trazendo todo consigo. 
 
Amor próprio 
O homem selvagem, vivendo disperso entre os animais e se encontrando 
desde cedo na contingencia de se medir com eles, estabelece uma comparação; sente-se 
que os superam mais em agilidade do que eles o superam em força, não os temendo. 
Pondo um urso ou um lobo em combate com um homem, selvagem e robusto, armado 
de pedras e de pau e verás que o perigo será recíproco. E que, depois de muitas 
experiências, os animais atacarão de má vontade o homem, tão feroz quanto eles. O 
homem encontra refugio em árvores, podendo optar pelo combate ou não. 
Não parece que, naturalmente, um animal faça guerra ao homem ou por 
defesa ou extrema fome; eis as razões pelas quais negros e selvagens fazem tão pouco 
caso dos animais ferozes encontrados nas selvas – Caraíba da Venezuela. Mas há outros 
inimigos mais perigosos ao homem que ele não possui meios de combatê-los: as 
debilidades naturais – infância, velhice, moléstias, sinais de fraqueza, sedo os dois 
primeiros presentes aos animais e o ultimo ao homem que vive em sociedade. 
 
Aspectos metafísicos 
Examinaremos aqui, o homem pelo seu lado metafísico e moral. Vejo os 
animais como maquinas engenhosas à qual a natureza deu sentido para ordena-la, 
preservando ate certo ponto tudo o que tende a destruí-la ou transforma-la. 
A maquina humana possui a mesma semelhança, porém o homem 
concorre para as suas operações na qualidade de agente livre. Um escolhe outro rejeita 
por instinto, o outro pelo ato de liberdade, fazendo com que o animal não possa sair da 
regra enquanto que o homem se afaste dela frequentemente em seu prejuízo. É assim 
que um pombo morre de fome ao lado de uma vasilha cheia de melhores carnes e o 
homem se entrega a excessos que os ocasionam febre e morte, pois o “espírito deprava 
os sentidos e a vontade fala ainda quando a natureza se cala”. 
Todo animal tem ideia, pois tem sentidos; alguns filósofos admitiram que 
há mais diferenças entre dois homens do que entre um homem e um animal. Não é, pois 
tanto o entendimento que estabelece entre os animais a distinção especifica do homem 
como sua qualidade de agentes livre. Na consciência dessa liberdade que se mostra e 
espiritualidade de sua alma. 
Perfectibilidade 
Há outra qualidade que distingue o homem do animal: a faculdade de se 
aperfeiçoar, a qual, com o auxílio das circunstancias, desenvolvesucessivamente as 
outras e residente entre nós, tanto na espécie como no indivíduo. Diferentemente do 
animal que é, no fim de alguns meses, o que será por toda a vida. 
Tristes de nós se fossemos forçados a admitir que essa faculdade – distinta 
e quase ilimitada – é a fonte de todas as desgraças do homem. 
 
Surgimento da Sociedade Civil 
O verdadeiro fundador da sociedade civil foi aquele que, sendo o primeiro 
a ter cercado o terreno, disse “isso é meu”, tendo pessoas simples para lhe darem 
crédito. Quantos crimes e guerras não teriam poupado, aquele que tivesse sido contra 
essa atitude de “posse”. Essa ideia de propriedade, dependendo muito de ideias 
anteriores, não se formou de repente no espirito humano; foi preciso adquirir progresso, 
indústria e luzes, transmiti-las e aumenta-las de idade em idade, antes de chegar a esse 
ultimo termo do estado de natureza.

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