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Unidade IV

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Direito Aplicado 
aos Negócios
Direito do Trabalho
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof. Ms Tercius Zychan Moraes
Revisão Textual:
Profª. Ms. Rosemary Toffoli
5
• Direito do Trabalho
• Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
• Fontes do Direito do Trabalho
Neste módulo de nossa disciplina, vamos tratar do Direito do Trabalho.
Trata-se de um ramo do Direito que retrata uma conquista das relações entre empregadores 
e empregados, oriunda do capitalismo e do consumismo que se encontram nas sociedades.
Nessa relação de hipossuficiência, o Direito tem um papel social de destaque, pois tenta 
amenizar eventuais exageros que podem ocorrer em virtude da posição que o empregador 
possui nessa relação.
Os direitos trabalhistas surgem em razão para apaziguar constantes confrontos advindos 
desde a década de 20 do século passado, o que provocou a intervenção do Estado.
Hoje os direitos trabalhistas ocupam espaço em nossa Constituição Federal como um entre 
os denominados Direitos Sociais.
Ao final desta Unidade, o aluno será capaz de: 
 1. Entender o que vem a ser Direito do Trabalho.
2. Quais as fontes e princípios que fundamentam o Direito 
do Trabalho.
 3. Entender como se dão as relações trabalhistas.
 4. Reconhecer quais são os principais direitos trabalhistas.
Direito do Trabalho
• Princípios do Direito do Trabalho
• Sujeitos do contrato de trabalho
• Direitos dos Trabalhadores
• Quadro resumo do direito dos trabalhadores
6
Unidade: Direito do Trabalho
Contextualização
O Direito do Trabalho é hoje um ramo do Direito, talvez, de caráter mais social do que os 
outros, diante das circunstâncias e acessos a determinados bens e serviços que modificam a 
qualidade de vida das pessoas.
As relações trabalhistas têm sido muito debatidas a mais de uma centena de anos, principalmente, 
dado aos movimentos provocados pelas revoluções industriais e, hoje, pela globalização.
A grande questão está em adequar as relações de trabalho ao denominado capitalismo social, 
no qual a atividade de produção seja destinada à ampliação das vagas no mercado de trabalho 
e que contribuam ao acesso de melhores condições de vida das pessoas, assegurando-lhes o 
denominado “bem comum” ou “bem-estar social”.
O direito do trabalho assume este papel, apresentando princípios e preceitos que causem acesso 
à igualdade e legalidade, mantendo certo equilíbrio nas relação entre empregados e empregadores.
Dessa forma, precisamos entender os preceitos e conceitos que envolvem esse importante 
ramo do direito, os quais estão inseridos em nossa sociedade, e são objeto de diversos debates.
7
Direito do Trabalho
A necessidade de um ramo específico do direito para acompanhar 
e disciplinar todas as relações jurídicas que redundam do trabalho, ou 
melhor, das “relações trabalhistas” acompanha a própria evolução da 
sociedade, sobretudo dos movimentos liberalistas e o neocolonialismo 
ocorridos a partir do século XVIII, impulsionados pela revolução 
industrial e a ascensão da burguesia, agora com maior participação 
política no Estado.
Com a revolução industrial os antigos métodos de produção, que eram artesanais, passam 
para as chamadas linhas de produção e mecanização, surge à classe de empresários e de outro 
lado a dos empregados, desta relação entre estas duas classes, aliado ao consumo do mercado, 
desencadeia um capitalismo, denominado por muitos de “selvagem”, causando uma verdadeira 
exploração do capital com relação à mão de obra, havia jornadas de trabalho que extrapolavam 
16 horas diárias, o trabalho infantil era muito comum.
O direito do trabalho surge então com o objetivo de regularizar e normatizar o modo pelo 
qual à relação do empregador e o empregado devem coexistir de forma harmônica gerando 
direitos e deveres para ambas as partes.
No entendimento de Vólia Bomfim1 podemos entender como Direito do Trabalho como:
[...] um sistema jurídico permeado por institutos, valores, regras e princípios 
dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos empregadores, 
empresas coligadas, tomadores de serviço, para tutela do contrato mínimo de 
trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que 
visam à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteadas pelos princípios 
constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é 
recheado de normas destinadas aos sindicatos e associações representativas; 
à atenuação e forma de solução dos conflitos individuais, coletivos e difusos, 
existentes entre capital e trabalho; à estabilização da economia social e à 
melhoria da condição social de todos os relacionados” 
Natureza Jurídica do Direito do Trabalho
Saber a qual o ramo do direito que precisamente encontra-se o direto do trabalho não 
é nenhum consenso, pois na atual Constituição Brasileira de 1988, o direito do trabalho é 
reconhecido no artigo 6º com se tratando de um Direito Social, no qual o Estado deve interferir 
de forma significativa, dai ser ramo do direito público.
Há, entretanto, quem, doutrinariamente, reconheça que o Direito do Trabalho encontra-se 
envolto como direito privado.
1 - CASSAR. Vólia Bomfim. Direito do Trabalho. 3ª ed. Niterói. Editora Impetus. 2009a
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8
Unidade: Direito do Trabalho
Segundo o pensamento de Arnaldo Sussekind2 , o direito do trabalho caracteriza-se como, 
de direito público:
Os que defendem o enquadramento do Direito do Trabalho no Direito Público 
ponderam que, nas relações de trabalho, a livre manifestação da vontade das 
partes interessadas foi substituída pela vontade do Estado, o qual intervém nos mais 
variados aspectos dessas relações por meio de leis imperativas e irrenunciáveis.
Já os que defendem que a sua natureza jurídica é de direito privado, despontam a questão de 
que as partes tem limites para pactuarem os contratos de trabalho, dando-lhes certa liberalidade.
Fontes do Direito do Trabalho
Podem ser consideradas como fontes do direito do trabalho, 
qualquer fundamento que lhe de garantia de sua origem. Ou seja, tudo 
que lhe garanta a existência, sejam as leis, jurisprudências, doutrina, 
interpretações analógicas, etc.
Podem ser dividas em duas espécies, as denominadas fontes 
materiais e formais.
Por Fontes Formais estas podem ser compreendidas como aqueles acontecimentos que 
dão origem aos regramentos jurídicos, advindo, por exemplo, de um fato social, econômico que 
faz surgir a norma o lhe interfira na sua interpretação.
As chamadas fontes formais são as normas positivadas pelo legislador que interferem ou 
regulam as denominadas relações jurídicas, mais conhecidas como relações trabalhistas.
Como um bom exemplo de fonte formal, pode ser citada à Constituição Federal.
A Constituição Federal de 1988 dedicou-se aos direitos dos trabalhadores, como sendo do 
ponto de vista constitucional dos chamados direitos sociais em seus artigos 7° ao 11°, onde 
foram pontuados diversos fundamentos jurídicos, tão presentes no Direito do Trabalho, por 
exemplo, a validade das convenções coletivas de trabalho e proibiu a intervenção do Estado na 
organização sindical.
Podem ser consideradas como fontes formais do direito do trabalho os tratados internacionais, 
as sentenças normativas, os acordos e convenções coletivas, os regulamentos das empresas, os 
contratos de trabalho, os costumes.
Por determinação constitucional disposta no artigo 22 da Constituição Federal à competência 
para legislar sobre Direito do Trabalho é privativa da União
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
2 - SÜSSEKIND, Arnaldo. Da Relação de Trabalho. FONTE: LTr 74-03/263 - 2010. Material da Aula 6ª daDisciplina: Atualidades em Direito 
do Trabalho, ministrada no Curso de Pós- Graduação Televirtual de Direito e Processo do Trabalho– Anhanguera-Uniderp | Rede LFG, 2011, 
p. 9-10.
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9
As Fontes Materiais são aquelas que dão compreensão às normas jurídicas, tais como o fato 
social, ou seja, qualquer coisa que ocorra na sociedade e mereça uma apreciação conjunta com 
as fontes formais do direito, por exemplo, uma crise econômica que interfere diretamente nas 
relações de trabalho, não sob o aspecto individual, mas sim coletivo. Estas podem ser chamadas 
de “necessidades coletivas”, podendo ser dividida em três espécies:
1. A necessidade de proteção tutelar
Gerando um equilíbrio na relação patrão empregado com a intervenção do Estado. 
Exemplo: A crise econômica faz surgir à necessidade de contratos temporários de trabalho, a 
fim de reduzir o desemprego e os custos do trabalhador.
2. A necessidade da organização profissional
Ou seja, a imposição de regras entre empregados e empregadores. Nela o Estado age 
impondo normas de coordenação, que permitem a empregados e empregadores certa liberdade 
e consequentemente a igualdade em contratar.
3. A necessidade de colaboração, decorrente da necessidade de obter uma forma 
de convivência entre o Estado, patrões e empregados, permitindo o enfretamento de graves 
problemas graves, tais como o desemprego e a superprodução. Exemplo seria a discussão sobre 
determinados direitos trabalhistas que devam ser interpretados de uma forma que responda 
como solução à uma crise econômica.
Princípios do Direito do Trabalho
Podemos entender que a expressão “Princípio” possa significar 
o início de algo ou alguma coisa, a origem, o começo, o que dá 
fundamento e orientação. 
Para o Direito “Princípio” pode ter o mesmo sentido ou núcleo da 
ciência jurídica, para a presente aula trará a base do Direito do Trabalho.
Já conhecemos o significado do que vem a ser “Princípio”, agora vamos identificar alguns 
ligados ao Direito do Trabalho.
Principio da Proteção
Intimamente ligado ao Direito do Trabalho, seu caráter protetor à parte mais fraca na 
relação trabalhista.
Tempos Modernos (Modern 
Times, 1936, de Charlie Chaplin)
10
Unidade: Direito do Trabalho
Tem por objetivo assegurar à igualdade entre as partes respondendo ao objetivo de estabelecer 
um amparo preferencial a uma das partes, o “trabalhador”.
Pode-se subdividir este princípio em outros três:
1. Aplicação da norma mais favorável;
2. Condição mais benéfica;
3. In dúbio pró-mísero.
Princípio da Aplicação da Norma mais Favorável
Significa que a norma ao ser aplicada deve levar em conta a mais favorável ao trabalhador.
Vamos ver um exemplo a este respeito:
A Consolidação das Leis do Trabalho – CLT estabelece que o trabalhador noturno faz jus a 
um adicional de 20% sobre a hora normal, mas caso em uma Convenção Coletiva estabelecer 
que para certa categoria este trabalho seja remunerado com 50% sobre a hora normal, para esse 
casso aplica-se á disposição da norma convencional e não a CLT.
Princípio da Condição mais Benéfica
Segundo este princípio as denominadas cláusulas benéficas para o trabalhador não poderão 
ser suprimidas do contrato de trabalho ou removidas em caso da proposta de uma clausula 
menos benéfica.
Tal Princípio encontra amparo em nossa Constituição Feral quando esta no artigo 5º inciso 
XXXVI trata do denominado Direito Adquirido, princípio este repetido no artigo 468 da CLT:
Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo 
consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao 
empregado, sob pena de nulidade a cláusula infringente desta garantia.
Parágrafo único: Não se considera alteração unilateral a determinação do empregador para que 
o respectivo empregado reverta ao cargo efetivo, anteriormente ocupado, deixando o exercício 
de função de confiança.
Princípio do In Dúbio Pró-Mísero ou In Dúbio Pró-Operário
Neste caso, havendo mais de uma interpretação a ser dada ao texto da norma legal, deve ser 
aplicada aquela que melhor atenda aos interesses do trabalhador.
O mesmo também deve ser aplicado pelo operador do direito, o magistrado, em um determinado 
processo de causa trabalhista, sempre que pairar dividas, sobre quem de fato é o detentor do direito.
11
Princípio da Irrenunciabilidade aos Direitos Trabalhistas
Não há qualquer liberalidade do trabalhador em renunciar seus direitos assegurados nas 
normas trabalhistas, nem tão pouco renunciar à proteção legal.
Determina o artigo 9º da CLT:
Serão nulos de pleno direito os atos praticados com o objetivo de desvirtuar, impedir ou fraudar 
a aplicação dos preceitos contidos na presente Consolidação.
Desta forma, não pode o trabalhador, renunciar a férias, mesmo recebendo-as em dinheiro, 
não ter registro em carteira, etc.
Princípio da Continuidade da Relação de Emprego
Existe a presunção de que o trabalhador não deixa o emprego. Sempre que existir uma 
relação de trabalho, presume-se que esta será com vínculo de emprego. Ou seja, em caso de 
eventual demanda na Justiça do Trabalho o empregador deverá provar que o trabalhador não 
era seu empregado, mas exercia uma atividade para qual o suposto empregador não deliberava, 
podendo esta ser inclusive um trabalho autônomo.
Princípio da Primazia da Realidade
Para o Direito do Trabalho a muito importante levar-se em consideração o que ocorre no 
mundo real, ou seja, o fato oriundo da relação trabalhista.
De tal sorte que o fato provado prevalece sobre documentos em sentido contrário.
Exemplificando: Se um determinado trabalhador em uma reclamação alega que iniciou 
suas atividades laborais em 2010, mas a empresa discorda , pois na sua Carteira de Trabalho 
e Previdência Social – CTPS, consta o ano de 2011, e o trabalhador fizer prova da data 
que aponta mediante prova testemunhal, irá prevalecer o ano de 2010 como inicio de sua 
relação trabalhista.
Princípios do Direito do Trabalho
Os sujeitos da relação trabalhista ou do denominado contrato de emprego são: o empregado 
e o empregador. 
Vamos analisa-los isoladamente.
12
Unidade: Direito do Trabalho
Empregado
O conceito de empregado pode ser entendido como aquele disposto no artigo 
3º da CLT conceitua empregado como: “[...] toda pessoa física que prestar 
serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e 
mediante salário”.
Do conceito mencionado podemos identificar 4 requisitos que formam à 
relação de empregado:
1. trabalho prestado por pessoa física;
2. não-eventualidade, ou seja assíduo;
3. subordinação jurídica (dependência de um contrato de trabalho);
4. pagamento de salário pela prestação do serviço.
Empregador
O artigo 2º da CLT, nos dá o conceito do que vem a ser empregador: “considera como 
empregador a empresa, individual ou coletiva, que assumindo da 
atividade econômica , admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço”. 
Não há como reconhecer a existência do Empregador se não diante de 
um contrato bilateral, onde se reconhece que se insere no contexto desta 
relação uma finalidade lucrativa, oriunda da produção, da distribuição 
e do consumo, seja de bens ou serviços, com o intuito de satisfazer as necessidades humanas.
Os riscos no desempenho da atividade são assumidos pelo empregador é diante de bons ou 
maus resultados.
Aqui também podemos citar as empresas de trabalho temporário, cuja atividade dispõe 
determinadas atribuições a serem realizadas num determinado espaço de tempo, contratando 
pessoas qualificadas para o serviço, as quais deverão ser remuneradas, no período laboral. 
O mencionado artigo 2º da CLT, em seu parágrafo 1º cria no âmbito legal uma figura jurídica 
que se equipara à condiçãode empregador:
Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os profissionais 
liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou outras instituições sem fins 
lucrativos, que admitirem trabalhadores como empregados.
De tal sorte enquadram-se na categoria de empregadores os profissionais liberais, tais como 
engenheiros, advogados, médico, etc, que além das instituições sem fim lucrativo e as associações 
recreativas admitam trabalhadores como empregados.
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13
Contrato de Trabalho
O contrato individual de trabalho é um ajuste de vontades em que 
uma pessoa física (empregado) compromete-se a prestar de modo 
pessoal serviços não eventuais, subordinando-se a outrem (empregador), 
mediante o recebimento de salário.
Pode também ser conhecido como um acordo tácito ou expresso, verbal ou escrito, por prazo 
determinado ou indeterminado, corresponde a uma relação de emprego, podendo ser objeto de 
livre estipulação dos interessados em tudo quanto não contravenha as disposições de proteção do 
trabalho, às convenções coletivas que lhe seja aplicável e as decisões de autoridades competentes. 
Tem por característica que uma pessoa física presta serviço não eventual a outra pessoa 
física ou jurídica, mediante subordinação hierárquica e pagamento de uma contraprestação 
denominada salário. (CLT, art. 442 e 443, caput) o artigo 442 da CLT define o conceito de contrato 
de trabalho:-” contrato individual de trabalho é o acordo tácito ou expresso, correspondente à 
relação de emprego”.
O objeto do contrato de trabalho é a prestação de serviço subordinado e não eventual do 
empregado ao empregador, mediante o pagamento de salário.
Devem estar presentes os seguintes requisitos:
1. Continuidade - O trabalho deve ser prestado com continuidade. Assim, aquele que 
presta serviços apenas eventualmente não é empregado. 
2. Subordinação - o empregado exerce sua atividade com dependência ao empregador, 
por quem é dirigido. Tal subordinação pode ser econômica, técnica, hierárquica, jurídica 
ou até mesmo social. O0 empregado é subordinado economicamente ao empregador por 
depender do salário que recebe.
3. Onerosidade – o trabalho não é gratuito o contrato de trabalho, mas oneroso. Assim, o 
empregado recebe salário pelos serviços prestados ao empregador. 
4. Pessoalidade - o Contrato de trabalho é intuitu personae, ou seja, realizado com certa e 
determinada pessoa. O Empregado não pode fazer-se substituir por outra pessoa, sob pena 
do vínculo se formar com a última.
Direitos dos Trabalhadores
Aviso Prévio
Para o Direito do Trabalho o “Aviso Prévio” é utilizado nos contratos por prazo indeterminado, 
quando da rescisão do pacto laboral. Ocorre quando um dos contratantes, empregador 
ou empregado, quiser de modo imotivado romper a relação contratual, devendo para isso 
comunicar ao outro, com certa antecedência mínima, de modo que o avisado disponha de 
um prazo de tempo para se ajustar.
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14
Unidade: Direito do Trabalho
Trata o artigo 487 da CLT:
Art. 487 - Não havendo prazo estipulado, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindir o 
contrato deverá avisar a outra da sua resolução com a antecedência mínima de:
I - 3 dias, se o empregado receber, diariamente, o seu salário; 
II - 8 dias, se o pagamento for efetuado por semana ou tempo inferior; 
Importante destacar o que trata a Lei nº 12.50, de 11 de outubro de 2011, ao tratar do 
Aviso Prévio:
Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho 
- CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, será concedido na proporção de 
30 (trinta) dias aos empregados que contem até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa. 
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de 
serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total 
de até 90 (noventa) dias.
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
É a Lei nº 8.036, de 11de maio de 1990 que trata atualmente sobre, o FGTS, tendo 
por objetivo de ser um pecúlio disponibilizado quando da aposentadoria ou morte do 
trabalhador, representa uma garantia para a indenização do tempo de serviço, nos casos de 
demissão imotivada.
Os empregadores depositam em nome dos seus empregados e vinculadas ao contrato de 
trabalho, o valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.
Jornada de trabalho
Trata-se do período diário durante em que o trabalhador fica à disposição da sua empresa. 
No Brasil, a jornada de trabalho esta regulamentada na Constituição Federal, e não podendo 
8 horas diárias, e não considera o período de repouso e refeição, e o tempo despendido pelo 
empregado até o local de trabalho, como fazendo parte das horas de trabalho.
Horário Noturno
É considero com trabalho noturno as atividades urbanas de trabalho realizadas entre as 
22:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte.
No tocante às atividades rurais, estas serão consideradas noturnas quando o trabalho na 
lavoura se der entre 21:00 horas de um dia às 5:00 horas do dia seguinte, e na pecuária, entre 
20:00 horas às 4:00 horas do dia seguinte.
15
Adicional Noturno 
O adicional noturno trata-se da importância que deve ser acrescida à remuneração do 
empregado quando da realização de trabalho noturno. O motivo que fundamenta este adicional 
esta ligado a propiciar uma compensação ao natural desgaste físico maior do trabalhador, em 
horário normalmente determinado para o seu repouso.
Este adicional esta regulamentado no artigo 73 da CLT que especifica que o trabalhador 
noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um 
acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. 
A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 
(trinta) segundos. Considera-se noturno, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas 
de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.
Hoje o cálculo para adicional noturno, é de 20% encima da hora normal trabalhada.
Para o trabalhador rural existe uma norma específica no tocante ao adicional de horas 
noturnas, disposto na Lei nº 5.889, de 08 de Junho de 1973, onde assim dispõe seu artigo 7º:
Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e 
uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um 
dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a 
remuneração normal.
Repouso semanal remunerado
O repouso semanal remunerado é direito consagrado na Constituição Federal sendo delimitado 
em 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, concedido preferencialmente aos domingos, além de 
ser garantido também ao trabalhador urbano, rural (Artigo 7 inciso XV , da Constituição Federal).
13º salário
A então gratificação de Natal implantada no Brasil em 1962 com o advento da Lei nº 4.090, 
é hoje o conhecido 13º salário.
Este direito é assegurado a todo aquele que trabalhar o mínimo de 15 dias com carteira 
assinada tem direito.
O pagamento do 13º salário poderá ser feito em duas parcelas. A primeira é o chamado 
adiantamento, que corresponde à metade do salário recebido no mês anterior e deve ser pago 
entre fevereiro e novembro de cada ano, segundo escolha do empregador. No caso da segunda 
parcela, que deve ser paga até 20 de dezembro.
16
Unidade: Direito do Trabalho
Caso o trabalhador e não tenha completado um ano de serviço, o 13º salário é proporcional, 
calculado dividindo-se o valor da remuneração no mês de dezembro por 12e multiplicando-se 
o resultado pelo número de meses trabalhados.
Férias
É direto de todo empregado o gozo de um período de férias anualmente, sem prejuízo 
da remuneração.
A cada doze meses, o trabalhador faz jus a um período de férias, este período é denominado 
como aquisitivo.
O valor da remuneração das férias corresponde ao de um mês de trabalho, mais um terço, 
parcela esta introduzida pela norma do artigo 7º da Constituição Federal.
Férias proporcionais
No tocante às denominadas férias proporcionais sua previsibilidade encontra-se no artigo 
146, parágrafo único e no artigo 147, ambos da CLT:
Art. 146. (…)
Parágrafo único. Na cessação do contrato de trabalho, após 12 meses de serviço, o 
empregado, desde que não haja sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração 
relativa ao período incompleto de férias, de acordo com o art. 130, na proporção de 
1/12 por mês de serviço ou fração superior a 14 dias.
Art. 147. O empregado que for despedido sem justa causa, ou cujo contrato de trabalho 
se extinguir em prazo predeterminado, antes de completar 12 meses de serviço, terá direito 
à remuneração relativa ao período incompleto de férias, de conformidade com o disposto 
no artigo anterior.
Licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário.
Nossa Constituição Federal de 1988 no seu artigo. 7º, inciso XVIII, concede o mencionado 
direito dizendo:”licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração 
de cento e vinte dias”.
O artigo 392 da mesma CLT estipula um período de 120 dias, sendo 28 dias antes e 92 
após o parto, podendo excepcionalmente ser estendido por mais duas semanas antes e duas 
após, segundo critérios médicos. Já o artigo 393 da citada consolidação garante à mulher o 
direito ao salário integral e quando variável, calculado de acordo com a média dos 6 (seis) 
últimos meses de trabalho.
17
Estabilidade provisória empregada gestante
O artigo 10, do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias - ADCT estipula que até 
que seja promulgada a lei complementar a que se refere o artigo 7º, inciso I, da Constituição 
Federal, fica proibida a dispensa da empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até 
cinco meses após o parto.
A licença-paternidade
A licença-paternidade possibilita ao trabalhador ausentar-se do serviço, com o intuito de 
auxiliar a mãe de seu filho, que não precisa ser necessariamente sua esposa, no período de 
puerpério (período que se segue ao parto até que os órgãos genitais e o estado geral da mulher 
retornem à normalidade) e também registrar seu filho.
Art. 7º da Constituição Federal: São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social:
[...]
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei;
Vale Transporte
O denominado Vale-Transporte constitui-se em benefício que o empregador antecipará ao 
trabalhador as despesas de deslocamento da residência para o trabalho e vice-versa.
Este deslocamento corresponde à soma dos segmentos componentes da viagem do 
beneficiário, por um ou mais meios de transporte, entre sua residência e o local de trabalho.
Não existe norma que estipule à distância mínima para que seja obrigatório o fornecimento 
do Vale Transporte, desta forma mesmo que o empregado utilize do transporte coletivo, para 
uma mínima distância, o empregador será obrigado a fornecê-lo.
Seguro desemprego 
O seguro-desemprego é uma assistência financeira temporária ao trabalhador demitido 
sem justa causa. O benefício hoje integra o Programa do Seguro-Desemprego, auxilia o 
cidadão a manter ou buscar emprego, por meio de ações de orientação, recolocação e 
qualificação profissional.
Assim, o trabalhador que for dispensado sem justa causa receberá o empregador o 
Requerimento do Seguro-Desemprego devidamente preenchido, que assegurará o beneficio.
18
Unidade: Direito do Trabalho
Homologação do Contrato de Trabalho 
A denominada homologação da rescisão de contrato de trabalho tem por escopo orientar e 
esclarecer empregado e empregador do cumprimento da lei, bem como conferir o pagamento 
das parcelas correspondentes na rescisão contratual.
A homologação será obrigatório nos contratos de trabalho firmados há mais de 1 (um) ano, 
inclusive nos casos quando o aviso prévio indenizado resultar em mais de um ano de serviço. 
Art. 477 - É assegurado a todo empregado, não existindo prazo estipulado para a 
terminação do respectivo contrato, e quando não haja ele dado motivo para cessação 
das relações de trabalho, o direto de haver do empregador uma indenização, paga na 
base da maior remuneração que tenha percebido na mesma empresa.
1º - O pedido de demissão ou recibo de quitação de rescisão, do contrato de trabalho, 
firmado por empregado com mais de 1 (um) ano de serviço, só será válido quando feito 
com a assistência do respectivo Sindicato ou perante a autoridade do Ministério do 
Trabalho e Previdência Social. 
§ 2º - O instrumento de rescisão ou recibo de quitação, qualquer que seja a causa ou 
forma de dissolução do contrato, deve ter especificada a natureza de cada parcela paga 
ao empregado e discriminado o seu valor, sendo válida a quitação, apenas, relativamente 
às mesmas parcelas. 
§ 3º - Quando não existir na localidade nenhum dos órgãos previstos neste artigo, a 
assistência será prestada pelo Represente do Ministério Público ou, onde houver, pelo 
Defensor Público e, na falta ou impedimento deste, pelo Juiz de Paz. 
§ 4º - O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da 
rescisão do contrato de trabalho, em dinheiro ou em cheque visado, conforme acordem 
as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá 
ser feito em dinheiro.
Quadro Resumo do Direito dos Trabalhadores
Trabalhadores Urbanos Rurais
Aviso prévio
30 dias havendo uma redução de 
2h da jornada diárias ou descanso 
durante 7 dias no decorrer do aviso.
De 30 dias, devendo existir 1 
dia de folga por semana.
FGTS
A alíquota de 8% sobre o salário do 
empregado.
A alíquota de 8% sobre o 
salário do empregado.
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Jornada
Não superior a 8 horas diárias com 
um total de 44 horas semanais.
Não superior a 8 horas diárias 
com um total de 44 horas 
semanais.
Horário noturno Considerado entre às 22h e 5h
Considerado entre às 20h e 
4h para o trabalhador rural da 
pecuária e entre às 21h e 5h 
para o agrícola
Adicional 
noturno
Acréscimo de uma alíquota de 20%.
Acréscimo de uma alíquota de 
25%.
Repouso 
semanal 
remunerado,
Devendo existir 1 vez a cada 3 
semanas aos domingos.
Concedido preferencialmente 
aos domingos.
13º salário Farão jus Farão jus
Férias
De 30 dias acrescidas de 1/3 do 
salário.
De 30 dias acrescidas de 1/3 
do salário
Férias 
proporcionais
Farão jus Farão jus
Licença à 
gestante, sem 
prejuízo do 
emprego e do 
salário
Será de 120 dias. Haverá 
o pagamento do salário-
maternidade pela empresa terá 
direito à compensação a esta nos 
recolhimentos à previdência social).
Será de 120 dias. Haverá 
o o pagamento do salário-
maternidade pela empresa 
terá direito à compensação 
a esta nos recolhimentos à 
previdência social).
Estabilidade 
provisória 
empregada 
gestante
A contar da a confirmação da 
gravidez até 5 (cinco) meses após o 
parto.
A contar da a confirmação da 
gravidez até 5 (cinco) meses 
após o parto..
Licença-
paternidade
De 5 dias corridos de acordo com o 
artigo 10 do ADCT.
De 5 dias corridos de acordo 
com o artigo 10 do ADCT.
Vale-Transporte
Será de até 6% do salário 
contratado.
Será de até 6% do salário 
contratado.
Seguro-
Desemprego
Quando da dispensa sem justa 
causa.
Quando da dispensa sem justa 
causa.
Homologação
Homologar a rescisão do contrato 
de trabalho com mais de 1 ano deprestação de serviços.
Homologar a rescisão do 
contrato de trabalho com mais 
de 1 ano de prestação de 
serviços.
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Unidade: Direito do Trabalho
Material Complementar
No estudo do Direto Trabalho, é fundamental sabermos como se dá a rescisão do contrato de 
trabalho, pondo fim à relação trabalhista.
Entretanto, a lei hoje assegura certos direitos aos trabalhadores que não podem deixar de ser 
observados pelo empregador, a fim de se eximir do cumprimento da legislação.
 
 Explore
Veja uma questão importante no tocante a essa relação, visitando o sítio na rede mundial de 
computador, para isso clique no seguinte link: http://www.youtube.com/watch?v=65ckwuSox4A
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Referências
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil, de 05 out. 1988. Senado 
Federal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br.
CARRION, Valentim . Comentários à Consolidação das Leis do Trabalho. São Paulo. 
Editora Saraiva. 28a edição atualizada por Eduardo Carrion. 2003.
GOMES, Orlando; GOTTSCHALK, Élson. Curso de direito do trabalho. 18º ed Rio de 
Janeiro:Forense, 2007.
OLIVEIRA, Aristeu de. Cálculos trabalhistas – 22ª. ed. – São Paulo: Atlas, 2011.
MANUS, Pedro Paulo Teixeira. Direito do Trabalho. 8ª. ed. São Paulo, Atlas: 2003.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Curso do Direito do Trabalho. São Paulo, Editora Saraiva, 
16ª Ed., 1999.
________________. Iniciação ao Direito do Trabalho. São Paulo, Editora LTr, 29a
edição, 2003.
REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 20ª. ed. São Paulo: Saraiva, 1993. 
SILVA, De Plácido e. Vocabulário jurídico. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
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Unidade: Direito do Trabalho
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