Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
* Unidade VI Fotossíntese: Reações Luminosas * Fotossíntese: as reações luminosas 1. Conceitos gerais: Cloroplastos Propriedades da luz e espectro eletromagnético Pigmentos fotossintetizantes Espectros de ação 2. Unidade fotossintética: complexos antena e centros de reação 3. Fotossistemas I (PSI) e II (PSII) 4. Mecanismos de transporte de elétrons 5. Transporte de H+ e a síntese de ATP (fotofosforilação oxidativa) 6. Reparo e regulação da maquinária fotossintética * Fotossíntese – é o processo que usa a energia luminosa para a síntese de compostos carbonados. A energia armazenada nessas moléculas pode ser utilizada para impulsionar processos celulares na planta e servir como fonte de energia para todas as formas de vida. A complexa série de reações da fotossíntese inclui as reações que ocorrem nas membranas tilacoidais e no espaço estromal dos cloroplastos. * Estrutura do cloroplasto * Reações luminosas e de carboxilação em cloroplastos * Propriedades da luz e espectro eletromagnético A luz possui características tanto de ondas como de partículas. Como onda, a luz pode ser caracterizada pelo seu comprimento de onda (e pela freqüência ( Onde c é a velocidade da onda, no caso a velocidade da luz A onda de luz é uma onda eletromagnética transversa (lado a lado), onde os campos magnético e elétrico oscilam perpendicularmente à direção de propagação da onda e a um ângulo de 90° com relação uma a outra. * Propriedades da luz e espectro eletromagnético A luz é também uma partícula, a qual denominamos fóton. Cada fóton contém uma quantidade de energia que denominamos quantum. O conteúdo de energia não é contínuo, mas emitido nesses pequenos pacotes, os quanta. Lei de Planck - * Espectro electromagnético Nosso olhos são sensíveis a apenas a uma estreita faixa de comprimentos de onda de radiação, a região visível. * Pigmentos fotossintéticos:clorofila O anel das clorofilas contém alguns elétrons frouxamente ligados e é essa região da molécula envolvida na transferência de elétron e nas reações de oxido redução. * Pigmentos fotossintéticos:carotenoides Os carotenoides são moléculas lineares com múltiplas duplas conjugadas. São constituintes integrais das membranas dos tilacoides e estão associadas a ela, através de proteínas que formam o aparelho fotossintético. Função: 1. Transferem a energia de excitação às clorofilas (pigmentos acessórios) 2. Protegem aos organismos dos danos causados pela luz. * Espectros de absorção de pigmentos fotossintéticos As clorofilas absorve luz nas porções azul e vermelha do espectro. Os carotenoides possuem bandas de absorção entre os 400 a 500 nm. Os espectros de absorção fornece informação (mede) da quantidade de energia luminosa captada ou absorvida por uma substância em função do comprimento de onda de luz. * Interação da luz com pigmentos fotossintéticos Quando a clorofila absorve um fóton de luz (vermelho ou azul), esta muda para um estado de maior energia ou estado excitado. A clorofila ao absorver luz correspondente ao comprimento de onda do AZUL, passa de um estado energético basal para um estado energético de maior excitação, o qual é breve. Parte da energia desse estado, é perdida na forma de calor, atingindo um estado energético de menor excitação. Processos de captura de energia devem ser extremamente rápidos para capturar a energia desse segundo estado de excitação, o qual permanece estável por um máximo de alguns nanosegundos (10-9s). * Absorção e emissão de luz pela clorofila * Rotas alternativas para a liberação de energia da clorofila no estado de excitação A energia de excitação da clorofila pode ser liberada por 4 mecanismos diferentes: Calor – perda da energia sem emissão de fótons Fluorescência- perda da energia emitindo um fóton de menor energia. Transferência de energia por ressonância – a energia de excitação é transmitida a moléculas próximas a ela. Fotoquímico – a energia do estado excitado provoca a ocorrência de reação químicas. * Destinos possíveis seguidos por um quantum de energia absorvidos por pigmentos fotossintéticos * Centros de reação fotossintética São os locais onde as reações primárias da fotossíntese ocorrem. Uma unidade fotossintética consta de: Complexos antena – constituídos por muitas moléculas de clorofila e pigmentos acessórios que coletam a luz e transferem a energia para o outro componente chamado centro de reação. Centro de reação – é o local onde as reações químicas de oxido-redução ocorrem, que levam ao armazenamento da energia luminosa em energia química. * Complexos antena Em plantas superiores 200-300 clorofilas estão associados a cada centro de reação. Os complexos de captação de luz (LHC) são proteínas associadas aos pigmentos fotossintéticos, existindo LHC para o fotossistema I (LHCI) e fotossistema II (LHCII). Funcionam para enviar, de forma eficiente, energia para os centros de reação com os quais estão associados. A transferência de energia nos complexos antena é bastante eficiente. Aproximadamente, 95-99% dos fótons absorvidos pelos pigmentos do complexo antena têm a sua energia transferida para os centros de reação. * Funcionamento dos centros de reação fotossintética * Fotossistemas Complexos fotoquímicos que operam em série para realizar as reações de armazenamento da energia luminosa em energia química. Em plantas são conhecidos dois fotossistemas: Fotossistema I (PSI) – absorve luz na faixa do vermelho distante (comprimentos de onda acima de 680 nm). Produz um redutor forte capaz de reduzir o NADP+ em um oxidante fraco. Fotossistema II (PSII) – absorve luz na faixa do vermelho (comprimentos de onda de 680 nm). Produz um oxidante forte capaz de oxidar a água e um redutor mais fraco que aquele produzido pelo fotossistema I. * O esquema Z da fotossíntese e o mecanismo do transporte de elétrons * * PSII Supercomplexo proteico com múltiplas subunidades. O núcleo desse centro de reação consiste de duas proteínas de membrana conhecidas como D1 e D2, bem como outras proteínas. A clorofila doadora primária, clorofilas adicionais, carotenoides, feofitinas e plastoquinonas estão ligados a essas proteínas D1 e D2. Função: Oxidação da molécula de água pelo complexo de liberação de oxigênio associado ao PSII. O manganês é um cofator essencial no processo de oxidação Os H+ produzidos durante a fotólise da água são liberados dentro do lume tilacoidal. * Feofitina (Phe) e quinonas A feofitina atua como o aceptor primário no PSII, seguido por um complexo de duas plastoquinonas, situadas próximas a um átomo de ferro. A feofitina é uma clorofila na qual o átomo central de magnésio foi substituído por dois átomos de hidrogênio. As plastoquinonas, PQA e PQB, estão ligadas ao PSII e recebem elétrons de forma sequencial da feofitina. PQH2 (plastohidroquinona) é uma molécula pequena, apolar que se difunde com facilidade pela membrana tilacoidal. * O complexo do citocromo b6f é uma grande proteína dotada de múltiplas subunidades com muitos grupos prostéticos:dois hemes de tipo b e um do tipo c (citocromo f). O complexo contém uma proteína Rieske ferro-sulfurosa. * Plastocianina A plastocianina é uma proteína cúprica, pequena (10,5 kDa) e hidrossolúvel. Sua função é transferência de elétrons entre o citocromo b6f e o P700. Esta proteína encontra-se no espaço do lume do tilacoide. * PSI Supercomplexo proteico com múltiplas subunidades. Um núcleo antena de aproximadamente 100 moléculas de clorofila é parte integral do centro de reação de PSI. Este, junto com o P700, estão ligados às proteínas, PsaA e PsaB. Os transportadores de e- são agentes redutores fortes. Aceptores primários deste PSI: clorofilas, uma espécie de quinona, filoquinona (vitamina K1), proteínas ferro-sulfurosas associadasà membrana (centros Fe-S: FeSx, FeSA e FeSB). Os elétrons são transferidos para a ferrodoxina (Fd), uma proteína ferro-sulfurosa, presente no lado estromal da membrana. A flavoproteína associada à membrana Ferrodoxina-NADP redutase (FNR) reduz o NADP+ a NADPH. * Fluxo cíclico de elétrons Sob determinadas circunstâncias, um fluxo cíclico de elétrons pode ser desenvolvido. Ele inicia a partir do lado redutor do PSI via PQH2 e complexo b6f e de volta ao P700. Este fluxo cíclico de elétrons está acoplado ao bombeamento de H+, os quais podem ser utilizados para a síntese do ATP, mas não oxida a água ou reduz o NADP+. Este fluxo cíclico é importante como uma fonte de ATP nos cloroplastos da bainha vascular de plantas C4. * Herbicidas bloqueiam o fluxo fotossintético de elétrons Diclorofenildimetilureia (DMCU, diuron) e paraquat bloqueiam o fluxo de elétrons fotossintético. O DMCU atua bloqueando o fluxo de elétrons nos aceptores de quinona do fotossistema II. Compete pelos sítios de ligação das PQB. O paraquat age aceitando elétrons dos aceptores primários do PSI, e então reagindo com o oxigênio para formar superóxido (O2-), uma espécie que é muito prejudicial aos componentes do cloroplasto, especialmente aos lipídios. * Síntese de ATP dependente da luz (fotofosforilação) A síntese de ATP nos cloroplastos ocorre via um mecanismo quimiosmótico. O princípio da quimiosmose é que a diferença de concentração de íons e as diferenças no potencial elétrico através das membranas são uma fonte de energia livre que pode ser utilizada pelas células. Durante a fase luminosa das fotossíntese, o estroma torna-se mais alcalino (pH alto). A energia disponível para a síntese do ATP é chamada de força motora de prótons (Δp) e resulta da soma de um potencial químico de prótons e um potencial elétrico de membrana. * Complexo da ATPsintase CF0-CF1 É um complexo proteico formado por várias subunidades. CF0 – é a porção do complexo inserida e que funciona como um canal para o fluxo dos prótons CF1 – é a porção que se projeta para o estroma, sendo conformada por várias subunidades (entre elas as subunidades e A subunidade responsável pela síntese do ATP. * Transporte de próton e a síntese do ATP nos cloroplastos * Unidade VI Fotossíntese : O ciclo de Calvin * Fotossíntese: o ciclo de Calvin Ciclo de Calvin Fases de carboxilação, redução e regeneração Reações enzimáticas do ciclo de Calvin Regulação do ciclo de Calvin Papel da luz Sistema ferrodoxina-tiorredoxina O ciclo fotossintético C2 do carbono – fotorrespiração O ciclo C4 do carbono Metabolismo ácido das Crassuláceas (CAM) Síntese do amido e da sacarose * Reações luminosas e de carboxilação em cloroplastos * 1. O ciclo de Calvin-Benson É a rota de fixação de CO2 mais importante, encontrada em alguns procariotos e em todos os eucariotos fotossintetizantes, da alga mais primitiva até a angiosperma mais avançada. O ciclo de Calvin acontece em três estádios: Carboxilação – etapa na qual a ribulose 1,5 bifosfato é carboxilada formando duas moléculas de 3-fosfoglicerato. Redução – etapa na qual o 3-fosfoglicerato é reduzido a gliceraldeído-3-fosfato. Regeneração – nesta etapa o aceptor do CO2 é regenerado a partir do gliceraldeído-3-fosfato. * * Ciclo de Calvin 1. Fase de carboxilação, a carboxilação de 3 moléculas de RuBP produz 6 moléculas de 3-fosfoglicerato. 2. Fase de redução, após a fosforilação do grupo carboxila, o 1,3 bifosfoglicerato é reduzido a 6 moléculas de gliceraldeído-3-fosfato, com a liberação concomitante de 6 moléculas Pi. 3. Fase de regeneração, do total de 6 moléculas de gliceraldeído 3-fosfato, uma é responsável pela assimilação líquida de 3 moléculas de CO2, enquanto as outras cinco passam por uma série de reações que ao final regeneram as três moléculas de RuBP. * * 2. Regulação do ciclo de Calvin-Benson 2.1 Mecanismos de regulação dependentes da luz Este tipo de regulação altera a atividade das enzimas-alvo minutos após a iluminação. Como consequência, a modulação luz-escuro fornece uma chave tipo liga-desliga para cinco enzimas-chave no ciclo de Calvin: Rubisco Frutose-1,6-bifosfato fosfatase Sedoheptulose-1,7-bifosfato fosfatase Ribulose-5-fosfato quinase NADP-gliceraldeído-3-fosfato desidrogenase * Ribulose 1,5 bifosfato carboxilase/oxigenase (Rubisco) A enzima Rubisco consiste de 8 subunidades pequenas (S) codificadas no genoma nuclear e 8 subunidades grandes (L) codificadas pelo genoma do cloroplasto. A estequiometria das subunidades da holoenzima estromal é S8L8. Regulação da atividade da Rubisco A rubisco é ativada por um CO2 ativador que reage com o grupo -NH2 de uma lisina específica dentro do sítio ativo da enzima. O derivado de carbamato resultante liga-se ao Mg+2, liberando dois prótons (H+). O complexo ternário rubisco-CO2-Mg+2 é ativado por um aumento de pH (pH alcalino) e na concentração de Mg+2. * Ativação da enzima Rubisco * Ribulose 1,5 bifosfato carboxilase/oxigenase (Rubisco) Regulação da atividade da Rubisco A firme ligação de moléculas do tipo açucares fosfato, tais como a ribulose 1,5 bifosfato evita a carbamilação. A enzima rubisco ativase, em uma reação que requer ATP, provoca uma alteração estrutural na rubisco que libera os açucares fosfato e prepara a enzima para a ativação via carbamilação e ligação metálica. A rubisco é também regulada pelo açúcar fosfato natural, 2-carboxiarabinitol-1-fosfato, o qual se encontra em altas concentrações em folhas de leguminosas. * Regulação enzimática pelo sistema ferrodoxina-tiorredoxina Este mecanismo de regulação liga o sinal luminoso percebido na membrana do tilacoide à atividade de enzimas no estroma. A ferrodoxina reduzida, juntamente com dois H+, são utilizados para reduzir um grupo dissulfeto da enzima ferro-sulfurosa ferrodoxina-tiorredoxina redutase, que por sua vez, reduz a ligação dissulfeto da proteína tiorredoxina. A forma reduzida desta última reduz a ligação dissulfeto de uma enzima-alvo, tornando-a ativa. * 3. Ciclo fotossintético oxidativo C2 do carbono - Fotorrespiração A rubisco tem a capacidade de catalisar tanto a reação de carboxilação e oxigenação da ribulose-1,5-bifosfato. Esta última reação desencadeia uma série de eventos fisiológicos, em que a absorção de oxigênio dependente de luz, está associada a liberação de CO2 em folhas fotossinteticamente ativas. Esse processo é chamado fotorrespiração. * O ciclo oxidativo C2 do carbono atua como uma operação de rescaldo para recuperar o carbono fixado perdido pela reação de oxigenase da rubisco. Duas moléculas de fosfoglicolato (4C) são convertidos em uma molécula de 3-fosfoglicerato e um CO2. * Fotorrespiração Determinadas condições ambientais favorecem a fotorrespiração: Ar com alta [O2] e baixa [CO2]. Temperatura extrema – aumenta a taxa de oxigenação da rubisco e baixa a concentração de CO2. A fotorrespiração está ligada ao transporte fotossintético de elétrons. O ATP é necessário para a conversão do glicerato a 3-fosfoglicerato O ATP e a ferrodoxina reduzida são necessários para a recuperação do NH4+ através da sua captação em glutamato pela GS e GOGAT. * A fotorrespiração é uma consequência da química da reação de carboxilação que gera uma espécie intermediária reativa, tanto com o CO2 como com o O2. A fotorrespiração constitui um mecanismo de proteção que reduz o dano causado pelas espécies reativas de oxigênio geradas sob condições de alta luminosidade e baixo CO2 intercelular. Dissipação do excesso de ATP e poder redutor. A recuperação do carbono como 3-fosfoglicerato evita a acumulação de metabolitos em rotas sem saída. Obs.: MUITAS PLANTAS EVITAM A FOTORESPIRAÇÃO USANDO MECANISMOS QUE CONCENTRAM O CO2 NO AMBIENTE DA RUBISCO, SUPRIMINDO, ASSIM, A REAÇÃO DE OXIGENAÇÃO. Fotorespiração: função biológica *O CO2 é incorporado inicialmente nos ácidos de quatro carbonos (C4), malato e aspartato. A carboxilação é catalisada pela fosfoenolpiruvato carboxilase (PEPCase) Esse ciclo é realizado em plantas de cana-de-açucar e milho. As plantas C4 fotossintetizam com mais eficiência em altas temperaturas, minimizando a operação do ciclo oxidativo fotossintético C2. As plantas C4 são relativamente abundantes em climas secos e quentes. 4. O ciclo C4 do carbono * As plantas C4 apresentam uma anatomia foliar dimórfica, que assegura a compartimentalização célula-específica das enzimas que é essencial para fornecer o CO2 para a rota C4. Tipos celulares: Células da bainha do feixe vascular – cloroplastos arranjados centrifugamente com grandes grãos de amido e membranas de tilacoides não empilhadas. Apresenta as enzimas decarboxilases e as enzimas completas do Ciclo de Calvin. Células do mesofilo – cloroplastos arranjados aleatoriamente, com tilacoides empilhados e pouco ou nenhum amido. Apresentam as enzimas PEPCase e a piruvato fosfodiquinase. Anatomia Kranz * * Estádios do ciclo C4 Fixação do CO2 pela carboxilação do CO2 nas células do mesofilo. Transporte dos ácidos de C4 para as células da bainha do feixe vascular. Descaboxilação e produção de CO2. Transporte do esqueleto de 3C de volta a célula do mesofilo e regeneração do aceptor de CO2. * Gasto energético durante a fixação do CO2 na fotossíntese C4 OBS: A regeneração do aceptor primário, fosfoenolpiruvato, consome duas moléculas adicionais de ATP para governar duas reações endergônicas, catalisadas pela piruvato fosfato diquinase e adenilato quinase. * Enzimas-chave do ciclo fotossintético C4 Enzimas-chave: PEPCase (afinidade muito alta pelo seu substrato, HCO3; -; o oxigênio não é competidor) NADP-malato desidrogenase Piruvato-fosfato diquinase São reguladas pela densidade no fluxo de fótons, por dois mecanismos diferentes. Redução-oxidação dos grupo tiol (sistema ferrodoxina-tiorredoxina). Fosforilação e desfosforilação * Metabolismo ácido das crassuláceas (CAM) Plantas que habitam em ambientes áridos, incluindo plantas comercialmente importantes como o abacaxi, agave, cactos e orquídeas, exibem um terceiro mecanismo de concentração de CO2. Esse mecanismo está associado às características anatômicas que minimizam a perda de água (cutícula espessa, vacúolos grandes, baixa razão superfície/volume, reduzido tamanho e frequência de abertura estomática. As plantas CAM perdem tipicamente 50-100g de água/g CO2. As plantas C4 e C3 perdem 250-300 e 400-500, respectivamente. Nas plantas CAM, a formação de ácidos C4 é tanto espacial como temporalmente separada. * * Fisiologia Comparada de Plantas C3, C4 e CAM * UNIDADE VI Considerações fisiológicas e ecológicas da fotossíntese * Considerações fisiológicas e ecológicas da fotossíntese Efeito da luz na fotossíntese Anatomia foliar Curvas de resposta à luz – Ponto de compensação de luz Plantas de sol e de sombra Respostas à luz em plantas C3 e C4. Fotoinibição Respostas fotossintéticas à temperatura Respostas fotossintéticas ao dióxido de carbono * DIFERENTES FATORES INFLUENCIAM NA FOTOSSÍNTESE Fatores externos e internos influenciam na absorção de CO2 pelas plantas Luz, CO2, Temperatura, Umidade do ar e do solo, Nutrientes minerais, Idade e o genótipo da planta. * Radiação útil usada pelas plantas no processo de fotossíntese é chamada de radiação fotossinteticamente ativa (PAR). 85 a 90% da PAR é absorvida pela folha. 1. Luz e fotossíntese * A anatomia da folha é altamente especializada para a absorção de luz Mecanismos de transmissão de luz - Efeito peneira - Canalização da luz * Controle da absorção de luz: ângulo e movimento foliar O ângulo de incidência do feixe de luz sobre a lâmina foliar influência na quantidade de energia captada pela folha. Ex: folhas no topo de árvores Acompanhamento da trajetória solar As folhas ajustam continuamente a orientação das suas lâminas, de modo que elas permanecem perpendiculares aos raios solares. Ex: espécies cultivadas como alfafa, algodão, soja e feijão Heliotropismo – movimento foliares induzidos pelo sol. Para-heliotrópicas – folhas que evitam o sol, de forma a minimizar a perda de água e aquecimento da folha. Dia-heliotrópicas – maximizam a intercepção pelo ajuste à trajetória foliar. * - Plantas de sombra: Maior conteúdo de clorofila por centro de reação, Razão entre a clorofila b e a clorofila a é alta, Folhas mais finas quando comparadas às folhas de sol, Razão do PSII para o PSI de 3:1, com o fim de manter um melhor balanço do fluxo de energia entre os dois fotossistemas. - Plantas de sol: Maior concentração da Rubisco, Maior concentração do pool de componentes do ciclo da xantofila, Razão do PSII para PSI de 2:1. Folhas de sol e de sombra: diferenças bioquímicas e anatômicas * - UMA PLANTA DE SOL PODE ACLIMATAR-SE A UM AMBIENTE SOMBRIO, E VISCEVERSA; PORÉM, AS FOLHAS QUE SE DESENVOLVERAM EM AMBIENTES BASTANTES ENSOLARADOS OU BASTANTE SOMBRIOS, MUITAS SÃO INCAPAZES DE PERSISTIR QUANDO TRANSFERIDAS PARA OUTRO HÁBITAT. Obs.: A FOLHA RECÉM PRODUZIDA APRESENTA CARACTERÍSTICAS BIOQUÍMICAS E MORFOLÓGICAS MAIS APROPRIADAS A UM AMBIENTE ESPECIAL (ACLIMATAÇÃO). - OUTRAS PLANTAS NÃO SÃO CAPAZES DE ACLIMATAR-SE QUANDO TRANSFERIDAS A UM AMBIENTE DIFERENTE, PORTANTO, ELAS SÃO ADAPTADAS A UM AMBIENTE ENSOLARADO OU A UM AMBIENTE SOMBRIO (ADAPTAÇÃO). Algumas plantas têm suficiente plasticidade de desenvolvimento para responder a uma gama de regimes de luz * Folhas de sugar maple expostas a diferentes intensidades de luz. Mudança da anatomia foliar em resposta à luz * Resposta fotossintética à luz No escuro, a respiração causa um efluxo líquido de CO2-. À medida que aumenta a intensidade luminosa, atinge-se o chamado ponto de compensação da luz. Aumentando a intensidade luminosa, um aumento proporcional na taxa de fotossíntese ocorre, indicando que ela é limitada pelo transporte de elétrons. (luz). Outros aumentos na intensidade luminosa, não resultam em aumentos na taxa de fotossíntese (saturação). Nesse ponto, a fotossíntese é limitada pela reação da carboxilação ou pelo metabolismo das triose fosfatos. Produtividade quântica máxima – é a razão de um determinado produto dependente de luz por um número de fótons absorvidos * Resposta fotossintética à luz em plantas de sombra e de sol As plantas de sombra têm tipicamente um ponto de compensação de luz baixo (1-5 μmol.m-2.s-1) e taxas fotossintéticas que saturam com baixos níveis de iluminação. As plantas de sol têm pontos de compensação mais altos (10-20 μmol.m-2.s-1) e taxas fotossintéticas mais altas. * Respostas fotossintética à luz de plantas C3 e C4 Plantas C3 FS Líquida = FS total – (Respiração + FR) Plantas C4 FS Líquida = FS total – Respiração * Fotoinibição É o fenômeno referido à inibição da fotossíntese por excesso de luz. Frequentemente, o PSII é inativado e danificado Tipos de fotoinibição: - Dinâmica – a taxa fotossintética máxima permanece inalterada, mas a eficiência quântica diminui. É provocada pelo desvio da energia luminosa absorvida para a dissipação de calor. - Crônica – diminuição da eficiência quântica e da taxa fotossintética máxima. Está associada a dano e à substituição da proteína D1 do centro de reação do PSII. * * Folhas têm mecanismos que dissipam o excesso de energia luminosa Rotas de dissipação de energia: - Movimentos de cloroplastos - Quenching não fotoquímico dissipação pela emissão de fluorescência da clorofila, Ciclo da xantofila * Ciclo da xantofila * A fotossíntese é sensível a elevadas temperaturas: Afeta todas as reações bioquímicas da fotossíntese Altera a integridade das membranas dos cloroplastos Afeta o processode transporte de elétrons, eliminando o fornecimento do poder redutor. Respostas fotossintéticas a elevadas temperaturas * A taxa fotossintética de uma planta pode ser afetada pelo suprimento de CO2. Respostas fotossintéticas ao dióxido de carbono O ponto de compensação do CO2 expressa o balanço entre a fotossíntese e a respiração, em função da concentração de CO2. Em plantas C4, esses valores refletem níveis de FR muito baixos. Em plantas C3, o aumento do CO2 atmosférico estimula a fotossíntese em uma ampla faixa de concentração. Em plantas C4, a fotossíntese satura com baixas concentrações de CO2, mostrando o efetivo mecanismo de concentração que operam nestas plantas. * *
Compartilhar