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PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 1 Reações Heterogêneas - Sólido / Fluido MODELOS •Modelo 1: Núcleo Não Reagido: SÓLIDOS DENSOS •Partícula de Tamanho Constante •Camada Limite Gasosa •Camada de Cinza •Reação Química •Partícula em Diminuição de Tamanho •Camada limite Gasosa •Reação Química •Modelo 2: Conversão Progressiva: SÓLIDOS POROSOS PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 2 Reações Heterogêneas Sólido Poroso/ Gás Referências: (1) SOHN, H. Y.; WADSWORTH, M. E. “Rate processes of extractive metallurgy”; cap. 1. (2) ROSENQVST cap.5, p.139. 1974. Tipos de reações Sólido / Fluido (Fig. 12.1 - Levenspiel) Até agora: - reação química ocorrendo numa INTERFACE (superfície) definida. - partícula “densa”. Cinética do Sólido Poroso: MODELO DA CONVERSÃO PROGRESSIVA PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 3 Modelo da Conversão Progressiva Tamanho Constante (Fig. 12.2 - Levenspiel) Sólido Poroso = agregado de partículas envolvidas por uma rede de poros. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 4 Modelo da Conversão Progressiva Grau de Porosidade: - partícula totalmente preenchida pelo gás A, ou, - partícula parcialmente preenchida. A causa é a velocidade relativa entre: -difusão de A para o interior da partícula e a -reação química. Conseqüência: - a partícula inteira reage ao mesmo tempo, ou, - apenas um volume da partícula reage. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 5 Tipos de Reação e Modelo de Conversão Progressiva Como no caso de sólido DENSO, no sólido POROSO, também são possíveis reações: •Sem formação de camada de cinza •Com formação de camada de cinza PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 6 Tipos de Reação no Modelo de Conversão Progressiva •Sem formação de camada de cinza: s/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 7 Tipos de Reação no Modelo de Conversão Progressiva •Com formação de camada de cinza: Região que contém o gás A(g) Produto (camada de cinza) Sólido B reagente c/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 8 Reação sem formação de Camada de Cinza •Etapas controladoras do processo: •Partícula Densa •1. Difusão na Camada Limite Gasosa •2. Reação Química •Partícula Porosa •Cria-se uma variável adicional (poros) que influi fortemente o tempo de conversão total (), ou, a velocidade global, mas não a controla nunca! Portanto, as etapas são as mesmas da partícula densa. •1. Difusão na Camada Limite Gasosa: análogo à partícula densa. •2. Reação Química: existem duas possibilidades: •Reação Lenta •Reação Rápida (1) Exemplos: combustão do coque; dissolução de minérios porosos. s/CC (1) Apesar deste nome, a reação é mais lenta do que a difusão na camada limite gasosa, pois é a etapa que controla a velocidade do processo!! PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 9 Reação Química Lenta • Neste caso o modelo considera que durante todo o processo a partícula está uniformemente preenchida pelo gás A(g). • Toda a partícula reage ao mesmo tempo. Os poros aumentam de tamanho até que ocorre a desintegração e consumo das partículas menores. • Modelo de Petersen: o sólido contém poros cilíndricos e uniformes com intersecções aleatórias. A equação de velocidade para este modelo é: s/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 10 n A o o B c 1G 3G2 r kr Onde: rB = velocidade por unidade de volume de B k = constante de velocidade G/S o = porosidade inicial ro = raio inicial dos poros (do cilindro) G = raiz de: 4/27oG 3 - G +1 = 0 (G é constante) cA = concentração do gás A(g) = r/ro; r = raio do poro para cada instante t Observações: 1) Através de é considerado que o poro aumenta de tamanho. 2) 0 < o <1. Não vale nos limites, pois o = 1 é somente poro (!) não há sólido. s/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 11 Reação Química Rápida • Neste caso o gás A(g) não consegue preencher totalmente a partícula. Isto é, apenas um dado volume da partícula sofre reação em cada instante de tempo. • Consideração: no instante t1 > to este volume (ou massa) de gás A(g) vale QA e esta quantidade de gás no interior da partícula é constante durante o período da reação. s/CC – Nesta condição vale: velocidade de acúmulo de A(g) = velocidade de consumo de A(g) PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 12 Reação Química Rápida velocidade de acúmulo de A(g) = velocidade de consumo de A(g) n A2 A 2 e kc x c D Cuja integração fornece: s/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 13 2/1n A 2/1 evA s c.D.S.k. 1n 2 r Onde: rA = velocidade de consumo de A(g) por unidade de superfície externa k = constante de velocidade De = coeficiente de difusão no sólido poroso cAs = cAg (concentração na superfície externa) Sv = área de superfície / unidade de volume da partícula (inclui os poros) Observação: o tempo de conversão de B poroso é função da reação na superfície externa com a reação na superfície interna dos poros. s/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 14 Reação com formação de Camada de Cinza • No modelo apresentado é assumido que o produto D(s), que forma a camada de cinza, é poroso e não influi na difusão do gás A(g) para o interior onde ainda resta B(s) sem reagir: A(g) + B(s) = C(g) + D(s) c/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 15 Reação com formação de Camada de Cinza Como no caso anterior é necessário observar: 1. Controle pela difusão na camada limite gasosa. 2. Difusão na camada de cinza. 3. Controle pela reação química • Reação Lenta • Reação Rápida c/CC Pelas condições colocadas, 1. e 2. não controlam o processo. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 16 Reação Lenta • A partícula é uniformemente preenchida com A(g) e a reação ocorre em vários pontos simultaneamente. • Está apresentado mais adiante que este caso recaí no modelo de partícula densa: cada grão da partícula considerada torna-se uma partícula num leito fluidizado. c/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 17 Reação Rápida • Como no caso da partícula que não forma camada de cinza, o gás A(g) não consegue preencher totalmente a partícula e o modelo considera que a quantidade de A(g) dentro da partícula é constante durante a reação, ou seja: n A2 A 2 ekc x c D c/CC velocidade de acúmulo de A(g) = velocidade de consumo de A(g) PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 18 Reação Rápida Além desta, são feitas as seguintes considerações: •O sólido B poroso é um agregado de grãos (placas, cilindros ou esferas). •O sólido B poroso é uma esfera, placa ou cilindro. •A difusão de A(g) na camada limite gasosa e na camada de cinza não controlam o processo. •A difusão de A(g) no interior da partícula B é constante. •É uma consideração razoável pois a porosidade inicial é igual à final, a variação de volume entre B e D é pequena e portanto os poros não mudam de tamanho/forma durante a reação. c/CC PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 19 Resulta: d d1. X 1 0 1F F1 0 1F B p gp Onde: = R/Rp = raio de interesse no instante t / raio da partícula Fp = fator de forma da partícula (1, 2, 3; plana, cilindro, esfera) = rc/rg = distância do centro do grão até a interface de reação / raio do grão Fg = fator de forma do grão (1, 2, 3) e são funções da profundidade difundida pelo gás A(g) na partícula e função da distância do centro do grão até a interface da reação Fp e Fg são funções da geometria da partícula e dos grãos da partícula. (I) c/CC OBS.: Neste caso tem-se um Volume da partícula em reação, para cada t: não há equações equivalentes ao caso da partícula densa (Tabela do Levenspiel). PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 20 Reação Lenta • A partícula é uniformemente preenchida com A(g) e a reação ocorre em vários pontos simultaneamente. • Está apresentado agora que este caso recaí no modelo de partícula densa: cada grão da partícula considerada torna- se uma partícula num leito fluidizado. c/CC Voltando ao caso da: OBS.: Neste caso tem-se Toda a Partícula em reação, para cada t: há equações equivalentes ao caso da partícula densa (Tabela do Levenspiel); torna-se um leito fluidizado. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 21 Quando a reação é lenta a difusão de A(g) preenche toda a partícula com o gás A(g). Toda a partícula reage. O controle é pela Reação Química. A integração da equação (I) fornece: 3/1B F/1 B X11 t X11 t g c/CC d d1. X 1 0 1F F1 0 1F B p gp OBS.: Neste caso tem-se Toda a Partícula em reação, para cada t: há equações equivalentes ao caso da partícula densa (Tabela do Levenspiel); torna-se um leito fluidizado. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 22 Ref.: Levenspiel, p.308. Obs: y = fração molar de A no gás; u = constante gF/1BX11 t PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 23 Quando a reação é lenta a difusão de A(g) preenche toda a partícula com o gás A(g). Toda a partícula reage. O controle é pela Reação Química. A integração da equação (I) fornece: 3/1B F/1 B X11 t X11 t g Que é a equação deduzida para o controle pela Reação Química para o caso de partícula Esférica Densa!! É coerente, pois neste caso, cada grão funciona como uma partícula densa. É como se a pelota (partícula) fosse um leito fluidizado onde se encontram os grãos. Note que o tamanho do poro continua o mesmo do início ao fim da reação. c/CC d d1. X 1 0 1F F1 0 1F B p gp PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 24 O outro extremo é o caso já visto de partícula densa: Quando a reação é tão rápida que torna R uma interface, recai-se no caso do sólido denso controlado por Difusão na Camada de cinza. A integral da equação (I) neste caso fornece: B 3/2 B X12X131 t Que é a equação para esfera densa, com controle por difusão na camada de cinza!! Consequentemente nestes dois casos a equação é independente da porosidade o. c/CC d d1. X 1 0 1F F1 0 1F B p gp OBS.: Neste caso tem-se uma Superfície em reação, para cada t: há equações equivalentes ao caso da partícula densa (Tabela do Levenspiel); torna-se Controle por Difusão na Camada de Cinza. PMT 2306 - Físico-Química para Engenharia Metalúrgica e de Materiais II - Neusa Alonso-Falleiros 25 Ref.: Levenspiel, p.308. Obs: y = fração molar de A no gás; u = constante B 3/2 B X12X131 t
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