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Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
Formação Interna Serviço de Imuno-hemoterapia – 29/05/2012
Margarete Cardoso
2
Objectivos
① Caracterização da AHRN
② Testes laboratoriais a realizar a grávidas e recém-nascidos: significado, 
importância e procedimentos adicionais a adoptar na presença de 
determinados resultados
③ O papel da imunoglobulina anti-D
④ Critérios gerais na transfusão a RN
⑤ Casos práticos.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
3
Definição
Distúrbio alo-imune em que os glóbulos vermelhos do feto ou do recém-nascido
apresentam uma redução do tempo de vida devido à ligação de anticorpos
maternos e consequente hemólise.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
4
Etiopatogenia
Feto: Rh+ Mãe: Rh-
O ag D de origem paterna está presente nos glóbulos vermelhos do feto e
ausente nos glóbulos vermelhos maternos.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
5
Etiopatogenia
A imunização ocorre quando os gv do feto entram na circulação materna.
O sistema imunitário da mãe considera-os estranhos e em consequência produz
o ac correspondente.
Os gv do feto ficam revestidos com um alo-ac IgG de origem materna.
Estes ac´s não são prejudiciais às células maternas mas…
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
6
Etiopatogenia
... atravessam a placenta e atingem a circulação fetal ligando-se aos ag´s fetais
com consequente destruição das hemácias do feto, principalmente ao nível do
baço.
Estes gv revestidos com alo-ac´s IgG sofrem destruição acelerada antes e depois
do nascimento.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
7
Etiopatogenia
 Reacção entre o ac materno e o ag presente nos gv do feto.
 Aloimunização materna
 A criança deve possuir o ag correspondente ao ac materno
 O ac deve ter a capacidade de atravessar a placenta e estar em concentração
suficiente para gerar a destruição eritrocitária.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
Etiopatogenia
8
Metabolismo da Bilirrubina
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
9
Classificação da AHRN
① AHRN – AB0
 RN tem grupo AB0 diferente da mãe
 Causa mais frequente (cerca de 2/3 das incompatibilidades feto-maternas)
 Provocada por ac´s do tipo IgG anti-A ou anti-B em mulheres do grupo 0 e com
RN do grupo A ou do grupo B.
② AHRN – RhD
② AHRN causada por outras especificidades de ac.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
10
Comparação entre AHRN por Incompatibilidade AB0 e RhD
11
Avaliação Imunohematológica durante a Gravidez
12
Avaliação Imunohematológica durante a Gravidez
13
Diagnóstico de Aloimunização
14
Titulação
 O 1º título pré-natal constitui uma estimativa da concentração de ac materno 
servindo como controlo para as próximas titulações.
 Títulos subsequentes estimam a gravidade potencial da AH in utero. Rápida 
elevação do título do ac pode indicar que o feto está afectado.
 Quando é identificado mais que 1 ac, a titulação deve ser feita em separado.
 Pode conduzir a procedimentos diagnósticos adicionais.
 A evolução de um título tem mais valor prognóstico do que o título em si. Avaliar 
em conjunto com os resultados ecográficos e a história clínica.
 Depende do significado clínico do ac.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
15
Títulos Críticos para o Ac anti-D
 Títulos de 16 ou 32 em meio AGH.
 A partir de um título igual a 8:
- titulação mensal até às 28 semanas; 
- titulação de 2 em semanas após as 28 semanas.
 Títulos de ac anti-D inferiores a 128 raramente se acompanham de doença grave.
 A história obstétrica da grávida e o título distinguem o ac anti-D resultante da
administração da Ig anti-D do ac anti-D resultante da aloimunização.
 Regra geral, títulos de ac anti-D ≤ a 4 estão associados à Ig anti-D.
 Regra geral, um título de ac anti-D > a 4 está associado a imunização.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
16
Títulos de Ac que não anti-D
 Para outros ac´s que não o anti-D não estão bem definidos os valores críticos a 
partir dos quais se é necessário realizar outros procedimentos.
 Para o ac anti-K estabeleceu-se um título crítico igual a 8.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
17
Imunoglobulina anti-D
 Eficaz apenas na prevenção da AHRN por RhD.
Critérios para a Administração da Ig anti-D 
 Rh- com Dfraco Negativo.
 Nas variantes com agD só se justifica em caso de ser Dparcial.
 Sem imunização ao ag D.
 Rh- com ac´s que não o anti-D.
 Efectuar em todas as gestações e após cada parto de RN Rh+.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
18
Imunoglobulina anti-D
Cenário em mulheres Não Tratadas com a Ig anti-D
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
19
Imunoglobulina anti-D
Cenário em mulheres Não Tratadas com a Ig anti-D
 Em mães não tratadas, os eritrócitos do feto são considerados estranhos pelo
sistema imunológico materno. 
 Os gv do feto são imunogénicos e sensibilizam a mãe a produzir ac anti-D.
 A AHRN ocorre numa próxima gravidez cujo feto seja Rh+ pela passagem do ac 
materno através da placenta.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
20
Imunoglobulina anti-D
Cenário em mulheres Tratadas com a Ig anti-D
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
21
Imunoglobulina anti-D
Cenário em mulheres Tratadas com a Ig anti-D
 Em mães tratadas com Ig anti-D, a sensibilização e consequente imunização pelo
ag D é evitada.
 A Ig anti-D fixa-se aos antigénios D presentes nos gv do feto.
 Estes eritrócitos revestidos de ac´s são retirados da circulação materna de modo
a que os eritrócitos do feto não estimulem o sistema imunitário da mãe a produzir
o ac anti-D.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
22
Avaliação Imunohematológica ao RN
23
Grupo AB0 e RhD
 Os ag´s A e B não estão completamente desenvolvidos nos RN.
 Só se efectua a prova globular.
 O RN não apresenta as suas isoaglutininas naturais, razão pela qual a prova séria 
não pode ser usada para confirmar o grupo AB0.
 Os ac´s do sistema AB0 presentes no soro do cordão são de origem materna e da 
classe IgG.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
24
Fenótipo Rh e Ag K
 Os ag´s dos sistemas Rh e Kell estão bem desenvolvidos nos gv do RN.
 São muito imunogénicos.

Factores que contribuem para a ocorrência da AHRN:
 Resultados de tipagem antigénica falso-positivos quando o TAD é fortemente +
 Os gv revestidos com ac´s podem gerar uma tipagem AB0, Rh e K falsamente +
 O Controlo Negativo detecta a falsa aglutinação (resultado +)

Técnica em TUBO para o estudo do grupo e do fenótipo:
 Averiguar se o RN recebeu transfusões durante o período intrauterino. 
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
25
TAD
 Após o nascimento, é um dos testes serológicos mais importantes no diagnóstico 
da AHRN.
 No caso da AHRN-AB0 o TAD pode ser fracamente + ou -.
 Muito Importante: Lavar as células do cordão para evitar resultados falsamente 
positivos, dada a sensibilidade do gel e a sua pouca especificidade. 
Objectivo: retirar proteínas e a geleia de Warthon que podem estar na origem de 
falsos resultados +.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
26
TAD Positivo
 Indica que o ac está a revestir os gv do RN in vivo.
 Correlaciona-se bem com a presença de AHRN.
 A força de aglutinação não se correlaciona necessariamente com a severidade da 
hemólise, especialmente na AHRN-AB0.
 TAD + (amostra do RN) e PAI – (amostra da mãe) deve suspeitar-se de:
- AHRN por AB0;
- administração da Ig anti-D à mãe durante a gravidez;
- resultado falso + do TAD;
-AHRN causada por um ac contra um ag de baixa frequência que não está 
presente nos gv do painel de identificação de ac´s.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
27
Coombs Monoespecífico
 Para que os ac´s maternos sejam capazes de provocar a AHRN precisam de ter as 
seguintes características:
- capacidade de atravessar a barreira placentária;
- reagir contra os antigénios dos gv do feto;
- destruir as células.

Apenas os ac´s do tipo IgG são capazes de provocar a AHRN
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
28
Eluado e Identificação do Ac
 Identificar a especificidade do ac que está a revestir os gv do RN.
 Os ac´s maternos detectados no RN desaparecem da circulação em geral num 
período de 1 a 4 meses.
 Realizado sempre que um TAD dá um resultado +
 Incompatibilidade AB0 (mãe do grupo 0 e filho do grupo A ou B), mesmo sem 
sinais de hemólise eritrocitária e com TAN Negativo, fazer Eluado. Testar contra as 
células A e B comerciais em meio AGH.
 Enzimas – detecção dos ac´s anti-A e/ou anti-B – diagnóstico de AHRN subclínica
por AB0.
 Incubar a 37ºC – ac´s do tipo IgG. 
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
29
Relatórios – Exemplos 
① RN: B+, TAD +, Coombs Monoespecífico – IgG, Eluado – Ac anti-B
Mãe: 0+, P.A.I. Negativa
Comentário:
RN B Rh+ filho de mãe 0 Rh +, com Teste de Coombs Directo Positivo (IgG).
Por técnica de eluição ácida foi identificado o ac de especificidade anti-B do sistema 
AB0.
Os estudos efectuados à mãe revelaram um Grupo 0+ com Teste de Coombs
Indirecto Negativo.
Conclusão: Isoimunização 0/B por incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
30
Relatórios – Exemplos 
② Estudos efectuados ao Recém-Nascido: 
Grupo AB0 e RhD: A+
TAD: Positivo
Coombs Monoespecífico: IgG
Identificação do ac no Eluado – Ac anti-A1
Estudos efectuados à Mãe:
Grupo AB0 e RhD: 0-
P.A.I.: Positiva
Identificação Ac Irregular – Ac anti-D
Título Ac anti-D = 2
Sem informação quanto à administração da Ig anti-D
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
31
Relatórios – Exemplos 
Comentário:
RN A Rh+ filho de mãe 0 Rh -, com Teste de Coombs Directo Positivo (IgG).
Por técnica de eluição ácida dos glóbulos vermelhos foi identificado o ac de 
especificidade anti-A1 do sistema AB0.
Os estudos efectuados à mãe revelaram um Teste de Coombs Indirecto Positivo. 
Identificado ac de especificidade anti-D do sistema Rh com título fraco (2).
Conclusão: Isoimunização 0/A por incompatibilidade sanguínea entre a mãe e o 
filho. 
O título do ac anti-D é sugestivo da administração da Ig anti-D (a confirmar).
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
32
Relatórios – Exemplos 
③ Estudos efectuados à Grávida:
Grupo AB0 e RhD: A+
Fenótipo Rh e Ag K: ccDee K –
P.A.I.: Positiva
Identificação do Ac Irregular: Ac anti-Lea + Ac anti-Leb
TAD: Negativo
Informação Clínica: Gravidez não vigiada. Em trabalho de parto.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
33
Relatórios – Exemplos 
③ Estudos efectuados à Grávida: 
Ac anti-Lea + Ac anti-Leb
Comentário:
Teste de Coombs Indirecto Positivo. Foram identificados 2 ac´s de especificidades 
anti-Lea e anti-Leb do sistema Lewis.
Os ag´s Lewis estão pouco desenvolvidos por altura do nascimento, razão pela qual 
os ac´s correspondentes não estão implicados na AHRN.
Os ac´s do sistema Lewis podem ocorrer com bastante frequência no soro das 
mulheres grávidas.
Sem significado clínico na transfusão e na gravidez.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
34
Relatórios – Exemplos 
④ Estudos efectuados à Grávida:
Grupo AB0 e RhD: 0-
Fenótipo Rh e Ag K: ccdee K –
Pesquisa Dfraco: Negativa
P.A.I.: Positiva
Identificação do Ac Irregular: Ac anti-K
Título Ac anti-Kell = 32
TAD: Negativo
(Já tinha sido identificado em 2005 no SIH)
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
35
Relatórios – Exemplos 
④ Estudos efectuados à Grávida: Ac anti-K
Comentário:
Teste de Coombs Indirecto Positivo. Identificado ac de especificidade anti-K do 
sistema Kell com título igual a 32.
Este ac já tinha sido identificado em 2005 no SIH.
Alo-imunização ao ag Kell como consequência de gestações anteriores ou de 
transfusão (cirurgia antiga a cardiopatia com transfusão).
Este ac tem significado clínico na gravidez devido à sua capacidade de atravessar a 
barreira placentária e provocar a AHRN, apenas se o RN for Kell Positivo.
Para o ac anti-K estabeleceu-se um título crítico igual a 8 pelo que se aconselha a 
quantificação deste ac de 2 em 2 semanas.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
36
Considerações Transfusionais Gerais
 A mãe e o filho podem pertencer a grupos AB0 distintos, razão pela qual se opta 
pela utilização de GV do grupo 0.
 Se a mãe e o filho têm o mesmo grupo AB0 podem utilizar-se GV isogrupais.
vbbv
Tabela 1. 
Grupo AB0 dos GV a transfundir, tendo em conta o Grupo AB0 da Mãe e do RN.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
Grupo AB0 do
RN
0 A B AB
Grupo AB0 da 
Mãe
0, A , B 0, B A, AB A, 0 B, AB A B AB
Grupo AB0 do 
CE a 
transfundir
0 0 A, 0 0 B, 0 A, 0 B, 0 AB, A, B, 0
37
Considerações Transfusionais Gerais
 Devem ser seleccionados glóbulos do grupo 0 na seguinte situação:
- não se dispõe da amostra da mãe (independentemente do resultado do TAD);
- o RN é do grupo A, B ou AB;
- o TAD é Positivo;
- sem tempo para testar o eluado contra as células comerciais A e B.
 Efectuar as provas com amostra de soro ou plasma materno:
(vantagens em relação ao eluado das células do cordão)
- possibilidade de obter amostras com maior volume;
- possibilidade de ter o ac identificado antes do parto;
- detecção de ac contra ag distintos, ausentes nos gv fetais mas presentes no CE a 
transfundir.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
38
Considerações Transfusionais Gerais
 Não havendo amostra da mãe, o eluado do RN pode ser utilizado para a realização 
das provas de compatibilidade:
- A técnica de eluição ácida tem a vantagem de permitir a obtenção do ac
responsável pela destruição dos GV numa forma concentrada mas apresenta 
como desvantagens ser uma técnica morosa e não conter os ac´s que são 
dirigidos contra ag´s ausentes nos gv do RN mas que podem estar presentes nas 
células a transfundir.
 A partir dos 4 meses de idade, os testes pré-transfusionais são os mesmos dos 
adultos. O plasma do bebé é usado nas provas de compatibilidade e a prova sérica
é realizada na tipagem AB0.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
39
Considerações Transfusionais Gerais
 O CE deve ser sempre compatível com a mãe, porque o RN apresenta ac´s
circulantes maternos:
- se o ac problema é o ac anti-D, os GV têm de ser Rh Negativo.
- estando envolvido outro ac, os GV devem ser Negativos para o ag
correspondente
- AHRN-AB0: opta-se pela utilização de GV do grupo 0.

Os RN não são imunologicamente capazes de produzir aloac´s mas podem ser 
afectados por ac´s maternos que revestem e destroem os seus eritrócitos, 
caso o ag correspondente esteja presente.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
40
Casos Laboratoriais
Caso 1
Pedido de transfusão-permuta. 
Mãe ausente, sem amostra e sem informação quanto ao seu grupo.
Resultados Laboratoriais do RN
Hb = 8,5 g/dl
Bilirrubina = 30 mg/dl
Grupo AB0 e RhD: 0 Rh-
Fenótipo Rh: ccdEe
TAD: Positivo
Identificação do Ac no Eluado: Ac anti-e
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
41
Casos Laboratoriais
Caso 1 - Resultados Laboratoriais do RN
Não se pode preparar uma unidade que tenhao ag “e” devido ao facto de ter na 
sua circulação ac anti-e de origem materna.
Incompatibilidade sanguínea ao nível do sistema Rh (e).
O eluado não mostrou incompatibilidade ao nível do sistema AB0 e restantes ag´s
do sistema Rh (C, c, D, E).
A mãe pode ser do grupo A, B ou 0. Quanto ao fenótipo, o mais provável é que 
seja ccdEE.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
42
Casos Laboratoriais
Caso 1 - Procedimento Laboratorial
No stock verificou-se que não tínhamos uma unidade do grupo 0 Rh negativo, 
fenótipo ccdEE.
Para não se transfundir um fenótipo incompatível com a mãe (tal como ccDEE), 
falou-se com a Pediatria e convocou-se a única dadora do nosso painel com este 
fenótipo.
A dadora respondeu de imediato ao apelo e a colheita efectuou-se no próprio dia.
A unidade de CE não foi lavada porque a colheita foi feita em CPDA.
A prova de compatibilidade efectuada com o eluado do RN deu um resultado –
Os GV foram ressuspensos em plasma do grupo AB.
A unidade foi enviada ao IPO para ser irradiada.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
43
Casos Laboratoriais
Caso 1 – Resposta à Transfusão
Após a transfusão, o RN evoluiu favoravelmente normalizando a bilirrubina e Hb, 
tendo tido alta ao fim de 10 dias. 
Não efectuou mais transfusões.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
44
Casos Laboratoriais
Caso 2 
Pedido de transfusão de 40 ml com grau Urgente para RN de termo.
Resultados Laboratoriais RN
Grupo AB0 e RhD: A +
Fenótipo Rh e Kell: ccDee K-
TAD: Negativo
Eluado: efectuado enquanto se preparava a transfusão
Anemia
Icterícia precoce
Bilirrubina aumentada
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
45
Casos Laboratoriais
Caso 2 - Resultados Laboratoriais Mãe
Grupo AB0 e RhD: 0 +
Fenótipo Rh e Kell: CcDee K-
P.A.I.: Negativa
 Tendo em conta os resultados laboratoriais de ambos, suspeita-se de AHRN-AB0.
 Regra geral, a incompatibilidade AB0 não apresenta a severidade que é observada
na incompatibilidade RhD.
 Embora pouco frequente, há casos graves de incompatibilidade AB0. Nestas
situações, depois do parto o RN apresenta anemia e aumento dos níveis de 
bilirrubina. Se a anemia é acentuada, o RN pode necessitar de uma transfusão ou
raramento de transfusão-permuta.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
46
Casos Laboratoriais
Caso 2 – Procedimento Laboratorial
 Foi seleccionada uma unidade do grupo 0 (isogrupal à mãe).
 O fenótipo foi isogrupal ao do RN: ccDee K-
 A prova de compatibilidade efectuada com a amostra da mãe deu um resultado
Negativo.
 A quantidade necessária para a transfusão foi retirada em sistema fechado, do 
saco principal e lavada. A restante unidade ficou reservada para o RN.
 A identificação do ac no eluado revelou tratar-se do ac anti-A1.
Resposta à Transfusão
A situação clínica do RN evoluiu favoravelmente com a normalização de todos os
parâmetros, tendo tido alta ao fim de 1 semana.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
47
Casos Laboratoriais
Caso 3 
Pedido de transfusão de 20 ml com grau Urgente para RN pré-termo com infecção
respiratória.
Resultados Laboratoriais RN
Hb = 12 g/dl
Grupo AB0 e RhD: 0 +
Fenótipo Rh e Ag K: CcDee K-
TAD: Positivo
Identificação do Ac no Eluado: o eluado não foi imediatamente feito.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
48
Casos Laboratoriais
Caso 3 - Resultados Laboratoriais Mãe
Grupo AB0 e RhD: 0 +
Fenótipo Rh e Ag K: CcDee K-
P.A.I.: Positiva
Identificação do Ac Irregular: ac anti-Fya
Considerando os resultados do TAD e a identificação do ac materno, suspeitou-se 
de incompatibilidade sanguínea ao nível do sistema Duffy. 
Não é frequente este ac estar na origem de casos de AHRN. 
Ocasionalmente, pode estar na origem de casos ligeiros e muito raramente é
responsável pela forma severa da doença.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
49
Casos Laboratoriais
Caso 3 – Procedimento Laboratorial
Averiguou-se a existência em stock de uma unidade sem o ag Fya, tendo sido
encontradas 2 unidades.
Seleccionado CE do grupo 0+ CcDee K-
Prova de compatibilidade Negativa com a amostra de plasma da mãe.
Retirada em sistema fechado, a quantidade necessária do saco principal e lavada.
Restante unidade guardada, para o caso de serem necessárias mais transfusões.
Identificado o ac anti-Fya no eluado.
Resposta à Transfusão
O estado clínico do RN evoluiu favorável mas lentamente (devido à patologia de
base) só tendo tido alta al fim de 1 mês. Não voltou a fazer transfusão.
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
50
A Transfusão do RN no SIH
O sangue é lavado para retirar o SAG-M.
É uma indicação do AABB contestada por muitos imuno-hemoterapeutas.
Uma alternativa à lavagem do sangue para retirar o SAG-M consiste em armazenar 
o sangue virado ao contrário. Desta maneira o SAGM fica no lado contrário à 
tubuladura que tem de ser conectada com o transfer com especial cuidado.
Perigo da Lavagem do Sangue – contaminação bacteriana. Exceptuando a conexão 
do sistema de transfusão ao soro, todos os procedimentos são efectuados com o 
conector estéril. As ligações não estéreis têm que ser efectuadas com 
procedimentos de desinfecção. 
Anemia Hemolítica do Feto e do Recém-Nascido
51
Considerações Finais
1. Usar a escala de leitura das reacções de aglutinação. Não assinalar os 
resultados apenas com +
52
Considerações Finais
2. Não forçar resultados.
3. Não retirar conclusões precipitadas. O papel do Laboratório é o de
fornecer a informação necessária para que o clínico possa tomar
decisões.
4. Não facilitar.
5. Não pensar que já se sabe tudo.
6. Quando não se sabe, procurar esclarecer as dúvidas.
7. Não inventar. Seguir o que se está estabelecido.
DÚVIDAS?
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!
Esta apresentação só pode ser utilizada pelos formandos em actividades
associadas ao exercício das suas funções no Serviço de Imuno-
hemoterapia do Hospital Vila Franca de Xira. Qualquer outra utilização, 
carece de autorização prévia por parte do autor.
Margarete Cardoso – Formação Interna SIH – 29/05/2012

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