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ALUNO: IGHOR CESAR FORTES MATRÍCULA: 2012 01 722 111 DIREITO PENAL IV - CCJ0034 Título SEMANA 1 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: No dia 05 de maio do corrente ano, Jonas B. e Abelardo F, policiais civis, flagraram Lucas M., Marciano L., vulgo Martelão e sua companheira Neide S., mantendo em depósito, de forma livre e consciente, cerca de 35 (trinta e cinco) quilos de cocaína, sem autorização legal ou regulamentar, com vistas à posterior comercialização da citada droga. Jonas B. e Abelardo F valendo-se da condição de policiais civis, e sempre atuando em comunhão de desígnios, exigiram, para si, vantagem indevida consistente no recebimento da quantia aproximada de R$ 200.000,00 (duzentos mil reais), em troca da liberdade dos integrantes do grupo criminoso. Para tanto, os policiais civis deixariam de cumprir seu dever de ofício, qual seja, não dariam voz de prisão em flagrante aos agentes. Sendo certo que os agentes receberam parte da quantia em bens móveis (veículo automotor) e a outra em dinheiro, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a Administração Pública, responda de forma objetiva e fundamentada: Qual a correta tipificação da conduta de Jonas B. e Abelardo F. ? R: Incorrem no crime de concussão, previsto no art. 316, do Código Penal, pois os policiais exigiram vantagem indevida em razão de sua função. É importante ressaltar que a vantagem exigida tem que estar de acordo com a função exercida, como no caso concreto, onde os policiais tinham legitimidade para prender os agentes. Concussão Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: O recebimento da vantagem indevida é requisito para a consumação do delito? Não, por se tratar de crime formal, portanto a mera exigência da vantagem indevida, já tipifica a conduta do agente no crime, resultando o recebimento em mero exaurimento do crime. Diferencie os delitos de concussão e corrupção passiva. No crime de concussão, o funcionário publica, em razão de sua função, exige de forma explicita ou implícita, receber vantagem indevida para que o sujeito passivo não seja prejudicado por poderes ligado a função do funcionário público ora sujeito ativo. Concussão Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Na corrupção passiva, o funcionário apenas solicita a vantagem indevida. Portanto, a diferença dos dois crimes está em sua intensidade. Corrupção passiva Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes, de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem. QUESTÃO OBJETIVA Questão n.1. Lucas, funcionário público do Tribunal de Justiça, e Laura, sua noiva, estudante de direito, resolveram subtrair notebooks de última geração adquiridos pela serventia onde Lucas exerce suas funções. Assim, para conseguir seu intento, combinaram dividir a execução do delito. Lucas, em determinado feriado municipal, valendo-se da facilidade que seu cargo lhe proporcionava, identificouse na recepção e disse ao segurança que precisava ir até a serventia para buscar alguns pertences que havia esquecido. O segurança, que já conhecia Lucas de vista, não desconfiou de nada e permitiu o acesso. Ressalte-se que, além de ser serventuário, Lucas conhecia detalhadamente o prédio público, razão pela qual se dirigiu rapidamente ao local desejado, subtraindo todos os notebooks. Após, foi a uma janela e, dali,os entregou a Laura, que os colocou no carro e saiu. Ao final, Lucas conseguiu deixar o edifício sem que ninguém suspeitasse de nada. Todavia, cerca de uma semana após, Laura e Lucas têm uma discussão e terminam o noivado. Muito enraivecida, Laura procura a polícia e noticia os fatos, ocasião em que devolve todos os notebooks subtraídos. Com base nas informações do caso narrado, assinale a afirmativa correta. ( OAB. Exame de Ordem Unificado. 2013) a) Laura e Lucas devem responder pelo delito de peculato- furto praticado em concurso de agentes. (Peculato Art. 312. Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio) Desenvolvimentítulo SEMANA 2 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: Joana, Delegada de Polícia, negou-se a registrar ocorrência de estupro de vulnerável contra o filho de sua empregada doméstica, Marilza, sob o argumento de que conhecia o jovem e que a suposta vítima, de 13 anos, à época dos fatos, era, como afirmado pela mãe do suposto autor dos fatos, namorada deste. Independentemente do dissídio jurisprudencial acerca da configuração do delito de estupro de vulnerável, quando a menor já possui experiência sexual e consente com a relação sexual, analise sob o aspecto jurídico penal a conduta de Joana. Responda, de forma objetiva e fundamentada, consoante os estudos realizados sobre os Crimes contra a Administração Pública. Ainda, caso a Delegada de Polícia deixasse de registrar ocorrência de estupro de vulnerável a pedido de Marilza, a resposta permaneceria a mesma? Responda de forma objetiva e fundamentada. R: Joana ao deixar de registrar a ocorrência, agiu sob influência exclusiva do pessoal que nutria por sua empregada, sem visar qualquer tipo de vantagem indevida e por iniciativa própria, sendo sua conduta típica, nos moldes do artigo 319 CP. Prevaricação Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. Na hipótese de a delegada deixar de registrar a ocorrência a pedido de sua empregada, sem receber qualquer tipo de vantagem indevida, ela incorrerá na forma privilegiada na forma de corrupção passiva. Expresso no §2°do artigo 317 CP. § 2.º Se o funcionário pratica, deixa de praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: QUESTÃO OBJETIVA 1. Sobre os crimes praticados por funcionário público contra a Administração Pública assinale a opção INCORRETA: 1. Médico de hospital credenciado pelo SUS que presta atendimento a segurado, por ser considerado funcionário público para efeitos penais, pode ser sujeito ativo do delito de concussão. CERTO 2. O funcionário que deixa de responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo, por indulgência, comete crime de Condescendência criminosa. CERTO 3. Segundo o Código Penal, aquele que patrocina, direta ou indiretamente, interesse privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário público, pratica o crime de advocacia administrativa. 4. No crime de peculato culposo, a reparação do dano anterior à sentença irrecorrível é causa de redução de pena. § 3.º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de 1/2 (metade) a pena imposta. 5. Comete excesso de exação funcionário que exige tributo ou contribuição social indevido, ou, quando devido, emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza. Desenvolvimento Título SEMANA 3 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: Na Praça Central do Balneário do Cassino, Fiscais da Secretaria Municipal da Indústria e Comércio de Rio Grande, juntamente com policiais civis, atendendo reclamações de moradores acerca da venda de produtos clandestinos e drogas, procederamàs diligências no comércio da região. Ao chegarem ao Quiosque Alegria, o proprietário, Jacinto Gomes, ameaçou de morte o Chefe da Investigação, Escrivão de Polícia Paulo Rocha, com o objetivo de impedi-lo de fiscalizar seu estabelecimento comercial. Mesmo sob clima tenso e graves ameaças para cessar o ato legal, o mandado de busca e apreensão foi efetivado. Na operação, servidores apreenderam 260 CDs de músicas, cópias de obras intelectuais reproduzidas sem autorização, que estavam expostos à venda, com intuito de lucro direto. Ainda, em cumprimento ao mandado de busca e apreensão, apreenderam 36 trouxinhas de maconha envoltas em filme plástico incolor e fita adesiva parda, escondidas em uma caixa para armazenar CDs, juntamente com uma agenda, dois telefones celulares e R$2.000,00 em notas diversas. Durante a lavratura do auto de prisão em flagrante, Jacinto, arrependido, retratou-se das ameaças feitas ao policial civil. Quanto à droga, referiu que se destinava para consumo próprio, pois dependente dela, e disse desconhecer a ilicitude na venda de CDs piratas. Dos fatos, Jacinto Gomes restou denunciado pelo pelas condutas de violação de direito autoral tráfico de drogas. Com base nos estudos realizados sobre os crimes contra a Administração Pública, qual conduta também deve ser descrita na denúncia? Responda de forma objetiva e fundamentada. (MPE-RS. Promotor de Justiça. Modificada). Resposta: Além das condutas descritas, houve o crime de resistência, prevista no artigo 329 CP. Resistência Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. Caracterizando a partir da grave ameaça feita pelo o comerciante. É importante ressaltar que o entendimento predominante da jurisprudência é que a ameaça deve ter potencial de incutir medo à pessoa ameaçada para que seja configurado o crime de resistência através da ameaça O fato de o comerciante estocar trouxas de maconha na sua loja é motivo suficiente para que o oficial pensasse que o mesmo é traficante e tem contato com o crime organizado, tendo, portanto, sua vida em risco. QUESTÃO OBJETIVA Sobre os crimes praticados por particular contra a Administração Pública assinale a alternativa correta: a) O crime de desobediência, previsto pelo art. 330 do Código Penal, por ter como objeto jurídico a administração pública e o cumprimento de suas ordens, não admite a transação penal contida na Lei n.º 9.099/95. b) A oposição à execução de ato legal, mediante ameaça a funcionário competente para executá-lo, caracteriza o crime de desobediência. (Resistência Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio.) c) De acordo com o Código Penal, agente que se opõe ou presta auxílio, mediante violência ou ameaça, a funcionário competente para executar ato legal pratica o crime de resistência. Resistência Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio. d) No caso de exaltação de ânimos restará caracterizado o delito de desacato, independentemente da seriedade da ofensa. e) Caso a conduta do particular se caracterize pela resistência ativa, haverá concurso formal imperfeito de crimes entre os delitos de resistência e desobediência. Desenvolvimento Título SEMANA 4 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: No dia 10 de março do corrente ano, por volta das 10h30min, Gabriela abordou Marinalva e indagou à mesma sobre a localização da agência dos Correios, eis que acabara de achar uma carteira com documentos e desejava entregá-la naquele local. Neste mesmo momento surgiu Penélope que se identificou como dona da carteira e falou que gostaria de recompensar Gabriela e Marinalva. Ato contínuo, Marinalva, Gabriela e Penélope se dirigiram ao endereço onde supostamente a recompensa iria ser paga, sendo no local, Marinalva induzida a deixar sua bolsa com as duas outras mulheres e ir à loja indicada onde receberia o valor de R$500,00. Ao chegar ao local descobriu que não havia loja alguma e que havia caído num golpe, na medida em que Gabriela e Penélope fugiram com sua bolsa que não foi recuperada, vindo a perder um aparelho de telefone celular, um tablet, documentos pessoais e a quantia de R$70,00. Desesperada pela perda dos objetos pessoais Marinalva dirigiu-se à uma viatura policial que se encontrava próxima ao local em que foi abordada, narrou os fatos e solicitou auxílio na recuperação de seus pertences. O policial militar logrou êxito em alcançar Gabriela e Penélope, uma vez que as mesmas se encontravam a apenas dois quarteirões de distância abordando, como posteriormente foi demonstrado pelas provas carreadas nosautos, outra vítima ? Analice. A fim de evitar sua prisão Gabriela e Penélope ofereceram a quantia de R$900,00 para que o policial militar Augusto Mello não desse prosseguimento à prisão em flagrante delito, consoante depoimento do mesmo que descreveu toda dinâmica dos fatos, confirmando a conduta das acusadas. Ante o exposto, com base nos estudos realizados sobre os crimes contra o patrimônio e crimes contra a Administração Pública, sendo certo que Gabriela e Penélope agiram em comunhão de desígnios e vontade, tipifique suas condutas. RESPOSTA: Com relação à primeira conduta, trata-se de crime de estelionato expresso no artigo 171 do CP, realizado em concurso de pessoas. Quanto ao oferecimento da vantagem indevida ao policial para que o mesmo deixasse de realizar sua atribuição, trata-se de crime de corrupção ativa cominado com o 69 (concurso material), elencado nos crime contra administração pública, artigo 333 CP. Como policial não aceitou tal vantagem, ele não ocorreu no crime de corrupção passiva. Importante esclarecer que a criação desses dois tipos é exceção pluralista. Corrupção ativa Art. 333. Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: QUESTÃO OBJETIVA. Ana doou um automóvel ao filho de um fiscal, para que não autuasse sua empresa por fraudes que havia constatado. Anita, oficial de justiça, exigiu R$ 5.000,00 de José, para não cumprir mandado de prisão que ordenava a sua prisão. Ângela decorou a casa de um policial para determiná-lo a deixar de investigar delito que havia praticado. Alice, médica de um posto de saúde, solicitou R$ 1.000,00 para fornecer atestado falso a pessoa interessada em justificar faltas ao serviço. Amanda, perita judicial, recebeu R$ 5.000,00 de uma das partes para favorecê-la no laudo pericial que estava elaborando. O crime de corrupção ativa será imputável somente a: (MPE-MA. Prova: Analista Ministerial ? Direito. 2013) b) Ana e Ângela. DesenvolvimentoTítulo SEMANA 5 Descrição APLICAÇÃO: ARTICULAÇÃO TEORIA E PRÁTICA CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: Chico Bento e Henrique Bom de Papo, em comunhão de vontades e desígnios decidem roubar o veículo automotor de Ludmila Rica, patroa da namorada de Chico Bento, quando esta saísse para ir à academia como fazia diariamente no mesmo horário. A grande dificuldade do plano criminoso estava no local em que seria escondido o veículo antes de ser desmontado para a venda das peças, haja vista tratar-se de um veículo utilitário da marca Volvo de alto valor de venda e de fácil reconhecimento. Desta forma, Chico Bento e Henrique Bom de Papo procuraram Henrique, amigo de infância de e proprietário de uma oficina mecânica, e perguntaram se ele teria interesse em guardar o carro no estabelecimento por uma semana. Antônio Faztudo concordou, o acordo foi sacramentado e, então, o crime de roubo foi praticado. Ante o exposto com base nos estudos realizados sobre os crimes contrao patrimônio e os crimes contra a Administração Pública, analise sob o aspecto jurídico-penal as condutas de Chico Bento, Henrique Bom de Papo, Antônio Faztudo e Rosinha, namorada de Chico Bento, sendo certo que esta desconhecia a conduta de seu namorado, ainda que tenha comentado com ele os horários e rotina da patroa - Ludmila Rica. Ainda, caso Antônio Faz tudo fosse procurado por Chico Bento e Henrique Bom de Papo apenas após a subtração do veículo e os agentes o pedissem para guardá-lo em sua oficina narrando o delito de roubo e o mesmo consentisse, a tipificação seria a mesma? Resposta: Chico Bento e Henrique são coautores do crime de furto qualificado (mediante concurso de duas ou mais pessoas, art. 155, § 4º, IV). Rosinha não sofrerá qualquer tipo de pena, pois desconhecia o dolo dos agentes e não agiu com dolo ao informar a rotina de sua empregadora. Com relação à Antônio Faz tudo não seria a mesma tipificação, mas sim favorecimento real, nos moldes do art. 349, do Código Penal. Art 157 §2º, inciso II—para 2 / Art 157 §2º, inciso II c/c 29 se tudo QUESTÃO OBJETIVA. No que concerne aos crimes contra a Administração da Justiça, é correto afirmar que: a) Constitui favorecimento pessoal prestar a criminoso, fora dos casos de coautoria ou receptação, auxílio destinado a tornar seguro o proveito do crime. b) No crime de favorecimento pessoal, algumas pessoas, pela sua qualidade pessoal, ficam isentas de pena em decorrência do auxílio prestado ao criminoso, como por exemplo, seu irmão. Favorecimento pessoal Art. 348. Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública autor de crime a que é cominada pena de reclusão: § 2.º Se quem presta o auxílio é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica isento de pena. c) O agente que auxilia pessoa a tornar seguro o proveito do crime é considerado partícipe do delito em qualquer caso. d) Auxiliar a subtrair-se à ação de autoridade pública o autor de crime a que é cominada pena de reclusão caracteriza o delito de favorecimento real. e) São considerados crimes contra a Administração da Justiça os delitos de favorecimento pessoal, favorecimento real e receptação. Desenvolvimento Título SEMANA 6 Descrição CASO CONCRETO No dia 10 de janeiro do corrente ano, Anastácia Lima compareceu à XY Delegacia de Polícia da Comarca da capital acompanhada de sua filha M.L. para informar que havia flagrado seu namorado Aguinaldo abusando sexualmente de sua filha de apenas nove anos, oportunidade em que solicitou que fossem tomadas as devidas providências legais para que Aguinaldo fosse preso. Saliente-se que Anastácia possui parca instrução e condições financeiras, bem como, após o fato, conduziu de imediato sua filha vítima para a perícia. Segue, abaixo, trecho das declarações fornecidas pela vítima M.L reduzidas a termo: [...] depois disso, o réu disse vamos por ali que vai subir o morro e vamos chegar na casa do seu tio X ; que era subindo o morro; lá em cima o réu agarrou a vítima e a levou para um pé de mangueira; começou a abusar da mesma; disse para ela ficar quieta, não gritar e não falar nada, senão ia lhe bater; o réu empurrou a vítima no chão e tentou beijar sua boca ... ficou passando a mão em mim, aí começou a abusar, aí tentou botar dedo, aí não foi direito; machucou e não lembra direito se doeu; o réu abriu a calça que usava; abaixou sua calcinha [...]. Ante o exposto, responda às questões formuladas: Qual a correta tipificação da conduta de Aguinaldo? R: Estupro de vulnerável, consoante artigos 217-A a e 226, II do Código Penal, não se enquadra no art 226 CP. O tipo de ação para esses casos é a penal pública incondicionada. É importante comentar que o estupro de vulnerável independe do consentimento do menor de 14 anos para ser tipificado. Estupro de vulnerável Art. 217-A. Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 (catorze) anos: Aumento de pena Art. 226. A pena é aumentada: II – de 1/2 (metade), se o agente é ascendente, padrasto ou madrasta, tio, irmão, cônjuge, companheiro, tutor, curador, preceptor ou empregador da vítima ou por qualquer outro título tem autoridade sobre ela; b) Caso o fato tivesse sido levado a conhecimento da autoridade pública por vizinhos, a representação de Anastácia seria imprescindível para a deflagração da ação penal? R: Não, pois se trata de ação penal pública incondicionada, artigo 225, paragrafo único. Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. A ação é penal pública incondicionada e o MP pode propor a ação sem representação. c) Uma vez condenado, a pena definitiva deverá ser cumprida, desde o início obrigatoriamente, em regime fechado? R: Não, ele poderá iniciar em regime fechado e progredir posteriormente. Caso isso ocorresse, s seria andar em desencontro ao principio da individualização da pena. ( Embora, o § único do art 2º da nossa lei diga que sim o STF incidentalmente declarou inconstitucional essa obrigatoriedade remetendo o aplicados da lei ao art 33 §2º do CP ) Questão objetiva. Sobre o tema “Crimes Hediondos”, analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: I. O texto legal da Lei n. 8072/1990 não conceituou “crime hediondo”, tendo o legislador optado pela adoção de um critério taxativo. II. A lei n.8072/1990 não pode ser considerada nova lei incriminadora, mas, sim, novatio legis in pejus, na medida em que trouxe uma série de restrições aos direitos e garantias fundamentais. Sim, é uma norma que não cria crimes, Só discorre acerca dos pré-existentes e o tratamento a ser adotado quanto aos mesmos III. Consoante entendimento do Superior Tribunal de Justiça Os condenados por crimes hediondos ou assemelhados cometidos antes da vigência da Lei n. 11.464/2007 sujeitam-se ao disposto no art. 112 da Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal) paraa progressão de regime prisional. Súmula 471 do STJ IV. Em caso de sentença condenatória, o réu não poderá apelar em liberdade, independentemente de fundamentação do juiz. a) São corretas as assertivas I, II e III. esenvolvimento Título SEMANA 7 Descrição CASO CONCRETO Leia o caso concreto apresentado abaixo e responda às questões formuladas: Acusado de matar a pauladas por causa de uma tábua de carne vai a júri na terça-feira 28/7 por BEA — publicado em 27/07/2015 17:35, disponível em: http://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/noticias/2015. O Tribunal do Júri do Gama vai julgar na próxima terça-feira, 28/7, Cícero Rodrigues dos Santos, acusado de matar Ismael Rodrigues da Silva. A sessão de julgamento está prevista para começar às 8h30. Segundo a sentença de pronúncia, o motivo do crime teria sido a insatisfação do acusado com a atitude da vítima de cobrar-lhe a devolução de uma tábua de cortar carne. 1. Qual a correta tipificação da conduta de Cícero? Incidem sobre a conduta os institutos repressores da lei de crimes hediondos? R: Trata-se de homicídio qualificado por motivo fútil, previsto também no rol dos crimes hediondos. Art. 121. Matar alguém: II – por motivo fútil; (parágrafo 2°, ii, hediondo. 2. Caso o motivo do crime tivesse sido o domínio da violenta emoção logo em seguida à injusta provocação da vítima, ainda que praticado mediante pauladas, a resposta seria a mesma? R: Não, neste caso seria homicídio qualificado privilegiado, também conhecido como homicídio hibrida. 3. Uma vez condenado, qual o prazo mínimo de cumprimento de pena para fins de progressão de regimes? R: Como se trata de homicídio qualificado privilegiado, não há do se falar em prazo mínimo de cumprimento de pena. (Mas...Réu primário 2/5 -Réu reincidente 3/5) Questão objetiva. Sobre crimes hediondos analise as assertivas abaixo e assinale a opção correta: 1. Os delitos de extorsão qualificado pela restrição de liberdade da vítima com resultado morte (art.158,§3º, CP) e extorsão mediante sequestro (art.159, CP) são tipificados como delitos hediondos. 2. Com o advento da Lei n.12015/2009, a figura típica prevista no art.214, CP (atentado violento ao pudor) foi revogada, sem, contudo, ter ocorrido abolitio criminis, mas, apenas, a denominada continuidade normativa. 3. O delito de latrocínio, configura-se como delito hediondo, entretanto, não admite tentativa. (Admite Tentativa – Tentar matar e tentar roubar. Latrocínio Tentado) 4. O delito de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável somente é considerado delito hediondo se a vítima for menor de 14 anos. (Art. 288 – A) – (Lei 8.072, MENOR DE 18 anos, art. 1- (218-B) 3. As assertivas III e IV estão incorretas. Desenvolvimento
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