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Concurso de credores na penhora e a complexidade na adjudicação ou qualquer outro meio de constrição de eventual bem imóvel hora penhorado

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Concurso de credores na penhora e a complexidade na adjudicação ou qualquer outro meio de constrição de eventual bem imóvel hora penhorado.
 	Esse instituto denominado concurso de preferência entre credores, só acontece em caso onde o devedor é solvente, pois se for insolvente instaura-se o concurso universal e este tem seu próprio procedimento. 
	A lei estabelece preferência entre os credores, quando há várias penhoras sobre o mesmo bem ou a penhora de um bem gravado com direito real de garantia. Na execução ocorre um incidente, pelo qual abre uma espécie de disputa entre os credores. Em havendo tal disputa cabe aos credores demostrar seu direito de preferência nos créditos ou a anterioridade da penhora realizada; todo esse procedimento é feito antes da expropriação e da divisão do dinheiro.
O concurso implicará na graduação dos créditos para efetuar o pagamento. Sobre a ordem desses créditos, tomamos as lições de Arakem de Assis: 
Crédito Trabalhista
Crédito Fiscal 
Crédito Real
Crédito dotado de privilégio especial
Crédito dotado de privilégio geral
Crédito quirografário, respeitada a anterioridade da penhora.
Crédito subquirografário
A graduação dos créditos é feito por meio de decisão interlocutória e desafiada por meio de agravo de instrumento.
O juiz da execução fará valer a ordem de preferência dos créditos e a anterioridade das penhoras no momento de entregar a quantia aos credores concorrentes, pois no caso de adjudicação ou alienação, os créditos que recaem sobre o bem, inclusive os de natureza propter rem, sub-rogam-se sobre o respectivo preço. Nesses casos, a ordem de preferência dos créditos e a anterioridade das penhoras serão observadas no momento liberação do dinheiro, fruto da atividade expropriatória.
 
Art. 908. Havendo pluralidade de credores ou exequentes, o dinheiro lhes será distribuído e entregue consoante a ordem das respectivas preferências.
§ 1o No caso de adjudicação ou alienação, os créditos que recaem sobre o bem, inclusive os de natureza propter rem, sub-rogam-se sobre o respectivo preço, observada a ordem de preferência.
§ 2o Não havendo título legal à preferência, o dinheiro será distribuído entre os concorrentes, observando-se a anterioridade de cada penhora.
	O caput trata do concurso de preferência propriamente dito, que é a pluralidade de credores (com garantia real) ou exequente (credores com execuções ajuizadas e penhoras sobre o mesmo bem).
	Já o parágrafo primeiro prevê que havendo adjudicação ou alienação (leilão ou iniciativa privada), os créditos que recaem sobre o bem, inclusive os de natureza propter rem.
	O parágrafo segundo trata da hipótese de que não há créditos com garantia real ou preferenciais. Neste caso todos os credores ostentam créditos da mesma natureza os chamados quirografários, devendo observar, para fins de preferência, a anterioridade de cada penhora.
Art. 909. Os exequentes formularão as suas pretensões, que versarão unicamente sobre o direito de preferência e a anterioridade da penhora, e, apresentadas as razões, o juiz decidirá.
O dispositivo trata do procedimento pelo qual os exequentes devem formular seus pedidos de preferência na realização do crédito executado. O art. 909 do NCPC, repetindo a regra contida no art. 712 do CPC/73, estabelece que as alegações podem versar unicamente sobre o direito de preferência e a anterioridade da penhora, não admitindo discussões a respeito de outros temas. Em atenção ao direito fundamental ao contraditório, antes de decidir, o juiz deve oportunizar que todos os interessados manifestem-se acerca das pretensões deduzidas nos autos. Contra essa decisão caberá agravo de instrumento, nos termos do art. 1015, parágrafo único, do NCPC.
Bibliografia
Primeiros comentários ao novo código de processo civil: artigo por artigo / coordenação Teresa Arruda Alvim Wambier [et al.]. - 1. ed. - São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015
Novo código de processo civil anotado / OAB. – Porto Alegre : OAB RS, 2015.

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