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PsiTrab UNI II Caderno

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Prévia do material em texto

Responsável pelo Conteúdo: 
Prof. Ms. Carlos Fuser 
 
 
 
 
 
Olá! 
Esta é a Unidade Psicologia Aplicada, da disciplina Psicologia 
do Trabalho. O tema dessa Unidade é o estudo das diferentes 
aplicações do conhecimento desenvolvido pela Psicologia. 
A Psicologia, estudando o comportamento e os processos 
mentais, desenvolveu um amplo, diversificado e detalhado 
conhecimento. Diferentes pesquisadores trabalharam para aplicar 
esses conhecimentos na solução de problemas específicos de 
diferentes áreas da vida humana, como Trabalho, Educação e 
Saúde, que serão estudadas nessa Unidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Psicologia Aplicada 
Atenção 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
 
 
Psicologia Aplicada é o nome que designa os diferentes campos de aplicação dos 
métodos, fundamentos e conhecimentos da Psicologia. Campos de aplicação da Psicologia 
são as diferentes áreas da vida humana em que a Psicologia encontra utilidade, contribuindo 
para a solução de problemas e para o desenvolvimento social. 
 
 
 
Nesta Unidade estudaremos a Psicologia aplicada à área do Trabalho e da produção 
empresarial, chamada de Psicologia do Trabalho e Organizacional. Estudaremos também a 
Psicologia da Educação e a Psicologia aplicada à área da Saúde. 
 
 
Com as contribuições da Psicologia, é a sociedade como um todo que se desenvolve, 
encontrando caminhos para relações sociais mais saudáveis, para o bem-estar e para um 
trabalho mais humanizado. 
Contextualização 
 
 
 
 
 
A Psicologia é, ao mesmo tempo, uma ciência básica e uma ciência aplicada. Mas o 
que isso quer dizer? Convém que você entenda a diferença entre a ciência básica, ou seja, a 
ciência pura, sem preocupações relacionadas às aplicações práticas, e a ciência aplicada, ou 
seja, a aplicação prática dos conhecimentos produzidos pela ciência. 
É chamada de ciência básica (ou ciência pura, ou ciência fundamental) a pesquisa 
científica que não tem interesses imediatos. Ela é motivada pela busca da verdade e pelo 
avanço das fronteiras do conhecimento humano. 
É chamada de ciência aplicada a aplicação dos conhecimentos científicos na solução de 
um problema prático ou para um determinado fim utilitário. 
Não se trata de duas ciências, separadas. Ciência básica ou aplicada são apenas 
objetivos diferentes da mesma ciência. Os fundamentos, métodos e conceitos são os mesmos. 
As expressões básica e aplicada especificam o tipo de estudo que está sendo feito: se é voltado 
para ampliar os horizontes do conhecimento, aprofundando algum aspecto dos fundamentos 
de determinada ciência é chamado de ciência básica; se é voltado para a aplicação prática dos 
conhecimentos fundamentais solução de algum problema, é chamado de ciência aplicada. 
Não existe ciência aplicada sem ciência básica. Por outro lado, a pesquisa aplicada à 
busca de soluções para questões práticas traz, o tempo todo, novas descobertas, novas idéias, 
novos problemas e novos dados, contribuindo para o desenvolvimento dos próprios 
fundamentos da ciência. 
Embora a ciência básica não traga retornos imediatos, em termos de resultados sociais 
ou econômicos, é ela que fornece os fundamentos sobre os quais a pesquisa aplicada pode 
desenvolver sua prática utilitária. Por isso, não há desenvolvimento de aplicações científicas se 
não existir o domínio dos fundamentos em que uma determinada Ciência se constrói e se 
desenvolve. 
“O investigador em ciência pura pode ser comparado ao explorador que 
descobre novos continentes, ou ilhas, ou algum território até então 
desconhecido. Ele busca continuamente aumentar as fronteiras do 
conhecimento. O investigador em pesquisa industrial ... (que é um pesquisador 
em ciência aplicada) ... pode ser comparado aos pioneiros que reconhecem o 
território recém-descoberto no empenho de encontrar seus recursos minerais, 
determinar a extensão de suas florestas e a localização de suas terras aráveis, e 
que precedem os colonizadores e preparam a ocupação do novo território” 
(J.J. Carty, http://www.inovacao.unicamp.br/report/inte-diratt.shtml). 
 
 
Material Teórico 
 
 
Pode demorar muitos anos até que seja encontrada, para uma nova descoberta em 
ciência pura, uma aplicação prática. E pode até ocorrer o caso de que alguma descoberta 
científica jamais apresentar um desdobramento utilitário. Mas, a ampliação dos horizontes do 
conhecimento proporcionado por uma nova descoberta poderá trazer, de modo totalmente 
imprevisto, desdobramentos práticos e utilitários. 
É impossível prever qual descoberta, em pesquisa científica básica, poderá trazer ou 
não aplicações práticas. Mas, se a pesquisa científica fosse, a cada momento, se perguntar 
pelas possíveis aplicações práticas de suas investigações, ela jamais poderia avançar!! 
Por isso, os pesquisadores em ciência básica devem estar voltados para a ampliação 
dos horizontes do conhecimento, de modo desinteressado. Mas, sem eles, sem a pesquisa em 
ciência básica, não será possível o desenvolvimento da ciência aplicada, com seus resultados 
utilitários, sociais ou econômicos. 
A ciência aplicada, em muitos casos, pode se desenvolver nos departamentos de 
Pesquisa & Desenvolvimento das grandes empresas, especialmente quando suas pesquisas 
têm aplicação direta no desenvolvimento de novas tecnologias e novos produtos. 
A ciência básica, no entanto, deve ser desenvolvida nas Universidades e precisa de 
financiamento governamental, já que ela é interesse de toda a sociedade, mas, sem gerar 
retorno imediato, não pode sustentar seus custos. A pesquisa em ciência básica é 
indispensável, mas não pode ser medida em termos de resultados financeiros! 
No caso da Psicologia, especialmente de suas aplicações nas áreas Social, da Saúde e 
da Educação, também a pesquisa em Psicologia aplicada precisa receber financiamento 
governamental, pois seus resultados não geram produtos para o comércio, mas, sim, 
benefícios de ampla utilização pública e social. Por isso, existem programas de financiamento, 
com verbas públicas, para as pesquisas empreendidas nas universidades. 
 
 
 
 
A Psicologia é uma ciência básica, mas também é uma ciência aplicada. A aplicação 
dos métodos e conhecimentos da ciência básica Psicologia na solução dos diversos problemas 
do cotidiano, seja na esfera individual, no campo social como no mundo dos negócios, é 
chamada de Psicologia Aplicada. Hoje em dia, em praticamente todas as atividades 
profissionais utiliza-se conhecimentos da Psicologia Aplicada. 
Na realidade, a todo o momento estamos utilizando conceitos da Psicologia Aplicada. 
O objetivo da Psicologia Aplicada é contribuir para suprir as necessidades dos diferentes 
aspectos da vida social. 
A Psicologia Aplicada tem várias especialidades, campos de pesquisa, conforme ao 
setor ou área da vida em Psicologia será utilizada como fonte de soluções e propostas. 
Essas áreas são, de um modo geral: Trabalho (Psicologia do Trabalho, Psicologia 
Organizacional e Industrial, Psicologia Ocupacional da Saúde), Educação (Psicologia da 
Educação e Psicologia Escolar), Saúde (Psicologia Clínica, Psicologia Hospitalar e Psicologia 
da Saúde), Social (Psicologia Comunitária, Psicologia Social, Psicologia de 
Aconselhamento). Além disso, há áreas de aplicação bem específicas, como PsicologiaJurídica, Psicologia do Tráfego e Psicologia dos Desportos, além de aplicações que se 
desenvolveram há pouco tempo, como a Psicologia Ambiental. 
As áreas da Psicologia Aplicada que iremos estudar são exatamente as três primeiras: 
Trabalho, Educação e Saúde!. A importância dessas três áreas de aplicação da Psicologia se 
dá principalmente pela influência que exerce em nosso cotidiano. 
 
Psicologia do Trabalho e Organizacional 
 
A Psicologia do Trabalho e Organizacional estuda o comportamento dos indivíduos e 
dos grupos no ambiente de trabalho. É uma aplicação bastante diversificada e tem por 
objetivos obter melhores resultados dos funcionários e orientar as organizações na prevenção 
de problemas de saúde. 
Os conhecimentos em Psicologia do Trabalho e Organizacional são importantes para 
os profissionais de todas as áreas. Dentre as áreas abordadas pela Psicologia do Trabalho, 
algumas são: saúde do trabalhador e gestão de recursos humanos. 
 
 
 
 Bem-estar e Saúde do Trabalhador 
A Psicologia do Trabalho e Organizacional lida, entre outros temas, com a prevenção e 
a promoção de saúde do profissional em seu ambiente de trabalho, considerando a 
subjetividade dos indivíduos, mas sem perder o foco dos objetivos organizacionais. 
Nesse aspecto, os conhecimentos em Psicologia Organizacional, ajudam a identificar 
situações, presentes ou potenciais, de estresse, desgaste físico ou emocional, desânimo e falta 
de motivação e clima psicossocial desfavorável à saúde ou à produtividade, orientando as 
decisões dos administradores na adoção de medidas corretivas ou preventivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Muitas horas de trabalho contínuo podem trazer estresse, fadiga, mau humor, além de 
comprometer a qualidade do trabalho. Diante dessas situações, a Psicologia do Trabalha 
recomenda a introdução de atividades de lazer ou relaxamento, antes e em intervalos da 
jornada de trabalho. Uma das medidas que mais têm se multiplicado é a adoção de 
programas de qualidade de vida no trabalho, que têm por objetivo reter talentos e aumentar a 
produtividade dos funcionários. 
 
 Gestão de Recursos Humanos 
Na Gestão de Recursos Humanos, a Psicologia auxilia tanto no recrutamento e seleção 
de pessoal, quanto no acompanhamento do trabalhador durante o período de experiência. 
Cuida, também, do apoio e gerenciamento ao desenvolvimento desse profissional dentro da 
organização.. 
Nos processos de recrutamento e seleção de pessoal a Psicologia pode auxiliar na 
escolha do profissional mais adequado para o desempenho das funções na empresa. Para 
isso, utiliza técnicas específicas, tais como: entrevista pessoal, dinâmicas de grupo, testes 
psicológicos e inventário de interesses;. 
 
 
O acompanhamento do funcionário no período de experiência, também pode ser 
auxiliado pela Psicologia do Trabalho, que pode desempenhar o papel de responsável por 
integrar o novo colaborador na organização. Esse trabalho de integração do novo funcionário 
inclui orientações quanto a missão, a visão e a cultura da organização em que ele está 
ingressando. E também busca adaptá-lo ao seu setor e aos seus colegas de trabalho. 
 
 Treinamento comportamental 
O desenvolvimento de pessoal também pode ser auxiliado pela Psicologia do Trabalho, 
que assume a responsabilidade de agenciar a formação, especialmente no treinamento 
comportamental. 
O treinamento comportamental é uma atividade importante dentro das modernas 
organizações, e visa orientar os funcionários no sentido de apresentarem, no dia-a-dia de seu 
trabalho, uma postura, atitude e comportamento adequados aos objetivos da organização. 
Visa, também, prevenir ou superar problemas de relacionamento interpessoal entre 
funcionários. 
 
 Desenvolvimento gerencial 
Além disso, existe todo uma ampla especialidade do treinamento voltada aos 
executivos e gerentes. Administrar uma empresa, ou algum setor empresarial, é atividade cada 
vez mais complexa. 
As funções básicas de gerência - como planejar, organizar, dirigir e controlar - são 
intensamente afetadas pelas mudanças na mentalidade e no comportamento das pessoas, 
exigindo dos administradores muito mais do que autoridade e conhecimento do negócio. 
Flexibilidade, liderança e sensibilidade são cada vez mais necessários para motivar, integrar e 
dinamizar uma equipe de funcionários. 
Somam-se a isso, a complexidade dos sistemas produtivos e administrativos, a 
dinâmica do relacionamento com os clientes, as ameaças advindas da concorrência e a 
variabilidade do contexto socioeconômico. 
Desse modo, hoje, cada vez mais, torna-se necessário para executivos e gerentes, 
compreensão do comportamento individual e dos grupos em situação de trabalho, 
compreensão das variáveis que afetam os indivíduos em situação de trabalho, habilidades de 
relacionamento humano em alto grau de refinamento, além de capacidade de estimular o 
desenvolvimento dos funcionários. 
Liderar equipes exige compreender o comportamento das pessoas e as interações de 
grupos, administrar conflitos, lidar adequadamente com suas emoções e com as dos outros, 
conduzir reuniões de trabalho produtivas, além e orientar o comportamento dos integrantes da 
 
 
equipe no sentido dos resultados desejados. No entanto, sabemos que há gerentes que não 
tem essas habilidades e, gerando situações de estresse e conflito desnecessários, acabam por 
prejudicar a produtividade da equipe. 
Cursos específicos para gerentes empresariais utilizam conhecimentos da Psicologia 
para desenvolver as habilidades necessárias na liderança e gerenciamento de grupos. Além 
disso, a Psicologia Organizacional desenvolveu conhecimentos específicos sobre essas 
questões, que se constituem em importantes ferramentas de apoio à liderança, gerenciamento 
e administração de equipes. 
Um conclusão fundamental da Psicologia, com aplicação 
direta na administração, é que a qualidade das nossas relações 
com as pessoas e a eficácia do nosso trabalho depende, em 
grande parte, da nossa capacidade de perceber e compreender 
adequadamente, no dia-a-dia, o comportamento dos outros. 
E mais ainda nos dias de hoje, em que as interações sociais 
e interpessoais tornam-se mais complexas. Preparar gerentes, 
executivos, coordenadores, supervisores e líderes de equipe para 
essa realidade é o papel do Desenvolvimento Gerencial, área que 
utiliza, e muito, conhecimentos da Psicologia. 
 
 
 Psicologia e Marketing 
Há, também, no âmbito da aplicação dos conhecimentos 
da Psicologia nas organizações empresariais, um conjunto de 
conhecimentos chamados de Psicologia do Marketing ou 
Psicologia do Consumidor. 
 
 
 
Na Psicologia aplicada aos negócios e ao comércio, o comportamento e os processos 
psíquicos são estudados considerando o indivíduo como consumidor de produtos e serviços. 
Nesse âmbito, a Psicologia contribui estudando hábitos, preferências, desejos, expectativas, 
modos de pensar, crenças e atitudes envolvidos na aquisição de bens ou contratação de 
serviços no mercado. 
 
 
 
 
Com esses conhecimentos, a psicologia aplicada ao Marketing tem importância nas 
áreas de Desenvolvimento de Produtos, Planejamento de Vendas e Atendimento ao 
Consumidor. Escolha de nichos de mercado, supervisão de vendas e criação publicitária 
também são atividades em que conhecimentos da Psicologia se fazem úteis. 
 
 
Psicologia e Educação 
 
As pesquisas em Psicologia da Educação 
fundamentam-se na certeza de que a educação e 
o ensino podem melhorar sensivelmente com a 
utilização adequada dos conhecimentos 
psicológicos. 
 
 
A Psicologia aplicada à Educação se preocupa em 
utilizaros princípios e informações que essa ciência oferece 
a respeito do comportamento humano e dos processos 
mentais, para facilitar o processo de ensino-aprendizagem. 
 
 
Para isso, estuda o modo pelo qual os alunos aprendem e se desenvolvem. Busca 
compreender o aluno, suas necessidades e características individuais, considerando aspectos 
emocionais, intelectuais, físicos e sociais. 
Desse modo, contribui para que o professor compreenda o processo de ensino-
aprendizagem, os fatores que facilitam ou prejudicam esse processo, além das várias formas 
pelas quais o aluno pode aprender. 
Além disso, as relações entre aluno e professor e também entre os alunos também são 
objeto de estudo da Psicologia da Educação. 
Alguns componentes da Psicologia Aplicada à Educação são: 
 Compreensão do processo de ensino-aprendizagem; 
 Cognição; 
 Características da aprendizagem; 
 
 
 Etapas do processo de aprendizagem; 
 Tipos de aprendizagem; 
 Teorias da aprendizagem; 
 Aprendizagem criativa; 
 Fatores que prejudicam a aprendizagem; e 
 Avaliação da aprendizagem. 
 
A Psicologia aplicada à Educação busca 
contribuir para que os educadores tenham maior 
compreensão de suas dificuldades e mais instrumentos 
para superá-las. A Psicologia da Educação apresenta 
três áreas de pesquisa: Psicologia do Desenvolvimento, 
Psicologia da Aprendizagem e Psicologia Escolar. 
 
 
 
 
 Psicologia do Desenvolvimento 
Estuda o desenvolvimento dos processos ou funções psicológicas humanas. 
 A Psicologia do Desenvolvimento estuda, principalmente, o modo como se 
desenvolvem a cognição (os processos mentais ligados ao conhecimento, á memória e ao 
raciocínio), a motricidade (movimentos), a afetividade (sentimentos e emoções), a 
sociabilidade (os processos psicológicos envolvidos no relacionamento social, os modos de 
se relacionar com o outro e com o mundo social) e a percepção (os modos de perceber o 
mundo pelos sentidos, como a visão, a audição, o tato, o olfato e o paladar). 
O estudo do desenvolvimento desses processos psicológicos é considerado muito 
importante para a Educação, porque nós não nascemos com um tipo de comportamento já 
definido, nem com as características psicológicas já estabelecidas. 
 
 
 
 
 
 
O desenvolvimento se inicia com base em 
processos de origem orgânica, corporal, chamados 
reflexos, que são semelhantes em todos os indivíduos 
saudáveis. Mas as características psicológicas do sujeito se 
constituem em um complexo processo de interações com 
os outros, com a cultura e com as situações que se 
apresentam em sua vida. Nessas interações, o sujeito age 
sobre o mundo conforme suas intenções e sua 
compreensão, ao mesmo tempo em que as situações do 
ambiente exercem influência sobre o sujeito, impondo 
sempre seu posicionamento diante delas. 
São considerados os principais teóricos da Psicologia do Desenvolvimento: Piaget, 
Skinner, Vygotski e Wallon. 
 
 Psicologia da Aprendizagem 
Estuda como o sujeito se apropria do conhecimento existente no ambiente social em 
que vive. O conhecimento existe no mundo social, na cultura de uma sociedade. Este 
conhecimento, embora seja transformado a cada momento, tem também um aspecto de 
continuidade. 
Os integrantes das novas gerações, as crianças e os jovens, precisam se apropriar do 
conhecimento já existente, para que possam fazer parte da sociedade e nela ter participação 
plena. Isso inclui a compreensão dos significados dos objetos, hábitos, comportamentos, 
instituições, tradições e relações existentes na sociedade. A apropriação desse conhecimento 
social pelas crianças e jovens, e também pelos adultos, é chamada de aprendizagem. 
O ato de aprender não é reprodução ou cópia mental. Apropriar-se do conhecimento 
envolve complexos processos mentais de compreensão dos significados. E envolve, também, 
atribuição de sentidos, ou seja, constituição de relações subjetivas, pessoais, com o que está 
sendo aprendido: atribuição de valor, importância, gosto, utilidade, expectativas. 
Por isso, temas como interesse, atenção, raciocínio, memorização, afetividade, 
motivação, conhecimentos anteriores, experiência pessoal, expectativas e interação entre os 
alunos também são estudados pela Psicologia da Aprendizagem. 
 
 
 
Além de Piaget, Skinner, Vygotski e Wallon, já citados anteriormente e cujas pesquisas 
também têm importante repercussão nos estudos da aprendizagem, são importantes autores 
da Psicologia da Aprendizagem: Jerome Bruner, Ausubel, Carl Rogers, Maslow, Gardner, 
Leontiev, Alexander Luria, Emilia Ferreiro. 
 
 Psicologia Escolar 
A Psicologia Escolar estuda as relações entre os diferentes sujeitos na instituição 
escolar, como a relação professor-aluno, as relações entre os próprios alunos e as relações de 
alunos, professores e funcionários entre si. Estuda o comportamento e a subjetividade de 
todos os envolvidos na instituição escolar, como alunos, professores, diretor, coordenador 
pedagógico, funcionários da escola e familiares dos alunos. 
Estuda, também, as relações entre a escola e a sociedade, incluindo valores, objetivos e 
expectativas sociais em relação à escola e a sua influência junto aos integrantes da 
comunidade escolar. 
Questões como fracasso escolar, violência, indisciplina, preconceitos e discriminação na 
escola são alguns dos temas de estudo da Psicologia Escolar. Além desses temas, de discussão 
bastante ampla na sociedade, questões de menor repercussão, mas de grande importância, 
também são estudadas: violência física e moral contra os alunos e relacionamento entre escola 
e família, são alguns exemplos das questões complexas e polêmicas estudadas pela Psicologia 
Escolar. 
Alguns autores importantes para a Psicologia Escolar são Georges Snyders, Pierre 
Bourdieu, Jean-Claude Passeron, Makarenko, Justa Ezpeleta, Elsie Rockwell, Ana Maria 
Poppovic, Barbara Freitag e Maria Helena Souza Patto. 
 
 
Psicologia e Saúde 
 
São muitas definições de saúde. A OMS (Organização Mundial de Saúde), entidade 
ligada à ONU (Organização das Nações Unidas) define saúde como “um estado de perfeito 
bem-estar físico, mental e social”. 
Essa definição é criticada por alguns pesquisadores. Segre & Ferraz, da Faculdade de 
Medicina da USP, afirmam tratar-se de uma definição irreal, pois a idéia de “perfeito bem-
estar”, além de ser impossível de definir, entra em contradição com a própria vida, cheia de 
conflitos, desafios e dificuldades que, não apenas não podem ser evitados, mas, muitas vezes, 
ajudam a dar sentido à existência. 
Boorse (EUA) definiu saúde como ausência de doença: “a saúde de um organismo 
consiste no desempenho da função natural de cada parte” (ALMEIDA Filho & JUCÁ). 
Esse conceito, por sua vez, não é aceito por muitos pesquisadores da área da Saúde, 
seja por não considerar a totalidade integrada do organismo, seja por desconsiderar as 
relações sociais, a cultura, a linguagem e a subjetividade, que dão sentido às práticas 
humanas. 
Atualmente, devemos considerar que 
falar em promoção da saúde implica em 
pensar o homem como totalidade, isto é, 
como um ser que é, ao mesmo tempo, 
biológico (corpo), psicológico (mente, 
comportamento, intencionalidade, bem-
estar), cultural (valores e expectativas 
próprios da cultura em que vive) e social 
(condições do meio ambiente e da situação). 
 
 
Há uma permanente interação entre o sujeito e o ambiente social em que ele vive. Por 
isso, a promoção da Saúde deve considerar, em interação com as condições físicas e 
biológicas do corpo, a atuação de diferentes fatores, como: as expectativas sociais em relação 
à Saúde (fatoresculturais); a intencionalidade, os processos mentais e o comportamento do 
sujeito (fatores subjetivos ou psicológicos); e, a influência do meio ambiente, conforme a 
situação social (fatores sociais e situacionais). 
Nessa perspectiva, o conceito de saúde deve ser pensado no contexto do mundo social 
e da cultura, além de considerar o sujeito como totalidade, isto é, sem separar o aspecto 
biológico dos fatores sociais e psicológicos. 
Lennart Nordenfelt, professor de Filosofia da Medicina na Suécia, definiu saúde como 
um “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as 
circunstâncias”. A expressão “dadas as circunstâncias” fornece a devida relativização, para 
que predomine uma noção utópica de saúde condicionada a uma impossível realização de 
todos os desejos. 
De modo semelhante, para o Escritório Regional Europeu da OMS saúde é a 
capacidade do indivíduo ou grupo realizar aspirações, satisfazer necessidades e lidar com o 
meio ambiente. Esse é um conceito bastante abrangente e completo, que considera que a 
realização das aspirações e a satisfação das necessidades devem ser consideradas mas não são 
absolutas, pois estão ligadas ao meio ambiente e ao modo como o sujeito ou o grupo social 
lida com o meio ambiente em que vive. 
De acordo com essas definições, a Psicologia tem importância ainda maior para a 
saúde, por considerar o sujeito (seus processos mentais e seu comportamento) nas relações 
com o meio ambiente. 
A Psicologia Aplicada à Saúde está presente em todos os âmbitos da vida moderna. 
Quando falamos de estresse, fadiga ou mesmo mau humor, podemos inserir na conversa 
também aspectos da Psicologia voltados à busca da preservação ou recuperação da saúde. 
E saúde envolve alimentação, lazer e prática de exercícios, entre outros aspectos, mas 
também saúde mental, prazer de viver e de estar com os outros. 
Há, também uma relação entre saúde mental e produtividade, quer no trabalho, quer 
no desenvolvimento acadêmico. Portanto, o acompanhamento da Psicologia da Saúde, 
procurando reduzir situações de ansiedade, pressões e conflitos é importante para a obtenção 
dos objetivos das organizações empresariais e das instituições de ensino. 
Alguns temas ligados à aplicação da Psicologia na área da Saúde: 
 Sofrimento psíquico; 
 Caracterização do normal e do patológico; 
 Somatização; 
 
 
 Psiquiatria social; e 
 Promoção da saúde mental. 
Na abordagem desses diversos temas, a Psicologia aplicada à área da Saúde tem se 
desdobrado em diversos campos de aplicação ou de pesquisa. Destacamos aqui a Psicologia 
Clínica, a Psicologia Hospitalar e a Psicologia da Saúde. 
 
 Psicologia Clínica 
A Psicologia Clínica envolve o estudo e o atendimento do indivíduo em seus diferentes 
problemas psíquicos e comportamentais, como ansiedade, depressão, estresse, fobias (medos) 
e todas as situações que envolvem sofrimento psíquico (como, por exemplo, vergonha, 
timidez, crise conjugal etc.). 
Os psicólogos clínicos efetuam o diagnóstico de problemas emocionais, distúrbios do 
comportamento, perturbações da personalidade e psicopatologias, atuando no tratamento e 
acompanhamento dessas situações. 
 Atuam também no aconselhamento psicológico, na atenção, cuidado e ajuda em 
situações de sofrimento emocional, dificuldades de relacionamento ou problemas 
comportamentais. Dificuldades de aprendizagem, crises familiares e traumas psicológicos são 
também situações que recebem estudos e práticas terapêuticas da Psicologia Clínica. 
 
 Psicologia Hospitalar 
A Psicologia Hospitalar é um campo de conhecimento e tratamento dos aspectos 
psicológicos ligados ao adoecimento (como crenças, conflitos, medos, pensamentos); envolve 
o estudo e tratamento interdisciplinar da somatização (sintomas físicos ligados à sofrimento 
psíquico); e, também, questões ligadas ao relacionamento do paciente e seus familiares com a 
equipe médica e com o ambiente hospitalar. 
 
 Psicologia da Saúde 
A Psicologia da Saúde, busca a prevenção de doenças mentais; atua na busca do bem-
estar social. 
A Psicologia da Saúde relaciona-se com a Psicologia Social, Comunitária, do Trabalho, 
Organizacional e Hospitalar; buscando construir estratégias sociais, institucionais, 
organizacionais e de política pública de Saúde que evitem e amenizem as consequências de 
doenças mentais. 
 
 
Exemplos de atividades que podem envolver a Psicologia da Saúde são os grupos de 
prevenção a comportamentos de risco (orientações sobre doenças sexualmente transmissíveis, 
prevenção e combate ao alcoolismo e ao tabagismo, entre outros), reabilitação de pacientes 
com deficiências físicas e orientação a idosos (envelhecimento saudável, prevenção a doenças 
da velhice, sexo na terceira idade etc.). 
 
Conclusão 
 
Não é difícil perceber que as diferentes áreas de aplicação da Psicologia não se 
constituem em campos totalmente separados. Ao contrário, as diferentes aplicações, muitas 
vezes, se misturam e se sobrepõem. Por exemplo, a atuação de psicólogos no sentido de 
promover boas relações humanas no ambiente de trabalho pode ser feita tanto pela Psicologia 
Organizacional como pela Psicologia da Saúde. O que pode mudar são os objetivos e as 
referências teóricas. 
A Psicologia pode ser aplicada a diversas áreas de nossas vidas. O profissional que lida 
diretamente com pessoas, independente de sua área de atuação ou de seu nível hierárquico, 
deve estar atento as implicações da Psicologia em sua área de trabalho. Assim, poderá para 
utilizar conhecimentos da Psicologia científica para ampliar sua compreensão dos problemas 
que se apresentem em sua vida profissional. 
E, também, poderá saber o momento em que se faz necessária a presença de um 
Psicólogo que atue em uma das áreas da Psicologia aplicada. 
 
 
 
 
 
 
Mais informações acerca do tema “Psicologia Aplicada” podem ser encontradas nos 
links e textos relacionados abaixo. 
 http://nti.facape.br/ruth/adm-comport_organ/index.php 
 http://brnt1sp201.digiweb.com.br/nemeton/artigos/Psicologia-da-Sa%C3%BAde-no-
Brasil.doc 
FIORELLI, Jose Osmir. Psicologia para administradores: integrando teoria e prática. São 
Paulo: Atlas, 2006. 
LIMONGI-FRANCA, Ana Cristina e RODRIGUES, Avelino Luiz Como gerenciar sua saúde 
no trabalho: um manual sobre o stresse e as queixas. São Paulo: STS, 1994 
SPINK, Mary Jane P. Psicologia social e saúde: práticas, saberes e sentidos. Petrópolis: 
Vozes, 2004 
PATTO, M.H.S. Introdução à Psicologia escolar. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. 
 
 
 
Material Complementar 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; e TEIXEIRA, M. L. T. Psicologias: uma introdução ao 
estudo de psicologia. 13º ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 
FIORELLI, J. O. Psicologia para Administradores: integrando teoria e prática. 4º Ed. São 
Paulo: Atlas, 2004. 
HUFFMAN, K., VERNOY, M. e VERNOY, J. Psicologia. São Paulo: Atlas, 2003. 
PATTO, M.H.S. A Produção do Fracasso Escolar. São Paulo: T.A. Queiroz, 1990. 
SEGRE, Marco e FERRAZ, Flávio Carvalho. O Conceito de Saúde. Revista de Saúde 
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http://www.comportamentohumano.net/testes_psicologicos.htm. Acessado em 11/04/2014. 
 
 
 
Referências 
 
 
 
 
 
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Anotações

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