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Domingos F. O. Azevedo Índices para catálogo sistemático: Análise estrutural: Engenharia __________________ Elementos finitos: Engenharia __________________ Engenharia auxiliada por computador: Engenharia _______________ http://www.domingosdeazevedo.com/ mailto:domingos_prof@yahoo.com.br ANSYS Workbench, Static Structural e Design Modeler são marcas registradas da SAS IP, Inc. Autodesk Inventor é marca registrada da Autodesk. Outras marcas citadas são marcas registradas dos seus respectivos proprietários. Azevedo, Domingos Flávio de Oliveira. 1958 - Análise estrutural com Ansys Workbench: Static Structural / Domingos Flávio de Oliveira Azevedo. Mogi das Cruzes: _____________, 2015. 136p. Bibliografia. ISBN: ___________________ 1. Análise estrutural 2. Elementos finitos 3. Engenharia auxiliada por computador I. Título. CDD - _________________ Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 1: Quantidade de transistores de cada processador Intel® ao longo do tempo. (Fora de escala). ......................................................................................... 12 Figura 2: Comparação entre a Lei de Moore e a real evolução de processadores Intel® ao longo do tempo. (6). ..................................................................... 13 Figura 3: Evolução anual da velocidade de processamento na última década do século XX. ................................................................................................... 14 Figura 4: Similaridade entre um objeto e uma mola carregados axialmente. ........... 18 Figura 5: Similaridade entre as equações que determinam a força de um objeto e uma mola carregada axialmente. ................................................................ 19 Figura 6: Deslocamentos e forças nas extremidades de uma mola. ........................ 19 Figura 7: Dois elementos ou molas em série com rigidez, deslocamentos e forças diferentes. ................................................................................................... 19 Figura 8: Equação matricial do sistema de dois elementos em série. ...................... 20 Figura 9: Objeto unidimensional único com seus nós e grau de liberdade de um destes. ........................................................................................................ 22 Figura 10: Objeto bidimensional único com seus nós e graus de liberdade de um destes. ........................................................................................................ 22 Figura 11: Objeto tridimensional único com seus nós e graus de liberdade de um destes. ........................................................................................................ 22 Figura 12: Elementos de primeira ordem, bidimensionais e tridimensionais respectivamente. ......................................................................................... 23 Figura 13: Elementos de segunda ordem, bidimensionais e tridimensionais, respectivamente. ......................................................................................... 23 Figura 14: Grau polinomial dos elementos. .............................................................. 23 Figura 15: Peça e conjunto de peças discretizadas, respectivamente. .................... 24 Figura 16: Gráfico de Convergência da tensão em função do número de Nós (modificado). ............................................................................................... 25 Figura 17: Dados de fratura biaxial do ferro fundido cinzento, comparados a vários critérios de falha. ......................................................................................... 27 Figura 18: Dados experimentais de tração superpostos a três teorias de falha. ...... 28 Figura 19: Associação do Ansys na interface do Autodesk Inventor. ....................... 33 Figura 20: Janela de boas vindas do Ansys Workbench. ......................................... 35 Figura 21: Inserindo uma análise num novo projeto do Ansys Workbench. ............. 36 Figura 22: Interface do Ansys Workbench (Gerenciador)......................................... 37 Figura 23: Caixa de Ferramentas do Ansys Workbench (Gerenciador). .................. 38 Figura 24: Definições de pré-processamento e pós-processamento no Ansys. ....... 40 Domingos F. O. Azevedo Figura 25: Objeto geométrico definido com as condições de contorno á esquerda e discretizada á direita. .................................................................................. 41 Figura 26: Visualização de resultados de tensão e de deslocamento em uma peça. .................................................................................................................... 41 Figura 27: Importando uma geometria para a análise. ............................................. 42 Figura 28: Localizando o arquivo da geometria. ....................................................... 42 Figura 29: Iniciando a interface de análise. .............................................................. 43 Figura 30: Interface para a análise estrutural. .......................................................... 43 Figura 31: Atribuição das condições de contorno. .................................................... 45 Figura 32: Acessando a biblioteca de materiais. ...................................................... 46 Figura 33: Interface da biblioteca de materiais (Engineering Data). ......................... 47 Figura 34: Área de materiais do tipo selecionado (Engineering Data). .................... 47 Figura 35: Área de propriedades do material (Engineering Data). ........................... 48 Figura 36: Seleção do material e retorno ao projeto. ............................................... 48 Figura 37: Atribuição do material na interface de simulação. ................................... 49 Figura 38: Interface do ambiente do Static Structural - Mechanical. ........................ 50 Figura 39: Barras de menus e de ferramentas. ........................................................ 51 Figura 40: Barra de ferramentas padrão detalhada. ................................................. 51 Figura 41: Barra de seleção de grupos detalhada. ................................................... 53 Figura 42: Barra de cálculo para conversão de unidades detalhada. ....................... 53 Figura 43: Barra de ferramentas gráficas, detalhada. .............................................. 53 Figura 44: Atualização da Barra de contexto. ........................................................... 55 Figura 45: Painel da árvore detalhada...................................................................... 56 Figura 46: Painel de detalhes. .................................................................................. 58 Figura 47: Abas do Static Structural. ........................................................................ 60 Figura 48: Mechanical Application Wizard com as etapas de Simulação. ................ 61 Figura 49: Barra de status mostrando valores das entidades selecionadas............. 62 Figura 50: Detalhes da malha e geração.................................................................. 64 Figura 51: Geração da malha com relevância padrão (0). ....................................... 65 Figura 52: Geração da malha com relevância -100 e +100. ..................................... 65 Figura 53: Configuração de Dimensionamento (Sizing). .......................................... 65 Figura 54: Configuração de Curvatura 60° (Curvature). ........................................... 66 Figura 55: Configuração de Curvatura 20° (Curvature). ...........................................67 Figura 56: Configuração de Proximidade 2 (Num Cells Across Gap). ...................... 67 Figura 57: Configuração de Proximidade 5 (Num Cells Across Gap). ...................... 68 Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 58: Configurações Avançadas de Malha (Advanced). ................................... 69 Figura 59: Defeaturing (Descaracterização) configuração e resultado. .................... 69 Figura 60: Tipos de elementos para objetos sólidos. ............................................... 72 Figura 61: Opções para configuração de Method (Método). .................................... 73 Figura 62: Hex Dominant Method (Método com Dominância de Hexaedros). .......... 73 Figura 63: Tetrahedrons Method (Método com Tetraedros). .................................... 74 Figura 64: Patch Independent (Caminho Independente). ......................................... 74 Figura 65: Sweep Method (Método com Varredura)................................................. 75 Figura 66: Multizone Method (Método multi - zonas). .............................................. 75 Figura 67: Sizing – Element Size (Tamanho do elemento) configuração e resultado. .................................................................................................................... 76 Figura 68: Sizing – Sphere of Influence (Esfera de influência) configuração e resultado. .................................................................................................... 76 Figura 69: Contact Sizing – Relevance (Relevância) resultado. ............................... 77 Figura 70: Refinament (Refinamento) configuração e resultado. ............................. 78 Figura 71: Mapped Face Meshing – (Discretização mapeada de face).................... 78 Figura 72: Mapped Face Meshing – (Discretização mapeada de face) com pontos. .................................................................................................................... 79 Figura 73: Mapped Face Meshing – (Discretização mapeada de face) configuração. .................................................................................................................... 79 Figura 74: Pinch (Arrancar) geometria e configuração. ............................................ 80 Figura 75: Pinch (Arrancar) resultado....................................................................... 80 Figura 76: Inflation (Inflação) configuração e resultado. ........................................... 81 Figura 77: Inflation (Inflação) configuração e resultado - 2....................................... 82 Figura 78: “Mesh Metric” (Metrica da Malha) configuração e gráfico. ...................... 87 Figura 79: Gráfico de tipos, quantidade e qualidade de elementos. ......................... 88 Figura 80: Verificação de quantidade e valor de avaliação no gráfico. .................... 88 Figura 81: Elementos do tipo posicionados na peça. ............................................... 89 Figura 82: Controles do gráfico de métrica da malha. .............................................. 89 Figura 83: Aspect Ratio Calculation for Triangles (relação de aspecto para triângulos). Comparação de elementos. ..................................................... 90 Figura 84: Aspect Ratio Calculation for Quadrilaterals (relação de aspecto para quadriláteros). Comparação de elementos. ................................................ 90 Figura 85: Jacobian Ratio (Razão Jacobiana) comparação de elementos............... 91 Figura 86: Warping Factor (fator de distorção) comparação de elementos. ............. 91 Figura 87: Parallel Deviation (desvio paralelo) comparação de elementos. ............. 92 Domingos F. O. Azevedo Figura 88: Maximum Corner Angle (máximo ângulo do canto) comparação de elementos. .................................................................................................. 92 Figura 89: Skewness (assimetria) comparação de elementos. ................................ 93 Figura 90: Orthogonal Quality (qualidade ortogonal) método de avaliação. ............. 93 Figura 91: a) Objeto com uma carga aplicada em uma das faces (Force); b) Detalhes da carga aplicada e gráfico de aplicação desta carga. ................ 96 Figura 92: Configuração e edição de etapas em Analysis Settings. ......................... 97 Figura 93: Configuração e edição de sub-etapas em Analysis Settings e gráfico com etapas e sub-etapas. .................................................................................. 98 Figura 94: Configuração e edição de sub-etapas e tempos em Analysis Settings e gráfico com legenda e rótulos das cargas................................................... 98 Figura 95: Criação de uma expressão. ..................................................................... 99 Figura 96: Configuração da magnitude da carga em função do tempo. ................. 100 Figura 97: Opções de seleção para força. .............................................................. 102 Figura 98: Exemplo de força aplicada num objeto. ................................................. 102 Figura 99: Exemplo de pressão aplicada num objeto. ............................................ 103 Figura 100: Exemplo de pressão hidrostática aplicada num objeto. ....................... 103 Figura 101: Exemplo de Carga de rolamento aplicada em objetos. ....................... 104 Figura 102: Exemplos de Pré-Carga de parafuso aplicada em objetos. ................. 104 Figura 103: Exemplo com a superfície da divisão de Pré-Carga de parafuso. ....... 105 Figura 104: Momento e as possibilidades de carga em faces (vermelho), direção (seta branca) e região afetada (cinza). ..................................................... 105 Figura 105: Regra da mão direita para direção do momento. ................................ 106 Figura 106: Objeto com uma face fixada (Fixed Support). ..................................... 108 Figura 107: Objeto com uma face plana sem atrito (Frictionless Support). ............ 109 Figura 108: Objeto com uma face cilíndrica sem atrito (Frictionless Support). ....... 109 Figura 109: Objeto particionado para análise de apenas um quarto do total.......... 110 Figura 110: Objeto com uma face plana apoiada apenas compressão. ................. 110 Figura 111: Objeto com uma face cilíndrica apoiada apenas a compressão (Compression Only Support). .................................................................... 111 Figura 112: Objeto com uma face (furo) apoiada apenas a compressão com deformação. .............................................................................................. 111 Figura 113: Graus de liberdade do objeto com apoio cilíndrico em um furo (Cylindrical Support). ................................................................................ 112 Figura 114: Tipos de seleção possíveis para deslocamento (Displacement). ........ 113 Figura 115: Tipos de seleção possíveis para deslocamento zero (Displacement). 113 Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 116: Configuração de rotação para deslocamento remoto (Remote Displacement). .......................................................................................... 114 Figura 117: Opções para configuração de comportamento de deslocamento remoto (Remote Displacement). ........................................................................... 115 Figura 118: Iniciando uma análise no Ansys Workbench. (Repetida). ................... 119 Figura 119: Interface para a análise estrutural. (Repetida). ................................... 120 Figura 120: Na árvore aparecem as soluções escolhidas. ..................................... 120 Figura 121: Definições necessárias do tipo de carregamento................................ 121 Figura 122: Verificação das etapas realizadas no Mechanical Application Wizard. .................................................................................................................. 122 Figura 123: Resultados de malha e tensões apresentadas na janela gráfica. ....... 123 Figura 124: Resultados de tensão de cisalhamento e deslocamento apresentados na janela gráfica. ....................................................................................... 123 Figura 125: Resultados de fator e margem de segurança apresentados na janela gráfica. ...................................................................................................... 123 Figura 126: Conjunto de pistão e biela de motor a combustão. ............................. 124 Figura 127: Lista de regiões de contatos entre as peças do conjunto pistão e biela. .................................................................................................................. 124 Figura 128: Relação de peças do conjunto mostrada na árvore. ........................... 125 Figura 129: Condições de contorno aplicadas e apresentadas na janela gráfica. .. 126 Figura 130: Discretização do conjunto. .................................................................. 127 Figura 131: Processo de análise sendo executado pelo programa. ....................... 127 Figura 132: Resultado de tensão von Mises do conjunto apresentado na janela gráfica. ...................................................................................................... 128 Figura 133: Resultado de tensão von Mises do conjunto sem a visibilidade do pistão. ....................................................................................................... 128 Figura 134: Resultado de tensão von Mises visualizado com Iso Surfaces. .......... 129 Figura 135: Resultado de tensão de máximo cisalhamento do conjunto................ 129 Figura 136: Resultado de deformação do conjunto. ............................................... 130 Figura 137: Resultado de fator de segurança do conjunto. .................................... 130 Figura 138: Aba do relatório para definições de cabeçalho e outros detalhes. ...... 131 Domingos F. O. Azevedo INTRODUÇÃO ............................................................................................... 10 Breve Histórico ........................................................................................ 10 Evolução de hardware ............................................................................. 11 A ANÁLISE ESTRUTURAL ........................................................................... 17 O método de elementos finitos ................................................................ 18 ETAPAS DO MÉTODO ............................................................................... 21 Pré-processamento...............................................................................................................21 A geometria e a Malha dos componentes ............................................... 21 Preparação da geometria ........................................................................ 26 Os Materiais dos componentes ............................................................... 26 Coeficientes de segurança e normas de projeto (9) ................................ 28 ANÁLISE NO ANSYS WORKBENCH ........................................................... 32 Programas associativos ........................................................................................................32 Programas Não-Associativos: ...............................................................................................33 Exportação de Geometrias ....................................................................................................34 INICIANDO O ANSYS WORKBENCH ........................................................... 35 INTERFACE DO ANSYS WORKBENCH .................................................... 37 ATRIBUIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO: ............................... 44 COMO ALTERAR O MATERIAL DAS PEÇAS ........................................ 45 INTERFACE DO AMBIENTE DE ANÁLISE .............................................................. 50 Detalhamento das Regiões da Interface .................................................. 51 O painel da árvore utiliza as seguintes convenções: ..............................................................56 Símbolos de Status.................................................................................. 57 ETAPAS DA ANÁLISE COM ANSYS WORKBENCH ................................................. 63 PRÉ-PROCESSAMENTO NO ANSYS WORKBENCH ............................................... 64 Malha (Mesh) ........................................................................................... 64 Qualidade da Malha ..............................................................................................................85 Qualidade dos Elementos (10) ..............................................................................................86 CONDIÇÕES DE CONTORNO ................................................................... 94 O que são as condições de contorno? .................................................... 94 Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Considerações iniciais sobre as condições de contorno ......................... 95 Atribuição das condições de contorno ..................................................... 95 CARREGAMENTOS ................................................................................ 96 Modos de cargas estruturais .................................................................................................96 Tipos de cargas estruturais ................................................................... 101 Força (Force) ...................................................................................................................... 101 Força remota (Remote Force) ............................................................................................. 102 Pressão (Pressure) ............................................................................................................. 102 Pressão hidrostática (Hydrostatic Pressure)......................................................................... 103 Carga de rolamento (Bearing Load) ..................................................................................... 103 Pré-carga de parafuso (Bolt Pretension) .............................................................................. 104 Momento (Moment)............................................................................................................. 105 Restrições .............................................................................................. 107 Apoio Fixo .......................................................................................................................... 108 Apoio sem atrito .................................................................................................................. 108 Apoio apenas à compressão ............................................................................................... 110 Apoio Cilíndrico .................................................................................................................. 112 Deslocamento (Displacement) ............................................................................................. 113 Deslocamento remoto (Remote Displacement) .................................................................... 114 Tipos de cargas inerciais de corpos e suas características ...................116 CONTATOS NO ANSYS WORKBENCH: ............................................................. 117 Tipos de contato .................................................................................... 117 Bonded - Ligado .................................................................................... 117 No separation - Sem separação ............................................................ 118 Frictionless - Sem atrito ......................................................................... 118 Rough - Áspero...................................................................................... 118 Frictional – Com atrito ............................................................................ 118 Exemplo 1 – Analise de uma peça: ....................................................... 119 EXEMPLO 2 – ANALISE DE UM CONJUNTO DE PEÇAS: ...................................... 124 VALIDAÇÃO DOS RESULTADOS....................................................................... 132 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................ 135 Domingos F. O. Azevedo INTRODUÇÃO O programa Ansys Workbench é um dos vários programas de análises pelo método de elementos finitos existentes no mundo. Outros programas, por exemplo, são: Abaqus, Comsol, MSC Software, Visual Nastran, Adina, Lisa, etc. O Ansys Workbench se enquadra na categoria de programas de Engenharia Auxiliada por Computadores (CAE), Computer Aided Engineering e tem a finalidade de auxiliar o engenheiro nas decisões de algumas das etapas do desenvolvimento de projeto, em particular para o dimensionamento e a validação de projetos. De maneira geral os programas de CAE permitem: A redução do custo e tempo necessário no processo de desenvolvimento do projeto, pois é acelerado pela rapidez de análise. A melhoria coerente da peça ou conjunto antes da sua fabricação reduzindo os custos associados ao material, á manufatura e final. A redução da probabilidade de falha dos componentes, pois uma eventual falha pode ser percebida antes de sua execução. O programa Ansys Workbench mostra os resultados graficamente na tela permitindo identificação visual da geometria e resultados facilitando a interpretação do que está ocorrendo na peça ou conjunto. Breve Histórico Segundo Robert D. Cook (1989 e 1994), citando outros autores, menciona que a partir de 1906, pesquisadores sugeriram uma “rede análoga” para análise de tensão. O contínuo foi substituído pelo padrão regular de barras elásticas. As propriedades das barras foram escolhidas de modo que causasse deslocamentos das juntas para aproximar os deslocamentos do contínuo. O método tentou aproveitar os bem conhecidos métodos de análise estrutural. R. Courant parece ter sido o primeiro a propor o método de elementos finitos, como o conhecemos hoje. Em uma palestra matemática de 1941 e publicada em um artigo de 1943, o matemático Courant usou o princípio da energia potencial estacionária e descreveu uma solução de interpolação polinomial por partes sobre sub-regiões triangulares para estudar o problema de torção de Saint-Venant. O seu trabalho não foi notado pelos engenheiros e o procedimento era impraticável no momento, devido à falta de Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 computadores digitais. Na década de 1950, o trabalho na indústria aeronáutica, introduziu o método de elementos finitos (MEF) para a prática dos engenheiros, quando em 1953 na Boeing Airplane Company havia um grande problema para resolver com 100 graus de liberdade. Um artigo clássico descreveu o trabalho com o MEF que foi solicitado por uma necessidade de analisar asas tipo delta, que eram muito curtas para ser confiáveis e utilizar a teoria das barras. Tradução do autor. (1), (2) O nome "elemento finito" foi cunhado em 1960 por Ray W. Clough, professor da University of California. Por volta de 1963 a validade matemática do MEF foi reconhecida e o método foi expandido a partir de seu início na análise estrutural, para incluir a transferência de calor, o fluxo de águas subterrâneas, campos magnéticos, e outras áreas. O computador de propósito geral para uso dos softwares de MEF começou a aparecer no final da década de 1960 e início de 1970. Exemplos de softwares incluem o ANSYS, ASKA, e NASTRAN. Ao final da década de 1980 os softwares estavam disponíveis em microcomputadores, completos com gráficos coloridos, pré e pós-processadores. Em meados da década de 1990 cerca de 40 mil artigos e livros sobre o método e suas aplicações haviam sido publicados. Tradução do autor. (1), (2). Evolução de hardware O aumento significativo da utilização destes tipos de programas na execução de análises se deve principalmente á crescente velocidade de processamento dos computadores nas ultimas décadas e á facilidade de acesso aos computadores pela redução de seu custo. Segundo Budynas, entre os principais avanços na tecnologia computacional tivemos a rápida expansão dos recursos de hardware dos computadores, eficientes e precisas rotinas para resolução de matrizes, bem como computação gráfica, para facilitar a visualização dos estágios de pré-processamento da construção do modelo, até mesmo na geração automática de malha adaptativa e nos estágios de pós-processamento de revisão dos resultados obtidos. (3) Domingos F. O. Azevedo Nos gráficos a seguir mostram-se a evolução dos processadores pelo aumento da quantidade de transistores contidos em cada um, ao longo do tempo. Figura 1: Quantidade de transistores de cada processador Intel ® ao longo do tempo. (Fora de escala). Sabe-se que a quantidade de transistores, entre outros fatores, influencia na rapidez de processamento do computador e desta maneira aumenta sua capacidade de resolução de cálculos mais rapidamente. Em meados de 1965, o presidente da Intel, Gordon E. Moore fez sua citação numa edição da revista Electronics Magazine, na qual a quantidade de transistores nos chips aumentaria em 60%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses na década seguinte. Essa profecia acabou ganhando o nome de Lei de Moore. (4) (5) A previsão de Moore se mostrou muito próxima da realidade dentro da década seguinte, mas conforme mostra o gráfico a seguir, ao longo das décadas posteriores a quantidade de transistores dobrou apenas cada 24 meses. ±1 Bilhão de transistores I3, i5 e i7 - 2008 731 milhões de transistores Haswell DEZ/2013 Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 2: Comparação entre a Lei de Moore e a real evolução de processadores Intel® ao longo do tempo. (6). Um dos principais problemas que impediu manter o ritmo de crescimento sempre foi o calor gerado pelo processador, pois com a redução de tamanho dos transistores e estreitamento das trilhas, exige necessidade da dissipação deste calor. Este problema também foi levantado por Moore na mesma entrevista para Electronics Magazine. Outros possíveis problemas que fez reduzir o crescimento para 24 meses, provavelmente, foi a necessidade de crescentes adaptações do sistema de produção dos processadores, o desenvolvimento de novas arquiteturas e o de pesquisas em materiais adequados a produção de trilhas muito estreitas. Com a nova geração de processadores Intel ® Haswell são utilizadas trilhas de até 22nm de espessura. Os preços de cada processador teve ao longo do tempo uma grande redução junto com os demais componentes de computadores, devido a melhoriasno processo produtivo, aumento na produção e na demanda, mas o custo de desenvolvimento tem aumentado significativamente, limitando o crescimento no futuro próximo. N ú m e ro d e t ra n s is to re s e m u m c ir c u it o i n te g ra d o Número de transistores dobrando a cada 18 meses Número de transistores dobrando a cada 24 meses Domingos F. O. Azevedo (3) Figura 3: Evolução anual da velocidade de processamento na última década do século XX. No método de elementos finitos, toda estrutura é subdividida em partes denominadas elementos que são interligados por nós. A posição de cada um dos nós de um elemento e os graus de liberdade que este terá para movimentação é extremamente relevante para os cálculos realizados pelo software e quanto mais nós existirem, maior será a quantidade de cálculos a serem realizados. E a quantidade de nós depende diretamente da complexidade da estrutura e pode ser de apenas algumas dezenas até algumas dezenas de milhares de nós ou mais. Portanto, quanto mais complexa a estrutura, maior a quantidade de dados a serem processada pelo computador e mais demorada é a obtenção de resultados. A utilização do método de elementos finitos se faz através de softwares que exigem muito do hardware do computador, seja em processamento de dados, seja em armazenamento de informações, quanto em processamento de imagens. Esta dependência que os softwares de MEF (Método de Elementos Finitos) têm da configuração física dos computadores e do alto custo dos computadores retardou sua utilização mais intensa para segunda metade do século XX. Ao longo da segunda metade do século XX os computadores se desenvolveram bastante e seus preços reduziram, possibilitando que a utilização do método se tornasse viável com a fundação de empresas especializadas que desenvolveram softwares de MEF. Em 1963, a empresa MSC (MacNeal – Schelender Company) é fundada e utilizando o software SADSAM (análise estrutural por simulação digital de métodos analógicos), que foi desenvolvido especificamente para a indústria aeroespacial e F re q u ê n c ia d e p ro c e s s a m e n to (M H z ) Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 em 1965, a MSC foi envolvida fortemente com a NASA (National Aeronautics and Space Administration) desenvolvendo o software NASTRAN. A MSC é a desenvolvedora do software Adams de simulação estática e dinâmica. Em 1970, é fundada a ANSYS (Analysis Systems Incorporated) para desenvolvimento de softwares para uso de MEF em análise estrutural, sendo uma das maiores empresas do ramo. Fundada em 1975, a Computers and Structures, Inc. (CSI) desenvolveu diversos softwares para análises estruturais, inclusive o SAP2000 software muito utilizado na engenharia civil. Em 1978, a HKS Inc. desenvolve o programa Abaqus para análise estrutural e em 2005 é adquirida pela Dassault Systemes, empresa desenvolvedora dos softwares de desenho Catia para aeronáutica e Solid Works para desenhos em geral. Atualmente grande quantidade de empresas desenvolvem softwares que utilizam o método. A análise por elementos finitos que, originalmente foi desenvolvida para sólidos, atualmente é utilizada também na mecânica dos fluídos, transferência de calor, magnetismo, acústica, etc. Existem softwares especializados em um tipo especifico de tarefa ou análise, e softwares multi-físicos que permitem combinar análises de tipos diferentes, por exemplo, análise de tensões e de transferência de calor ou análise magnética e de transferência de calor, entre diversos outros tipos de combinações. As principais vantagens do método dos elementos finitos sobre o cálculo pelo método analítico são as seguintes: Componentes com geometria complexa podem ser analisados, independente de sua complexidade, diferente do que ocorre com o cálculo analítico que é limitado a resolução apenas de geometrias simples. Componentes de diferentes formas e tamanhos podem ser associados formando uma geometria complexa e serem analisados considerando-se também o comportamento pelo contato entre os componentes. Possibilidade de análise de componentes sobrepostos que possuam propriedades físicas diferentes. Domingos F. O. Azevedo Diminuição dos custos associados aos protótipos O método pode ser todo formulado matricialmente, facilitando sua implementação computacional. Na maioria dos casos com o auxílio dos softwares de CAE os resultados são obtidos rapidamente e com boa aproximação do método analítico. Podem-se criar vários modelos de análise cada um destes com uma condição em especial, permitindo assim uma verificação mais ampla das condições de funcionamento de um componente ou conjunto de componentes. Facilidade na montagem de vários cenários possíveis. Permite a simulação de modelos onde a utilização de protótipos não é adequada. Ex.: implantes cirúrgicos. Podem-se aprimorar as formas geométricas de componentes e assim reduzir quantidade de material e peso, reduzindo assim, o custo final de um conjunto sem detrimento do desempenho. Em casos mais críticos, quando um componente é submetido á cargas cíclicas que podem causar sua fadiga, pode-se prever a vida útil pela quantidade de ciclos calculada pelo software. Facilidade de integração com ferramentas de CADD (associatividade, interoperabilidade e parametrização) e consequentemente melhoria do desenho. Os novos softwares são multi-físicos e permitem realizar análises acopladas onde um mesmo modelo é submetido a diversas condições em que estará quando em uso, por exemplo: estrutural, térmicas, acústicas, dinâmica de fluídos, etc. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 A ANÁLISE ESTRUTURAL A análise estrutural é provavelmente a mais comum das aplicações do método de elementos finitos. O termo estrutural (ou estrutura) implica não só estruturas de engenharia civil como pontes e prédios, mas também naval, aeronáutica, estruturas mecânicas, cascos de navios, corpos de aeronaves, casas de máquinas, bem como componentes mecânicos como pistões, peças de máquinas e ferramentas. Tradução do autor, (7). Existem vários tipos de análises estruturais, entre estes os mais comuns são: análise estática, modal, harmônica, dinâmica transiente, etc. O presente trabalho se restringirá á aplicação do MEF em análise estrutural estática. A análise estrutural estática calcula os efeitos de condições de carregamento estático na estrutura, ignorando efeitos de inércia e amortecimento, tais como aquelas causadas por cargas que variam em função do tempo. A análise estática pode, entretanto, incluir cargas de inércia estática, como a aceleração gravitacional ou a velocidade rotacional. A análise estática pode ser usada para determinar os deslocamentos, tensões, deformações específicas e forças nas estruturas ou componentes causadas por cargas que não induzem significantes efeitos de inércia ou amortecimento. Assume-se que os carregamentos estáticos e respostas são aplicados lentamente em relação ao tempo. Os tipos de carregamentos que podem ser aplicados em análise estática incluem: Forças e pressões aplicadas externamente; Forças inerciais estáticas (como gravidade ou velocidade rotacional); Imposição de deslocamentos diferentes de zero; A análise estática pode ser linear ou não linear. Todos os tipos de não linearidades são permitidos, por exemplo, grandes deformações, plasticidade, tensão de rigidez, elementos hiper-elásticos eassim por diante. Além dos carregamentos estáticos, ou seja, que não variam com o tempo, pode-se aplicar cargas estáticas que são repetitivamente retiradas totalmente ou parcialmente e criam ciclos de tensões ao longo do tempo de maneira pulsante, variada ou alternada. Sabe-se que tais variações cíclicas de tensões causam fadiga Domingos F. O. Azevedo nos materiais e falhas catastróficas, mesmo quando as tensões são bem menores que os limites para condições puramente estáticas. O método de elementos finitos Os programas de análises se utilizam das informações existentes nos arquivos dos desenhos feitos em programas de auxilio ao desenho com o computador (CAD) para definir os domínios da geometria, entre outras coisas, mas principalmente, simular a utilização peças ou conjuntos nas condições de utilização. Alguns programas como o Ansys também permitem que o desenho seja feito no próprio programa. Esta geometria da peça, que é originalmente contínua, é subdividida pelo programa de análise, em pequenos elementos, em uma quantidade finita, mantendo estes elementos interligados por nós, formando aquilo que denominamos malha, este processo chama-se Discretização. E é desta divisão da geometria em elementos que surgiu o termo “análise pelo método de elementos finitos”, pois é diferente do método analítico que utiliza infinitas partes. Na análise estrutural com MEF (Método de Elementos Finitos) cada um dos elementos é interpretado como uma mola que possui rigidez e tamanho predeterminado. Vide figura a seguir. Figura 4: Similaridade entre um objeto e uma mola carregados axialmente. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Portanto: 𝐹 = ( 𝐸. 𝐴 𝑙 ) . ∆𝑙 é 𝑠𝑖𝑚𝑖𝑙𝑎𝑟 𝑎 𝐹 = 𝑘. 𝑥 Figura 5: Similaridade entre as equações que determinam a força de um objeto e uma mola carregada axialmente. Cada um dos elementos é analisado como se fosse uma mola e contribui para a formação das matrizes nos termos de carregamento, deslocamento e rigidez. Sendo que a rigidez depende das propriedades do material e geometria da peça. Vide figura abaixo. Figura 6: Deslocamentos e forças nas extremidades de uma mola. O conjunto dos elementos através dos nós comuns a eles formam a matriz global, com dois elementos, os nós de cada elemento e um grau de liberdade. Vide figura a seguir. Figura 7: Dois elementos ou molas em série com rigidez, deslocamentos e forças diferentes. Domingos F. O. Azevedo As condições de contorno globais (carga e apoios) são aplicadas aos nós. Figura 8: Equação matricial do sistema de dois elementos em série. Após discretizar a geometria, o programa poderá então, durante a análise montar a equação matricial com os vetores e matriz de rigidez para calcular o deslocamento de cada um dos nós e as tensões naqueles pontos. Quando um nó de elemento tiver mais de um grau de liberdade torna-se necessário o cálculo para cada grau de liberdade. Vide o trabalho “Cálculo de matrizes para elementos finitos”. A discretização pode ser feita pelo Ansys Workbench ou por outros softwares específicos para isto, como por exemplo, o Hipermesh ou Patran. A forma dos elementos dependerá da geometria e das configurações estabelecidas pelo usuário no software. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 ETAPAS DO MÉTODO A análise pelo método de elementos finitos se divide em três etapas distintas são elas: o pré-processamento, processamento (ou análise propriamente) e pós- processamento. No pré-processamento se deve definir: a geometria, tipo de análise, malha, propriedades dos materiais e condições de contorno. No processamento (ou análise) se deve definir (configurar) o tipo de análise desejada (utilizando equações lineares ou não lineares, e outras configurações) para obter os deslocamentos nodais. No pós-processamento se podem obter os resultados tais como, tensões, fluxo de calor, convergência, fatores de segurança, etc. Pré-processamento Denomina-se pré-processamento todas as definições estabelecidas antes da simulação que determinam o que será analisado e em que condição será feita a análise. Na análise estrutural com MEF, o pré-processamento inclui a definição da geometria das peças, os materiais, a malha e as condições de contorno (principais e naturais). A geometria e a Malha dos componentes Dependendo software utilizado para análise pode-se ter objetos unidimensionais, bidimensionais ou tridimensionais. Na grande maioria dos softwares mais recentes trabalham-se objetos de superfície que são bidimensionais ou sólidos, que são objetos tridimensionais. Aos objetos unidimensionais se permite um grau de liberdade e bidimensionais se permitem três graus de liberdade de movimentação para cada nó de cada elemento, enquanto que objetos tridimensionais até seis graus. Elemento é a menor parte da geometria que dividida compõe a malha e nó é aquele que une cada elemento e pode também, eventualmente estar sobre este. Domingos F. O. Azevedo Figura 9: Objeto unidimensional único com seus nós e grau de liberdade de um destes. Figura 10: Objeto bidimensional único com seus nós e graus de liberdade de um destes. Figura 11: Objeto tridimensional único com seus nós e graus de liberdade de um destes. A formação da malha se denomina discretização e na análise estrutural compreende a subdivisão dos objetos sejam peças ou conjuntos de peças em pequenas partes denominados elementos e dos respectivos nós interligando-os. Após a discretização tornam-se conhecidas as quantidades e tipos de elementos e nós. A discretização com a definição de forma, tamanho, posição e quantidade de elementos pode ser determinada pelo usuário do software, executada por um software específico para esta função ou pelo próprio software que realizará a análise. Os nós estarão sempre localizados nas extremidades das arestas e eventualmente sobre as arestas ou faces do elemento, dependendo do seu grau polinomial. Objeto bidimensional N N N Elemento NN Objeto unidimensional N N N N NN Elemento Objeto tridimensional Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 12: Elementos de primeira ordem, bidimensionais e tridimensionais respectivamente. Elemento que possua apenas nós em suas extremidades, delimitando o próprio elemento, é de primeira ordem. Vide exemplos na figura anterior. Figura 13: Elementos de segunda ordem, bidimensionais e tridimensionais, respectivamente. Elemento que possua um nó em cada uma de suas arestas é de segunda ordem. O grau polinomial é determinado pela quantidade de nós do elemento, conforme mostrado na figura a seguir. Figura 14: Grau polinomial dos elementos. Os nós de cada elemento se conectarão aos nós do elemento adjacente ou delimitarão o próprio objeto. Objetos que possuam formas curvas complexas serão mais bem representados com elementos de ordem superior. Triângulo de Pascal Grau Polinomial, p Número de Termos, n Elemento triangular (Número de nós = Número de termos) Domingos F. O. Azevedo As formas e tamanhos de cada elemento podem ser iguais ou diferentes, dependendo da geometria do modelo. As formas mais comuns de elementos são barras para unidimensionais, triangular e quadrilateral para bidimensionais e para os elementos tridimensionais as formas; piramidal, tetraédrica e hexaédrica.Figura 15: Peça e conjunto de peças discretizadas, respectivamente. Na figura anterior pode-se ver à esquerda a malha em uma peça formada por 605 elementos e 1 337 nós, e à direita na figura pode-se ver a malha em um conjunto de peças formada por 10 094 elementos e 17 529 nós. Em ambos os casos os elementos são tetraédricos. Os cálculos estruturais podem ser feitos por métodos numéricos, como é o caso do método dos elementos finitos ou por métodos analíticos. Sabe-se que com o método analítico se obtém resultados exatos de tensão ou deformação, por exemplo, mas é inviável quando se tem geometrias complexas, interação de materiais diferentes, etc., pois o seu cálculo é demais complexo e demorado quando é possível executá-lo. Os cálculos feitos com o método dos elementos finitos serão realizados pelo software para cada nó do modelo, portanto, quanto maior a quantidade de nós, maior a quantidade de cálculos a serem feitos, ou seja, maior quantidade de processamentos a serem feitos pelo computador e consequentemente, maior tempo para que software apresente os resultados da análise. Então, é razoável pensar que quanto menor a quantidade de nós no modelo melhor, pois o tempo de espera do usuário para que se tenham os resultados será menor. Entretanto, quando há grande quantidade de nós a aproximação entre resultados apresentados dos valores obtidos pelo método analítico será maior. Vide figura a seguir. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Gráfico de Convergência 0 50 100 150 200 250 300 350 0 10 00 20 00 30 00 40 00 50 00 60 00 70 00 80 00 90 00 10 00 0 11 00 0 12 00 0 13 00 0 14 00 0 15 00 0 Número de Nós Te ns ão (M Pa ) MEF Exata Linear (Exata) Figura 16: Gráfico de Convergência da tensão em função do número de Nós (modificado). Fonte: Alves, 2003 (8). Tendo-se em conta ambos os aspectos deve-se ponderar sobre as características especificas de cada modelo, antes de decidir qual a melhor estratégia de simulação a ser adotada. Modelos com elementos maiores diminuem a quantidade total de nós e também diminuem a exatidão, se nas regiões críticas do modelo, onde se tem valores extremos de tensão, houver pouca quantidade de nós. Os resultados obtidos com MEF podem se aproximar bastante do resultado analítico e exato. Mas o próprio resultado analítico, assim como, com o MEF pode não ser igual ao que pode ocorrer na realidade, pois pode haver diferenças nas propriedades do material, geometria e carregamentos. Por exemplo, as propriedades do material podem não ser exatamente aquelas que a peça possui. Os materiais, em geral, não são homogêneos como se supõe nos cálculos analíticos ou com o MEF e, portanto, suas propriedades variam internamente. Isto ocorre porque os processos de fabricação alteram estas propriedades, principalmente processos, tais como: fundição, forjamento, estampagem, tratamentos térmicos, jateamento, etc. Podem melhorar, piorar ou simplesmente, variar as propriedades previstas. A geometria real pode apresentar imperfeições devidas também a processos de fabricação, que podem afetar a distribuição de tensão internamente na peça ou Domingos F. O. Azevedo em sua superfície. Processos de usinagem podem, eventualmente, deixar erros de forma ou marcas que geram concentração de tensões, processos de revestimento podem diminuir a resistência á fadiga da peça, os processos de fundição, forjamento e laminação, entre outros, podem produzir superfícies relativamente diferentes daquelas previstas no projeto. A verdadeira intensidade, orientação e posição de um carregamento pode ser diferente daquelas aplicadas na análise ou ter variações ao longo do tempo que não foram previstas no projeto e resultar em diferenças entre o que realmente ocorre e o comportamento obtido na simulação. Preparação da geometria Uma maneira de reduzir a quantidade de nós da malha e consequentemente o tempo necessário de processamento é a preparação do modelo para análise. A esta preparação do modelo que incluem o seu exame crítico do componente ou conjunto. Em um modelo de peça, avaliam - se as características da peça, a seguir é possível remover toda característica de pouca influência na análise, se estiver posicionada distante dos locais de tensão extrema, e assim reduzir o tempo de processamento na análise, sem que os resultados sejam comprometidos. O mesmo se aplica em modelos de conjunto de peças montadas para análise, avaliam - se os tipos de componentes e o local onde estarão colocados. Se os componentes estiverem posicionados distantes dos locais de tensão extrema, provavelmente eles podem ser suprimidos da análise, sem que os resultados sejam afetados significativamente. Os Materiais dos componentes As propriedades do material definem as características estruturais de cada componente para uma simulação. E cada simulação pode ter um conjunto diferente de materiais para qualquer componente. Atualmente, os softwares oferecem uma grande quantidade de opções de materiais em suas bibliotecas, além de permitir que sejam acrescentados novos materiais ou alterem suas propriedades. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 As propriedades mais importantes na análise estrutural são o módulo de Young (módulo de elasticidade), o coeficiente de Poisson e os limites elásticos e de resistência do material. A definição dos materiais das peças é importante para a análise porque cada material e tipo de material terão suas propriedades mecânicas características. As características geométricas de cada componente e sua função mecânica no conjunto á que pertence geralmente, determinam as propriedades mecânicas necessárias e consequentemente, o tipo de material, os processos de fabricação e os tratamentos térmicos necessários para obtê-lo. Para todos os casos a maioria dos softwares pressupõe que nenhuma das propriedades varia com a temperatura, com tempo ou com o volume do componente. Materiais frágeis como o concreto, vidro, ferro fundido, por exemplo, necessitarão de soluções adequadas a este tipo de material. Que considere a o fato de que em sua maioria estes materiais possuem caractaristicas não uniformes e, portanto, deve-se utilizar a teoria de máximo cisalhamento, Coulomb-Mohr ou de Mohr modificada, para obter resultados que assegurem o desempenho dos componentes sem falha quando submetidos a tensões e mantendo o menor volume possível de material e outros aspectos econômicos. Vide figuras a seguir. Figura 17: Dados de fratura biaxial do ferro fundido cinzento, comparados a vários critérios de falha. Fonte: Dowling, N. E. (1993) apud Norton, 2006 (9). Domingos F. O. Azevedo Materiais do tipo dúctil terão comportamento uniforme, ou seja, o limite de escoamento tanto na tração, quanto na compressão será igual. Desta maneira, quando submetidos a tensões, as soluções mais adequadas serão aquelas que utilizem a teoria da Energia de Distorção de von Mises e de máximo cisalhamento. Vide figura a seguir. Figura 18: Dados experimentais de tração superpostos a três teorias de falha. Fonte: Dowling, N. E. (1993) apud Norton, 2006 (9). Coeficientes de segurança e normas de projeto (9) Segundo Norton (2004), é sempre necessário calcular um ou mais coeficientes de segurança para estimar a probabilidade de falha. Pode haver normas de projetos, de legislatura ou aceitos de forma geral, que também devem ser adotados. Adotam-se os coeficientes ou fatores de segurança por vários motivos, entre eles, têm-se diferenças entre as propriedadesdos materiais previstos em projeto e aqueles realmente utilizados, diferenças entre as condições ambientais em que os materiais foram testados e aqueles em que serão utilizados e modelos geométricos, de forças e tensões das análises e aqueles realmente utilizados com possíveis erros Elipse de energia de distorção Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 de forma, rugosidade e variações devidos aos processos de fabricação, que também podem afetar as propriedades dos materiais. Outras causas imprevistas de uso da peça ou anormalidades podem ocorrer e levar a peça a falhar em cumprir sua função, por exemplo, possíveis sobrecargas devido ao mau uso ou variações de temperatura, ventos e outras provocadas pela natureza além do previsto no projeto. Com estas diversas diferenças entre o que se prevê no projeto e aquilo que efetivamente estará ocorrendo no uso da peça, aumentam as possibilidades de falha. E como meio de prevenção á falha, adotam-se os coeficientes (ou fatores) de segurança. Os coeficientes (ou fatores) de segurança são a razão entre a tensão limite do material e a tensão atuante, ou razão entre o esforço crítico e o esforço aplicado, ou entre o esforço para quebra da peça e o esforço aplicado, etc. Um coeficiente (ou fator) de segurança é sempre adimensional. Os coeficientes (ou fatores) de segurança representam uma medida razoável da incerteza no projeto. Equipamentos, máquinas e estruturas que se ao falharem possam causar grandes perdas materiais ou colocar em risco a integridade de pessoas, geralmente, recebem coeficientes (ou fatores) de segurança mais elevados. A Tabela 1 mostra um conjunto de fatores para materiais dúcteis que podem ser escolhidos em cada uma das três categorias listadas com base no conhecimento ou julgamento do projetista sobre a qualidade das informações utilizadas. O coeficiente de segurança é tomado deve ser o maior dos três fatores escolhidos. 𝑁𝑑ú𝑐𝑡𝑖𝑙 = 𝑀𝐴𝑋 (𝐹1; 𝐹2; 𝐹3) Materiais frágeis são projetados pelo limite de ruptura, de modo que a falha significa ruptura. Os materiais dúcteis sob carregamento estático são projetados pelo limite de escoamento, e espera-se que deêm algum sinal visível de falha antes da ruptura, a menos que trincas indiquem a possibilidade de uma ruptura pela mecânica da fratura. Por essas razões, o coeficiente de segurança para materiais frágeis é geralmente duas vezes o coeficiente que seria usado para materiais dúcteis (9) 𝑁𝑓𝑟á𝑔𝑖𝑙 = 2 . 𝑀𝐴𝑋 (𝐹1; 𝐹2; 𝐹3) Domingos F. O. Azevedo Tabela 1: Fatores para determinar um coeficiente de segurança. (9) Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 De posse do coeficiente (fator) de segurança pode-se calcular a tensão admissível. O valor adotado de coeficiente ou fator de segurança Ndúctil ou frágil torna- se o fator de segurança do projeto, fs. Após realizada a análise no software comparam-se os fatores de segurança da análise e do projeto, se o fator da análise for maior que o fator do projeto significa que as tensões na peça serão menores que as tensões admissíveis e portanto, o projeto estará aprovado quanto a este aspecto analisado. Entretanto, se o fator da análise for menor que o do projeto, deve ser reprovado. Na reprovação do projeto deve realizar uma análise crítica das variáveis que influenciam nos resultados, tais como, materiais, geometria, apoios, carregamentos, processos de fabricação, etc. Para escolher as alterações necessárias que levem á aprovação do projeto adequadamente. 𝜎𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 𝜎𝑒 𝑓𝑠𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 tensões normais de materiais dúcteis 𝜏𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 0,5 . 𝜎𝑒 𝑓𝑠𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 tensões cisalhantes de materiais dúcteis 𝜎𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 = 𝜎𝑟𝑢𝑝𝑡𝑢𝑟𝑎(𝜎𝑡 ;𝜎𝑐) 𝑓𝑠𝑝𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑎 tensões de materiais frágeis Domingos F. O. Azevedo ANÁLISE NO ANSYS WORKBENCH Para se utilizar das ferramentas para análise existentes no ambiente Static Structural do Ansys é imprescindível que se tenha um arquivo de desenho de computador pronto, que pode ser feito no próprio Ansys ou feito em qualquer um dos programas que o Ansys consiga obter informações do arquivo. Programas associativos Os programas podem ser associativos ou não associativos com o Ansys. Os programas associativos, ou seja, aqueles em que é possível conexão bidirecional, necessitam estar instalados previamente no mesmo computador que o Ansys. Para que os programas de CADD associativos ofereçam os recursos desejados estes requerem que um plug-in para o programa de desenho seja instalado com o Ansys. As interfaces de geometria associativa permitem que você faça alterações paramétricas em um sistema CAD ou conduzir essas mudanças de dentro ANSYS Workbench e quando a geometria atribuída no escopo é atualizada, ela persistirá se a topologia está presente no modelo atualizado. O Gerenciador de Seleções Nomeadas, disponíveis na maioria dos sistemas integrados CAD, fornece um meio para criar seleções personalizadas dentro dos sistemas CAD para uso em modelagem, discretização, e análise. CATIA V5 Associative Geometry Interface (*.CATPart, *.CATProduct); Creo Elements/Direct Modeling (*.pkg, *.bdl, *.ses, *.sda, *.sdp, *.sdac, *.sdpc); Creo Parametric (formerly Pro/ENGINEER) Associative Geometry Interface (*.prt, *.asm); Autodesk Inventor Associative Geometry Interface (*.ipt, *.iam); NX Associative Geometry Interface (*.prt); Solid Edge (*.par, *.asm, *.psm, *.pwd); SolidWorks Associative Geometry Interface (*.sldprt, *.sldasm) e Design Modeler (ANSYS) (*.agdb). A vantagem de utilização de programas associativos é que os programas se comunicam entre si podendo trocar informações para sua atualização, ou seja, além de entender as mudanças de geometria da peça, o Ansys também pode importar Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 outras informações, tais como material, por exemplo, ou enviar informações para a melhoria da peça alterando forma, material, etc. Em programas de desenhos associativos pode-se trabalhar com Ansys simultaneamente ou até iniciar o Ansys Workbench através do programa de desenho. Vide exemplo na figura a seguir. Figura 19: Associação do Ansys na interface do Autodesk Inventor. Programas Não-Associativos: O Ansys poderá “ler” diversos outros arquivos de desenho, mas com limitações. Estes arquivos são de programas não associativos e não necessitam estar instalados no computador. ACIS (*.sat, *.sab); Autodesk Inventor Reader (*.ipt, *.iam); ANSYS BladeGen (.bgd); CATIA V4 Reader (*.model, *.exp, *.session, *.dlv); CATIA V5 Reader (*.CATPart, *.CATProduct); CATIA V6 Reader (*.3dxml); Creo Parametric (formerly Pro/ENGINEER) Reader (*.prt, *.asm); GAMBIT (*.dbs); IGES (*.igs, *.iges); Domingos F. O. Azevedo JT Reader (*.jt); Monte Carlo N-Particle (*.mcnp); NX Reader (*.prt); Parasolid (*.x_t, *.xmt_txt, *.x_b, *.xmt_bin); SolidWorks Reader (*.sldprt, *.sldasm); STEP (*.stp, *.step)Parasolid (14.1); ACIS (*.sat, *.sab); Autodesk Inventor Reader (*.ipt, *.iam) e IGES r 4.0, 5.2, 5.3. A grande maioria de programas de desenho não associativos requer que se especifique a unidade de comprimento utilizada no desenho. Desenhos feitos no próprio Ansys através do Design Modeler, ou seja, naturais do Ansys possuem a vantagem de serem mais bem compreendidos no momento da análise e facilmente alterados, embora desenhos complexos sejam mais difíceis de serem desenhados no Design Modeler, que em softwares especializados em desenho, pois oprocesso é mais burocrático. O Design Modeler também pode ser utilizado para simplificar a geometria ou converter o arquivo nativo em arquivo do Design Modeler (*.agdb). Outra funcionalidade que eventualmente pode ser interessante Design Modeler é a possibilidade de criar geometrias simples rapidamente sem necessidade de qualquer outro programa CADD. Alguns arquivos de programas, Não associativos, não podem ser utilizados diretamente no Ansys para análises, necessitando serem abertos e salvos como arquivos do Design Modeler (*.agdb). Exportação de Geometrias Com o Design Modeler é possível exportar arquivos para os seguintes tipos: Design Modeler (*.agdb); IGES (*.igs, *.iges); ANSYS MAPDL (*.anf); Monte Carlo N-Particle (*.mcnp); Parasolid (*.x_t, *.xmt_txt, *.x_b, *.xmt_bin) e STEP (*.stp, *.step). Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 INICIANDO O ANSYS WORKBENCH Nas versões recentes são mais de 20 possibilidades de simulação, enquanto que nas versões mais antigas como a V8 existiam apenas análise térmica e estrutural estática. Ao iniciar o Ansys Workbench abre-se a interface do projeto e uma janela orientando como iniciar um novo projeto nesta versão ou acessar os tutoriais, vide figura a seguir. Figura 20: Janela de boas vindas do Ansys Workbench. O texto da janela diz o seguinte: 1. Selecione o sistema de análise desejado a partir da Toolbox (á esquerda), arraste-o para o Project Schematic (á direita) e solte dentro do retângulo que aparecerá destacado. 2. Com o botão direito do mouse na célula de geometria para criar uma nova geometria ou importação geometria existente. 3. Continue a trabalhar através do sistema a partir de cima para baixo. Com o botão direito do mouse e selecione Editar em uma célula para iniciar a aplicação adequada e definir os detalhes para análise da peça. Quando você completar cada tarefa, uma marca de seleção verde é exibida na célula, o que indica que você pode avançar para a próxima célula. Domingos F. O. Azevedo O ANSYS Workbench transfere automaticamente os dados entre as células. Quando você selecionar Salvar (a partir da janela do ANSYS Workbench ou em um aplicativo), todo o projeto é salvo. Você pode conectar os sistemas para criar projetos mais complexos. Para mais informações, consulte Trabalhando em ANSYS Workbench. Nota: Para iniciar um tipo de análise pode-se dar duplo clique sobre aquele selecionado em vez de arrastá-lo para o retângulo. Exemplo com análise estrutural (Static Structural): Seleciona-se Static Structural e arrasta-se para o retângulo ou dá-se duplo clique sobre Static Structural. Figura 21: Inserindo uma análise num novo projeto do Ansys Workbench. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 INTERFACE DO ANSYS WORKBENCH O Ansys Workbench possui uma interface de gerenciamento que permite organizar as análises de um determinado projeto. Iniciar uma análise e criar análises acopladas ou não. A interface inicial do Ansys Workbench na versão V15 está conforme mostrado na figura a seguir. Figura 22: Interface do Ansys Workbench (Gerenciador). A partir desta interface podem-se definir as análises de um determinado projeto arrastando-se os sistemas de análises desejados do Toolbox para a área do projeto (Project Schematic) acoplando-as ou não. Na figura anterior, tem-se o acoplamento de duas análises estáticas (Static Structural) as linhas interligando as duas tabelas indicam o acoplamento, mas poderiam ser acopladas de tipos diferentes. Área do projeto Área de mensagens Área de Ferramentas Área dos menus Domingos F. O. Azevedo Estão disponíveis análises de tipos diferentes prontas para os casos mais comuns na Toolbox em Analysis Systems, tais como, Explicit Dynamics (Dinâmica explícita), Fluid Flow (Fluxo de fluidos), Modal, Static Structural (Estrutural estática), Steady-State Thermal (Estado de equilíbrio térmico) e muitas outras. Vide figura a seguir. Figura 23: Caixa de Ferramentas do Ansys Workbench (Gerenciador). Sistemas de Análises – são sistemas de análises prontas para os casos mais comuns Sistemas Personalizados – são sistemas que podem ser configurados da maneira que o analista preferir Componentes de Sistemas – são partes de sistemas que podem ser usados separadamente Exploração de Projeto – são ferramentas para melhoria do projeto e compreender as respostas paramétricas Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Do Toolbox pode-se também utilizar componentes isolados a partir de Component Systems para um caso em especial, a partir de Custom Systems pode- se criar sistemas personalizados para a automatização de análises frequentemente necessárias ou a partir de Design Exploration realizar a melhoria de projetos e compreender como as alterações de parâmetros podem afetar um projeto. Quando um novo projeto é iniciado com uma análise a partir do Toolbox ele aparecerá conforme mostrado na Figura 21. A análise escolhida aparecerá como uma tabela com células das principais etapas daquela análise, conforme mostrado na figura anterior. Cada uma das células tem seu nome de identificação, por exemplo, Geometry, que se refere ao arquivo desenho ou Setup, que se refere á preparação. E também um símbolo que mostra o estado daquela etapa, se concluída, necessitando atualização, etc. Vide Tabela 2. Tabela 2: Tipos de estados das células e significado Símbolo Significado Atualizado. Revisão requerida. Dados importantes foram alterados. Atualização requerida. Dados locais foram alterados. Etapa á cumprir. Dados locais não existem. Atenção requerida. Resolvendo Atualização Falhou Atualização interrompida. Alterações pendentes. (Foi atualizado, mas dados importantes foram alterados). Após acessar o ambiente de análise do Static Structural do Ansys podem-se iniciar as definições necessárias para a simulação da peça ou conjunto de peças, outra opção para iniciar o Ansys automaticamente com os programas associativos citados é através do próprio programa de desenho e ir direto para o ambiente de análise. Domingos F. O. Azevedo Na figura abaixo, são mostradas no painel da árvore (Outline) as definições relativas á análise do projeto da peça anterior, note-se que o processamento não é visível em Outline, pois esta etapa é um procedimento interno do software no cálculo das soluções requisitadas pelo usuário. Figura 24: Definições de pré-processamento e pós-processamento no Ansys. Nas figuras a seguir, se tem á esquerda as condições de contorno de uma peça com apoios e carga aplicada nos furos e a direita a mesma peça com a malha discretizada automaticamente pelo programa ANSYS. Pré-Processamento (Pós-processamento) Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 25: Objeto geométrico definido com as condições de contorno á esquerda e discretizada á direita. Nas figuras abaixo, se tem um exemplo de resultados da análise estrutural, onde á esquerda é mostrada a peça colorida, representando a variação de tensão nesta, tendo ao lado na legenda, uma barra colorida mostrando a correspondência entre as cores e a variação de tensão na peça. Á direita é mostrada a mesma peça e a deformação sofrida em decorrência das condições de contorno e da elasticidade do material da peça. Figura 26: Visualização de resultados de tensão e de deslocamento em uma peça. Após deve-se selecionar ou desenhar a geometria(peça ou conjunto), neste exemplo será utilizado uma geometria pronta (peça). Para isto, clica-se Domingos F. O. Azevedo como botão direito do mouse sobre geometria e seleciona-se “Import Geometry” > Browse... Vide figura a seguir. Figura 27: Importando uma geometria para a análise. Localiza-se o arquivo da peça ou conjunto a ser utilizado na simulação e clica-se em abrir, conforme mostrado na figura a seguir. Figura 28: Localizando o arquivo da geometria. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 O ambiente de simulação pode ser iniciado clicando-se sobre “Model, Setup, Solution ou Results” com o botão direito do mouse na opção “Edit”. Vide figura a seguir. Figura 29: Iniciando a interface de análise. O ambiente de simulação estrutural é iniciado e a peça ou conjunto é mostrado na janela gráfica. Vide figura a seguir. Figura 30: Interface para a análise estrutural. Domingos F. O. Azevedo Como se podem perceber na figura anterior, várias novas ferramentas estão disponíveis nesta versão. Resume-se a seguir algumas informações importantes para melhor compreensão desta interface. As definições das condições de contorno (cargas, restrições, etc.) são realizadas a partir de “Static Structural (A5)’ em “Outline” a partir das ferramentas da barra de contexto e da área de detalhes. Também em “Static Structural (A5)” foi acrescentado “Analysis Settings” que permite ao usuário configurar a análise a partir da área de detalhes. As definições de soluções devem ser inseridas a partir de “Solution (A6)” em “Outline” uma á uma a partir das opções da barra de contexto. Também em “Solution (A6)” foi acrescentado “Solution Information” que resume as informações relacionadas as soluções, tais como, utilização de hardware, configurações que foram utilizadas para a solução. Ao iniciar o ambiente é atribuído automaticamente Aço Estrutural (Structural Steel) como material da peça(s) e se for necessário alterar, deve-se acrescentar o material a partir da janela do projeto (janela inicial que continuará aberta) em “Engineering Data” > “Edit”. Mais detalhes sobre este procedimento estão descritos adiante. ATRIBUIÇÃO DAS CONDIÇÕES DE CONTORNO: A atribuição das condições de contorno (Inerciais, Cargas, Restrições, etc.) se faz a partir dos menus da barra de contexto. Ao aplicar as condições o programa mostra na peça o local de aplicação e atribui um rótulo alfabético. Ao selecionar Static Structural serão mostradas todas as condições existentes na peça e aparecerá uma legenda alfabética com a identificação de cada uma. Vide figura a seguir. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 31: Atribuição das condições de contorno. COMO ALTERAR O MATERIAL DAS PEÇAS Ao iniciar o ambiente é atribuído automaticamente Aço Estrutural (Structural Steel) como material da peça(s) e se for necessário alterar, deve- se acrescentar o material a partir da janela do projeto (janela inicial que continuará aberta) em “Engineering Data” > “Edit” com o botão direito. Ao realizar este procedimento aparecem as várias janelas como mostradas na figura a seguir. Domingos F. O. Azevedo Figura 32: Acessando a biblioteca de materiais. Clicando com o botão direito sobre o campo mostrado na figura anterior aparece a opção “Engineering Data Sources” (Fonte de Dados de Engenharia) que é a biblioteca de materiais disponíveis no programa nesta versão. Nota: Podem-se acrescentar novos materiais também á esta biblioteca, conhecendo-se as propriedades destes. A janela de projeto estará dividida em várias áreas, cada uma delas tem uma função ou informação, são elas: Barra de Menus (Menu bar), Barra de Ferramentas (ToolBar), Caixa de Ferramentas (ToolBox), Painel de Fonte de Dados de Engenharia (Engineering Data Sources), Painel de Destaques (Outline Pane), Painel de Propriedades (Properties Pane), Painel Tabela da propriedade (Table Pane) e Painel Gráfico da propriedade (Chart Pane). Vide figura a seguir. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Figura 33: Interface da biblioteca de materiais (Engineering Data). Ao selecionar no Painel de Fonte de Dados de Engenharia (Engineering Data Sources) o tipo de material segundo suas características, por exemplo, Material de uso geral (General Materials), no Painel de propriedades serão listados os materiais do tipo. Vide figura a seguir. Figura 34: Área de materiais do tipo selecionado (Engineering Data). Lista de Tipos de materiais conforme características Lista de materiais do tipo selecionado Tabela da propriedade Propriedades do material selecionado Gráfico da Propriedade Caixa de Ferramentas Barra de menus Barra de Ferramentas Domingos F. O. Azevedo Ao selecionar um material as propriedades deste serão mostradas logo abaixo. Vide figura a seguir. Figura 35: Área de propriedades do material (Engineering Data). Após selecionar o material clicando na coluna B ou C do material. Vide figura a seguir. Deverá aparecer uma imagem de livro nesta coluna. E depois se clica em “Return to Project” versão 14 ou fechar Engineering Data Sources ou Engineering Data (versão 15). Figura 36: Seleção do material e retorno ao projeto. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Na janela da análise irá aparecer o novo material á ser atribuído á peça. Vide figura a seguir. É necessário clicar no nome da peça ver os detalhes da peça abaixo e para atribuir o novo material. Figura 37: Atribuição do material na interface de simulação. Domingos F. O. Azevedo Simulation Wizard Painel de Detalhes da Árvore Painel da Árvore Menus e Barras de Ferramentas Janela Gráfica Abas de Opções do Documento Barra de Status Interface do ambiente de análise Na interface do ambiente do Static Structural existem regiões distintas, conforme mostrado na figura a seguir, nessas regiões se tem opções diferentes para executar procedimentos específicos. Os Menus e Barras de Ferramentas oferecem acesso a recursos de configuração do programa, visualização do modelo, seleção de entidades gráficas, seleção de peças por nome e atualização do modelo. Figura 38: Interface do ambiente do Static Structural - Mechanical. No Painel da Árvore (Outline) são mostrados todos os modelos de simulação existentes e nestes modelos as suas peças, também são mostradas suas definições de pré e pós processamento, ou seja, malha, materiais, áreas de contato entre as peças, condições de contorno e soluções desejadas. No Painel de Detalhes da Árvore são mostrados todos os detalhes do item selecionado no Painel da Árvore, possibilitando alteração ou definição daquele item. Na Janela Gráfica, podem ser mostradas: a geometria, as condições de contorno, os resultados da simulação, além de prévias de impressão e relatório da simulação. Análise Estrutural com ANSYS Workbench V15 Na janela Mechanical Application Wizard se tem opções de orientação para montagem da simulação. Esta janela pode ou não ser mostrada conforme especificação do usuário. Nas Abas do Documento se pode alternar a janela gráfica entre geometria, prévias de impressão e relatório da simulação. Na Barra de Status são mostradas as configurações de unidade de medidas, além de mostrar as medidas de uma determinada entidade quando selecionada, por exemplo, comprimento, área, volume. Detalhamento das Regiões da Interface Menus e Barras de Ferramentas Na região superior de interface do Static Structural detalhadamente
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