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Botulismo, Cólera e Carbúnculo

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Botulismo, Cólera e Carbúnculo
Acadêmicos: Luana, Luccas, Matheus 
Professora: Eliza Stefanon. Epidemiologia.
BOTULISMO
A ação de toxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum causa essa doença neuroparalítica grave, porém não contagiosa.
Ele se apresenta nas formas de:
 botulismo alimentar;
 botulismo por ferimentos e
 botulismo intestinal.
 Caracteriza-se por manifestações neurológicas e/ou gastrointestinais.
Botulismo alimentar: ocorre por ingestão de toxinas presentes em alimentos previamente contaminados e que foram produzidos ou conservados de maneira inadequada.
Botulismo por ferimentos: ocasionado pela contaminação de ferimentos com a bactéria, que, em condições de anaerobiose, assume a forma vegetativa e produz toxina in vivo.
Botulismo intestinal: Resulta da ingestão de esporos presentes no alimento, seguida da fixação e multiplicação do agente no ambiente intestinal, onde ocorre a produção e absorção de toxina.
B. alimentar: As manifestações gastrointestinais mais comuns são: náuseas, vômitos, diarreia e dor abdominal. Os primeiros sintomas neurológicos podem ser inespecíficos, tais como cefaleia, vertigem e tontura.
B. por ferimento: semelhante ao do botulismo alimentar, porém sintomas gastrointestinais não são esperados e pode ocorrer febre. 
B. intestinal: constipação e irritabilidade, seguidas de sintomas neurológicos caracterizados por dificuldade de controle dos movimentos da cabeça, sucção fraca, disfagia, choro fraco, hipoatividade e paralisias bilaterais descendentes, que podem progredir para comprometimento respiratório.
Medidas preventivas e profilaxia:
Ações de educação em saúde: orientar a população sobre o preparo, conservação e consumo adequado dos alimentos associados ao risco de adoecimento;
A investigação epidemiológica do caso/surto de botulismo é de responsabilidade do órgão municipal de saúde;
Orientar as medidas iniciais de prevenção e controle, de acordo com o modo de transmissão e resultados da investigação do caso;
O controle é feito por meio da investigação epidemiológica, do correto diagnóstico e do tratamento dos pacientes 
Entre 1999 e 2008, houveram 105 casos suspeitos, dos quais 39 foram confirmados, ocorrendo 13 óbitos. 37 dos casos eram de Botulismo alimentar, um de Botulismo por ferimentos e um de Botulismo intestinal. A faixa etária mais acometida foi a de 10 a 49 anos de idade e a região Sudeste foi a mais afetada, com 18 casos, onde os produtos suínos foram os mais envolvidos, com 15 casos.
CÓLERA
Doença infecciosa intestinal aguda, causada pela enterotoxina do Vibrio cholerae.
O homem é um dos reservatórios naturais. Um biotipo do V. cholerae pode ser isolado em ambiente marinho, podendo assim estar presente em crustáceos e moluscos, por exemplo.
Transmissão predominantemente hídrica.
O V. cholerae é eliminado pelas fezes ou vômitos de pessoas infectadas, sintomáticas ou não e pode ser transmitido das maneiras a seguir:
Transmissão direta – maneira mais frequente e de maior incidência nos surtos. Ingestão de água ou alimentos contaminados.
Transmissão indireta – ocorre pela contaminação pessoa-pessoa, devido, principalmente, à elevada existência de assintomáticos (portadores sadios).
Os sintomas são variados. Pode haver desde infecções inaparentes até diarreia profusa e grave. 
Além da diarreia, podem surgir vômitos, dor abdominal e, nas formas severas, cãibras, desidratação e choque.
Febre não é uma manifestação comum. Nos casos graves mais típicos (menos de 10% do total), o início é súbito, com diarreia aquosa abundante e incoercível, com inúmeras dejeções diárias. A diarreia e os vômitos, nesses casos, determinam perda de líquidos que podem ser de 1 a 2 litros por hora.
Medidas preventivas e profiláticas:
Uma das ações prioritárias é o investimento público para melhoria da infraestrutura dos serviços de abastecimento de água para consumo humano, coleta e tratamento de esgotos e resíduos sólidos, no sentido de prover a população de condições adequadas de saneamento básico, contribuindo para a prevenção, controle e redução dos riscos e casos da doença.
Os últimos casos no Brasil notificados foram em 2001, entretanto, ocorreu um surto na cidade de São Bento do Una em Pernambuco entre 2004 e 2005 com 26 casos. 
De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre os anos de 1996 e 2006 foram registrados 146 casos de cólera na região Norte, 11.705 casos no Nordeste, 13 casos no Sudeste, 467 casos no Sul e 1 caso na região Centro-Oeste, totalizando 12.332 ocorrências.
CARBÚNCULO
O Carbúnculo ou Antraz é uma doença infecciosa aguda causada pelo Bacillus anthracis, uma bactéria formadora de esporos. 
Geralmente ocorre em animais (gado, ovelhas, cabras, camelos e outros herbívoros) mas, em algumas situações, também pode infectar seres humanos.
Ele se apresenta nas formas:
cutânea;
respiratória e
intestinal.
A transmissão ocorre pelo manuseio de produtos como lã, couro, ossos e pelo de animais infectados. 
Em casos mais raros, a doença também pode ser contraída por ingestão de alimento contaminado (carne de animais infectados, por exemplo) ou por inalação dos esporos. 
Outra forma de se adquirir a doença é pela picada de insetos hematófagos, comuns em regiões endêmicas. 
A transmissão direta da doença de um indivíduo infectado para uma pessoa sadia é muito pouco provável de ocorrer.
Forma cutânea: cerca de 95%. Introdução de esporos por meio de lesões na pele. Os locais mais comuns de ocorrência são mãos, braços e cabeça. A lesão inicial se assemelha a uma picada de inseto que, em 1 a 2 dias, se desenvolve em uma úlcera indolor com uma área necrótica escura no centro. Na ausência do tratamento antimicrobiano adequado, a forma cutânea pode resultar em óbito em cerca de 20% dos casos.
Forma respiratória: introdução de esporos por intermédio do trato respiratório. Os sintomas iniciais se assemelham aos de um resfriado comum e em 1 – 2 dias podem progredir para sérios problemas respiratórios e choque. A forma respiratória do Carbúnculo ou Antraz é fatal em 90% a 100% dos casos.
Carbúnculo ou Antraz intestinal: Resulta da ingestão de carne contaminada e é caracterizado por uma inflamação aguda do trato gastrointestinal. Os sintomas iniciais incluem perda de apetite, náusea, vômitos e febre. O Carbúnculo ou Antraz intestinal resulta em óbito em 25% a 60% dos casos.
Medidas preventivas e profiláticas: 
Evitar as áreas contaminadas e se houver casos de carbúnculo, o ministério da Saúde estará acompanhando os casos pela gravidade do quadro e a vacina é encontrada nos Estados Unidos, mas fornecida somente para casos ou situações especiais.
A incidência do carbúnculo é muito baixa,  geralmente, esporádica em quase todo o mundo. No Brasil, não existem registros de casos da doença em humanos. Atualmente, o risco de se contrair a doença é mínimo.
O Botulismo, a Cólera e o Carbúnculo são doenças de notificação compulsória imediata, que devem ser comunicadas logo após a suspeita diagnóstica, devido a gravidade das doenças, a todos os níveis hierárquicos do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica pois se tratam de uma emergências que impõe pronto tratamento e investigação.
SINAN - Ficha de investigação do Botulismo:
Formulários de notificação de surto de doença transmitida por alimento (D.T.A.): 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância epidemiológica do botulismo. Brasília, 2006.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Manual integrado de vigilância epidemiológica da cólera. Brasília, 2008.
CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
"PROF. ALEXANDRE VRANJAC“. Carbúnculo ou Antraz: Informação Geral. Disponível em <http://www.cve.saude.sp.gov.br/htm/antraz.html>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.
SINAN. Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Distrito Federal: Editora MS, 2007.
Cria Saúde.
Estatísticas da Cólera no Brasil. Disponível em <http://www.criasaude.com.br/N5848/doencas/estatisticas-colera.html>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.
Secretaria de Saúde do Estado de Goiás. Antraz ou Carbúnculo. Disponível em <http://www.saude.go.gov.br/index.php?codLetra=4019&id=80856>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.
Minha vida. Carbúnculo. Disponível em <http://www.minhavida.com.br/saude/temas/carbunculo>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.
Portal da Saúde. Botulismo. Disponível em < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/623-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/botulismo/11184-informacoes-tecnicas>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.
Portal da Saúde. Cólera. Disponível em < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/629-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/colera/11169-descricao-da-doenca-colera>. Acesso em: 09 de Maio de 2015.

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