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Ambientes de Sedimentação Marinhos Sistema deposicional marinho profundo – Leques submarinos – Outros depósitos de mar profundo • Abaixo da quebra do talude • Tipos de sedimentos: – Terrígenos (alóctones) ->correntes de densidade – Biogênicos (autóctones) ->microorganismos calcários e silicosos • Talude continental • Sopé continental • Planície abissal Talude continental • Lâmina d’água até 1,5 - 4 km • Estreito (10-100 km largura) • Inclinação média 4° • Principais feições: canyons e vales • Característica principal: instabilidade Deslizamentos, escorregamentos, deformação de sedimentos inconsolidados, depósitos de fluxos gravitacionais Canyons • Condutos submarinos de longa duração formados por processos erosivos • Gradientes íngremes e profundos, com perfis em forma de V • Rotas de transporte de sedimentos para águas profundas -> transpõem plataforma externa e talude superior • Origem dos canyons: – Incisão fluvial durante rebaixamento do NM – Solapamento de talude e retro-erosão – Correntes de turbidez Escorregamentos e deslizamentos • Fontes principais de geração de fluxos gravitacionais de sedimentos • Caracterizadas no registro geológico por sedimentos arenosos e pelíticos, composto por fácies caóticas, dobradas ou rompidas Sopé continental • Sopé continental e bacias oceânicas profundas = 80% do fundo do mar • Construído por porções terminais dos leques no assoalho • Ausente em zonas de subducção (trincheira) Tipos de Fluxos • Fluxos hidrodinâmico à fluido movido pela gravidade e carrega sedimentos (e.g. rio ou corrente oceânica) • Fluxos gravitacionais de sedimentos -> sedimento movido declive abaixo pela gravidade carrega o fluido junto – Subaéreo – Subaquoso • Para fluxo gravitacional de sedimentos permanecer em movimento, partículas precisam permanecer em suspensão • Mecanismos de suporte: – Coesão da matriz argilosa – Colisão de grãos – Movime nto ascendente da água intersticial – Turbulência Processos em águas profundas • Correntes de fundo • Fluxos gravitacionais de massa -> ainda guardam resquícios da organização interna do depósito original (protólito) • Fluxos gravitacionais de sedimentos Correntes de fundo • Correntes não originadas por fluxo gravitacional de sedimentos • Mecanismos geradores: ondas, marés, correntes geostróficas, correntes termohalinas, transmissão de energia de vórtices, ressurgência, mergulho de águas frias etc. Fluxos gravitacionais de massa • Processos de ressedimentação associados a fluxos gravitacionais de sedimentos • Deslizamento (slide) • Escorregamento (slump) Fluxos gravitacionais de massa (preserva \ Fluxos gravitacionais desedimentos características depósito original) \ • Depósitos de deslizamentos (slides) – Blocos sedimentares se movem em contato com os sedimentos subjacentes – Sem deformação interna aos blocos • Depósitos de escorregamento (slumps) – Material transportado pouco consolidado – Dobramento e rompimento de camadas – Deformação interna Fluxos gravitacionais de sedimentos • Fluxos de detritos • Fluxo de grãos • Fluxo fluidizado • Correntes de turbidez Fluxos de detritos • Alta viscosidade, alta densidade (ricos em sedimentos), matriz lamosa • Depósitos mal selecionados, geralmente maciços, com matriz lamosa ou arenolamosa sustentando clastos maiores • Papel da matriz (~ 2-3%): – Sustentação dos grãos – Lubrificação Fluxo de grãos • Sustentação por colisão de grãos (energia dispersiva);deposição por congelamento friccional = atrito > fluxo de grãos (↓ inclinação) • Depósitos de arenitos e conglomerados limpos, maciços ou com gradação inversa • Gradação inversa: – Pressão dispersiva – Filtragem cinética (“peneiramento”) Fluxos fluidizados/liquefeitos • Grãos mantidos em suspensão por pressão de fluido no poro e seu movimento ascendente • Depósitos tipicamente maciços, com feições de escape de fluidos (estruturas em prato, convolução, chaminés, vulcões de areia) Correntes de turbidez • São fluxos bipartidos que consistem de um fluxo basal de alta densidade coberto por um fluxo turbulento de baixa densidade (Mutti et al., 1999) • Dois tipos básicos: – Correntes de turbidez de alta densidade -> alta concentração de sedimentos de todos os tamanhos de grão; suportados pela flutuabilidade dos clastos, escape de fluidos, pressão dispersiva – Correntes de turbidez de baixa densidade -> fluxos diluídos com granulometria argila até AF-AM; suportados pela turbulência • Frequentemente iniciam com alta densidade (cascalhosa à arenosa) e evoluem mergulho abaixo para baixa densidade -> Desaceleração da corrente Fácies turbidíticas F1: Conglomerado suportado pela matriz lamosa F2: Conglomerado suportado pela matriz areno-lamosa F3: Conglomerado suportado pelos clastos F4: AMG, seixoso, com laminação pp e gradação inversa (carpete de tração) F5: AG, mal selecionado, maciço ou estrutura de escape de fluidos F6: AG-AM com laminação pp ou cruzada acanalada F7: CT milimétricos, com lâminas de AG e AM-AF Foto: Loope F8: Arenitos maciços (Ta de Bouma) F9: Sequência de Bouma incompleta (Tb-Te) – Leques submarinos SVF Leque submarino(Progradante) Mas lembre-se que... • Estruturas e fácies encontradas em leques submarinos também presentes depósitos aluviais • Distinção com base em estruturas sedimentares (e.g. feições de exposição subaérea) e facies características (e.g. fósseis marinhos) e/ou reconstrução da fisiografia do leque Depósitos pelágicos • Argila pelágica à 2/3 siliciclástica; deposição por suspensão e autigênese de argilominerais • Vasas à 2/3 restos biogênicos plantônicos (“chuva” pelágica) – Calcárias à grêdas – Silicosas à radiolaritos e/ou diatomitos • Nódulos à autigênicos; taxa de sedimentação muito baixas Vasas calcárias • Em águas profundas, acumulação de organismos plantônicos (foraminíferos, cocolitos, calcisferas, pterópodes) -> grêdas (chalks) Vasas silicosas • Em águas profundas, acumulação de organismos plantônicos (diatomáceas e radiolários) à radiolaritos e/ou diatomitos • Abaixo da CCD Oceano Atlântico: ~ 4.000 m Oceano Pacífico: ~ 500 – 1.500 m Nódulos • Em águas profundas, baixa taxa de sedimentação • Acumulação de nódulos de sulfetos maciços, fosfatos, polimetálicos (Fe, Mn, Cu, Co, Ni) Taxas de sedimentação e erosão • Taxa de erosão média da Terra: 2,5 cm / 1.000 anos (1.000 anos = 1 ka) • Taxas de sedimentação: – Deltas (muito alta) = 6.000-45.000 cm/ka – Planície abissal (muito baixa) = 2 cm/ka – Represa Billings (SP) = 1 cm/ano (1.000 cm/ka)
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