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Sangue e hemostasia.docx

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Sangue e hemostasia
 Os componentes do sistema cardiovascular são sangue, vasos sanguíneos e coração.
 O sangue é o fluido que circula no sistema cardiovascular constituído de plasma e elementos figurados.
 A principal função do sangue circulante é de transportar oxigênio e nutrientes para os tecidos e retirar dióxido de carbono e resíduos destes. O sangue também transporta outras substancias dos seus sítios de produção para os seus sítios de ação, além de leucócitos e plaquetas para onde são necessários. Ele auxilia na distribuição de agua, solutos e calor, contribuindo para a homeostasia.
 Os elementos figurados que existem no sangue são os glóbulos brancos ou leucócitos (células de defesa), plaquetas ou trombóticos (participam da hemostasia) e glóbulos vermelhos, ou eritrócitos ou hemácias (responsáveis principalmente pelo transporte de oxigênio e, em pequeno porte, do transporte de dióxido de carbono).
 Hematopoese é o nome que se dá para a síntese de células sanguíneas. A medula óssea vermelha é um órgão hematopoiético porque possui células totepotentes que é um único tipo celular que da origem a diferentes tipos de células sanguíneas e um desses tipos de células, a megacariócita, se fragmenta dando origem as plaquetas.
 Eritrócitos ou hemácias são discos bicôncavos flexíveis que transportam oxigênio para os tecidos do corpo. Eles não possuem núcleo e se originam das células tronco da medula óssea. São flexíveis graças ao seu citoesqueleto completo. 
 A principal proteína (pigmento) dos eritrócitos é a hemoglobina, que consiste em uma parte heme que é o ferro que se liga ao oxigênio para formar a oxiemoglobina, e uma parte globina que é a proteína que se liga ao CO2.
 Podem ocorrer doenças relacionadas a alteração do numero de hemácias no sangue, como é o caso da anemia que se caracteriza pela diminuição do numero de hemácias e policetemia que é o aumento do numero de hemácias.
 Alguns fatores são necessários para a síntese de hemácias, chamada de eritropoiese. Fatores nutricionais como ferro, vitamina B12 e ácido fólico e fatores hormonais como a eritroportina, que é um hormônio produzido pelos rins e a testosterona que estimula a síntese de hemácias.
 As hemácias tem uma duração media de 120 dias e com seu envelhecimento são degeneradas pelo baço liberando bilirrubina. A bilirrubina é transportada pelo sangue até o fígado, onde é incorporada à bile e secretada no intestino delgado, onde segue para o intestino grosso até a sua eliminação junto com as fezes.
 Existem quatro tipos de anemias: a anemia carencial, esfoliativa, hereditária e aplástica. Na anemia carencial há a falta de nutrientes, a anemia esfoliativa decorre da perda de sangue, na hereditária ou falciforme a hemácia apresenta forma de foice e dificuldade de transportar gases e na anemia aplástica uma doença, como a leucemia, compromete a medula óssea, alterando a produção de hemácias. 
 Na policetemia não há comprometimento das funções e serve para que todo o oxigênio que entre no corpo seja aproveitado. Ocorre quando estamos a cima do nível do mar.
 As plaquetas ou trombocitos são minúsculos discos redondos e ovais que participam da coagulação sanguínea e circulam no sangue de forma inativa, só se tornando ativos se houver o rompimento de algum vaso sanguíneo. Elas tem vida curta de aproximadamente 3 ou 4 dias. 
 As variações no numero de plaquetas no sangue pode ser originado ou originar doenças. No caso da dengue hemorrágica ocorre trombocitopenia, ou seja, a diminuição do numero de plaquetas, já quando ocorre trombocitose há um aumento do numero de plaquetas e elas se agregam sem que haja uma lesão, causando uma trombose. O acido acetilsalicílico (AS) inibe a agregação plaquetária, mas o individuo que faz uso desse medicamento tem maior chance de ter uma hemorragia. 
 A hemostasia é definida como a cessação do sangramento. Existem cinco etapas para a hemostasia.
1 – espasmo vascular – quando o vaso se rompe há a vasoconstricção do vaso lesado. 
2 – formação de tampão plaquetário – quando o vaso se rompe há a exposição do colágeno e este é responsável pela atuação das plaquetas e agregação plaquetária no local da lesão formando um coagulo frouxo. As substancias químicas que atuam nesse processo são os tromboxanos A2 e disfosfato de adenosina.
3 – cascata de coagulação – é a formação de um coagulo duro. Após a ativação das substancias que causam a vasoconstricção e agregação plaquetária, também ocorre a ativação da cascata de coagulação. A cascata de coagulação consiste na ativação sequencial de vários fatores que estão presentes em estado inativo no sangue. Nessa cascata um fator ativado, ativa o outro. A etapa chave na coagulação do sangue é a conversão de fibrinogênio em fibrina pela trombina. A fibrina da estabilidade ao tampão plaquetário, evitando uma hemorragia até que seja feita a regeneração do tecido.
 A cascata se caracteriza pela liberação aos fatores de coagulação que vão ativando uns aos outros até resultar na trombina. São vários os fatores de coagulação, mas todos tem que estar presentes para que no final o fibrinogênio se transforme em fibrina.
A vitamina k é um co-fator de coagulação e é necessário para a produção de fatores de coagulação II, VII, IX e X e outros fatores de coagulação são o colágeno e o cálcio.
 A cascata pode ser estimulada por fatores intrínsecos e extrínsecos. A via extrínseca é iniciada por lesão nos tecidos e liberação da tromboplastina tecidual. A via intrínseca é iniciada pela exposição do sangue no endotélio danificado, desse modo o sangue entra em contato com o colágeno.
 A quarta etapa da hemostasia é a regeneração tecidual e na quinta etapa, após o tecido ter sido regenerado, o coagulo perde a sua função e é destruído através da plasmina, liberada pelas células endoteliais, que realiza a fibrinolise.

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