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INFLUENZA - GRIPE

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Instituto Evandro Chagas. Doenças 
diagnosticadas no IEC : influenza. Disponível em: <http://www.iec.pa.gov.br/influenza.htm>. Acesso 
em: dia mês ano. 
 
 
INFLUENZA (gripe) 
 
 
Classificação Internacional da Doença: 
CID 10: J10 a J11 
 
Descrição: 
A influenza é uma infecção do sistema respiratório cujas principais 
complicações são as pneumonias, que são responsáveis por um grande número de 
internações hospitalares no País. É uma doença muito comum em todo o mundo, 
sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. É 
também freqüentemente confundida com outras viroses respiratórias, por isso o 
seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico. 
 
Também conhecida como: 
Gripe. 
 
Sintomas: 
Os primeiros sintomas da doença costumam aparecer cerca de 24 horas 
depois do contágio. Iniciam-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de 
dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça, calafrios, prostração (fraqueza), 
espirros, coriza e tosse seca. Podem apresentar ainda pele quente e úmida, olhos 
hiperemiados (avermelhados) e lacrimejantes. As crianças podem apresentar 
também febre mais alta, aumento de linfonodos cervicais (gânglios no pescoço), 
diarréia e vômitos. A febre é o sintoma mais importante e dura em torno de três 
dias. Os sintomas respiratórios como a tosse e outros, tornam-se mais evidentes 
com a progressão da doença e mantêm-se em geral por três a quatro dias após o 
desaparecimento da febre. 
 
Agente causador: 
A doença é causada pelos vírus Influenza da família dos Ortomixovirus. São 
conhecidos 3 tipos de vírus da influenza: A, B e C. Esses vírus são altamente 
transmissíveis e podem sofrer mutações (transformações em sua estrutura 
genética), sendo que o tipo A é mais mutável que o B e este mais mutável que o 
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tipo C. Os tipos A e B causam maior morbidade (doença) e mortalidade (mortes) 
que o tipo C. Geralmente as epidemias e pandemias (epidemia em vários países) 
estão associadas ao vírus do tipo A. 
Os vírus do tipo B ocorrem exclusivamente em humanos, os do tipo C em 
humanos e suínos, enquanto os do tipo A em humanos, suínos, cavalos, mamíferos 
marinhos e em aves. 
 
Modos de transmissão: 
A doença pode ser transmitida: 
- de forma direta: através das secreções das vias respiratórias de 
uma pessoa contaminada ao falar, espirrar, ou tossir; ou 
- de forma indireta: por meio das mãos que, após contato com 
superfícies recentemente contaminadas por secreções 
respiratórias de um indivíduo infectado, podem carrear o agente 
infeccioso diretamente para a boca, nariz e olhos. 
Um indivíduo infectado pode transmitir o vírus desde dois dias antes até 
cinco dias após o início dos sintomas. 
A transmissão direta entre humanos é a mais comum, mas já foi 
documentada a transmissão direta do vírus de aves e suínos para o homem (caso 
da Influenza/ Gripe Aviária). 
 
Tratamento: 
No estágio agudo da doença, repouso e uma boa hidratação são as 
principais recomendações. Os medicamentos antitérmicos podem ser utilizados, 
lembrando-se de evitar o uso de ácido acetil salicílico nas crianças. Medidas de 
suporte intensivo serão necessárias em caso de complicações severas nos pulmões, 
a fim de evitar possíveis casos de pneumonia. 
 
Prevenção: 
Como medida geral de prevenção e controle de doenças de transmissão 
respiratória, recomenda-se: 
- higiene das mãos com água e sabão (depois de tossir ou espirrar; depois de 
usar o banheiro, antes de comer, antes de tocar os olhos, boca e nariz); 
- evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfíc ies; 
- usar lenço de papel descartável; 
- proteger com lenços a boca e nariz ao tossir ou espirrar, para evitar 
disseminação de aerossóis; 
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- orientar para que o doente evite sair de casa enquanto estiver em período 
de transmissão da doença (até 5 cinco dias após o início dos sintomas); 
- evitar aglomerações e ambientes fechados (deve-se manter os ambientes 
ventilados); 
- é importante que o ambiente doméstico seja arejado e receba a luz solar, 
pois estas medidas ajudam a eliminar os possíveis agentes das infecções 
respiratórias; 
- restrição do ambiente de trabalho para evitar disseminação; 
- hábitos saudáveis, como alimentação balanceada, ingestão de líquidos e 
atividade física. 
O Ministério da Saúde do Brasil, a partir de 1999, vem realizando 
campanhas anuais de vacinação contra a influenza para os idosos com idade de 60 
anos ou mais, geralmente no mês de abril. Esta vacina faz parte do calendário de 
vacinação da população indígena e também é disponibilizada nos Centros de 
Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE) de cada Estado, para uso dos 
indivíduos que pertencem aos grupos de risco acima apontados. 
A vacina protege por um ano. Entretanto o vírus da gripe é capaz de mudar 
suas características com muita freqüência, por isso a cada ano é necessário que se 
tome uma nova vacina. A composição da vacina também varia a cada ano, de 
acordo com os tipos de vírus da influenza que estão circulando de forma 
predominante em ambos nos hemisférios Norte e Sul. 
 
Doenças que podem ser confundidas com a influenza: 
O resfriado comum e a rinite alérgica são as doenças que mais se 
confundem com a influenza. 
O resfriado geralmente é mais brando que a gripe e pode durar de 2 a 4 
dias. Também apresenta sintomas relacionados ao comprometimento das vias 
aéreas superiores, como congestão nasal, secreção nasal (rinorréia), tosse e 
rouquidão. A febre é menos comum e, quando presente, é de baixa intensidade. 
Outros sintomas também podem estar presentes, como mal-estar, dores 
musculares (mialgia) e dor de cabeça (cefaléia). Assim como na influenza, no 
resfriado comum também podem ocorrer complicações como otites, sinusites, 
bronquites e até mesmo quadros mais graves, dependendo do agente etiológico 
que está provocando a infecção. Os principais agentes infecciosos do resfriado 
comum são os Rhinovírus (com mais de 100 sorotipos), os Coronavírus, os vírus 
Parainfluenza (principalmente o tipo 3), o Vírus Sincicial Respiratório, os 
Enterovírus e o Adenovírus. 
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Na rinite alérgica ocorrem sintomas como espirros, congestão e corrimento 
nasal. Existem duas formas de rinite alérgica: uma sazonal (em determinadas 
épocas do ano) e uma que dura o ano todo, podendo ser contínua ou intermitente. 
A rinite alérgica não é acompanhada de febre. Porém, isso pode acontecer quando 
ela estiver associada a uma infecção. 
 
Fonte: 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de 
Vigilância Epidemiológica. 6. ed. Brasília, 2005. 815 p. (A. Normas e Manuais 
Técnicos). 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Doenças 
Infecciosas e Parasitárias: guia de bolso. 4. ed. Brasília, 2004. 332 p. (B. Textos 
Básicos de Saúde). 
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Tópicos de Saúde - I: influenza. Disponível em: 
<http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=21728>. Acesso 
em: 31 jan 2007. 
 
Referência para esclarecimento no Instituto Evandro Chagas: 
Seção de Virologia 
Laboratório de Vírus Respiratórios e Papilomavírus 
Tel.: +55 91 3214-2011 
Rodovia BR-316 km 7 s/n - Levilândia - 67030-000 - Ananindeua/Pará/Brasil 
 
Para mais informações visite: 
Ministério da Saúde 
http://www.saude.gov.br 
Secretaria de Vigilância em Saúde 
http://www.saude.gov.br/svs 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
http://www.anvisa.gov.br 
Organização Pan-Americana da Saúde 
http://www.opas.org.brSecretaria de Estado de Saúde Pública do Pará 
http://portal.sespa.pa.gov.br/

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