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Resumo - Fato típico, dolo, culpa, conduta, nexo causal, etc

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Fato Típico:
São os elementos do crime, ou seja: a ação (dolosa ou culposa), o resultado, a causalidade e a tipicidade.
Conceito de Crime: 
Crime é uma ação típica, antijurídica, culpável e punível.
Os crimes podem ser praticados por ação (crimes comissivos) 
Ou por omissão (crimes omissivos).
Tipo:
Descrição contida na lei de um determinado fato delituoso, para efetiva aferição da ocorrência de crime.
Conduta:
Ato consciente ou comportamental praticado pelo ser humano, estando assim excluídos os animais e os fatos naturais.
Crimes Omissivos e Comissivos (Formas de conduta) – Dividem-se em crimes omissivos próprios ou puros, e comissivos por omissão. Os crimes omissivos próprios podem ser imputados a qualquer pessoa. São crimes ligados à conduta omitida, independentemente do resultado, tendo como objeto apenas a omissão. Já nos crimes comissivos por omissão, a simples prática da omissão causa um resultado delituoso, que é punível se o agente tinha como obrigação vigiar ou proteger alguém. É a materialização de um crime por meio de uma omissão. Esses crimes podem ser praticados por dolo e culpa.
Dolo:
Intenção declarada e manifestada na vontade consciente do agente para praticar uma ação, cujo fato é tido como crime pela legislação aplicável. O dolo se concretiza também na certeza e na consciência do resultado.
Espécies de Dolo – O dolo se divide em dolo indireto ou indeterminado e dolo direto.
Dolo Indireto ou indeterminado - Nesse caso, está presente a vontade parcial do agente, o qual assume o risco do resultado, sem direcionar sua vontade para um objeto específico. O dolo Indireto pode ser dividido em alternativo ou eventual.
Dolo Alternativo – A ação praticada pode fornecer mais de um resultado (lesionar ou matar).
Dolo Eventual - O resultado existe dentro das leis de probabilidade, e, mesmo que o agente não queira, por sua vontade, a efetividade do resultado, assume o risco eventual de sua ação.
Preterdolo – Existência de dolo e culpa; encontrando-se o dolo na prática delituosa antecedente, e a culpa, na prática consequente. Exemplo: latrocínio (roubo seguido de morte).
Culpa:
Pune-se a culpa apenas quando existe previsão legal para tal fim. A culpa se baseia na falta de vontade de trazer um resultado delituoso sobre a ação praticada. A ação é praticada sem intenção, podendo a culpa se manifestar por meio da imperícia (falta de habilitação técnica para a prática de determinado ato), da imprudência (precipitação e falta de cuidados necessários no exercício de um ato) e da negligência (negativa de cometimento de um ato calcado na displicência).
Tipos de Culpa – Existem três tipos de culpa: 
Consciente (o agente prevê o resultado, mas assume o risco por acreditar que dano algum será causado),
Inconsciente (por falta de atenção o agente não prevê o risco) 
Imprópria (erro de pessoa, em que o agente pretende o resultado, mas pratica-o de forma errônea, sobre pessoa diferente de sua vontade primária).
Elementos: 
Imputabilidade
Potencial consciência da ilicitude
Exigibilidade de conduta adversa
Resultado: 
Juntamente com a conduta, é o segundo elemento do fato típico. Para que o Ente Estatal possa agir dentro de seu dever de punir, é necessário que, para a caracterização de um crime, haja um dano efetivo ou a existência de iminente perigo. O resultado, como elemento do fato típico, manifesta-se nos delitos da seguinte forma: crime material ou de resultado (nos crimes contra o patrimônio, o dano patrimonial é o resultado; sem ele só se puniria a tentativa. Assim o crime material é aquele em que a conduta está diretamente ligada ao resultado.); crime formal (a simples ação do agente independente do resultado. Ex. ameaça, injúria e difamação); crimes de mera conduta (o tipo não descreve o resultado, existindo apenas a ação ou a omissão para ocorrência do crime (Ex.: o previsto no art. 280 do CPB -  Fornecer medicamento sem receita médica).
Nexo causal:
É a relação de causa e efeito existente entre a conduta e o resultado. A teoria adotada é a da equivalência dos antecedentes causais que considera como causa toda circunstância antecedente sem a qual o resultado não teria ocorrido. É também chamada de teoria da conditio sine qua non. Art 13, Caput. Só podem ser punidos, entretanto, aqueles que tenham agido com dolo ou culpa na provocação do resultado, de modo que o fabricante de um revólver não pode ser punido por um homicídio, mas quem o emprestou ao homicida sim, caso o tenha feito de forma intencional.
Superveniência causal:
É toda condição que atua paralelamente à conduta, interferindo no processo causal. A teoria adotada pelo nosso Código Penal é a teoria da equivalência dos antecedentes, sendo assim, não tem o menor sentido tentar estabelecer qualquer diferença entre causa, concausa, ocasião ou condição. Qualquer conduta que de algum modo, tiver contribuído para a eclosão do resultado deve ser considerado sua causa. Aplicando-se, assim, o critério da eliminação hipotética. 
Existem duas espécies de causa, que são causa dependente e causa independente. 
Causa dependente: É aquela que, originando-se da conduta, insere-se na linha normal de desdobramento causal de conduta, ou seja, é aquela em que conduta e resultado estão intimamente ligados. Causa independente é aquela que refoge ao desdobramento causal da conduta, produzindo, por si só, o resultado. Seu surgimento não é uma decorrência esperada, ou seja, neste caso o resultado acontece independente da conduta do agente. 
Causas independentes:
 Causa Absolutamente Independente: Não tem relação com a conduta. Espécies de causas absolutamente independentes:
Preexistentes: O resultado ocorre por motivo anterior a conduta. (ex: um indivíduo A atira em B, que vem a falecer por motivo diverso, como um envenenamento provocado por C horas antes.) 
[Usado em um exercício em sala de aula]
B) Concomitantes: A causa do resultado atua juntamente com a conduta, por coincidência. O resultado não tem ligação com a conduta. (ex: Individuo A iria praticar conduta contra B, mas por coincidência, ocorre outro fato como um assalto praticado por C que atira em B provocando a sua morte.) 
C) Supervenientes: atuam após a conduta. (ex: após A envenenar B, antes desse produzir efeitos, um maníaco C invade a casa e mata B a facadas.) Consequências: Por romperem totalmente com o nexo causal o sujeito ativo do fato só responderá pelos atos até então praticados. Nos três exemplos acima, o agente A não foi responsável pela morte de B. Assim, não pode ser responsabilizado por homicídio consumado, mas responderá por tentativa de homicídio, com a qualificadora do veneno ou não. 
Causa Relativamente Independente: Tem relação com a conduta. Espécies de causas relativamente independentes 
A) Preexistentes: atuam antes da conduta (ex: A desfere golpes de facadas a B, este que é hemofílico, e falece em consequência dos golpes desferidos por A somado sua condição de saúde.) 
B) Concomitantes: A conduta não é a causa do resultado (ex: A atira em B que com o susto sofre uma parada cardíaca e morre, a causa do óbito foi a parada cardíaca e não o disparo, originou-se relativamente a partir da conduta atuando ao mesmo tempo desta (concomitante) 
C) Supervenientes: A atira em B, que é socorrido e encaminhado em uma ambulância para o hospital, no trajeto acontece um acidente e a vítima (b) vem a falecer.
Causas de Exclusão da Antijuridicidade
Conforme o artigo 23 do CPB, existem tipos de justificativas que excluem a ocorrência de prática antijurídica ou ilícita: o estado de necessidade, a legítima defesa, o estrito cumprimento do dever legal e o exercício regular de um direito são causas de inexistência da ocorrência de crime.
Estado de Necessidade - Segundo o artigo 24 do CPB, "considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para se salvar de perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se".Acrescente-se que aquele que tenha o dever legal de enfrentar o perigo não pode alegar em seu favor estado de necessidade.
OBS: Levar em conta o valor do bem jurídico.
Requisitos objetivos: Perigo atual e inevitável; bem cujo sacrifício não era razoável exigir; não provocado pela vontade do agente; inexistência do dever de enfrentar o perigo.
Requisitos subjetivos: Ciência da situação; vontade de salvar alguém.
Legítima Defesa – Conforme o artigo 25 do CPB, "entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem".
A agressão precisa estar acontecendo ou prestes a acontecer. A situação também precisa ser injusta.
A legítima defesa também não pode ser praticada em excesso. (Excesso doloso).
Não existe situação de legítima defesa contra outra legítima defesa.
OBS: Legítima defesa antecipada não é possível.
Legítima defesa putativa: (Imaginária) Quando você acredita que está em perigo e na realidade não está. Exemplo dado em sala: Policial que matou homem que portava uma furadeira. De longe parecia uma arma, razão pela qual policial atirou e matou o homem.
Estrito Cumprimento do Dever Legal – Inexiste crime se o autor do fato o pratica em estrito cumprimento de seu dever legal. Ex.: O poder de polícia e a fé pública. 
OBS: Não pode deixar de fazer, ou estará cometendo uma infração. 
OBS²: Não pode cometer excessos.
Exercício Regular de Direito – Praticar ou deixar de praticar algo, devido ao exercício regular de direito. Ex.: sigilo profissional dos médicos e advogados.
Exemplo dado em sala de aula: Boxeador, pode exercer direito de agredir outra pessoa.
Outro exemplo: Cirurgia plástica. 
Pessoas em exercício regular de um direito não são obrigadas por lei como acontece no estrito cumprimento do dever legal.
OBS: Consentimento do ofendido exclui a ilicitude, como no caso de tatuadores. Ter muito cuidado com esse exemplo, pois a profissão do tatuador não é regulamentada, ou seja: Não entra em um exercício regular de um direito. Apesar disso não será punido por haver consentimento do ofendido.
OBS²: Só pode haver essa disposição se for uma lesão leve.
Ex: Amputação de membro (sem razão médica) não é possível, mas tatuagens e piercings são possíveis.
Coação Irresistível e Obediência Hierárquica – Pune-se apenas o autor da coação irresistível (o constrangimento sobre grave ameaça) ou o autor da ordem ditada (ordem oriunda de subordinação de cunho administrativo). Se o delito cometido tem suas bases em coação de que o agente não poderia eximir-se, ou, quando em cumprimento de ordem ditada por superior hierárquico, não consegue perceber a sua ilegalidade, fica o agente afastado de qualquer punição. Estão afastadas da obediência hierárquica as ordens emanadas por vínculo empregatício ou religioso.
Questão: Um casal de argentinos viajava em uma aeronave da empresa gol e quando estava no espaço aéreo correspondente ao alto mar Judite, desferiu um soco em Diego, causando lhe lesão corporal de natureza leve. (a) Houve um fato típico? 
R:Sim, considera-se fato típico, pois houve a conduta de ação, causando a agressão em Diego, o Nexo Causal foi o soco desferido por Judite, o resultado se caracteriza na agressão, neste caso existe tipicidade, a conduta se adepta ao artigo129, do código penal, presente todos argumentos existe fato típico

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